JOVEM ANARQUIA.

Apesar do incrível número de erros e perdas de bola no ataque, de falhas seguidas na defesa, de completa anarquia no sistema de jogo, mesmo assim a jovem equipe brasileira levou de vencida a invicta equipe australiana no Mundial sub-19, indo para a semi-final da competição com três derrotas, ao passo que sua adversária irá disputar uma classificação de 5ª a 8ª posição estando invicta até a derrota de hoje. Foi merecida a vitória brasileira? Sem dúvida, pois apesar de uma atuação caótica taticamente, soube com maestria fazer valer a presença em quadra de três armadores, principalmente no quarto final do jogo, um ala talentoso, Thomas, e um pivô extremamente inteligente. Essa formação impensável ante os padrões implantados na preparação da seleção, desencadeou um turbilhão de ações improvisadas de extrema rapidez no ataque, com penetrações constantes num jogo em que os arremessos de medias e curtas distâncias imperaram. A defesa também se beneficiou da velocidade dos armadores, que jogando na interceptação criaram inúmeras situações de dobra, induzindo a equipe australiana a erros sucessivos, quebrando sua disciplina tática responsável pelo seu sucesso até aquele momento dentro da competição. Mérito do técnico responsável pela equipe? Em parte, talvez pela manutenção dos armadores em jogo, confrontando decisões técnico-táticas emanadas da comissão técnica cebebiana da qual é membro integrante, mas sub-judice ao supervisor técnico da mesma, o número um da seleção principal, apesar de ter tentado no transcorrer da partida , em seus pedidos de tempo, disciplinar os jogadores com jogadas mirabolantes rabiscadas em sua trepidante prancheta. Parecia não entender que aquela movimentação desenfreada, sujeita a erros e equívocos repetidos, até certo ponto anárquica é que levou a equipe australiana a tal ponto de desorganização que a feriu de morte, ao não encontrar em seu sistema altamente disciplinado o antídoto necessário para anular tal quantidade de improvisos audaciosos e corajosos, jamais imaginado que fossem possíveis. E um sinal de tal subversão foi dado pelo pivô Paulão, que no segundo quarto, ao cometer sua segunda falta pessoal, sinalizou ao técnico para que não o substituísse, no que foi, erroneamente àquela altura do jogo, atendido. E a manutenção dos armadores foi mantida, quebrando de vez os chifres disso e os punhos daquilo, jogadas coreografadas, que deram lugar ao ato primário de como se deve jogar o grande jogo, principalmente naquelas circunstâncias de confronto ante uma escola superior no requisito tático e nos conceitos de conjunto.

Imaginemos então como seria se fossemos melhor preparados nos fundamentos, base de qualquer sistema de jogo que se preze, ajudando eficazmente a equipe em suas manobras ofensivas e defensivas, enriquecendo nossos talentosos jovens com técnicas individuais que o tornassem tão ou mais eficientes que os jovens dos países lideres do basquete mundial? A resposta? Manteríamos essa disposição improvisadora, que nos levou aos píncaros da gloria no passado, somando-a um espirito de equipe modelado por sistemas ofensivos e defensivos que a qualificasse, sem perder a unidade grupal, desenvolvendo-a com responsabilidade e criatividade.

Fico pensando como estarão as cabeças da comissão “unida e uníssona” perante a realidade inequívoca apresentada por essa jovem seleção, muito mais agora que foi “sugestionada” a convocar um terceiro armador de grande categoria, perante seu persistente posicionamento de atuar com somente um armador. Aceitarão tal evidência, ou se manterão dentro do principio do “sabe quem manda e decide por aqui?”

Temo que manterão, até que…o Super N intervenha, mais uma e talvez derradeira vez, o que seria profundamente constrangedor e lastimável.

Torçamos pelos moleques lá na lonjura sérvia, isso se não forem freados por coreografias de segunda categoria e pranchetas restritoras. Que os deuses os ajudem. Amém.

FUNDAMENTANDO O FUTURO.

Vi os dois jogos, contra os Estados Unidos e contra a China. E o que dizer sobre nossa seleção sub-19? O de sempre, repetitivo, monocórdio, desolador. Valores potencialmente interessantes, mas destituídos de fundamentos do jogo. Valentia, audácia, coragem, inesgotável energia, velocidade irrefreável, todo um repertório juvenil anarquizado pela ausência dos princípios fundamentais do jogo. Dribles inobjetivos e frágeis nas mudanças de direção, passes fora do tempo, fintas inadequadas, posicionamentos defensivos equivocados, colocação errônea nos rebotes, ausência de movimentação sem a bola, atitude antecipativa insuficiente. E além desse corolário de deficiências, a obrigatoriedade de agirem dentro de um sistema de jogo cujo controle decisório está fora da quadra, inserido nas delimitações de uma prancheta, acionada por uma comissão técnica, como se todos os jogadores fossem marionetes presos a cordéis. Do outro lado, no caso dos americanos, uma escola que tem nos fundamentos a essência de sua maneira de jogar, onde as ações individuais e coletivas se complementam técnica e táticamente, em quaisquer situações sistêmicas que venham a utilizar, tendo como elementos facilitadores os conhecimentos e domínio das técnicas do jogo por todos os integrantes da equipe, altos e baixos, armadores e pivôs, efetivos e reservas.

Nossos jovens jogadores, alguns realmente promissores, estão abandonados quanto ao treinamento que deveriam ter para atingirem um padrão aceitável, transmitido aos mesmos por professores e técnicos que realmente conheçam e dominem a arte de ensinar basquetebol, efetiva, responsável e cientificamente falando, padrões estes bastante distantes de um ensino calcado em um sistema castrador, que privilegia posições e especializações de jogadores, como se cada um deles pertencesse a um setor da quadra, dividida por capitanias hereditárias, territórios a serem preenchidos pelos devaneios exteriorizados em rabiscos desconexos nas pranchetas de técnicos completamente dissociados da realidade complexa de um jogo formidável, mas exigente na busca da síntese de todos os valores que o compõe. Alcançá-la e dominá-la é a tarefa, aparentemente utópica, de todos os envolvidos no processo, técnicos e jogadores, pesquisadores e dirigentes, e por que não, jornalistas. Mas para tanto há de se observar o preceito básico, desafiador e culminador do mesmo, o conhecimento, execução e domínio dos fundamentos do jogo, sem os quais nenhum sistema, por melhor que seja exposto e desenhado em uma lastimável prancheta, atingirá um patamar além de medíocre e fadado ao fracasso, como vem ocorrendo entre nós por mais de duas décadas.

No entanto, reconheço que a atual situação do basquetebol brasileiro, com seu implantado sistema único de jogo, baseado no decrépito passing game, e na pouca atenção a sistemas defensivos, fruto do pouco, ou nenhum interesse em maiores e profundos estudos, tem beneficiado um grupo de profissionais itinerantes e donos de fatias de um mercado pseudamente profissional, em conluio com muitos jogadores, fator que espelha uma realidade indigente e destituída de uma verdadeira política que pudesse vir a beneficiar o esporte como um todo, e pela importância do mesmo junto ao processo educativo dos diversos segmentos da juventude do país.

E é justamente nesse ponto que se faz urgente e necessária a atuação conjunta dos técnicos e professores, em prol de uma unidade de pensamento evolutivo que venha a privilegiar o estudo, a pesquisa, a troca permanente de experiências e opiniões, informações e literatura pertinente, e também o congraçamento tão necessário a consecução de todos estes objetivos. Impossível? Irreal? Inexeqüível? Creio honestamente que não, como também acredito ser uma tarefa extremamente difícil, demorada e sofrida, mas nunca impossível, irreal, e tampouco inexeqüível.

O que falta? Vontade, determinação e um profundo amor ao grande jogo, ao jogo de nossas muitas vidas. Amém.

MONÓLOGO DA PRANCHETA.

Quarto final do jogo, o técnico pede um tempo, se coloca no meio do circulo de jogadores, ajoelha-se, empunha a caneta hidrográfica, e com a prancheta sobre uma das coxas inicia o que podemos denominar como

“o monólogo da prancheta”. Nesse momento de absorção total, sem elevar o olhar aos circunstantes, desanda a elaborar através de rabiscos desconexos, uma miríade de jogadas perfeitas, com dribles exatos, passes milimétricos, deslocamentos e bloqueios primorosos, lançamentos precisos, onde letras e números enunciam seus comandados, em perfeitas harmonias coreografadas, sem erros, e…como pode omitir? Sem uma menção, um rabisco, um pontinho sequer, que representasse os defensores, inexistentes dentro dos devaneios na busca da jogada perfeita. E seu olhar enternecido pela obra prima que acaba de criar se mantêm fixo na prancheta, magnetizado ante tanta beleza conceptiva, tanta genialidade que somente ele protagoniza, pois os circunstantes, seus comandados, seus jogadores, ávidos por uma palavra objetiva não estão à altura compreensiva ante e presente a uma obra de arte pura, e também sequer ante um simples olhar, compreensivo ou não, um simples olhar, amigo, profundo, esclarecedor. Os jogadores se vão à luta, e um movimento pausado de lado de mão apaga a obra de arte, preparando a superfície brilhante para um próximo e ansiado monólogo. Essa imagem não só ocorreu naquele quarto final, como se repetiu durante todos os tempos pedidos, nos quais, uma só observação sobre determinados movimentos executados pelos jogadores adversários, na defesa ou no ataque, poderiam ter mudado os rumos da partida, como, e por exemplo, as ações do jogador Macvan, um ala-pivô forte e muito rápido, que se lançava de fora para dentro do garrafão para encontrar-se com passes antecipativos, colocando-o em ação progressiva e imparável, já que seus marcadores temiam, ou não sabiam marcá-lo pela frente e à frente de seu caminho. Com tal ação fez 38 pontos dos 80 de sua equipe, levando-a à vitória merecida. Onde estava a prancheta em seu monólogo com o técnico na orientação de seus jogadores objetivando freá-lo? Como é possível um jogador de 16 anos atuando em pivô móvel ter à sua disposição trajetos à cesta tão livres?

Por outro lado, nosso futuroso e forte pivô, Paulão, era acionado permanentemente em posição estática, na expectativa de uma progressão calcada em sua pujança física, o que levou o técnico adversário a uma flutuação dupla e até tripla sobre o mesmo, anulando-o em muitos e importantes momentos da partida. Duas situações antagônicas, protagonizadas por pivôs fortes e habilidosos, mas orientados por concepções técnicas muito e decisivamente diferentes.

As duas equipes atuavam com dois armadores de boa técnica, porém, os sérvios agiam ofensivamente sempre tendo seus pivôs em constante movimento, em conjunto com os demais jogadores. Nossa equipe era ativa e dinâmica através os armadores, mas mantinha os pivôs estáticos e voltados para os corta-luzes fora do perímetro, ação que os sérvios somente executavam entre os armadores e poucas vezes com os alas, mantendo o pivô sempre próximo à cesta.

Enfim, foi um jogo em que o coletivismo sérvio superou o brilhantismo individual de alguns de nossos jogadores, que poderiam ter sido beneficiados com informações e orientações mais precisas, ao serem prejudicados pelo comovente monólogo entre uma prancheta e seu deslumbrado interlocutor, o que foi uma pena, realmente uma pena.

Mas ao progredirmos na utilização efetiva de dois armadores, já demos um salto qualitativo, que cedo ou tarde, nos beneficiará, a não ser que o

“monólogo da prancheta” deite de lado tão promissora conquista. Torço ardorosamente pela volta do olho no olho entre técnicos e ávidos jogadores, estabelecendo o “diálogo das verdades”, aquelas que devem e podem ser ditas sem rabiscos e quimeras. Amém.

DE MANSINHO…

Tenho acompanhado pela TV o Campeonato Mundial sub-19 masculino que acontece na Servia, no qual a equipe brasileira é dirigida por um dos integrantes da famigerada comissão diretiva da equipe principal. E o que tenho testemunhado é uma guinada radical no conceito ofensivo da equipe, que vem utilizando sistematicamente dois armadores, dois alas velozes e um pivô de força. Trata-se de uma autêntica subversão técnico-tática se levarmos em consideração o fato de que esse mesmo técnico, quando na direção de seu clube, e mesmo como assistente da seleção, jamais abriu mão de uma formação com somente um armador, conforme ficou estabelecido desde sempre entre os componentes da”coesa e uníssona” comissão. Engraçado, bastou assumir uma seleção nacional de importância, já que representa o que de melhor temos em termos de renovação, para, “descumprindo” normas pré-estabelecidas pelo supervisor de seleções nacionais, o técnico numero um, estabelecer como norma técnico-tática, o sistema que foi largamente utilizado pelas quatro equipes finalistas do campeonato nacional, quando a utilização sistemática de dois armadores foi aceita e estabelecida por todos. Digo descumprindo, pelo fato da seleção nacional nos últimos amistosos contra o Uruguai ter se mantido na formação de um armador, dois alas e dois pivôs de choque.e mais estranho ainda, é que os dois outros assistentes também se utilizaram de dois armadores em seus clubes nos jogos do nacional. Cisão? Acho e tomara que sim, pois a convocação neneziana do ótimo armador Valtinho, fez com que a seleção para o Pan passasse a contar com três armadores puros em seu plantel, e não existirá maior contra-senso se somente um deles jogar de cada vez. Como agirá o técnico numero um? Se manterá arraigado ao sistema que vem utilizando e divulgando pelo país através cursos de reciclagem (melhor seria lavagem cerebral) , numa atitude solitária? Ou se obrigará a assumir o comando efetivo, ao invés de diluí-lo em uma fachada “coesa e uníssona”, que nunca espelhou a realidade dos egos envolvidos no processo? Eis um fator que, apesar do sistema falho e absurdo escolhido, o faria verdadeiramente responsável direto, de comando assumido, primado que endossa qualquer liderança que se preze. Ou mesmo, simplesmente lançará mais uma cortina de fumaça para encobrir tantos desencontros, não só técnico-táticos, como comportamentais?

São indagações que se convenientemente respondidas, ou melhor, solucionadas, em muito ajudaria o basquetebol brasileiro a se livrar do penoso ônus de se perpetuar através o sistema de jogo que o tem penalizado por mais de vinte anos. A recém oitava colocação da equipe feminina no mundial sub-17, quando venceu um único jogo, é mais uma contundente prova de que a presença de somente duas armadoras na equipe a torna fragilizada e insuficiente ante as exigências cada vez maiores de jogadoras altamente especializadas nos fundamentos do jogo.

Nossos cadetes e juvenis, cada vez mais se ressentem desta grotesca falha de planejamento, que privilegia jogadas coreografadas, no lugar de um domínio efetivo dos fundamentos, dando margem para que o técnico da equipe feminina para o Pan venha a público se queixar de que não temos mais armadoras no país. E o que fez na função por mais de vinte anos para minorar tal deficiência? Por que não as preparou em quantidade? Afinal é um dos palestrantes oficiais da CBB na implantação das tais “filosofias” de jogo. Por onde ficaram as simplórias didáticas de ensino dos fundamentos, que americanas, australianas, tchecas e outras, mantêm presentes em seus programas de ensino do grande jogo, relevadas entre nós em nome das táticas maravilhosas estabelecidas no bojo de pranchetas mágicas?

A seleção sub-19, em sua ainda hesitante subversão, poderá, quem sabe, mesmo na ausência de um resultado consagrador, mudar um pouco a realidade em que vive o nosso basquete, sob um primado autoritário e completamente fora de nossas mais preciosas características, onde o outrora criativo, técnico e audacioso jogador brasileiro, viu seu espaço vitorioso ser substituído por uma geração colonizada de técnicos, muito mais voltados ao serviço de suas vaidades e pseudos capacidades de liderança. Suas posições individualizadas e obliteradas ao conhecimento comum e democrático nos levou ao abismo em que nos encontramos, e queiram os deuses que a jovem seleção na lonjura européia dê um primeiro passo para sua libertação.Afinal, trata-se de uma seleção brasileira, e aquela mais importante para nossa realidade. Serão aqueles que renovarão os caóticos princípios longamente implantados entre nós, ou não. Torço para que sim. Amém.

MÃOS AO ALTO !

“Quero ver todos com as mãos para o alto, saltando, pulando, dançando, vamo lá”. É assim que se apresentam os astros do rock em seus shows populares, e é assim que retorna a seleção brasileira, com seus cardeais armando (?) as jogadas coreografadas com a bola acima da cabeça, como que atendendo aos rogos dos astros do rock. Até o excelente Valtinho aderiu à moda, esquecendo por momentos que um armador a tem sempre rente ao solo, o máximo possível, obrigando o defensor a perder o controle de seu centro de gravidade. Mas não, com a formação base de um só armador puro, o Valter, o que se viu no primeiro quarto foi um show de bolas acima da cabeça, facilitando e telegrafando os passes, nos mais do que conhecidos”movimentos” de chifre, punho, coc disso e coc daquilo, sem contar que no primeiro ataque, repito, primeiro ataque o arremesso de três pontos foi assassinado, digo, assinado, pelo pivô Murilo. O segundo ataque flagrou o ala-armador Alex dando um passe nos pés do pivô que penetrava de frente para a cesta. No terceiro ataque, o ala-armador Marcelinho dá um passe para fora da quadra desenquadrando o outro ala que penetrava. “A equipe está se preparando para o Pré-Olímpico,“passando” pelo Pan, mas levando-o à serio, já que a prioridade é o Pré”. Foram declarações repetidas em três entrevistas antes do jogo,definindo o Pan do Rio de Janeiro como um torneio de “passagem”, com medalha garantida, a de ouro. Muito bem, ou muito mal? Pelo que vimos nos três primeiros ataques deste segundo jogo, repetindo o que ocorreu no primeiro três dias atrás, se não tomarem cuidado a”passagem”pode custar muito caro, vide o voleibol no último Pan em S.Domingos.

Tão caótica e risível era a disposição tática da equipe, atendendo as exigências cardinalícias impostas por uma absurda e questionável liderança baseada em antiguidade e em enriquecimento curricular, que a“comissão coesa e uníssona”, acredito que no mais profundo contragosto fez entrar um segundo armador , o Huertas, que mesmo pouco inspirado, acertou a marcação e ordenou os ataques, fazendo com que a equipe se distanciasse no placar, fator ocorrido também no primeiro jogo. E enquanto a equipe pode contar com dois armadores verdadeiros na quadra, mesmo manietada e engessada num sistema de jogo que já transcendeu a qualificação de crime, ajuizando para a mesma e para o basquete brasileiro, o qual representa, o rótulo de suicida, demonstrou quão equivocada é a manutenção em quadra de jogadores que pouco entendem de posicionamento defensivo, domínio dos dribles e dos passes, variáveis indissociáveis na efetivação das mais rudimentares táticas ofensivas e defensivas, aquelas que fazem uma equipe jogar em conjunto, e não no sistema que dominam como ninguém, aquele do”armem que eu chuto!”.

“Estamos renovando a equipe, lançando novos valores, mas para o Pré-Olímpico os veteranos é que estarão na linha de frente”. Mudando uma ou outra palavra, foi esta a afirmação do técnico coligado antes do jogo. Será que tal posicionamento já foi avalizado pelo selo neneziano? O Valter já está posicionado, o que considero positivo dada a grande qualidade do mesmo, somente discordando veementemente da forma em que foi convocado. O Leandro, outro excelente armador, deverá estar na linha de frente, finalizando, como quer o delfin. Ele próprio, Varejão e Spliter fatalmente constituirão a base da seleção, com dois armadores, ou não? E como ficam as convicções da douta comissão, toda ela fundamentada em um só armador e dois cardeais, e mais um terceiro que se agregará ao torneio que interessa como vitrine internacional? Se serão dois os armadores pela injunção e vontades incluídas no check list do delfin, como ficarão os cardeais? E o Papa de Ribeirão? O que terá a dizer, a exigir e a se impor como um verdadeiro técnico?

Dou uma pequena dica, humilde, pois nunca me candidatei à raposa felpuda, aquelas que habitam o mundo cebebiano, mas que ante a impossibilidade política e napoleônica de mudanças nos comandos das seleções, que a atual reveja seus conceitos coreográficos e pranchetários, e com urgência urgentíssima, desenvolva sistemas baseados em dois efetivos armadores, e em três homens altos em permanente movimentação dentro do garrafão, e que estes armadores também arremessem bem na média distância, e razoavelmente na longa distância, mas que acima de tudo e de todos dominem com razoável perfeição os fundamentos básicos do jogo, destinando aos homens altos as grandes lutas nas duas tabelas, e que também sejam capazes de após os rebotes irem complementar as jogadas de contra-ataques, e que lutem, mesmo que saibamos dos interesses profissionais envolvidos, com um mínimo de patriotismo e grande coragem, aquela que reverencia e perdoa deslizes materiais. Será uma grande oportunidade de mesmo sob o espectro de um check list neneziano tentar liderar uma equipe cuja influência de comando exógeno se situa em contrafação ao comando endógeno, aquele que qualifica o verdadeiro líder. Ainda está em tempo, ainda.

Infelizmente, e após lutar para conseguir alguns ingressos na torrinha (tenho um bom binóculo), irei assistir a seleção brasileira “passar” pela arena de milhões de reais, para junto aos 15 000 de incautos torcedores relembrar, no meu caso de velho combatente, a gloriosa “participação” da seleção campeã mundial no também glorioso Maracanãnzinho, com25 000 mil felizes torcedores.

Espero, de coração, que um dia essa liderança administrativa e técnica (?) encerre sua”passagem” retrógrada e nefasta, pois não há mal que sempre dure, e que delfins, cardeais e papas se percam na poeira de suas insignificâncias, de suas arrogantes e caipiras posições, lapitopi incluso. Amém.

SERÁ?

Numa recente declaração ao jornal O Globo, o técnico da seleção brasileira masculina “crê que, apesar dos desfalques, o elenco tem uma base experiente: Valtinho, Nezinho, Marcelinho, Marcelo Huertas e Alex, com a qual é possível lutar pelo ouro”. Caramba, que virada sô!! Para quem tinha convocado somente dois armadores, Nezinho e Huertas, o que caracterizaria jogar com somente um armador puro, já que Marcelinho e Alex sempre foram considerados por ele como alas-armadores, a “sugestão” neneziana sobre o Valtinho mudou o conceito de armação da equipe radicalmente, pois os cinco mencionados jogadores passaram a ser a “base experiente da equipe”. Base, se bem entendo, é aquela que joga e lidera uma equipe dentro de quadra, e pelo que constatamos pela relação final para o Pan, três são armadores e dois alas-armadores, dos quais, três estarão certamente no quinteto base, situação tática que caracterizou as quatro equipes finalistas no recém findo campeonato nacional. As duas outras posições serão escolhidas dentre o batalhão de cinco pesos pesados convocados e já efetivados na equipe. Dois alas puros completam o plantel, os dois Marcos.

Como vemos, tratava-se de uma seleção convocada e possivelmente escalada para dar continuidade ao sistema tradicional de um só armador, dois homens altos trombadores e intimidadores, e dois alas arremessadores. A entrada de mais um armador de peso na relação final, alterou o projeto de continuísmo da “filosofia” implantada, ou pelo menos, arrefeceu sua integral utilização, dando a todos aqueles que ansiavam algo de novo um tênue alento de que a entrada de mais um armador, propicie maior qualidade nos fundamentos, e conseqüente otimização técnico-tática. Afinal de contas, e segundo afirmação do próprio técnico, trata-se de jogadores que constituem “a base experiente da equipe”. Estou realmente curioso para saber em que vai dar tal convocação, que fere frontalmente certos princípios arraigados dentro da comissão técnica, e que encontraram em dois deles algumas reavaliações quando dirigiram suas equipes de clubes no recém findo nacional, onde se utilizaram de dois armadores.

Como mais este fator do check list apresentado pelo Nenê foi atendido, resta-nos a expectativa de presenciar e testemunhar mais um remake de técnico à serviço de craque, que desde já organiza e relaciona a lista daqueles que estarão no Pré-Olimpico, no qual os restantes itens serão devidamente preenchidos.

Os dois jogos contra o Uruguai ganham enorme importância, não pelo jogo em si, mas pela averiguação do que pretende estabelecer a comissão quando divulga a agora existente “base experiente da equipe”, leve por sinal, em contraste com o batalhão de lutadores de sumo no banco. E aja banco para resistir a tanto peso…

PS- Check List publicado em 24/06/2007.

BRASILIA, UMA ESPERANÇA.


De todos os lugares por que passei, trabalhei e lecionei, nenhum me causou mais impacto do que Brasília. Lá estive por três anos, de 1967 a 1970. Com poucos anos de formado em Educação Física, mas com um bom nome no meio desportivo como técnico de basquetebol, fui para o planalto central repleto de sonhos e enorme vontade de trabalhar no meio colegial, único ambiente propício ao desenvolvimento desportivo-educacional, responsável pelo progresso cultural e científico das grandes nações. A estrutura colegial de Brasília em tudo e por tudo preconizava um futuro revolucionário para a nação brasileira, mas que, infelizmente, viu todo aquele brilhante planejamento tomar outros caminhos que não aqueles implantados no nascedouro da grande capital. Numa época em que o sistema colegial somente contava com dois razoáveis ginásios poli-desportivos , o do Colégio do Plano Piloto e do Colégio Marista, toda uma gama de competições escolares foram desenvolvidas com brilhantismo e intensa participação de atletas e espectadores. Foi nessa época que iniciamos, junto a outros técnicos, a preparação de equipes de basquete feminino, culminando, no ano de 1969 com a conquista dos Jogos da Primavera, no Rio de Janeiro, competição esta patrocinada pelo Jornal dos Sports, e de renome nacional. Foi a primeira equipe brasiliense de jogos coletivos vencedora de uma competição de caráter nacional, e que meses mais tarde, influenciou a CBB a organizar, em Brasília, o primeiro Campeonato Brasileiro Juvenil Feminino, hoje uma competição tradicional e responsável pelo surgimento de futurosas atletas. Dez anos atrás estive em Brasília, e na companhia do grande amigo Pedro Rodrigues, companheiro daqueles primeiros, inesquecíveis e gloriosos tempos, pude atestar o quanto a cidade evoluiu como metrópole, ficando pasmo com a grande quantidade de ginásios existentes, numa situação oposta a que vivíamos nos anos sessenta. Comentei com ele que não entendia os motivos do pouco interesse que o basquetebol despertava nos jovens, apesar dos esforços de alguns abnegados, mesmo contando com tão boa infra-estrutura material, numa cidade vocacionada para o desporto. Desinteresse e falta de planejamento foram os motivos que ele me apresentou, o que desencadeou entre nós horas de discussões na busca de explicações para tantos e lamentáveis desperdícios. Na semana que passou, a equipe de Brasília venceu o Campeonato Nacional Masculino, numa façanha digna dos maiores elogios, demonstrando que novos ventos começam a soprar no planalto central, e que tudo leva a crer que venha a explodir um grande movimento, inclusive de base, para o desenvolvimento do basquetebol naquela mágica cidade. Trinta e oito anos se passaram desde que um grupo de jovens estudantes venceram para Brasília uma competição de renome nacional, e que passados tantos anos volta a brilhar com a grande conquista do Campeonato Nacional. Oxalá tão brilhante feito desencadeie decisivas e permanentes ações, que garantam a continuidade de planejamento e competente execução, de um projeto que somente beneficiará o futuro do basquetebol daquela região, repleta de uma juventude ávida de conquistas, e tão necessitada de apoio e oportunidades. Parabéns a todos, e muito obrigado pelo ótimo trabalho concretizado.

ÁGUA MOLE EM PEDRA…

Chegou ao final o Campeonato Brasileiro de Basquetebol, e a equipe de Brasília o venceu com categoria e invejável adaptação a novos conceitos, que apesar de tímidos, já se fazem importantes para a retomada rumo a melhores oportunidades no cenário internacional. Seguiu junto às outras semi finalistas o caminho traçado pela equipe de Franca quanto a utilização plena de dois armadores permanentemente na quadra, agilizando e otimizando o jogo pela maior qualificação dos drible e dos passes, assim como a maior mobilidade defensiva e nos contra-ataques. Venceu por ter em seu plantel, não dois armadores, mas quatro, o que o tornou poderoso em todas as etapas de cada partida. No entanto, como em todas as outras equipes que enfrentou nas finais do campeonato, o sistema padrão, infelizmente adotado em todo o país e pela maioria esmagadora dos técnicos, em todas as divisões competitivas, se manteve irretocado, principalmente pela persistência dos pivôs nas ações de corta-luzes no perímetro externo, tirando-os das proximidades da cesta, originando dessa forma o aparecimento nefasto dos “pivôs especialistas” nos arremessos de três pontos, expondo-os às ridículas e geralmente mal-sucedidas investidas driblando para dentro do garrafão, numa ação que nunca treinaram, demonstrando a fragilidade de seus fundamentos de jogo, assim como, desnudou o grande hiato existente no condicionamento técnico que separam armadores de alas, de tal forma gritante, que a escalação dos armadores no lugar daqueles se tornou lugar comum nas equipes que chegaram às finais. O aspecto positivo, foi sem dúvida nenhuma, a conscientização de jogadores e técnicos, de que o domínio dos fundamentos de drible, fintas e passes, determinariam os vencedores, e neste ponto, o advento dos armadores se fez presente, pela valorização do há muito esquecido domínio dos fundamentos do grande jogo.

A próxima etapa, como venho defendendo desde sempre, será a melhoria no treinamento dos alas e pivôs, colocando-os próximos ao nível dos armadores, ao mesmo tempo em que sejam desenvolvidos, estudados e largamente utilizados novos sistemas de jogo, que potencializem nossas melhores habilidades de destreza, velocidade e flexibilidade, substituindo de forma definitiva a deformação física visando peso e poder de choque, características que conotaram notoriedade a um grupo de preparadores físicos totalmente dissociados do espirito do jogo, aquele que sempre praticamos com maestria, inteligência e voluntariedade criativa. Já é hora de acabarmos com esse charlatanismo oportunista, irmão siamês daqueles “especialistas de auto-ajuda”, muito atuantes quando competições de alto nível servem de vitrine para tais absurdos. Agora mesmo, quando da preparação da seleção brasileira para o Pan, me deparo com a seguinte noticia publicada no site Databasket: A seleção brasileira adulta masculina terminou nesta quinta-feira a fase de avaliação fisica. A equipe está treinando no ginásio do Paulistano, em São Paulo, para a disputa dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, de 25 a 29 de julho. Com base nos resultados, a comissão técnica irá direcionar os treinamentos.

“Os testes foram elaborados para avaliar velocidade, força e resistência aeróbica e anaeróbica dos atletas. Sua importância são os parâmetros para direcionar e dimensionar os treinos evitando desgastes desnecessários que possam expor os atletas a lesões” explicou o preparador físico da seleção masculina, Clovis Franciscon”. Ou seja, exercícios de fundamentos, que na maioria das vezes são exaustivos, trabalhos técnico-táticos, enfrentamentos 1 x 1, 2 x 2, etc., que devem ser repetidos quantas vezes forem necessários, coletivos meia-quadra e quadra inteira, de agora em diante terão de ser adequados pelos preparadores físicos, numa inversão de valores absurda e comprometedora para aqueles técnicos que se submeterem a esses falsos preceitos científicos, que ousam substituir o ensino e a pratica dos fundamentos do jogo pelas anilhas e apetrechos usados por aqueles que nunca praticaram o basquete para valer. O técnico elabora a metodologia de treinamento, e os preparadores físicos o auxiliarão com seus conhecimentos para que tal planejamento atinja suas metas, e não o contrario, como o exposto na reportagem acima descrita. Por essas e por outras, é que nosso basquete, apesar dos resultados medíocres que vem alcançando, ainda serve de vitrine para uma turma, hoje inclusive contando até com jogadores, para se promoverem em causa própria, em nome de pseudo-técnicas de alto rendimento, auto-ajuda e bons contratos no exterior. No entanto, não vemos estudos que promovam a melhoria nos arremessos, nos dribles, nas fintas, pesquisas acadêmicas que dissequem movimentos básicos para uma execução mais aprimorada dos fundamentos, estudos que abordem com seriedade sistemas de jogo, princípios defensivos, conceitos de táticas e estratégias, dimensionamento estatístico, enfim, ciência do desporto.

O campeonato chegou ao fim, mas deu inicio a uma pequena revolução de conceitos técnicos há muito esquecidos entre nós, e que deveria ter continuidade na seleção brasileira que se prepara para duas competições internacionais, sendo que a segunda, o Pré-Olímpico, é de extrema importância para a modalidade. Mas desde a convocação, e mesmo com a induzida lembrança do jogador Valtinho, treina a equipe com três armadores, numa constatação de que somente dois deles serão aproveitados, pois essa é a posição da comissão técnica, para a qual o exemplo demonstrado pelas equipes no brasileiro é de somenos importância.

O irônico dessa posição da comissão, é que fere um principio aceito por todas as grandes seleções do mundo, que são a representação do basquete praticado em seus países, sendo suas seleções o resultado de todo um trabalho de base e de uma maneira de jogar. No nosso caso, as seleções nacionais, da base às adultas, se negam às evidências, e se mantém no limbo que implantaram entre nós. Mas ainda está em tempo de reverem certos e tortos conceitos, mas é preciso ter coragem para reconhecerem e mudarem, pelo bem do nosso basquetebol. Amém.

ARTIGO 300 – A LUTA CONTINUA

Terminada a etapa de Brasilia, na qual os donos da casa se impuseram nas duas partidas, algumas considerações podem ser feitas, primordialmente às de caráter técnico-tático. Fora as mesmas, é de se lamentar que uma decisão da maior importância para a divulgação do basquetebol na capital federal, aquela que deveria ser o centro irradiador cultural e desportivo, e não só político do país, a de se ter levado tão acirradas e importantes decisões para um local que semanas atrás carreou um caudal de 25000 pessoas empolgadas, e que por exigência de jogadores, e por que não, comissão técnica, foram mantidas no acanhado ginásio onde treinam. A desculpa de que perderiam os referenciais da quadra, o que beneficiaria com algumas vantagens a equipe de Franca, cai no vazio como evidencia técnica, principalmente pela grande experiência dos jogadores envolvidos na disputa, a maioria com retrospecto internacional e vivencia mais do que suficiente para anular as pseudo desvantagens anotadas. Perdeu a juventude de Brasília uma oportunidade impar de assistir bons jogos e bons jogadores, aqueles que preencheriam seus imaginários juvenis. Perdeu também o patrocinador, ao abdicar de uma exposição de mídia ampliada em “somente” 20000 pessoas, fora aquelas agregadas às dimensões de um evento não muito comum de acontecer em se tratando de basquetebol nos dias atuais. Foi uma atitude tola e caipira, não muito condizente com os valores que integram a equipe, superiores em alguns aspectos aos de seus adversários. Faltou confiança em suas possibilidades, faltou tirocínio publicitário. Depois não venham reclamar da falta de exposição de mídia, da falta de apoio popular.

A parte técnico-tática representou a decisiva e inquestionável dominância dos armadores nessa nova e bem vinda tendência em nosso basquetebol. Bato na tecla de que o sistema de jogo implantado no país continua intocado, não só pelos técnicos, como pelos jogadores. O grande diferencial foi a paulatina e irrefreável substituição dos alas tradicionais, bons de arremesso, mas péssimos de fundamentos, por armadores plenos dos recursos ausentes naqueles, fatores que aos poucos foram sendo adotados por algumas equipes, principalmente as quatro semifinalistas. Outra razão predominante foi a nova postura dos homens altos, agindo como pivôs moveis e ágeis no perímetro interno, interagindo junto aos dois, e até três armadores, o que dinamizou o jogo e tornou-o muito próximo daquele que praticávamos vinte anos atrás.

Essa oportuna e estratégica mudança beneficiou enormemente os sistemas defensivos, o que ficou patente nos dois primeiros quartos do segundo jogo da série, nos quais seis jogadores habilidosos se enfrentaram rigidamente e incansavelmente, características inerentes aos armadores. E finalmente, operou-se o retorno contundente dos contra-ataques, referenciados pela qualificação dos dribles e dos passes.

O próximo jogo em Franca, se constituirá numa autentica prova dos nove ante essa nova tendência que se inicia no âmago de nossas melhores equipes, que quando agregadas de alas mais qualificados nos fundamentos, retomando seus lugares ora, e justamente ocupados por armadores puros, propiciarão um enorme alento ao nosso combalido basquetebol.

Mas um último fator, talvez o mais importante deva ser mencionado, o papel futuro dos técnicos envolvidos nessa nova tendência, ou seja, a obrigação que todos têm daqui para diante, de desenvolverem novos sistemas, novas estratégias, novas formas de treinar seus jogadores, independendo de posições, idades e prestígios, nos fundamentos do jogo, desde os mais básicos, dando aos mesmos as condições necessárias para recriarem na quadra os sistemas propostos nos treinamentos, até mesmo aqueles rabiscados nas pranchetas que alguns, por vicio ou hábito, ainda teimarão em aposentar. E que essas novas (não tão novas assim…)

propostas tenham como referenciais o preparo das seleções nacionais, pois seus responsáveis não poderão omiti-las por teimosia e irresponsável auto-suficiência, incorrendo em gravíssimo erro ao negarem evidências

inquestionáveis. Torço para que reconsiderem posicionamentos pétreos, anulando um pouco certas ingerências nenesianas, que depreciam a disciplina, o respeito hierárquico e os princípios do bom e decisivo comando. Amém.

PS- Aconteceu no segundo quarto do jogo de hoje. O juiz assinalou uma infração de andar com a bola cometida pelo pivô de Brasília, mesmo estando em ação de drible. O comentarista da TV não entendeu o que ocorria e manifestou a dúvida enfaticamente. Agiu corretamente o juiz, pois o drible estava sendo executado acima do peito, fazendo com que a bola se mantivesse por longo tempo, e conseqüente espaço, em contato com a mão, originando a quebra do binômio drible-passada. No artigo que escrevi a semana passada, Sistemas III – Treinando fundamentos II, abordo exatamente essa questão. Correto o juiz.

MISSÃO PRÉ-OLÍMPICO