QUADRATURA OMISSA.

“Seleção de basquete esnoba Nenê”,é o título da reportagem no O Globo de hoje,7 de setembro.Perguntado sobre o assunto o técnico principal do quarteto desconversou-“Não quero falar sobre isso.O holofote deve ser direcionado para quem trabalhou”.E como numa lavagem de mãos a”La Pilatos” abriu caminho a alguns jogadores que se arvoraram em porta-vozes do grupo,com declarações dos seguintes teores:Do grande craque Alex-“Quem não se encaixar no espirito de união da seleção vai ser excluido do grupo.Se o Nenê quiser voltar,vai ser bem-vindo,mas se não for,não vai fazer falta”.Mais adiante continua-“Chegar para jogar o Mundial,sem ter roído o osso da Copa América,não pega bem.Se um fizer isso,todo mundo vai se sentir no direito de fazer também,no futuro”.Outro craque internacional,Guilherme informa que existe uma decisão tomada pelo grupo de atletas a respeito de Nenê.”O que nós conversamos é que o grupo está fechado.Não no sentido de que não entra mais ninguém,mas quem quiser chegar agora,vai ter de entrar no clima.Não digo entrar no esquema,porque vai parecer que existe uma panela.Mas o Nenê vai ter de conquistar o espaço dele.O time que trabalhou e fez sua parte é este aqui.Acho até que a gente está falando demais em Nenê.Não é justo falar tanto de quem não foi”.Essas declarações estão no jornal de hoje,com todas as letras e foto de meia página,e juro que é verdade,estão lá para quem quiser testemunhar um dos maiores absurdos que tenho lido nos últimos 40 anos.Os antigos sempre souberam de jogadores que eram conhecidos como derrubadores de técnicos em seleções brasileiras,e da existência de técnicos que promoviam suas panelas sem maiores cerimônias.Mas eram atitudes na calada dos corredores,no cochicho dos vestiários,ou nos quartos de concentrações.No mundo atual da midia escancarada,jogadores,repito,jogadores expôem publicamente decisões que não lhe dizem
respeito,em atitudes somente possiveis pela omissão de uma comissão de técnicos sem um minimo de controle disciplinar e preparo para o comando.Que autoridade esses projetos de atletas tem para virem a publico determinarem regras,conceitos de conduta
e politica grupal,quando sua unica função,e para qual são selecionados,é a de treinar e jogar pelo seu país? Que comando é esse que se permite tamanho ultraje?E olhe que são quatro,QUATRO,e um Laptop.Dois outros,os que realmente levaram a equipe ao podio
Leandro e Tiago foram mais comedidos,pois se situaram na condição de atletas,e não lideres de uma perigosa panela que ensaia seus primeiros passos,com a conivência silenciosa de seus comandantes.Se quisermos chegar ao Mundial com boas perspectivas de um relativo sucesso,deveremos urgentemente estabelecer uma rigorosa e preventiva clareada em alguns conceitos que teimam em se estabelecer no âmago organizacional de nosso basquetebol.Repito por mais uma vez,comando se exerce,não é dividido,ainda mais
entre quatro.Mas que pelo menos um deles tente,se puder e tiver peito,fazer calar uma insurgência que,sem dúvida,porá em risco toda e qualquer tentativa de melhora em nosso basquetebol.Para grupo fechado proponho um eficiente e afiado abridor de latas,
de preferência inox.Que vão subverter em outra freguesia,e que se juntem a eles aqueles que se omitirem em comandar.

O QUE DIRIA NOSTRADAMUS?

Abro a pagina esportiva do O Globo desta terça feira, e lendo atentamente a reportagem sobre a conquista da Copa America pela Seleção Brasileira de Basquetebol,destaco um depoimento dado pelo atleta Leandrinho em uma coluna específica a seu respeito,e outro,do técnico Lula na reportagem geral.Perguntado de “Como se sentiu depois da sequência de seis bolas de três no último quarto?”,respondeu:”Foi um momento bom que tive na partida.Fui feliz ao converter as bolas de três.Os tiros de três são uma parte da qual eu gosto.Eu treino muito os tiros de três pontos,pois é algo que eu sempre exijo de mim”.Note-se que até aquele momento Leandro vinha convertendo seus pontos em penetrações ousadas e lances-livres.Na reportagem geral,a declaração do técnico Lula:”O titulo veio da superação coletiva e do conjunto.Os destaques individuais não jogaram para si,mas para o time.Quando Leandrinho acertou a primeira das seis bolas de três (no último quarto),armamos as jogadas para que ele fizesse as outras”. Fantastico,
inacreditável,simplesmente divino.Ao converter uma bola de três,a comissão técnica pede um tempo e monta cinco jogadas pela certeza de que o Leandrinho converteria mais cinco bolas de três,decisivas e que dariam a vitoria ao Brasil!Não me contive e corri ao video para me ciêntificar de que aquele milagre tinha sido planejado,perpetrado
minuciosamente por uma comissão que aposentou definitivamente todo e qualquer poder
de previsão de um inculto e réles Nostradamus.Mas o que constato são cinco situações
de arremesso totalmente diferentes entre si,fundamentadas em pura ação criativa,e até certo ponto temerária por parte de um atleta imbuido do tudo ou nada,e tendo ao lado
o jogador símbolo dessas ações puramente individuais,o MVP do Campeonato,Marcelinho.
Que conjunto é esse mencionado pelo técnico que,em suas declarações destaca divinamente um único jogador para com seis bolas de três pontos levantar o Campeonato
Duvido que todos os quatro cérebros comissionados sequer pudessem imaginar tal proeza por parte do Leandro,quiça planejá-las.Trata-se simplesmente de apropriação indébita de uma sequência inverossímel no plano de uma prancheta,por mais cabalística e mágica que possa parecer.Lastimável e comprometedora afirmação,de um momento do jogo que pertenceu única e exclusivamente ao jogador,ao Leandrinho.E como fecho de ouro da magnifica materia,tivemos as declarações do antigo técnico da seleção que assim se expressou:”Lancei esses jogadores na seleção com menos de 21 anos.Na época,propús um plano de dez anos e disse que para o Mundial de 2006 e as Olimpiadas de 2008,teriamos chances.Com a preparação adequada e jogo coletivo,o Brasil tem tudo para lutar por medalhas,porque a individualidade decide,mas o individualismo,não.”
Não só Nostradamus se contorceu em seu túmulo,Sergio Pôrto também.

CONFERINDO A CONTA.

Um dia perguntei ao velho Togo o porque do apelido do Zeny Azevedo nos seus 1,88 ser Algodão.Disse-me ele que a sua leveza e extraordinario senso de colocação o colocava sempre à frente de seus adversários nos rebotes.Era como se flutuasse,dai o codinome Algodão.Mas além dessa qualidade ele possuia o dominio da dualidade tempo-espaço,fator antecipativo aos movimentos em torno de si,que é um dom restrito a muito poucos defensores,principalmete se muito altos.Em nossas seleções sempre tivemos a sorte de possuir um jogador dessa estirpe,como Ubiratan e Gerson Vitalino.Ambos conquistavam os rebotes por sua elasticidade e leveza e ainda concluiam os contra-ataques do outro lado da quadra.Nos rebotes ofensivos eram aqueles que recobravam os arremessos perdidos por seus colegas,enfim,dominavam os garrafões sendo a antítese dos verdadeiros monstros de musculos que pululam na NBA e agora entre nós.Foram duas jogadoras dessa estirpe que propiciaram a Paula,Hortência e Janeth a posse da bola para seus contra-ataques velozes e mortais.Mas como alguns dos jogadores masculinos,sofreram um recondicionamento fisico para se tornarem”aptas”ao enfrentamento futuro com as massivas adversarias internacionais.Sabemos no que deu tão irresponsavel intervenção fisiológica perpetrada por gente que nem de longe difere um halterofilista de um jogador de basquete.Agora temos um digno sucessor daqueles grandes jogadores,o Spliter,que em sua leveza,aparente fragilidade,mas com um dominio quase mágico de tempo-espaço,
supera os monstros de plantão e supre num caudal inesgotável os velozes companheiros
para efetuarem o que de melhor possuimos,o jogo de velocidade,sendo que em muitas das conclusões lá estava ele,o Spliter,concluindo as jogadas.Em um artigo passado conclamei-o a não trocar a Europa pela NBA,onde fatalmente sofreria os processos de”engorda técnica”que a maioria de futuros aspirantes aos milhões de dolares tem de se submeter a fim de pertencer a tal seleto clube.Agora mesmo,o Senado americano encostou a administração da NBA contra a parede,exigindo da mesma as regras de controle de doping em suas equipes.Prontamente o Sindicato de Jogadores se colocou contra tais intromissões,ameaçando inclusive com uma greve se tal controle fosse rigido demais.Ficou estabelecido que os novatos se submeteriam a três exames,no inicio da temporada,ao meio e nos playoffs se lá chegassem.Os veteranos somente no meio da temporada.Tirem as conclusões que quiserem,mas isso explica alguns comportamentos de muitos jogadores que se negaram a defender seleções nacionais de alguns paises.Tiago Spliter tem de ser protegido de uma pleiade de pretensos cientistas esportivos,um bando de aventureiros inescrupulosos,para se manter como está,assim como o Anderson Varejão,enxutos,rapidos,flexiveis,pois dessa forma podem marcar os opositores à frente com suas velocidades inatas,e podem se deslocar com mais velocidade ainda em busca de bolas que nenhuma massa descomunal poderá atingir.
Por outro lado,torna-se nacessario treinar em profundidade,com alta dose de sabedoria e principios táticos e técnicos os bons armadores que possuimos,principalmente o quarteto Leandro,Valtinho,Huertas e Nezinho,para formarem duplas em N combinações, pois só dessa forma dominaremos o perimetro,evitando de uma vez por todas o estupido
deslocamento de nossos homens altos para a linha dos três pontos.E que finalmente,
treinemos de verdade,DE VERDADE,nossos alas,principalmente nas fintas perpendiculares a cesta,nos rebotes com transposição de velocidade horizontal em vertical,nos arremessos em situação de desequilibrio quando proximos a cesta,e principalmente como
defender seu proprio campo.Dois ou três especialistas nos três pontos são mais do que suficientes a uma boa seleção,e não o desperdicio de oportunidades nas mãos de quem
se acha mestre nessa arte de poucos.O binomio velocidade-flexibilidade deve ser mantido,pois atende nossas qualidades inatas,e que são a antítese das jogadas coreografadas em pranchetas pseudo-mágicas,que se perpetuam já a um longo e tenebroso inverno entre nossos técnicos,agora em forma grupal,unissona e afinada.Com o dominio
do perimetro através o drible e os corta-luzes incisivos dos armadores,e o deslocamento permanente e veloz dos homens altos,lá dentro,bem lá dentro da zona restritiva(que não precisa ser pintada…)teremos condições de enfrentamento com qualquer equipe no mundo,ainda mais se voltarmos ao jogo em velocidade,com um minimo de passes,e com um treinamento poderoso e prioritário dos fundamentos,pois essa é que deverá ser a mensagem a ser seguida pelas novas gerações,um basquetebol no qual driblar,passar,arremessar,defender,rebotear e jogar sem a bola seja copiada por eles ante o exemplo vindo de seus idolos.Mas não vejo como técnicos compromissados com comandos absolutistas e coreograficos,mais preocupados com suas soluções personalistas,possam desenvolver tão necessárias e inadiáveis mudanças.Por tudo isso,parabenizo nossos jogadores pela vitoria em S.Domingos,e torço de coração que possam encontrar em breve futuro,no mundial que se aproxima,não aros quebrados,ou horários apertados para treinar,e sim técnicos que os ensinem a jogar mais do que já jogam,pois nunca é tarde para aprendermos,principalmente os fundamentos do jogo.

E VIVA O JOGADOR BRASILEIRO!

Apesar do tenebroso passing game,de uma defesa por zona suicida,das subidas dos pivôs ao perimetro dos três pontos numa frequência que beirava a insanidade,da utilização de um unico armador teimosamente finalizador,e da existência no plantel de jogadores rigorosamente inadequados a uma seleção brasileira,foi conseguida a classificação ao mundial do próximo ano,graças a coragem até certo ponto subversiva de uma trinca de jogadores que resolveram,aos trancos e barrancos,tomarem para si a responsabilidade maior de, fugindo dos ditames coreograficos impostos por uma comissão teimosa e absolutamente defasada estrategicamente,fazer valer suas qualidades criativas ao abandonarem em momentos cruciais o cabresto que lhes era imposto.Marcelo,Leandro e Ticher,bem acessorados por Alex,por suas qualidades técnicas classificaram a equipe,apesar de mal treinada e confusamente orientada por uma pleiade de caciques,onde deveria existir somente um.Em um torneio de baixa qualidade técnica,com algumas equipes de qualidade para lá de duvidosas,nossa seleção penou para obter a classificação,o que sinaliza para uma mudança técnico-tática,não só no aspecto competitivo,como,e principalmente no aspecto administrativo.Para o Mundial muita coisa tem de ser mudada,reestudada,planejada com bom-senso e conhecimento sobre o que deve ser priorizado,pesquisado e colocado em constante e evolutiva experimentação.É inadimissivel a continuidade do sistema de jogo ora existente,que fere de morte a indole de nossos jogadores,em beneficio de principios pétreos da maioria de nossos técnicos.Não se trata da adoção do liberalismo inconsequente,no qual o jogador pode tudo,e que é o fator que a maioria dos técnicos tende a obstruir no mesmo, e sim a adoção de um sistema que otimize e ajude esse jogador a produzir dentro de um conceito técnico que permita a fluência de seus dotes de efetiva criatividade.Mas para tanto,os técnicos envolvidos em seu treinamento,desde as categorias de formação,
deverão mudar radicalmente seus conceitos de total controle sobre às ações do mesmo no campo de jogo.E so existe um caminho para se conseguir tal intento,o treinamento intenso,elucidativo,detalhado,minucioso,personalizado,no qual as duvidas são dirimidas,as táticas são expostas,treinadas e compreendidas,onde as estratégias se tornem conceituais,de aceitação coletiva,enraizando e determinando o espirito do grupo,e não só de seus treinadores.E que o comando seja exercido pelo mais experiente
por aquele que o conseguiu por mérito,pelo estudo e pela prática democrática,por aquele que determina o caminho a ser seguido,e que se responsabiliza pelo mesmo.E que seu assistente o siga com determinação,com humildade,e principalmente com lealdade,e que o acessore quando necessário e quando obstado a fazê-lo,por ser esses comportamentos diretivos e de liderança os fatores responsáveis pela confiança e disciplina de toda a equipe.E que,finalmente,abram os olhos para outras fronteiras,na Europa,na Asia,ao sul de nosso continente,onde se pratica basquetebol tão bom ou melhor que em Denver,Phoenix e outras plagas norteamericanas,pois é exatamente esse caminho que eles mesmos,os americanos ,já vem trilhando nos últimos anos.Enfim,que deixemos para trás um sistema de jogo que nem eles mesmos,os inventores, acrediatam mais.Temos uma tradição,e respeitá-la pode nos levar de volta ao patamar dos melhores
onde estivemos por merecimento e muito,muito talento.Por tudo que fizeram e realizaram parabenizo o jogador brasileiro,o verdadeiro responsável por nossa classificação,e oxalá que sejam ajudados por técnicos competentes para o grande salto
do próximo ano,oxalá.

PATÉTICA TEIMOSIA

De um lado um técnico profundamente observador e explorando ao máximo as potencialidades de seus jogadores,acessorado por um assistente contido e maduro,que mesmo do alto de seu prestigio soube se manter nos limites de sua função.Do outro,quatro técnicos “afinados e uníssonos”, escondendo uma verdade que salta aos olhos de quem conhece algo sobre o jogo,suas profundas divergências técnico-táticas,demonstradas pela insistência de se manifestarem e influenciarem aquele que deveria ser o técnico de verdade,e que por força de uma infeliz afirmação sua de que a melhor posição em uma comissão técnica era a de assistente,pois quem quebrava a cara era o técnico,criou a comissão onde todos são técnicos,com os mesmos direitos e influências,como que se penitenciando da infeliz e antiética declaração,e que só provocou o maior dos erros em liderança esportiva,a divisão de comando.Uma divisão que obstrue o raciocínio calcado e fundamentado em convicções pessoais,assumidamente pessoais,as quais terão de ser avalisadas pelo(s)assistente(s),pois comando não pode nem deve ser dividido ou fracionado.Falou e afirmou o que não devia,tentou um remendo político e quebrou todos os principios de hierarquia,que é a base de qualquer organização minimamente constituida.O resultado
ai está,não pela derrota em si,mas pela mais absoluta falta de coerência tática e estratégica.No momento em que duas equipes que se utilizam de sistemas semelhantes ,
com a armação entregue a um unico jogador,e uma delas se distancia 20 pontos,seria
uma ação sabia fazer entrar um segundo armador,que ao aumentarem a qualidade dos dribles e dos passes teriam mais chances de administrarem a diferença,além de reforçarem o sistema defensivo com o aumento de velocidade e marcação mais próxima e
instigante.Essa atitude so foi tomada nas prorrogações,lançando os jogadores em situações extremas,quando poderiam ter entrado preferencialmente desde o inicio do jogo.O que se viu foi um festival de erros táticos e decisões equivocadas,que nem o sofisticado laptop pode prever,e nem as reuniões de 24 horas conseguiram dirimir.A equipe brasileira,mesmo desfalcada de homens altos,que muitos analistas preferiam que fossem do tipo trombador,mas que dentro de nossas caracteristicas deveriam ser rapidos e flexiveis,como o Spliter,e de que dispomos em nossas equipes e que sequer foram selecionados,soube,e muito bem, explorar sua velocidade para se distanciar no placard,mas como já mencionei,deixou de fazer entrar um segundo armador ,o que daria uma segurança maior a equipe,ao manterem a bola sob um dominio mais técnico e efetivo,e que melhoraria a produção daqueles jogadores mais pontuadores,tanto fora como dentro do perimetro.Mas teimosia é coisa muito séria,ainda mais quando o quarteto das 24 horas se decide,pela enésima vez,pelo passing game desenfreado e
terrivelmente coreografado.E são nesses momentos que divergem nos comandos,nas concepções,já que declararam anteriormente que têm “visões diferntes”dos problemas,
mas que dão um jeito de se entenderem.Pelo que temos visto ainda não se entenderam,e
não serão reuniões de 24 horas que resolverão tais divergências,pois se afinados fossem não necessitariam de tais e tão demoradas reuniões para traçarem um plano de ação.Na verdade,se o comando fosse assumido de fato por quem deveria fazê-lo,tais monumentais perda de tempo jamais seriam realizadas.Um velho e sábio professor com quem trabalhei e muito aprendi na UFRJ sempre dizia:Se uma administração não deseja resolver uma questão,nomeia uma comissão.E é exatamente isso que está ocorrendo com nosso malfadado,porém amado basquetebol.Temos bons e corajosos jogadores,mas estamos enredados em uma teia de atrazo e incompetência que doi só de pensar,quiçá assistir.
Temos que vencer um de dois jogos que faltam,e sugiro que em vez de ficarem acordados
por 24 horas se calem e se coloquem em seus devidos lugares e deixem aquele que deveria ser o unico técnico trabalhar,quebrando a cara ou não,pois duvido que que queiram quebrar em conjunto,afinal…

ÊRROS ESTRATÉGICOS

Foram três jogos treinos e três vitórias”incontestes”,isto para a nossa comissão técnica.Para o técnico americano e seu assistente Johnson,simplesmente o maior armador que passou pelo Boston Celtic,foram três ensaios de como vencer na hora do “pra valer”.Foi o jogo dos armadores,pelo menos dois de cada lado,evoluindo,driblando,assistindo nos momentos certos,mas com uma primordial diferença.Os nossos mais pontuando do que assistindo,os deles assistindo em condições de absoluta precisão aos seus especialistas de três pontos.O nosso grande especialista,Marcelinho,na maioria das vezes construia seus espaços,e quase sempre bem marcado ou com muito pouco tempo para um arremêsso mais equilibrado,já que nosso armador priorizava a pontuação e não a assitência.Como segunda opção,vimos por diversas vezes nossos homens altos virem para o perimetro dos três pontos tentarem eles mesmos o arremêsso casual e não especializado,ou tentarem penetrações sem as habilidades necessárias a tais ações,fragilizando dessa forma as disputas nos rebotes ofensivos.Defensivamente fomos muito bem nos rebotes e bloqueios,mas pecamos pela insistência da marcação zonal ante dois verdadeiros especialistas nos três pontos.Por sua experiência em uma liga que prioriza a defesa individual,deveria ter cabido ao Alex e ao Leandro a marcação dos dois arremessadores americanos,ainda mais que so faltavam 6 segundos para o término do jôgo e venciamos por um ponto.Nosso armador Nezinho e nosso especialista Marcelinho não tem posicionamento equilibrado e movimentação de pernas suficientemente hábeis para marcar os americanos,e foi o nosso pecado mortal.A equipe americana perdeu por três vezes nos jogos “ditos”preparatórios
mas aprendeu algo que utilizaram com maestria,como enfrentar um tipo de marcação a que não estão habituados,agindo como se a mesma fosse individual,ou seja,evitavam ao maximo os passes em torno do perimetro,e forçavam as penetrações frontais e laterais obrigando uma retração defensiva no miolo do garrafão deixando espaços mais do que suficientes para numa volta da bola de dentro para fora do mesmo encontrassem os especialistas absolutamente livres para os tiros fatais.Para uma escola que detesta,ou mesmo não se sente a vontade quando enfrentam defesas por zona,foi uma evolução preciosa a dos americanos,aos quais propiciamos com nossa proverbial receptividade as armas necessarias para nos derrotarem.Enfrentar adversários diretos
em vespera de grande competição,e por três vezes,é no minimo falta de discernimento,ou certeza absoluta de nos achamos superiores.Enfim é prova de inabilidade e despreparo estratégico.Agiram os americanos como os lutadores de judô,que utilizam a força do oponente para desequilibrá-lo e vencê-lo,e nos deram um belo e bem aplicado wazari.Nezinho não tem culpa da falta que cometeu.Culpado foi quem o escalou para exercer uma ação da qual não está e nunca foi preparado,transformar velocidade horizontal em vertical,obrigando o lançador a alterar a trajetória da bola.Se soubesse fazê-lo o arremesso sequer teria sido tentado.Treinar fundamentos é basico,mesmo em seleções,e principios de defesa individual é um dos principais.Os americanos sabem bem disso.Estratègicamente,dez para eles.

SORRIA,VOCÊ ESTÁ ENTRANDO NA COPA AMERICA

Sim,é melhor sorrir para não chorar,mas chorar bem devagarzinho para não incomodar um terçol,ou vá lá ,uma conjutivite,que nossos brilhantes médicos não conseguirão debelar até o inicio da competição na semana que vem.Também devemos sorrir pelo fato de não podermos contar com nosso outro pivô afastado por problemas particulares,e deveremos não mais sorrir,e sim gargalhar com a participação de nosso melhor armador em um prosaico torneio inicio nesse final de semana.Mas nos torceremos de tanto rir com o embarque em prestações da equipe para S.Domingos por problemas que a direção,ou comando não coseguiu equacionar a tempo.Um monte de historias mal contadas,mal geridas e principalmente mal explicadas,principalmente no caso dos pivôs.Ninguem corta jogadores de tal importância por causa de um terçol,ou conjuntivite,ou por problemas pessoais quando se trata de uma seleção que pretende disputar uma vaga para um mundial,ainda mais quando o outro grande pivô é considerado dispensável pelo técnico exatamente por ter em mãos e sob comando os dois agora dispensados.É um história que deve,tem de ser contada com todas as letras,com todas as implicações,ao vivo e a côres.Muito bem,promoveu-se dois outros jogadores que participaram do inicio do treinamento como um estágio de aperfeiçoamento,mas que não participaram de nenhum dos jogos preparatórios que foram realizados, jogos esses que,segundo os técnicos,seriam o apronto para a Copa que se aproxima.Se com os recentes dispensados a equipe não alcançou nem de longe o conjunto desejado,como se comportará agora com a inclusão de jogadores que sequer participaram de nenhum dos jogos realizados?Os sorrisos iniciais já se transformam em muchochos,os labios tendem a se crispar e uma teimosa lágrima já começa a se manifestar sorrateiramente.E tudo por falta de um planejamento,de uma previsão técnica,e até médica,ou mesmo preventiva,todas aquelas providências que nos privasse desse impasse que nos coloca na tênue fronteira entre o sorriso e o choro deslavado.Vão ser incompetentes assim no….Deixa pra lá,pois cada
desporto tem os dirigentes que merece.Que o tão celebrado G-9 trabalhe com afinco para se transformar em G-14,para ao invés de continuar uma luta de egos e campeonatos pararlelos,lutem para em maioria de federações defenestrarem essa turma de especialistas que arrazam com o basquete brasileiro.E antes que me esqueça,como já tinha previsto e escrito aqui nesse blog,as equipes dos técnicos da comissão que estavam na NLB já estão se bandeando para a CBB,pois um grupo afinado e unissono não pode ser separado.Que os deuses nos ajudem.Amén.

ARMADILHAS PARA UM LÔBO

Algumas décadas atrás,em um Campeonato Panamericano,a Seleção Americana só passaria para a fase final se o Brasil vencesse Cuba por mais de 5 pontos.Ao final do jôgo,no último ataque,com nossa seleção seis pontos à frente,nosso armador”perde” a bola no meio da quadra dando aos cubanos a cesta que derrubou os americanos,para total desespêro dos mesmos no alto das arquibancadas.Juras de que fora um acidente de jogo,um desequilibrio,um escorregão,não demoveram os americanos de sua revolta,mas o certo ou não é que voltaram para casa mais cêdo. E foi desse acontecimento,somados à final Olímpica de Munique e a derrota nos Panamericanos de Indianápolis,que os levaram a desistirem dos universitários nas competições internacionais.No mundo atual do desporto esperteza é a arma mais comumente utilizada,em qualquer setor,seja administrativo,seja competitivo.E não seria uma atitude esperta conotar alta qualidade ao Torneio que acabamos de assistir nas Alterosas.Foi vibrante e festivo?Claro que foi.Emocionante?Em algumas ocasiões.Técnico? Deixou muito a desejar,principalmente pelos arremedos de seleções que enfrentamos.Senão vejamos:A Canadense,desfalcada de 4 ou 5 jogadores que competem na NBA,e que certamente estarão em S.Domingos,e que após um primeiro jogo depois de 27 horas de viagem,venceu os americanos e endureceu conosco. Os argentinos,com uma seleção secundária,já classificada para o Mundial,e que tinha como função primordial “sentir”os possiveis adversários que lá chegarem,uma atitude esperta,mesmo que consideremos a rivalidade entre nós.Uma Campeã Mundial e Olímpica tem de se precaver e se guardar para quando for para valer.Os americanos,que tentam adaptar seu modo de jogar às regras internacionais,compareceram com uma equipe de jogadores que atuam na Europa e na Asia
sob a influência da FIBA,e demonstraram que ainda terão de apreender muita coisa,principalmente quanto às faltas pessoais,se quiserem voltar ao tôpo internacional.Quanto a nós,alguns aspectos saltam aos olhos,principalmente no modo de atuar.Ficou bastante claro que a produtividade e a segurança de jogo aumentava significativamente quando atuavam com dois armadores e homens altos rápidos e saltadores.Essa formação garantia os rebotes defensivos,ponto inicial dos contra-ataques,e dava maior dinamismo à defesa,fosse individual ou zona,pois em ambas os armadores pressionavam no perimetro permitindo atitudes interceptativas por parte dos homens altos,inclusive na marcação à frente dos pivos adversários.Foi um ponto altamente positivo. Por outro lado, quando na formação com um unico armador,
previlegiando-se a estatura da equipe,constatava-se uma queda na qualidade do drible e dos passes,obrigando os homens altos a sairem da zona restritiva para atuarem no perimetro,prejudicando os rebotes ofensivos.A defesa ficava mais lenta e mais suscetivel aos arremessos de meia distância dos adversarios,fator que propiciou algumas situações de dificil solução para a equipe.Também ficou provado,que em algumas situações em que a velocidade e a precisão fossem necessárias,a adoção de três armadores demonstraram quão eficiêntes podem ser,apesar da fragilidade dos adversários.Na verdade,ficou a seleção exposta negativamente quando atuou nos moldes dos adversários,quando praticou o mesmo sistema de passing game padronizado.Venceu e se distanciou nos placares quando atuou com a bola sob dominio,em velocidade,no drible inteligente e na marcação pressionada e insistente.Enfim,nos poucos quartos em que teve a coragem de inovar,de fugir um pouco de situações pré-estabelecidas fora da quadra, conseguiu dilatar os placares e demonstrar tacitamente que podemos,ainda que timidamente,sair dos sistemas coreográficos que insistentemente ainda se fazem presente.No momento que nosso técnico derrubar a pequena barreira que sistematicamente o separa de seus atletas,uma reluzente e pétrea prancheta,que tocá-los,olhar permanentemente nos olhos,sem desvios,que lhes falar direta e incisivamente,e que não permitir que assistentes o interrompam ou cutuquem seus ombros na ânsia de falar o que somente ele tem autoridade para falar,pois é o comandante,o responsável pelas táticas e estratégias a serem seguidas por todos. Para discussões existem os treinos,que é o lugar dos acêrtos e das dúvidas,e não a quadra de jogo.Aqui em nosso país,na presença de torcida e pelas redes de televisão
vemos todos os técnicos da comissão em pé ao lado da quadra darem instruções quando a regra internacional proibe tais manifestações,só liberando tais atitudes ao técnico da equipe,e mais ninguém.Quando de um pedido de tempo toda a comissão se reune em um debate,e quando o tecnico,como o porta-voz do combinado se dirige aos atletas se vê interrompido pelos demais,numa prova de que o que fora estabelecido não tinha razão de ser.Essas atitudes até agora aceitas,tendem a minar sua autoridade,principalmente
quando nas situações de decisão que enfrentará,sem dúvida nenhuma,no transcorrer
das competições que advirão.Isso tem de ser corrigido para que a equipe se una em torno de seu chefe,e não de chefes,que como ja afirmaram,têm “visões diferentes” dos problemas.O comando é que define a visão, e é o único responsável por ela,pois comando não se divide,se exerce.Corrigido isto,poderemos ter uma boa Seleção.

O MONUMENTAL DESPERDICIO.

Mais uma vez vamos às contas.Lápis e papel,ou uma prosaica calculadora de 5 reais de um camelô de nossa cidade.Não precisa de Laptops e Softwares sofisticados,basta um pouco de atenção.Então vamos:Se na pior das hipóteses,e num ritmo normal cada equipe pode ter a posse de bola 2 vezes a cada minuto,em 10 minutos de cada quarto teria 20 oportunidades ofensivas,e num jogo inteiro 80.No sistema adotado pela seleção brasileira,que é o mesmo adotado por quase 100% de nossas equipes,de qualquer categoria e faixas etárias,o armador,o célebre jogador 1,ao iniciar QUALQUER das fantásticas jogadas coreografadas,dá um passe,geralmente para um dos pivôs,fixos ou não,na zona dos três pontos,e corre por trás da defesa adversária,numa trajetória elíptica que o faz ressurgir do outro lado da quadra,ficando afastado do fóco da ação armadora,percorrendo uma distância de aproximadamente 20 metros,que por nossa conta inicial perfazeriam 400 metros de correria no quarto, estando fora de suas funções de”cérebro” da equipe.Se participar de 2 quartos do jogo,correrá 800 metros como preparação física,deixando a armação para os alas e pivôs muito mais bem preparados do que ele,é o que podemos deduzir perante tal desempenho.Se for daqueles maratonistas que jogam a partida inteira terá corrido ao final 1600 metros sem a posse da bola,o que convenhamos seria um recorde digno do Guiness.Façamos as contas agora dos pivôs que ante os mesmos números apresentados para o”cérebro”,percorresse,ida e volta,os aproximados 6 metros de sua posição para a zona dos três pontos,num total de 12 metros para servir de passador ou executar bloqueios que o tiram sistematicamente fora da zona reboteadora.Fazendo as somas teriamos 240 metros por quarto jogado,e se fosse imprescindivel sua participação em 3 quartos seriam 720 metros de desgaste inutil.Aos alas somem-se numeros correlatos,e veremos ao final o quanto de desperdicio e energia é dispendido num sistema anacrônico e absurdo.Nessas contas não foram computados os deslocamentos em velocidades variáveis,da defesa para o ataque ,e vice-versa,e sim aquelas distâncias percorridas em movimentos inúteis e inóquos,mas que são “danados de se ver”de tão bonitos,segundo a ótica dos coreógrafos de plantão.
Uma das funções básicas de qualquer armador é estar presente e ativo em qualquer situação de jogo,pois cabe a ele,por suas qualidades de drible,finta e passe agilizar e municiar os demais jogadores,além de ditar o rítmo e efetuar as mudanças e ajustes necessários às funções ofensivas.Se forem dois os armadores,tais comportamentos técnicos duplicarão de valor,aumentando substancialmente a qualidade dos fundamentos mencionados.Mas claro,se se tratasse de um sistema oposto ao que ora se emprega,um sistema de posse responsável de bola,e não de uma ação que a mantem permanentemente em trânsito,em trajetórias em que ela será da posse de quem chegar primeiro,tornando a ação ofensiva escrava de deslocamentos lateralizados,de longa duração e sem sentido longitudinal,que é o fator a ser buscado por bons,simples e objetivos sistemas.Um efetivo sistema,dentro dos limites dos 24 segundos deve primar pela posibilidade de arremessos entre os 16 e 20 segundos,em ações equilibradas e precisas,destinando-se os 4 segundos restantes ás dificuldades inerentes ante defesas pesadas.É exatamente o oposto do que vemos e constatamos atualmente quando de uma ação armada,pois os contra-ataques não podem ser classificados dessa forma.Mesmo dentro do sistema de passing game,é fato que a presença de dois armadores melhora em muito certas e imutáveis deficiências do mesmo,pois alivia bastante as perigrinações incompetentes dos homens altos na zona dos três pontos.Com os atuais jogadores que possuimos,guardadas certas incoerências,como e principalmente a manutenção de pivôs com massas musculares que entravam seus movimentos,e até raciocínios,em detrimento de outros não selecionados,mas que primam pela elasticidade e velocidade,a adoção de dois armadores jogando e interagindo pelo perímetro,com simultâneo câmbio de posições dos três homens altos no âmago do garrafão,oferecendo permanentemente dois vértices de uma triangulação com um dos armadores,teriamos estabelecidas superioridades númericas em qualquer situação tática,dentro ou fora do garrafão,originando arremessos rapidos e com tempo suficiente para a precisão dos mesmos.Os homens altos,em permanente rodizio dentro do garrafão,estarão sempre aptos a receberem os passes em movimento,ação que anula a possibilidade de interceptação pelo defensor,ainda mais se for do tipo superpesado.Defensivamente,uma formação de homens velozes permitiriam a adoção de atitudes antecipativas e de marcação à frente,inclusive dos pivôs adversários,principalmente se forem os mesmos superpesados
mencionados anteriormente.Um exemplo clássico dessas disposições ofensivas e defensivas nos foi oferecido pela seleção feminina brasileira que se sagrou campeâ mundial na Australia,na qual as pivôs altas,e esguias,tornaram as pesadas adversárias da China e dos Estados Unidos,anuladas ofensiva e,principalmente,defensivamente falando.Infelizmente,na volta ao Brasil nossos experts técnicos massificaram nossas esguias atletas anulando uma conquista,que foi imitada pelas demais equipes nos campeonatos internacionais que se seguiram,inclusive as Olimpíadas.Mas o que vemos,com receio e temor,é a repetição dos mesmos erros que nos vem perseguindo nos últimos 20 anos,só que agora com uma profusão de técnicos,transmissores, laptops, softwares,e com a reluzente,colorida e superstar prancheta.Isso sem mencionar o fato de que,com a desculpa de que formam um grupo homogêneo e afinado,seja o técnico,dito e afirmado por todos como o principal,ter suas instruções interrompidas pelos outros técnicos sem a menor cerimônia,quando suas funções,de assistentes,jamais se permitiriam tais intromissões na hora da verdade.Quero ver,quando as coisas não derem
certo como irão se comportar,e não repetirem a afirmação dita por um deles de que a melhor posição numa comissão é a de assistente,pois quem se arrebenta é o principal. Já diziam os sábios-o peixe morre pela bôca.

QUE TAL UMA BELA E SALUTAR BRIGA DE FOICE?

Com tanta CPI devastando os subterrâneos do que há de pior em nosso país,uma outra discussão,não do calibre das CPI´s,mas de trancedental importância para os rumos do nosso basquetebol,urge em ser estabelecida,ao prêço que for,custe o que custar.Ai está o Voleibol,ganhando tudo,em todas as categorias,fazendo e divulgando história,pelo simples fato de ter estabelecido uma nova escola técnica e tática no mundo antes dominado por orientais e europeus.Ao recriar o melhor destes dois mundos,estabeleceu uma nova escola,hoje imitada e seguida por muitos países.Podem eles estabelecer uma homogênea e ampla sistemática de fundamentos e táticas, por serem os criadores de uma nova e inventiva forma de preparar,treinar e especializar jogadores em todas as faixas etárias,pois desenvolveram todo um sistema que utiliza ao máximo as potencialidades de nossos jóvens,atendendo às suas qualidades intrínsecas de latinos,mesclado-os com o que de melhor puderam adaptar dos orientais e europeus.Souberam,além disso selecionar em todas as etinias que compõem nosso universo multi-racial aqueles elementos que melhor pudessem assimilar a nova proposta.E os maiores responsáveis por toda essa revolução foram os técnicos,que de uma forma aceitável conseguiram unir um grande número de profissionais em torno do ideal comum,respeitando-se salutares e benvindas divergências,mas concordes no fóco principal e revolucionário,uma nova e também revolucionária escola de volibol.E ai estão os resultados,formidáveis,irretocáveis e profundamente inteligentes.Enquanto isso tudo ocorria,nossos técnicos mergulhavam de cabeça no”basquete internacional”
todos em busca do velocino de ouro,mas ao não se amarrarem ao mastro de seus navios,tal qual fizera Ulisses em priscas eras,foram tragados e levados pelo canto das sereias,onde até hoje estão,perdidos e devidamente afogados.Ontem mesmo um Sr.Joe Santos,vem a nossa terra,na qualidae de procurador,ou sei lá o que ,do jogador Nenê,para afirmar que uma solução para a seleção brasileira,e quiça,para os jovens praticantes de nosso país é termos na direção de nossa equipe um técnico americano,pois os nossos não souberam tirar proveito das qualidaes de seu pupilo nos Jogos do Pré-Olimpico.Engraçado, é que nem os técnicos da equipe profissional americana também não encontraram solução para nosso bravo pivô,fazendo-o jogar como ala,deixando-o naquele espaço de terra de ninguém entre a ala e o miolo do garrafão.Em alguns jogos que foram transmitidos dava pena ver aquele gigante correndo
de cêsta a cêsta de bússola na mão a procura da bola.Afirmar que foi sub-utlilizado no Pré-Olimpico sôa muito mal quando comparado com a sua sub-utilização na equipe do norte.Ademais,fica a pergunta ainda não formulada-Por que a preparação para uma temporada da NBA é sempre antagônica às necessidades de uma seleção brasileira?Quais
fatores e exigências são fundamentais para aquele campeonato,que não se coaduna com os da FIBA? Deixo para o seu Santos responder,em inglês,e se possivel na terra dele.
Essas absurdas interferências ferem de morte o prestigio de nossos técnicos,se é que ainda têm algum,dentro do amado universo do “basquete internacional”.Por termos chegado ao fundo do poço,temos duas opções a escolher: Lá permanecer em berço não tão explêndido assim; ou tentar escalar suas fundas paredes e emergir pela borda,para uma sacrificada redenção,em busca do que perdemos,pois muito antes do volibol fundar sua nova escola,tinhamos a nossa,inigualável e vencedora.Tinhamos campeonatos de equipes de base que alimentavam nossas equipes de elite,em todos os campeonatos,nacionais e internacionais.Tinhamos,inclusive escolas nossas,a paulista,a carioca,a mineira com seus pedaços de esparadrapo acima de uma das vistas,a gaúcha,a pernambucana,a goiana,e tantas outras,que apesar das diferenças mantinham um cerne em comum,a velocidade,a capacidade reboteadora,a pujança nos arremessos,e acima de tudo o orgulho de jogar bem e vencer com dignidade.Tivemos tecnicos maravilhosos em suas diversidades,mas uníssonos em sua brasilidade e amor pelo que era nosso.Hoje falam um inglês de praça Mauá para instruir americanos de quinto escalão,e copiam uns dos outros o mais obscuro dos sistemas de jogo,o passing game.Que tal uma bela e salutar briga de foice,uma formidavel discussão do que poderemos fazer em termos técnicos e táticos.Que cada um trouxesse suas experiências,seus filmes,videos ou uma simples fóto,suas estatísticas,suas idéias,seus anseios.Que se organizassem encontros regionais,para que mais adiante seus representantes se reunissem em polos regionais,para finalmente se encontrarem no climax nacional e resolvessem de uma vez por todas como e de que forma ensinaremos e prepararemos nossos jovens,como treinaremos nossas equipes,em torno de que sistemas,para daqui a um relativo longo tempo possamos ter nossas seleções de volta ao seu lugar de merecimento.Se existem verbas para encontros de politicos do esporte,por que não dos técnicos?Por que as associações de veteranos não poderiam iniciar os entendimentos para esses encontros?Afinal todos seus participantes e sócios foram, de alguma forma, beneficiàrios deste magnifico jogo.Por que não tentar ajudá-lo promovendo seu soerguimento técnico,com os técnicos? Sairão discussões? Claro,e muitas,mas não tão graves como a atual situação de insolvência do basquetebol brasileiro. Coloco-me na primeira linha dessa campanha,pois devo ao basquetebol os melhores anos de minha vida.Ai está a proposta.