QUANDO A BALANÇA PESA…
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Por se tratar de um jogo de seleção brasileira, saio do mutismo que vem progressivamente me assaltando, frente a medíocre realidade do nosso indigitado basquetebol, prisioneiro e vítima de uma sistematização técnico tática e formativa, que tem, inexoravelmente, nos lançado no limbo de um colossal buraco, exaustivamente por aqui discutido há décadas, dia a dia, mês a mês, ano a ano, sem uma resposta, por tênue que fosse, no enfrentamento de uma chaga, cada dia mais difícil de ser curada, face às equivocadas lideranças até aqui escaladas para orientar o grande jogo por um caminho evolutivo e libertador de uma mesmice endêmica que, fatalmente, nos privará de voltar a pertencer ao restrito rol dos líderes do grande jogo no cenário internacional…
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Jogou a seleção feminina no pré olímpico de Belém, e perdeu para uma Australia longe das qualidades que a tornaram campeã mundial, mas que ainda se mantêm qualificada nos fundamentos básicos, e numa postura físico atlética de altíssima qualidade, enxuta, frente a uma seleção pátria fragilizada em seus fundamentos, tanto individuais, como coletivos, e primando com algo constrangedor, uma forma física deficiente, e em muitos casos raiando a obesidade, restritora da velocidade e da capacidade saltadora e defensora, assim como da resistência necessária a uma competição olímpica, onde, dentre os dezesseis membros que compõe sua comissão técnica, nenhum deles é um nutricionista, certamente o profissional de maior importância num plantel que prima pela robustez excessiva, e mesmo assim sob um projeto a médio prazo a ser desenvolvido mesmo longe da seleção, e que caso não fosse levado com seriedade, privaria as jogadoras de posteriores convocações…
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Some-se a tal precariedade, com os contumazes erros nos passes, nos dribles, nos arremessos, nos rebotes e na postura defensiva, e teremos
um fiel retrato do que aflige nossa esforçada seleção…
Se olharmos o jogo pelo ângulo técnico, podemos atestar com precisão quão inferior ela se portou nos embates mais decisivos, nos rebotes, onde a flexibilidade e atleticismo australiano superou nossa robustez nos mais decisivos momentos, mesmo possuindo jogadoras de mais de 2 metros em quadra, que se viram bloqueadas, inclusive nos arremessos, e pela marcação frontal, somente factível por jogadoras atleticamente superiores, mesmo não sendo as mais altas…
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No plano tático, ainda teimamos jogar com as cinco abertas, projeto somente vencedor através armadoras velozes e aptas fisicamente, os mesmos princípios para as pivôs, e uma ou outra ala melhor dotada daquelas valências, como foi o caso da valente Leila, que soube enfrentar as australianas de igual para igual. Nossas pivôs são muito altas, muito jovens, e o mais instigante, pouco atléticas, tornando-as menos velozes e mais suscetíveis a embates físicos mais exigentes. Enfim, uma seleção que tem a obrigação de ser melhor e convenientemente preparada nos fundamentos e no controle atlético e alimentar, fatores que, se bem planejados, substituirão com apreciável folga, as midiáticas e absurdas pranchetas, ainda mais a 00,9 segundos do final do jogo, num inacreditável apêgo a mesma…
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Quem sabe logo mais contra a Sérvia, no jogo mais importante nessa competição, possamos evoluir taticamente, pois tecnicamente a balança não ajuda…
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Que um deus de plantão possa nos ajudar, quem sabe,,.
Amém.
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