AD INFINITUM…

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Prezados, estou prestes a não comentar mais jogos neste linear NBB7, não só pela mesmice técnico tática estabelecida pelo corporativismo existente, e refratário a qualquer iniciativa, ou tentativa de subvertê-lo, pois até os novos técnicos incorporados já o aceitam na sua forma mais estrutural, agora acrescida da convergência mais explicita possível, quantificando e qualificando o “chega e chuta” como a mais “inovadora” estratégia de jogo, não fosse a mesma um trágico vestibular do que nos aguarda, num futuro que está logo alí, ano que vem, nas olimpíadas caseiras…

 

Que por serem caseiras, tudo do melhor planejamento e preparo da base a elite deveria ter sido desenvolvido e implementado para nossas formações desportivas, três ciclos olímpicos atrás, hoje enganadas e aviltadas por um bando de aventureiros que anteviram, previram e reagiram no sentido do enriquecimento rápido e indolor para seus bolsos e dos que se abasteceram, e ainda se abastecerão da cornucópia financeira, incontrolavelmente voltada a tudo aquilo que passe longe dos verdadeiros artífices da grande competição, os jovens atletas de ontem, hoje e amanhã…

 

Por conta deste desastre com dia e hora marcada para acontecer, menos, é claro, para os mega construtores, industrias do lazer, turismo e outros mais, que já contabilizam seus enormes lucros, como executores de uma festança para os que nos visitarão, fora ou dentro das arenas desportivas, reservando caríssimos legados que serão, e por muito tempo, pagos pelos impostos de um povo generoso e bom, porém mal educado e ainda arraigado a bolsas-felicidade, de triste e injusta realidade…

 

Então, ao assistirmos jogos e mais jogos da LDB e do NBB, nos damos conta da estratificação e solidificação de uma maneira de jogar absurdamente imposta coercitivamente à formação de base, jovens e veteranos jogadores, técnicos e professores iniciantes e experientes (?) também, através um sutil viés técnico administrativo, comandado por uma elite (?) de técnicos, dirigentes, e de uma ENTB, em torno de verbas oficiais com suas obrigatórias contra partidas, algumas das quais poderiam explicar os porquês de tanto atraso na modalidade…

 

Enfim, fatores outros também poderiam ser apontados, no entanto, e em se tratando do grande jogo, sérios aspectos o vem ferindo de morte, onde o sistema único e a inestancada hemorragia das bolinhas se sobrepõem nesse triste momento por que ele passa, onde além de tudo, técnicos primam por altamente discutíveis intervenções técnicas, onde ficam demonstradas carências básicas de treinamento e planejamento de jogo, de equipe, dando a entender que dentro da globalização do sistema dos polegares, chifres e punhos, todos deveriam estar aptos a torná-lo vencedor, e quando não, mais aptos ainda para conquistar vitórias através a chutação de três, onde são incentivados  a se considerar “especialistas”, num crasso e monumental erro de raciocínio e presteza técnica…

 

Vide estes dois recentes jogos, Uberlândia e Brasília (91 x 74), e  Pinheiros e Mogi (81 x 88), quando no primeiro, os mineiros, corretamente priorizaram seu forte jogo interior, onde alcançaram 26/49 nos 2 pontos, 9/22 nos 3 e 12/16 nos lances livres, enquanto os candangos conseguiram 12/29, 8/29 e 26/31 respectivamente, numa convergência teimosa e perdedora frente a uma equipe de seu nível…

 

Pinheiros e Mogi foi outro exemplo dessa “nova” tendência convergente, onde os 15/29 de 2, 10/31 de 3, e 21/29 nos lances livres, não foram suficientes para a equipe paulistana levar de vencida o Mogi, que converteu 10/38, 7/15 e 29/34 (exatamente por insistir no jogo interno) respectivamente, vencendo a partida merecidamente, e que não encontrou em seu adversário uma organização uniforme e coletiva de jogo, como sempre preconizou seu técnico, que está encontrando sérios problemas para exequibilizá-la, e por isso apostando no jogo externo de alguns de seus jogadores, que, no entanto, vêem suas habilidades finalizadoras obstadas quando contestados de perto, como agiu a equipe de Mogi em muitas ocasiões dentro da partida…

 

 

Portanto, como toda seleção nacional reflete firmemente a realidade da modalidade em seu país, comecemos a por as barbas de molho desde já, pois a continuar essa brutal derrama de inconsequentes e até, irresponsáveis arremessos do meio da rua, onde jogadores, técnicos, agentes, diretores e mídia especializada os incentivam acaloradamente como a “arte do jogo”, junto aos tocos e enterradas, lembro aqui dessa humilde trincheira que, até estudos e pesquisas venham provar que tais “habilidades” se sobrepõem aos clássicos fundamentos do jogo, do grande jogo, todos direcionando os jogadores à precisão e domínio técnico, e consequentemente tático do mesmo, desde a formação de base a elite, pouco ou nada alcançaremos ad infinitum no campo pátrio, muito menos internacional, nos reservando o papel de pseudos “especialistas de fora” (e talvez nem isso se contestados, e o serão, de perto), já que incompetentes para “lá dentro jogarem”, por não termos técnica e técnicos atuantes que os habilitem a fazê-lo, pois coercitivamente afastados e marginalizados, conheço alguns que o fariam, e como, mas…

 

Amém.

Fotos – Reproduções da TV e WEB. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.



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