A LIBERDADE CRIATIVA…

P1100502-001P1100507-001Ficou engraçado ouvir os diversos comentáristas televisivos discorrerem sobre as equipes no March Madness da NCAA, pois de uma forma geral contrariavam seus notórios posicionamentos técnicos e táticos, rigorosamente sedimentados no sistema único (o tal das posições de 1 a 5 e suas jogadas padronizadas…), frente a uma realidade que contrastava seriamente os mesmos dentro do campo de jogo, onde suas arraigadas convicções ruiam uma a uma, a tal ponto que, num determinado momento do jogo Kentucky e Winsconsin, um deles afirmou constrangido que esta equipe fazia um jogo com cinco abertos, quem sabe para a chutação de três (fixação do mesmo…), quando o entra e sai de jogadores e bola no perímetro interno era o que se via com uma clareza ímpar, numa forma de jogar jamais aceita, não só por ele, mas pelos demais especializados, adeptos desde sempre dos cincões, das bolinhas do 1 x 1, e das esterradas “monstro”…

Por mais que neguem, uma revolução está em andamento como jamais imaginaram, centrada em jogadores acima dos 2,12m capazes de conduzir, fintar e progredir com a bola em perfeito domínio, assim como se deslocarem em todos os sentidos, dentro e fora dos perímetros, ágeis, lépidos e combativos, mais pelo posicionamento do que pelo físico, e tudo e por tudo semelhantes aos armadores, cada vez mais criativos e autônomos (poderiam ser mais, não fosse a resistência controladora de ainda muitos técnicos presos a dogmas, e como aqui, a pranchetas midiáticas), que inexoravelmente irão de encontro a liberdade criativa, queiram ou não os “estrategistas”, daqui e de lá tembém, afinal, a proposta evolutiva do Coach K também encontra resistências, pois vultosos investimentos estão em jogo…

Por aqui teimamos na cópia canhestra de uma mesmice endêmica e cada vez mais hermética, fruto do corporativismo de um grupo que se apoderou do controle do grande jogo, blindado que se encontra a qualquer manifestação contraditória a seus princípios. marginalizando a qualquer um que tente estabelecer algo do novo, de “diferente”…

No entanto, podem tentar enterrar a verdade, matá-la nunca, e as provas ai estão escancaradas, ironicamente vindas da matriz  que incensam e idolatram colonizadamente, e tanto, que não se apercebem das profundas e radicais mudanças que lá eclodem com firmeza e sem volta…

Desde muito tempo preconizo esses novos tempos, pelo estudo, pesquisa, aplicação e desenvolvimento dessa “nova” forma de ver, sentir e jogar o grande jogo, e esse blog é a prova definitiva desse posicionamento, queiram, ou não reconhecer, todos aqueles que sempre negaram aceitá-lo, mas que já se preparam para recepcionar e patrociná-lo como de suas verves, afinal, está vindo do oráculo, única origem que aceitam e copiam desde sempre…

Bem, logo mais teremos a grande final entre Duke e Winsconsin, divisora, agora no âmbito colegial, entre a antiga e nova visão da modalidade que mais evolui dentre os desportos coletivos, e que por essa razão exige a máxima dedicação à formação de base, e permanente desenvolvimento de sistemas diferenciados de jogo na elite, onde a liberdade criativa seja desenvolvida e preservada desde sempre.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 



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