A EQUIVOCADA BASE…

  1. Clayton 11.10.2011

Caro Professor Paulo Murilo,

Dias atrás levei as alunas de minha escola para uma competição escolar, são meninas com faixa etária de 12 anos.
Não pude participar do congresso técnico, um professor representante da escola foi, no entanto, não foi acatada a sugestão de a competição ser no formato de Basquete 3, conforme a sua sugestão tempos atrás.
Porém, ficou decidido que não poderia ter marcação pressão na saída de bola, dessa forma, somente marcação depois do meio da quadra.
No jogo, o professor da equipe adversária, meu amigo por sinal, ficou revoltado porque meu time não estava fazendo marcação por zona, e acabou inclusive sendo expulso do jogo pelas insistentes reclamações.
Ao termino do jogo, conversamos, e disse a ele que a única orientação que eu tinha recebido era sobre a não marcação sob pressão, e minhas alunas nem saberiam jogar em zona.
Não me recordo se li aqui no blog, mas me parece que nas categorias de base é melhor aprender a marcação individual, pois quando nas categorias maiores, o atleta terá dificuldades de realizar com eficiência a marcação, o Professor compartilha dessa opinião?
As meninas jogaram sem posições pré-definidas, jogaram livres pela quadra, apenas enfatizei a importância de todas voltarem para realizar a marcação. Para minha surpresa, no segundo ano que participamos ganhamos de uma escola com tradição no basquete, tudo a base de pequenos jogos, basquete 3, sem focar na realização de exercícios sem muita conexão com a realidade do jogo. Me parece que está dando resultados…
Abraços!

Recebi esse comentário ao artigo O Futuro… de 8/10/11, e que bem demonstra o estágio em que se encontra a formação de base em nosso país, e vindo de uma cidade de tradição no basquete como Sorocaba.

O Prof. Clayton, que participa bastante com as discussões aqui no blog, nos coloca de frente a um dos maiores fatores de nossa fragilidade nos fundamentos, a mais completa ausência de uma orientação fortemente baseada em conceitos de ensino e aprendizagem voltados ao crescimento físico, nervoso e mental gradual dos jovens que se iniciam na pratica desportiva, agraciados com regras adaptadas às suas condições de maturidade que seguem ritmos pessoais diferenciados, mesmo dentro de suas faixas etárias, no que se constitui na verdadeira missão de uma ENTB compromissada com essa tão critica necessidade ainda bem ausente.

Por muitas vezes aqui publiquei artigos que defendiam adaptações às regras do jogo, a fim de compatibilizá-las com as limitações inerentes a cada faixa etária dos jovens alunos, respeitando-as e desenvolvendo-as dentro das naturais exigências de cada uma delas, numa progressão coerente e acima de tudo, responsável.

Dentre as necessárias adaptações destaco:

– Adequar a altura das cestas e tamanho e peso da bola para os mirins e infantis, no sentido de tornar o ato técnico de arremesso e controle de bola dissociado do fator força sobrepujando a técnica de execução.

– A proibição das defesas zonais até a categoria infanto juvenil, se bem pretendermos desenvolver as técnicas defensivas como um fundamento prioritário ao desenvolvimento do jogo no país.

– A extensão do tempo de posse de bola para 40seg para mirins e infantis, e 35seg para infantos, no intuito de reforçarmos os fundamentos defensivos, inclusive sob o aspecto físico mental, base para as demais formas e conceitos defensivos mais sofisticados, além do evidente reforço nas concepções ofensivas pela maior permanência da posse de bola, quando a leitura progressiva de jogo encontrará um sólido campo de experimentações e natural evolução.

– Nas divisões iniciais, a obrigatoriedade de participação no jogo de pelo menos um dos quartos, e nunca mais de dois quartos sucessivamente, magistral regra do minibasquete, que promove e reforça o principio de equipe desde o inicio do processo de ensino e aprendizagem do grande jogo.

Enfim, muito ainda poderia ser dito e discutido em torno de um tema tão básico e apaixonante como esse, no que seria o combustível inesgotável de uma verdadeira associação de técnicos voltada para o desenvolvimento efetivo do grande jogo, onde a participação de todos contribuiria para tal fim, tendo como começo a vontade férrea de atingi-lo. Enquanto afastados e dissociados dessa magna função, nossos técnicos podem ser considerados, também, responsáveis pelo atual e fragmentado estágio na formação de base, sem a qual não iremos a lugar nenhum no conceito interno, sequer no internacional.

Eis o grande desafio que se apresenta, e que julgo absolutamente inadiável.

Amém.

FOTOS-Enviadas pelo Prof. Washington Jovem de Vitória,ES, num bom trabalho de formação de base.

INTELIGENTE E SAGAZ…

Inteligente e muito sagaz esse técnico do Flamengo, ao iniciar o jogo em Brasília com o quarteto estelar recém contratado, mais o referencial do time, Marcelo. Leandro, Caio, Kammerichs e Jackson viram a bola ir ao alto e permanecer por lá para sua equipe, batida sem dó por um adversário tradicional que atua junto a muito tempo, e mesmo que se utilizando de um sistema padronizado tinha os jogadores certos para cada posição ocupada na quadra de jogo.

E por que inteligente e sagaz? Pelo simples fato de cumprir um acordo movido por interesses econômicos e promocionais numa abertura de temporada,  expondo um produto de alta qualidade individual, que dificilmente poderá se abster de jogadores não tão medalhados, em nome de um conjunto harmônico e equilibrado, uma equipe enfim.

Aí estão os caras, torcida fanática e analistas de plantão (quando para ambos os “nomes” é que importam…), ai estão, mas… funcionam em grupo?

Para qualquer técnico iniciante, torcedor lúcido ou analista com um mínimo de conhecimento do grande jogo, claro que não funcionaria jamais, ou o Leandro, vindo de uma Liga onde as flutuações defensivas são proibidas, e os armadores atuam em duplas, encontraria facilidades em suas feéricas penetrações em passadas e não através dribles contínuos? Nunca, daí sua declaração ao final da partida se dizendo surpreendido com o jogo físico mais intenso aqui do que na Liga em que atua a nove anos, como se não soubesse disso. Além do mais, um pivô de alta mobilidade, como o Kammerichs dificilmente reduziria e coordenaria sua velocidade com um pivosão como o Caio, assim como um Jackson se afinaria com o Leandro de características semelhantes. Sobrava o Marcelo, que perdido nessa galáctica indefinição tática nada pode fazer para minorar o estrago inicial, a não ser assumindo a armação, abrindo mão de sua arma contumaz, os longos arremessos.

Pronto hinchada, satisfeitas as apresentações, vamos ao que interessa, tentar ganhar o jogo, mesmo estando bem atrás no marcador. Coloquemos um armador de oficio, um pivô tão rápido como o argentino, para movimentar o perímetro interno dos candangos, recoloquemos o Marcelo onde sabe jogar e atuar, e vamos ver no que dá!

Claro, empatou e tomou uma boa dianteira, que se mantida a nova formação poderia vencer sem margens a dúvidas.

Mas, e o investimento, o marketing, os altos interesses em jogo, como ficariam? Volta todo mundo, e seja o que os deuses quiserem… e não quiseram pela obviedade da ação, e  ponto.

Entrementes, a equipe do planalto central, experiente, batalhadora e unida em torno de uma base sólida e testada, mantendo sua proverbial produtividade, liderada por um Alex inspirado, sem sofrer rupturas e desvios táticos, soube administrar as oscilações rubro negras, para vencer com justiça um jogo que de amistoso teve muito pouco, e perante um excelente público numa manhã de domingo.

O técnico argentino vai ter sérios problemas para o NBB4, principalmente na administração estelar que ajudou a formar, mas que deveria jogar sem prioridades de escalação, já que existem posições conflitantes dentro do sistema que se propôs a introduzir na equipe, fator este que impossibilita adaptações frente a características de alguns jogadores, antagônicas que se tornam para o mesmo.

Mas, quem sabe, o término do locaute na NBA não venha minorar bastante as sérias dúvidas que assaltarão, com certeza, os conceitos de jogo e equipe do nosso hermano?

Que é inteligente e sagaz ao administrar egos e interesses de fora e dentro da quadra, sem dúvida, mas será suficiente para vencer o NBB4?  E se o locaute persistir? Tenho lá minhas dúvidas.

Amém.

O FUTURO…

Daqui a um pouco se iniciará em São Sebastião do Paraíso a LDO, Liga do Desenvolvimento Olímpico, competição sub 21 patrocinada pela LNB.

Trata-se de uma excelente iniciativa, mas como toda primeira vez, repleta de expectativas e dúvidas, mas ansiada, desejada e… desafiadora.

Sem dúvida alguma, uma competição voltada aos jovens que transitam entre o fim da formação e o inicio do ciclo profissional torna-se importante, não só como um fator de renovação, mas acima de tudo, como um processo de evolução técnico tática, no qual fatores evolutivos se somam à juventude aberta a tais vôos, fundamentais ao soerguimento do grande jogo.

Infelizmente, a divulgação visual do mesmo é praticamente vetada àqueles que seriam os maiores beneficiários, os jovens técnicos e praticantes do país, ciosos de exemplos a seguir, de liderança, de inspiração.

A veiculação de pelo menos um vídeo por rodada na grande rede, em muito atenderia essa necessidade de informação visual, básica no processo de aprendizagem e fixação dos fundamentos do jogo,  suas correlatas aplicações técnicas no contexto de equipe, que encontraria nos vídeos seu veículo ideal na divulgação e entendimento do mesmo, e que se comentados por professores e técnicos da modalidade, maior seria seu alcance educativo e produtivo, pois seriam vistos, comentadas e analisados, não como somente um produto de lazer desportivo, mas como uma etapa fundamental do processo ensino-aprendizagem do grande jogo.

Vídeos com etapas e comentários de treinamento das equipes também poderiam fazer parte desse pacote, complementando um projeto pleno e verdadeiramente evolutivo.

Finalmente, um torneio de tiro curto como esse, terá de se encaminhar para uma solução próxima ao do formato NBB, pois o fator  temporada, onde treinos e jogos se complementam, significa e fundamenta o processo de amadurecimento dos jovens aspirantes à divisão superior, através as rotinas de treinamento e jogos, além , e isso deveria ficar bem claro, a continuidade de seus estudos, não conflitantes com a preparação de suas equipes. Com certeza, esta seria a grande conquista, a grande meta a ser alcançada pela LNB.

Torço para que essa nova etapa beneficie e desenvolva o grande jogo no país, tendo como meta inicial nossa participação olímpica em 2016.

Amém.

O CAMINHO POR VIR…

Vencer uma final de pré olímpico por mais de 40 pontos (74×33), demonstra em toda a sua extensão o enorme fosso que separou a seleção brasileira das demais, apesar de em algumas partidas mostrarmos sérias deficiências nos fundamentos, principalmente nas alas.

Mas num fundamento mostramos uma clara evolução, a defesa, que foi o fator determinante no resultado final. O exemplo de coletivismo defensivo da seleção masculina, numa competição onde os adversários foram mais qualificados do que na competição feminina, parece que inspirou positivamente a equipe e sua comissão técnica, mesmo com algumas falhas pontuais no posicionamento defensivo de algumas jogadoras, e pelo fato de não adotarmos a defesa frontal das pivôs adversárias, que nas Olimpíadas serão muito superiores às desse pré olímpico.

No entanto, algo de muito positivo aconteceu nesse jogo final, quando nos dois últimos quartos ensaiamos jogar com duas armadoras e duas pivôs, numa ação de jogo interior que praticamente liquidou toda e qualquer possibilidade reativa da equipe argentina, incapaz de frear o poder ofensivo interior e a esmagadora superioridade nos rebotes.

A seleção está bem servida de boas e talentosas pivôs, podendo desenvolver sistemas de jogo que as priorizem, como poucas equipes poderão fazê-lo em Londres, numa perspectiva que deveríamos investir com vigor e inteligência, fugindo de vez do estereótipo técnico tático que nos empobreceu nas últimas duas décadas, apresentando algo de inovador frente ao sistema único adotado pelas demais seleções classificadas, inclusive a nossa. Erika, Clarissa, Damiris, Francilene, Nadia, formam uma boa base para um jogo interior forte e ousado.

Mas tal evolução necessitaria de uma dupla e permanente armação para alimentá-la com precisão (como a ensaiada nesse jogo final), além do apoio mútuo ante defesas pressionadas, assim como um apreciável reforço defensivo pela velocidade de deslocamento e combate efetivo à armação adversária. Agindo dessa forma, nossa deficiência nas alas seria bastante atenuada, pois de dois em dois também se vencem jogos, por mais duros que se apresentem, além do fator inovador, em nenhum momento previsto por um basquete formatado e padronizado internacionalmente. Se jogarmos dentro dos padrões vigentes, teremos poucas chances de enfrentamento, ante seleções fundamentalmente mais bem preparadas do que a nossa.

Enfim, é certo que as classificações olímpicas nos beneficiará na retomada do prestigio do basquete tupiniquim, o que não é pouco, mas não suficiente se não mudarmos nossa forma de jogar, e preparar as novas gerações estruturadas numa formação sólida da base, onde os fundamentos terão de ser desenvolvidos e ensinados através técnicas didática e pedagogicamente bem planejadas, sendo essa a mais importante missão de uma ENTB convenientemente reestruturada e redimensionada para a execução de um projeto de tal envergadura.

Parabéns às jogadoras e comissão técnica que conseguiram tão importante feito, mas agora é que começa, de verdade, o caminho olímpico.

Amém.

Foto Divulgação FIBA. Clique na mesma para ampliá-la.

DAMIRES E OS FUNDAMENTOS…

Terminado o primeiro quarto do jogo, simplesmente não consegui retornar para o segundo, o terceiro, mas o fiz no quarto, ainda incrédulo com o baixo nível nos fundamentos do jogo, por ambas as equipes. Se brasileiras e canadenses formam as duas melhores equipes deste pré olímpico, independendo de qual se classifique, muito pouco alcançarão em Londres, pois conseguem cometer erros básicos numa sucessão assustadora, senão constrangedora.

Claro, acontecem exceções, muito poucas, mas acontecem, e a Damires é uma delas, e muito mais por conta de sua espontânea vitalidade, força e coordenação motora, do que o real conhecimento e domínio dos fundamentos básicos, que aos 18 anos já deveriam estar bem aprendidos e sedimentados, para que ao nível de uma seleção nacional, se impusesse consistentemente, e não em oscilantes lampejos.

Assim como ela, a Clarissa e a Babi, possuem um grande talento, que será definitivamente perdido se uma forte indução aos fundamentos não for priorizada, muito além , muito mesmo, antes de introduzi-las em coreografias impostas e pranchetadas, sem que as mesmas possuam o competente domínio técnico individual para exequibilizá-las.

Em um artigo aqui publicado em 1/8/2011, UM TALENTO MVP, apontei um erro de empunhadura da Damires, que tornava seus arremessos inseguros e não direcionados com firmeza, comparando sua técnica com a da jogadora americana Hartley, no momento decisivo da soltura da bola. No jogo de ontem, vislumbrei uma boa evolução nessa técnica (vide fotos), na qual a palma da mão cedeu o contato na bola às pontas dos dedos, tornando factível o alinhamento do polegar e mínimo ao nível horizontal do aro da cesta, dando aos três dedos centrais a correta função de acelerar e impulsionar a bola à mesma. Seu bom aproveitamento nos curtos arremessos, e mesmo nos longos durante o jogo, atestou essa bem vinda evolução, contrastando com algumas sérias falhas a ser corrigidas o mais rápido que for possível.

Damires pegou 11 rebotes, mas em todos eles chegou ao solo com o rosto direcionado da mesma forma de quando os captou no ar, que quando defensivos, com a vista voltada para a linha final. Se no momento do domínio da bola girasse seu corpo em 180 graus, teria o mais amplo domínio visual da quadra possível, podendo rapidamente localizar companheiras livres, desencadeando contra ataques mais velozes, ou mesmo saindo driblando para o ataque. Nos ofensivos, tal rotação a dotaria do posicionamento de tripla ameaça, podendo driblar, passar ou arremessar com mais precisão, já que evitaria o bloqueio verticalizado das defensoras.

Mas é no ato de driblar, origem dos cortes, mudanças de direção, e decorrentes passes em velocidade, que comete o mais elementar dos erros, o olhar para a bola (vide foto do jogo com o Paraguai), quando perde o contato visual de suas companheiras e o posicionamento defensivo das adversárias, tornando a ação eminentemente pessoal, que é o erro mais freqüente da maioria das alas e pivôs da seleção, sem contar a ausência da ambidestralidade.

Em hipótese alguma um(a) jogador(a) deverá olhar para a bola, em nenhuma situação de jogo, e sim percebê-la se utilizando da visão periférica, e a angular quando exerce o drible. São visões que se complementam na dinâmica do jogo, que juntamente ao domínio do equilíbrio corporal, compõem as bases estruturais do mesmo, do grande jogo.

Como vemos, talento, estatura, força física, inteligência e criatividade temos em boa conta, nos faltando fundamentação técnica, sem a qual nenhum sistema de jogo funcionará a contento, se é que funcionará, a não ser nas ilusórias e fantasiosas mentes de muitos de nossos técnicos e suas gloriosas pranchetas, só que elas não driblam, passam, fintam, defendem, saltam, reboteiam e arremessam com um boa dose de qualidade e competência. Ficam lá, no colo ou no chão, emitindo traços e rabiscos desconexos, como a exigir movimentos e ações através uma sofisticada coreografia, cuja concepção ignora propositalmente que a maioria daqueles atentos circundantes não possui fundamentação técnica para atendê-la. Essa é a triste realidade. Tem correção?

Sim, mas não nas mãos de estrategistas.

Amém.

Fotos O Globo e Divulgação FIBA. Clique nas mesmas para ampliá-las.

UMA COERENTE CONVOCAÇÃO…

Todo bom professor, assim como os técnicos desportivos sabem muito bem o que venha a ser uma progressão pedagógica, que é uma somatória de elementos didáticos cuja resultante é a sólida aprendizagem de um, ou mais módulos de ensino.

Quando essa progressão é descontinuada, acontecem fraturas na aprendizagem dos módulos propostos, criando vácuos, que se não preenchidos, põe a perder grande parte dos esforços despendidos até aquele momento.

O técnico Magnano, não somente sabe, como demonstra conhecer esse mecanismo com o seu metódico trabalho, buscando um novo posicionamento de comportamento técnico tático da seleção, cuja conquista da classificação olímpica demonstrou o acerto inicial de seu trabalho. No entanto, a meta a ser atingida em Londres, ainda carece de um maior preparo, no intuito de serem sanadas ou atenuadas carências ainda existentes na equipe, que se não for mantida a continuidade do árduo trabalho, as fraturas acima mencionadas se imporão irremediavelmente, principalmente na armação e no jogo interior ofensivo, e na sedimentação do rígido conceito defensivo que implantou.

De frente a tão complexos aspectos para a formulação de uma competente estratégia visando os sérios, rudes e tão próximos embates olímpicos, é que o sagaz argentino efetuou essa convocação, que está coalhando a grande rede de comentários que vão do esquecimento de determinados jogadores, ao prejuízo que estará causando aos clubes a que pertencem os selecionados, numa discussão onde as causalidades deveriam ceder espaço às verdadeiras intenções do mesmo.

Vejamos por partes:

– Os jogadores do Brasília, Alex, Guilherme e Nezinho, dos mais experientes e veteranos da seleção, sofreram uma grande mudança técnico comportamental sob o comando do Magnano, principalmente no posicionamento defensivo e na contextualização do coletivismo proposto e  exigido por ele, mas ainda carecendo de importantes ajustes, a fim de que tais comportamentos fossem mantidos durante todo o transcurso dos jogos, sem sofrerem oscilações das que ocorreram amiúde em Mar del Plata. A participação desse trio em mais uma intensa rodada de treinamento, aproveitando o fato da equipe candanga não disputar grandes torneios até o Pan, seria a grande oportunidade para que o Magnano influenciasse esse importante núcleo no que acredita ser o caminho a ser tomado pela seleção.

– O mesmo poder-se-ia afirmar sobre a dupla flamenguista, também liberta de sérios torneios até o Pan, e assim como o pessoal de Brasília, necessitada de um reforço de aprendizagem no conceito Magnano de ser e jogar.

– Como o Spliter, apesar da greve na NBA, não se dispôs a jogar campeonatos fora dos Estados Unidos, arriscou o Magnano sua convocação, talvez a mais acertada, visto a baixa produtividade do excelente pivô, mais retrabalhado do que treinado nos Spurs, numa mudança de fundamentação técnica que, saltando aos olhos, o fez, infelizmente, regredir em seu excelente condicionamento europeu. Essa nova rodada de treinamento, principalmente fundamental, seria de ótima valia para ele.

– Benite, Murilo e também o Nezinho, com a ausência dos europeus e do Marcos, único dos básicos envolto numa competição de alto nível, onde seu clube investiu prodigamente, teriam uma nova oportunidade de se inserirem nas conceituações do Magnano, agindo quase como um personal training para uma competição, que se não tão importante no plano internacional, mas perfeitamente apta a um melhor preparo visando Londres.

– Quanto aos novos, o armador Davi, o ala armador José Roberto, o ala Bruno, e o pivô Cristiano, constitui-se numa convocação justa, pois visando a necessária renovação, já a situa dentro dos conceitos do argentino, mantendo sua coerência de trabalho.

Enfim, como continuidade de um trabalho, aparando arestas diagnosticadas e sentidas no pré olímpico, nesse momento antecedente ao Pan, e com vistas a Londres, creio que o Magnano agiu com precisão e inteligência, guardando suas observações finais quando do acompanhamento do NBB4, e de certos óbices que todos, de dirigentes e agora jogadores outrora críticos, colocaram em suas mãos, sobre a dupla da NBA, participar ou não (será que teremos ressuscitado Pilatos?…), numa situação que o porá a prova perante si mesmo, ainda mais se tratando de um hermano, colocada por outros não tão irmãos assim.

Creio que tomadas de posição acionadas de livre arbítrio por adultos responsáveis, sabedores da significância de uma camisa de seleção nacional, não deveriam ser discutidas, nem proteladas, já que tomadas voluntaria e espontaneamente, cabendo tão somente a todos nós desejarmos que prossigam suas carreiras felizes e realizados, e somente isso.

Amém.

Foto divulgação FIBA Americas. Clique na mesma para ampliá-la.

“O BASQUETE MODERNO”…

Percorri todos os canais que transmitiram o Eurobasket, profundamente interessado pelas análises técnico táticas dos especialistas que cobriram os jogos de algumas das melhores equipes do mundo FIBA.

Aguardei ansioso analises sobre os sistemas de jogo empregados, suas concepções, evoluções, novidades, até mesmo retrocessos, mas o que nos era informado jamais ultrapassava o 5 x 5, imbatível num momento, inseguro em outro, inexistente mais adiante, ah, que em alguns momentos a zona 2-3 era utilizada, em outros a pressão ½ quadra, e só.

Mas os tocos fantásticos, os petardos de três arrasadores, as sublimes enterradas, as inenarráveis pontes aéreas e o coletivismo mágico dos espanhóis, galgaram o Olímpo reverencial, o supra-sumo da arte desportiva, o basquete moderno.

No entanto, por se tratar de um jogo de equipe, esperava que fossem salientados, discutidos e analisados aqueles aspectos que realmente pudessem concorrer para o desenvolvimento do nosso basquete, afinal de contas estavam se apresentando as melhores equipes européias, que junto à equipe norte americana serão nossos adversários diretos em Londres.

Esperei em vão por algo incompreensível para todos, já que definitiva e lamentavelmente atados ao sistema único, o único que conhecem e defendem.

Então, gostaria de apresentar a todos esses senhores a seleção do campeonato, eleita pelos bons entendedores do grande jogo na Europa, e cuja formação, na foto acima, conta não com dois, mas três armadores (vá lá, o Navarro é um ala-armador, mais armador do que ala…) e dois alas pivôs, rápidos, ágeis, flexíveis, e acima de tudo, hábeis nos fundamentos do jogo.

Kirilenko, McCalabbe, Parker, Navarro e Gasol, que juntos às suas seleções derrubaram os últimos resquícios do basquete paquidérmico, estático e marcado por jogadas coreografadas, fazendo eco à pequena revolução patrocinada pela equipe campeã mundial do Coach K, definiram o rumo e a concepção de jogo que será estabelecida em Londres, e que, infelizmente ainda é solenemente negada entre nós (mas, embrionariamente ensaiada na seleção), a da dupla armação e dos alas pivôs dinâmicos e tão bons nos fundamentos quanto seus companheiros de armação, guardadas as devidas proporções, que são concepções advindas do mais profundo e vasto preparo nos fundamentos desde as divisões de base, e sua manutenção nas divisões adultas, e mesmo nas seleções.

-Dois armadores e três alas pivôs? Alguém já pensou isso por aqui?

-Certeza que sim.

-Onde, quando, por onde anda?

-O que importa, não o tiraram de circulação?

-Triste…

Amém.

INQUESTIONÁVEIS DIFERENÇAS…

Foram duas grandes semi finais no pré olímpico europeu, mas ambas com uma característica em comum, o fortíssimo jogo interior, onde montenegrinos, espanhóis, russos e franceses apostaram todas as suas fichas no mesmo, insistindo com seus pivôs extremamente ágeis e velozes, comprimindo as defesas, e consequentemente liberando o perímetro externo para os arremessos de média e longa distâncias, equilibrados e precisos.

Obviamente, criaram-se situações em que as defesas foram obrigadas ao combate externo, originando uma terceira via, a dos cortes e penetrações em alta velocidade, e o mais emblemático, é que tais situações técnico táticas foram as mesmas para as quatro equipes, variando somente nos momentos em que foram exequibilizadas.

Identicamente, espanhóis e franceses tiveram em seus terceiros quartos os momentos em que uma conjunção de jogo interno, penetrações externas e arremessos de três foi a responsável por suas incontestáveis vitórias, levando-os a final, já classificados para Londres.

Se formos mais explícitos, todos jogaram em dupla (e até tripla) armação, dois pivôs dentro do garrafão e um ala que em muitas oportunidades agia como um terceiro pivô, numa formação tática que desconhecemos(?) e não ousamos(?) utilizar por aqui, onde as exceções não contam…mesmo.

Era engraçado ouvir um dos comentaristas televisivos um tanto evasivo, já que entusiasta dos arremessos de três, que segundo ele é o modus vivendi do basquete moderno, ante a realidade do jogo interno de 2 em 2, apresentado pelas equipes semi-finalistas, tão em desacordo com suas inabaláveis concepções de jogo, omitindo o que naqueles momentos ficava claro à análise de quem entende o grande jogo, o fato de que para todas aquelas excelentes seleções, e por extensão, ao basquete que praticam em seus países, serem os arremessos de três complementares, e não a base de seu jogo.

Mas para além de qualquer outra consideração, um fato marcava e delimitava a atuação das excelentes equipes, seu insuperável sentido de equipe, onde cada peça exercia sua função visando um todo, fossem estrelas ou não, nas quais um Parker, um Navarro, um Kirilenko, um McCalabbe, trabalhava e lutava em torno de um bem comum, com a humildade dos grandes campeões.

Também nos classificamos no Pré Olímpico de Mar del Plata, e encontraremos franceses e espanhóis em Londres, mas será que estaremos em igualdade de condições técnico táticas com os mesmos e  outras equipes não menos competentes?

Se não contarmos com uma trinca de bons armadores, podendo usar uma dupla armação, e não somente o Huertas, não jogarmos com pelo menos dois pivôs com boa movimentação ofensiva e ação antecipativa  na defesa, como a marcação à frente dos pivôs e altamente treinados no bloqueio de rebotes, e uma boa dupla de alas, que atuem em penetração ou mesmo como um pivô móvel, e principalmente, se nos conscientizarmos de que os arremessos de três fazem parte do jogo, e não se constituem no jogo, teremos razoáveis chances em Londres, que só não serão de primeiro plano, pelo fato inquestionável da sempre presente deficiência que nos pune naqueles mais importantes e definidores momentos de um jogo decisivo, nossa ainda não contornada e corrigida deficiência nos fundamentos do jogo, que sonho seja a nossa meta prioritária para 2016.

Amanhã, às 15hs poderemos assistir a grande final entre espanhóis e franceses, num jogo que deveria ser gravado por todos os nossos técnicos, para sempre se lembrarem de como jogar com os pivôs, de como dividir responsabilidades entre dois armadores, de como devem atuar os alas, dentro ou fora do perímetro, e não ficarem atrelados ao sistema único de jogo, responsável pela perpetuação de técnicos e jogadores irmanados num corporativismo  garantidor de empregos e posições destacadas em nosso engessado basquete.

Precisamos fugir e nos livrar dessas nefastas amarras, adotando conceitos plurais, abertos e instigantes, desde a base, priorizando os fundamentos individuais e coletivos, e principalmente preparando e treinando na pratica nossos futuros técnicos, acompanhando e assessorando-os em seus locais de trabalho, e não provisionando e certificando-os em cursilhos de 4-5 dias através uma ENTB/CBB/Cref, equivocada didática, pedagógica e tecnicamente falando.

Cinco anos nos separam da Olimpíada no Rio de Janeiro, e urge em caráter absolutamente prioritário mudarmos nossa forma de ver, estudar, pesquisar, preparar e desenvolver o grande jogo no país, e para começar que se façam presentes, atuantes e executantes os verdadeiros professores e técnicos existentes e politicamente esquecidos do país, pois fora isso nada mais poderá, como não está podendo, ajudar em nosso soerguimento. Essa é a nossa realidade.

Amém.

Foto-Divulgação FIBA.

RECADO(MAIS DO QUE)DADO…

Agora que a poeira e a adrenalina baixaram, que tal uma isenta e real análise de nossa classificação num jogo difícil, pegado e decidido ao ser arranhado o paradigma de um ainda não sedimentado coletivismo?

E que arranhão foi esse, caro Paulo?

As bolinhas caíram (5/13 no primeiro tempo-4/11 no segundo) naqueles momentos mais críticos do jogo, mesmo que sua percentagem não tenha ultrapassado os 38%.

E de que forma caíram num jogo em que as ações internas foram tão intensas?

Exatamente pela compressão defensiva no miolo do garrafão dominicano, tornando seu perímetro externo mais liberto, onde uma improvável dupla armação formada pelo Huertas e o Alex (opção permanente do Magnano, já que os dois participaram do jogo inteiro, visando prioritariamente a consistência defensiva do nosso perímetro externo, ante a inexperiência técnica nos fundamentos de defesa dos armadores de oficio, Benite, Luz e Nezinho), propiciavam na intensa rotação de passes o posicionamento frontal do Marcelo Machado frente a um defensor quase sempre de menor estatura (vide foto), numa condição de arremesso padrão do veterano, e ontem eficiente jogador (5/8 nos arremessos de três).

E as bolinhas caíram naqueles momentos mais decisivos, mas não como produto de tentativas desequilibradas e aventureiras de antanho, e sim como resultado de intensas ações ofensivas, em que a bola transitava dentro e fora dos perímetros, até que encontrasse um jogador bem posicionado para as conclusões, que na preferência do excelente técnico deveriam ser aquelas mais próximas à cesta, mais precisas e eficientes, como foram nos jogos antecedentes, daí o arranhão acima mencionado, e para muitos, mais torcedores do que técnicos, benditos arranhões, mas que numa competição olímpica onde as contestações serão mais qualificadas, poderão gerar sérios problemas, principalmente pela baixa produtividade, que ficou ontem nos já mencionados 38%.

No entanto, analisar somente o poder das bolinhas não faz justiça aos demais setores da seleção tão bem preparada e dirigida pelo Magnano e seu eficiente assistente e confidente Duró (e que seus dois outros auxiliares tenham realmente apreendido algo sobre a arte de liderar equipes de alta competição…), inclusive sob o aspecto tão criticado pela mídia televisiva de não permitir microfones nos seus pedidos de tempo, não se expondo a “achismos” decorrentes de suas ordens e instruções, obrigando a mesma a dar tratos à bola para comentar tecnicamente um jogo, pelos seus próprios conhecimentos(?).

Magnano conseguiu em grande parte incutir o que venha a ser jogar coletivamente, mesmo perante egos tão influentes no seio da seleção, e o conseguiu muito mais por sua personalidade perfeccionista, do que pelo título olímpico que ostenta, tendo inclusive rompido a barreira da histórica rivalidade entre nós e seu amado país, ao ser aplaudido pelos dois.  Mas, um falha e equivocada convocação, praticamente o deixou com uma base de 7-8 jogadores, mesmo numa decisão classificatória  tão disputada como a de ontem, quando as saídas por faltas dos pivôs mais atuantes, originou as tomadas de decisão que culminaram nas bolinhas redentoras.

Ainda assim, o saldo do trabalho minucioso e detalhista do argentino, apresenta um resultado altamente benéfico ao nosso basquete, principalmente no conceito “equipe”, e não um ajuntamento de cardeais em torno de um delfin, que caracterizaram nossas seleções nos últimos anos, e cujos últimos remanescentes aparentam terem se conscientizado a respeito (assim deveremos esperar…)

Finalmente, mesmo ainda não sabendo o que nos espera na decisão de hoje, que deveria ser encarada com a máxima das máximas atenções, por se prenunciar como um dos possíveis enfrentamentos olímpicos, a herança deste pré olímpico não poderá se perder no rol dos interesses exógenos que advirão da mesma, como reincidência em equivocadas convocações futuras, composição mais equivocada ainda de comissões técnicas da base ao adulto, pajelança a desinteressados e omissos jogadores, e acima de tudo, a utilização político desportiva injusta e oportunista de quem a vê como ascendência de cunho pessoal, acima dos verdadeiros interesses que poderão alavancar o grande jogo nesse imenso país.

Parabéns aos jogadores e ao excelente técnico que os liderou.

Amém.

Fotos-Divulgação Fiba Americas e reprodução da TV.

O RECADO…

Quando todo um universo de analistas, narradores, jornalistas, blogueiros e seus sempre presentes comentaristas, anônimos ou não, aguardava ansioso a nova formação base da seleção, com pelo menos o Hettsheimeir efetivado, face à sua brilhante participação contra os argentinos, e quem sabe, a escalação do Benite na segunda armação, dando efetivamente início a tão aguardada renovação, não só técnica, como tática também, eis que o técnico Magnano manda um recado contundente a seus críticos (nos quais me incluo em alguns aspectos de estratégias de convocação e formação de equipe), mantendo sua inamovível base, a que restou após a não ida dos jogadores NBA ao Pré Olímpico. Assim, Huertas, Guilherme, Spliter, Marcos e Alex, iniciaram os três primeiros quartos, e só sendo substituídos ao final dos mesmos, vencidos por 77 a 49.

Dessa forma, e com a artilharia um tanto a contragosto aprovada, o bom técnico argentino qualificou aqueles jogadores que se mantiveram fiéis à seleção, inclusive seu sexto homem de confiança, o Marcelo Machado, nitidamente contido nos arremessos, onde e ironicamente brilhou o até aquele momento discreto Spliter, como para demonstrar que o surpreendente Hettsheimeir continuaria na sua reserva, pelo menos enquanto for mantido o sistema único de jogo, agora acrescido da movimentação de bola típica do passing game, numa costura definidora de um coletivismo ainda não muito aceito, ou compreendido, pelos experientes cardeais. Mas como desta vez, e com a absurda passividade defensiva dos portorriquenhos (gerando inclusive revolta entre eles mesmos…), as bolinhas caíram aos magotes (16/25), ficou adiada sine-die a utilização de um segundo pivô, e quem sabe, uma dupla armação para alimentá-los no jogo interior, conceito tático que terá de ser levado em alta conta no caso de uma classificação olímpica, onde as exigências reboteiras, de jogo interior, de armação segura e dinâmica, e de efetiva consistência defensiva se farão prioritárias, perante seleções de qualidade muito superior das que participaram deste Pré Olímpico.

Consumada a classificação, pois uma derrota para os dominicanos se tornou improvável ante a personalização da equipe em seu todo, muitas modificações (jamais adaptações…)terão de ser feitas pelo Magnano para a campanha olímpica, a começar pelo inevitável reforço do banco, onde Caio, Nezinho e Rafael Luz ainda não estão a altura de uma competição daquele nível, e mesmo o Augusto e o Hettsheimeir, terão de evoluir muito nos fundamentos básicos do jogo, para competir com sucesso na mesma. Como a adesão interesseira, e por isso mesmo nefasta, da dupla que se negou a competir no Pré, deveria ser obrigatoriamente negada, a constituição final da equipe, mantido o sexteto básico de confiança do técnico, e os dois jovens pivôs, ficarão em aberto quatro vagas, que ao serem preenchidas por pelo menos mais dois armadores, um ala e o Varejão, dariam oportunidade aos jogadores que mais se destacarem no próximo NBB, aumentando e valorizando sua importância para o futuro do basquetebol nacional e sua seleção.

No entanto, um importante fator se fará presente se confirmada a classificação olímpica, a necessidade urgente de serem estudadas, treinadas e postas em prática novas formas de jogar basquetebol, fugindo da mesmice técnico tática a que nos apegamos covardemente nos últimos vinte anos, a fim de que evoluamos pela diversidade, pelo livre pensar e vivenciar essa modalidade impar e emocionante de jogo, extremamente rica em conceitos sadios de vida e de amor ao esporte, e a seleção poderia dar partida a essa revolução em Londres, pois somente inovando e ousando é que conseguiremos soerguer o grande jogo entre nós.

Mas antes, torçamos no sábado pela confirmação de uma classificação a principio tão improvável, como brilhante.

Amém.

FOTO- Divulgação FIBA Americas.