SEM SALVAÇÃO…

Desde que fui apresentado a este fantástico mundo da internet, e não se vão lá muitos anos, o que me incentivou à publicação deste blog, adquiri o saudável hábito de percorrer diariamente os demais sites da modalidade, onde mais aprendi do que ensinei. E quando digo ensinei, deve-se ao fato de ter permanecido por mais de 40 anos lecionando nos três níveis de escolaridade, e de ter me dedicado a uma outra paixão, o ensino e o treinamento de jovens no basquetebol. Percorri todas as instâncias do ensino superior, aqui e no estrangeiro, percorri este enorme território brasileiro ministrando cursos e palestras, dirigi equipes de grandes clubes, excelentes colégios e seleções, me situei entre os pioneiros no emprego de tecnologias educacionais, cinema, fotografia, vídeo, tanto na universidade, como nas equipes que dirigi, e finalmente, num derradeiro esforço, desenvolvi tese experimental, que me deu o tão sonhado doutoramento, tendo como fonte inspiradora e campo de pesquisa, o amado basquetebol. Li e pesquisei muito, conheci muitas pessoas que leram e pesquisaram mais do que eu, no exterior, e principalmente aqui nessa infeliz terra, em seu abandono educacional. Fiz alguns e sinceros amigos, técnicos, professores, funcionários, e principalmente atletas e alunos, mesmo aqueles que reprovei, barrei e exigi entrega e dedicação. Estou aposentado do ensino superior, mas não do basquete, ao qual continuo dedicando meu tempo, minha experiência, e o pouco do saber acumulado nos estudos, na leitura ávida e constante, e no sonho de em breve retornar às quadras.

E na curiosidade sempre renovada de acompanhar os sites basqueteiros tenho me alegrado com a qualidade de uma turma jovem que não cessa de me impressionar com seus textos enxutos e de qualidade, sempre na vanguarda em busca de dias melhores para o grande jogo, sendo que alguns deles me honram reproduzindo artigos deste humilde blog. E no afã de participar cada vez mais deste salutar movimento, sugeri a um dos bons articulistas, o Rodrigo Alves do Rebote, que avaliasse a possibilidade de organizarmos um encontro destes formidáveis blogueiros, para tentarmos discutir os problemas que afligem a modalidade, no intuito de estudarmos sugestões para a melhoria da mesma, e que seriam divulgadas por essa grande ferramenta de mídia, que foi premiada como a capa do ano pela revista Time.

Mas de repente me deparo com um artigo (O Homem do Ano-Fabio Balassiano-Rebote) que julgo ter sido escrito como posterior reação à leitura de um livro que é a antítese do que prevalece no mundo do basquetebol, o do vitorioso técnico das seleções do voleibol brasileiro, Bernardinho, lido por um jovem de 23 anos ainda não suficientemente treinado e calejado para analisá-lo com a frieza característica e necessária a um jornalista de carreira.

O erro inicial é ter comparado modalidades díspares entre si, pois o voleibol em tudo e por tudo difere do basquetebol, a começar pela relação entre os oponentes, que não se tocam no vôlei, ao contrario do basquete, onde o corpo a corpo faz parte da essência do jogo. O contato físico altera, inclusive, o ensino dos fundamentos, onde sua execução se confunde pela imprevisibilidade comportamental e dinâmica dos defensores, prontos para a retomada antecipativa aos movimentos ofensivos. Os fundamentos do vôlei primam pela performance individual, pela execução precisa de seus movimentos e fundamentos básicos, saque, toque, cortada, e bloqueio, com as conseqüentes defesas aos mesmos, todos somados em movimentos de ataques e contra-ataques com altíssimos graus de previsibilidade, exatamente pela ausência do fator que o torna diferente do basquete, o contato físico permanentemente presente, tanto nas ações ofensivas, como, e principalmente, nas defensivas. O fator imprevisibilidade é a marca inconfundível do basquete. Outro fator diferenciado é o manejo da bola, que no voleibol é percutido, e no basquete conduzido, aspectos que conotam total e completa diferença no manejo cinético da mesma, e no ensino e pratica de seus fundamentos.

Se observasse bem qual literatura de basquetebol o autor inclui em sua bibliografia básica, veria que a mesma é totalmente voltada ao aspecto psicológico e comportamental daqueles grandes técnicos e jogadores, e que nenhuma daquelas publicações abordam o preparo das equipes em seu conteúdo de fundamentos. Quando muito enfocam o sucesso tático, exatamente pelo lado emocional, psicológico, e que não diferem muito nos esportes coletivos de contato e de lutas. É a típica literatura do ajude a si mesmo, das superações individuais, das crenças religiosas, do sucesso e da ascendência social. O autor, como grande técnico que é, inclui no seu preparo todas estas manifestações extra quadra, no que fez e faz muito bem. Mas daí conotá-lo como excelente técnico que seria no basquete? Negativo, pois o mundo formativo de um difere basicamente do outro, já que diametralmente opostos.

O talentoso e raivoso colunista,comete um outro e derradeiro erro em seu relato, ao afirmar:”Exceções – Para ser justo, nem todos os que freqüentam o basquete desconhecem o universo em que pisam. Marcel de Souza, técnico, e os jornalistas Melchiades Filho e Rodrigo Alves são os que se salvam. Não deixa de ser sintomático que os dois primeiros estejam fora da modalidade”.

Fica parecendo que só não sucumbem ao cataclismo de sua revolta aqueles dois que mantém uma sua coluna em seus blogs, e aquele outro mítico jornalista que em sua derradeira coluna o mencionou como um dos possíveis sucessores, e que constata que nem mesmo esses se salvam em sua opinião Puxa caro jovem, você é muito bom, não precisa de nada disso para ser grande, só precisa, crescer.

PELAS FRESTAS…

Numa bela crônica no O Globo de hoje, Míriam Leitão comenta a atuação da Ministra Marina Silva, e sobre sua corajosa trajetória de vida, e como a enfrentou. “Para mim, a fresta foi um curso do Mobral, que eu ia à noite, depois que saía da casa onde trabalhava como doméstica. Às vezes, assistia à aula em pé, porque não tinha cadeira”. Ao final, Míriam afirma que: “Marina Silva pode ou não continuar ministra, mas, certamente, ficará na mesma luta pelo meio ambiente brasileiro. Se há uma pequena fresta, Marina passa por ela. Ela é assim”.
Essa é uma grande lição de como ser possível influenciarmos o meio em que vivemos, mesmo que para tal, tenhamos de nos esgueirar pelas pequenas frestas deixadas pelos poderosos sistemas político-sociais que nos cercam. Isso também vale para o ambiente esportivo, em suas nuances políticas e interesses de terceiros, não só no aspecto técnico, como, também, no aspecto administrativo.
Um bom exemplo é o trabalho ora realizado em S.Bernardo do Campo, no que concerne a novos conceitos técnico -táticos desenvolvidos desde a formação de base pelo técnico Julio Malfi,
que numa matéria publicada no site Databasket de hoje, demonstra ser possivel, e altamente desejável, que se procure encontrar novas facetas de treinamento e soluções táticas no preparo de equipes, fugindo da mesmice que se implantou em nosso basquetebol a muito tempo. Sabedor que tais mudanças exigem um trabalho à longo prazo, se lança ao mesmo com determinação, escudado pelo exemplo de Marcel de Souza, em sua luta pela implantação do sistema de triângulos, do qual é ferrenho defensor. São atitudes como esta que deveriam pautar o comportamento dos técnicos brasileiros, principalmente aqueles envolvidos com a formação de base, a fim de que, e através a diversidade de experiências, pudéssemos ir de encontro, mais adiante, de uma autêntica e sistemática forma de treinamento, vizando a formação de nossos jovens, e não, como se vê atualmente, atados a um único sistema, que tem provado sua absoluta inoperância em todos os níveis em que é maciçamente aplicado.
Desde algumas décadas passadas tenho defendido esse posicionamento, não só na direção de minhas equipes, como na infinidade de cursos e palestras que ministrei pelo país afora durante todos estes anos. Também começo a perceber que alguns técnicos já começam a se reunir para a tão benéfica troca de conhecimentos e experiências, de uma maneira tímida, bem sei, mas com as esperanças redobradas de que é o caminho correto à ser seguido.
Falta-nos o apoio administrativo, federativo, confederativo, para a implementação de novas e ansiadas metodologias. Mas para que isto se torne realidade, faz-se necessário que as federações se afinem a este projeto de urgente necessidade, para que possamos emergir do fundo do poço em que nos metemos, por comodismo e subserviência. As eleições em algumas delas se aproximam, as tão sonhadas frestas, num sistema perverso de política interesseira e oportunista, tão ao gosto da mentora da nefasta situação em que nos encontramos, a CBB. Que desportistas e basqueteiros, realmente determinados no soerguimento do grande jogo, se disponham a penetrarem nas pequenas frestas que ora se apresentam, sendo que a principal delas, e a mais estreita, é a que propugna pelo afastamento dos falsos dirigentes, todos travestidos de esportistas, mas que não negam suas verdadeiras posições, de beneficiários dos cofres confederativos.
Os técnicos brasileiros, precisam influenciar os dirigentes dos clubes, associações e ligas, que são aqueles que detem o poder do voto federativo, e que mais adiante elegerão os dirigentes da CBB, através debates, intensas trocas de experiências, e que por intermédio de seus estudos metodológicos e busca por novos caminhos e soluções técnico-táticas, tragam para seu lado a divulgação pela mídia, que no fundo, será a grande e decisiva fresta para alcançarem sucesso em suas, nossas, longas e sofridas lutas.
Esse pequeno blog tem seguido o caminho do contraditório a tudo de errado que se abateu sobre o nosso basquetebol, não abrindo mão, em tempo algum, do direito à indignação ante tanta insensibilidade existente na pseudo-elite que teima em seguir caminhos que não levam, como jamais levaram, a lugar algum, a não ser os paradisíacos passeios e resorts que carimbam os passaportes de seus apanigüados e oportunistas integrantes.
Esta é a tênue fresta que podemos nos esgueirar, aquela que dá a seus comensais a plena confiança na impunidade de seus atos. Mas, até quando?

BEM DO FUNDO…

-“Não considero o basquete brasileiro no fundo do poço como muitos dizem, e os técnicos brasileiros mostrarão nesse campeonato novas táticas e sistemas”-
Depois dessas afirmações do técnico de Joinville, preparei-me para assistir algo inusitado, novo, revolucionário, apresentado pelas duas equipes, já que havia levantado a bandeira dos técnicos em suas caminhadas no rumo da evolução técnico-tática tão ansiada por todos aqueles que, propugnando estarmos no fundo de um obscuro poço, torcem pelo soerguimento do grande jogo. Acomodei-me na poltrona e vi a bola subir no acanhado ginásio do América FC, onde nas arquibancadas tinham mais bandeiras estendidas que assistentes, o que para uma tarde de domingo, em um bairro tradicionalmente basqueteiro, já era sinal do que assistiríamos à seguir.
De saída algo animador, as duas equipes atuavam com dois armadores, seguindo o exemplo da equipe de Franca. Mas a revolução técnico-tática parou por aí. O que se viu a seguir foi de arrepiar, com a repetição do “sistema padrão” a que nos acostumamos a ver nos últimos anos, o brutal acumulo de erros nos fundamentos, uma orgia desvairada de arremessos de três pontos, e uma improvisação de jogadas traçadas nas pranchetas, que nem de longe eram desenvolvidas, quiçá entendidas, pelos jogadores na hora de realizá-las, num claro testemunho,de que jamais foram treinadas da forma em que foram apresentadas nas pranchetas.-“Pessoal nesse ataque basta o chute de dois, mas se vier o de três também está bom, tanto faz”- Como são dois arremessos que diferem na forma tática em que serão concebidos, se de curta ou média distâncias, ou de longa distância, uma instrução deste teor, só dúvidas causarão aos jogadores, pois são finalizações díspares entre si. E o jogo ganhou contornos tão confusos e até certo ponto absurdos, que o quase sempre condescendente comentarista da TV tachou o que via como uma autêntica “pelada”, fato inédito em seus comentários.
Pelo que nos foi observado, a grande novidade foi o total envolvimento dos pivôs, com exceção de um, nos arremessos de três pontos de todos os setores da quadra, como disse acima, numa orgia da mais absoluta falta de lógica que testemunhei nos últimos tempos. Pressinto que estamos entrando em uma nova era do jogo, a dos pivôs-armadores, com toda a técnica nos domínios dos fundamentos de que são possuidores, principalmente no drible e nas fintas, e claro, contando com o beneplácito de seus técnicos, inertes e cúmplices de tal desmando, pois não os vejo coibirem tal comportamento.
Enfim, foi um caos travestido de jogo de basquetebol, mas que ao final, perguntado pelo repórter de campo como tinha visto a partida, o técnico de Joinville foi honesto e realista em afirmar que “tinha sido uma lástima”, mas sem antes deixar no ar “a existência de alguns fatores que não poderiam existir e acontecer num campeonato nacional, mas que não os comentaria”, mas que “reestruturaria o trabalho daí para diante”, o que deveria ser prioritário antes de tecer as afirmativas com que iniciei este artigo, assim como não deveria mencionar fatores que não desejasse comentar. Se não é para comentar, porque mencionar a existência dos mesmos, deixando dúvidas no ar?
A equipe do Flamengo, vencedora por que errou um pouco menos, conquistou a primeira vitória de uma equipe carioca no campeonato, performance preocupante para o futuro das mesmas dentro da competição, a não ser que desencadeiem a propalada revolução prevista e defendida pelo técnico adversário, o que duvido profundamente que venha a ocorrer, haja vista a triste realidade exposta no jogo de hoje. Sim, estamos no fundo do poço, e de lá só sairemos no momento em que os técnicos aceitarem essa evidência, pois só desta forma propugnarão por mudanças que realmente nos tirarão de tal situação. Enquanto negarem, jamais sairemos de lá, bem do fundo…

E AGORA SÃO TRÊS!!!

Nos dois últimos jogos no campeonato nacional, a equipe de Franca teve um comportamento surpreendente, pois ousou quebrar uma situação crônica, estabelecida e cristalizada em nosso basquetebol, a de que um único sistema de jogo, com seus dogmas e posicionamentos pseudo-especializados dos jogadores, deva ser a regra imutável a ser seguida por todos, da formação às divisões adultas, liderada por uma maioria de técnicos engessados em suas coreografias e pranchetas mágicas. Um sistema que rotula jogadores em 1, 2, 3, 4 e 5, como se fossem peças de um xadrez ridiculamente jogado.Um sistema que destina a posição 1 ao armador da equipe, que para muitas é o único com essa função em quadra, e às vezes levemente acessorado por um 2, pomposamente apelidado de “armador pontuador”, ou “armador de força”, ou “escolta”, e outras bobagens afins. Situação perfeita para uma NBA, pois privilegia o jogo de 1 x 1, tão ao gosto dos torcedores americanos, mas que os tem levado a fragorosas e desmoralizantes derrotas em grandes campeonatos internacionais, mas que ainda granjeia vasta popularidade e aceitação entre nós. Pois bem, a equipe de Franca, não satisfeita em atuar nas últimas partidas com dois legítimos armadores, inova com a utilização de um terceiro. Mas, só os utiliza nos quartos finais do jogo, como se ainda se mantivesse presa a um costume arraigado, e de difícil abandono. Nesses dois últimos jogos, realmente, iniciava com uma formação, digamos, “padrão”, com três homens altos e fortes, um ala razoavelmente habilidoso, e um armador puro. Essa formação, idêntica a de seus adversários, gerava um tal equilíbrio de forças, que os placares se equivaliam ao término dos dois primeiros quartos. Mas, nos quartos finais, ao lançar mais um armador puro as diferenças logo se faziam notar, principalmente no aumento da qualidade dos dribles e dos passes, e no significativo aumento na velocidade do jogo. Logo a seguir, com a entrada de mais um armador, alimentando seguidamente dois rápidos pivôs, e pela velocidade de deslocamentos, fintas e incisivos dribles, colocavam seus bons arremessadores de três pontos em condições ideais de tiro, fatores que liquidavam inexoravelmente as partidas. Nessa última, contra a equipe do Minas, ficou patente tal comportamento. Se de um lado, a equipe mineira se mantinha coesa em torno do sistema único, ferreamente defendido por seu técnico, que é um dos componentes do quarteto que decidiu implantar tal teoria em nossa seleção nacional, e difundi-lo como verdade absoluta, conseguia equilibrar o jogo ante a equipe de Franca, que se utilizava do mesmo sistema, desenvolvido por jogadores especializados no mesmo, viu o resultado do jogo mudar quando o técnico francano resolveu inverter o cenário, subvertendo, não o sistema, mas a composição dos jogadores. Com três armadores em quadra dilatou a contagem, desmantelou o sistema defensivo do adversário, e provou que uma equipe com uma formação de habilidosos jogadores sempre será superior àquelas compostas de “especialistas” em determinadas e imutáveis posições. Fico imaginando como seria importante para todos nós, a volta da criatividade, dos bons e tão esquecidos fundamentos, dos dá e segues permanentes em quadra( pick in roll uma ova…), do jogo incisivo sem a perda de tempo com sinais e formações coreográficas, com a luta pelos rebotes com o máximo de jogadores possíveis, com os contra-ataques centralizados, com a marcação frontal dos pivôs, com a velocidade inteligente, com arremessos de três pontos executados por quem sabe,e não por quem se considera especialista.

Enfim, Franca nos trás algum ar fresco nesse deserto de falta de imaginação e criatividade, e torço para que continue sua bem vinda subversão, pois estamos precisando urgentemente dela.

Um último testemunho. É inadmissível uma equipe levar 17 arremessos de três pontos, e somente ter sua atenção despertada para o fato no último pedido de tempo a dois minutos do final da partida. Um técnico de seleção não se pode dar o direito para tal atitude, que nem o fracasso de um sistema pode perdoar, pois defesa independe do mesmo. Defesa é outro departamento.

GLORIA E OCASO DAS DIFERENÇAS.

Numa reportagem do O Globo de hoje, o técnico Bernardinho comenta a atuação da Seleção Brasileira de Voleibol no recém findo Campeonato Mundial, onde conquistou o bicampeonato.Quando o repórter perguntou:“O que fazer para conquistar a perfeição? Isso realmente é possível?”, o grande técnico respondeu: “É impossível. Mas, se não somos os mais altos, temos que ser os mais rápidos. Se não é apenas o mais rápido, temos que ser os mais consistentes, mais regulares. Enfim, temos que ser diferentes. Não vamos nos diferenciar pela estatura e força física. Temos que nos diferenciar pela técnica do passe”.

Foi uma resposta que sintetizou tudo o que representou vencer competições e se impor ao mundo, respeitando e entendendo de forma absolutamente cristalina o que vem a ser uma seleção representativa do povo brasileiro, na qual, jogadores das mais diversas origens étnicas e territoriais, são reunidos, treinados, avaliados e altamente preparados, respeitando suas limitações biotipológicas, mas qualificando-os em novas técnicas de fundamentos, e avançadas situações técnico-táticas, diferenciando-os das demais equipes mundiais. A exibição da equipe no jogo final foi a prova do quão diferentes são os jogadores brasileiros na arte de jogar voleibol.

Hoje, o mundo do voleibol se apressa em entender e assimilar tão radical enfoque técnico apresentado pelos brasileiros, e se esmerarão daqui para diante na tarefa de suplantá-los, fator que desencadeará um aprimoramento de nossa parte, para manter a supremacia. O mais importante é que nos últimos 10 anos o vôlei nacional resolveu inovar, e aí estão os frutos sendo colhidos, não só pelas equipes adultas, como também nas categorias de base. Foi e continua sendo um trabalho magnífico, corajoso, e acima de tudo inteligente.

Houve uma época que também inovamos no basquetebol, e vencemos, e deitamos ensinamentos mundo afora. Hoje, simplesmente copiamos soluções estrangeiras, e copiamos mal, no afã suicida de uma globalização interesseira e colonizadora, tão ao gosto de um grupo que se nega formalmente a inovar, a recriar algo que já dominamos, com a desculpa do saudosismo. Mas esquecem que o momento presente é produto da negativa de um passado brilhante, e a projeção de um futuro(?) assustador. Sei que podemos sair desse atoleiro, sei que existem técnicos corajosos e evoluídos entre nós, sei que podemos nos diferenciar porque fomos diferentes um dia, sei que poderemos nos soerguer, mas também sei, que para esse momento acontecer precisamos, em dose maciça, da coragem do pessoal do vôlei, em sua caminhada de quem sabe aonde quer ir, conquistar, e vencer.

Rendo a todos eles minhas sinceras e agradecidas homenagens, e que mantenham intocada a grande coragem de que são possuidores. Parabéns do ainda corajoso basqueteiro.

CAVALO DE TRÓIA.

-“Olha cara, a situação política está no momento a nosso favor, já que 18 federações estão sob nosso controle, e daquelas 9 que votaram contra podemos comprar umas duas. Mas o que assusta um pouco é essa rebeldia dos clubes paulistas de preferirem seu campeonato regional ao nosso nacional! E é ai que mora o perigo. Se eles forem mais longe, por exemplo, votando contra você na próxima eleição da federação ficaremos mal, e você sabe porque, já que liderança de locomotiva é a que traciona e influencia vagões.Vamos fazer o seguinte: Rompa comigo, sem maiores detalhes, simplesmente por algumas divergências, se alie, de preferência com aquele dirigente de pavio curto da liga(arghh!)concorrente, vençam as eleições, antes que se antecipem em vencê-la sem você, e depois da barra limpa nos reencontraremos e nos reconciliaremos pelo bem do basquete. Você deve concordar que será uma cena pungente e de alto teor dramático, e a imprensa irá adorar, afinal, ela é que nos projeta e corteja. Ah, e as chaves dos cofres continuarão penduradas nas correntinhas em volta de nossos pescoços. Mãos à obra, pois raposas que se prezam unem-se para sobreviver”.

Terá sido mais ou menos esta a combinação, corriqueira entre pares de políticos escaldados pelas práticas de sobrevivência, nessa selva emaranhada de golpes baixos e alianças espúrias. E se o dirigente da atabalhoada liga cair nessa bem urdida e genial trama, aí mesmo que nada restará para ser modificado no futuro, a não ser a solidificação do que ai está e ficará ad perpetuum. Nesse tipo de combate, não se dá trégua a inimigo, principalmente àquele que de repente, mais do que de repente, se bandeia para o lado contrário por”divergências pessoais”, mesmo sendo a eminência parda do poder central. Trata-se de um autêntico “Cavalo de Tróia”, artimanha genial dos grandes guerreiros gregos da antiguidade para aniquilar a cidade inimiga, e que agora pretende ser recriada pelo grego melhor que um presente, para se manter no poder. Cair nessa será o passaporte definitivo e irrevogável de uma viagem sem volta nas tênues,porém reais possibilidades de mudanças na direção do basquete brasileiro.

Aprendam de uma vez por todas que nem sempre o combate justo vence as guerras, e sim a percepção antecipativa do que pretende o inimigo, As raposas felpudas são mestras nessa área. Lutando com a cabeça,e não com a emoção poderão, quem sabe,enfim vencer. É isso aí. Amém.

BOAS NOVAS…

Não fosse um sonoro palavrão em um tempo pedido no 2ºquarto, e algumas evoluções coreográficas ao lado da quadra no quarto final, e o técnico de Franca teria tido uma direção de equipe quase perfeita. Inclusive, na sua única utilização da prancheta, ao desenhar uma jogada de finalização para os 2 segundos que restavam antes do término do 3º quarto. A jogada não foi bem realizada, mas a exposição na prancheta foi breve, clara e bem delineada, dando aos jogadores e telespectadores a noção exata do que pretendia da equipe. Do outro lado, a exarcebação dos rabiscos pranchetados, bem dentro da concepção absolutista emanada pela comissão técnica da seleção nacional, da qual o técnico do Paulistano é integrante. Sua equipe, apesar de ser constituída de bons jogadores, atua engessada pelo sistema empregado e difundido pela tal comissão, inclusive sendo divulgado pelos cursos de padronização que seus integrantes dão pelas federações do país, claro, aquelas alinhadas à direção da CBB, o que de certa forma beneficia as não integradas, as que votaram contra a atual administração, que se vêem livre de tal e indesejada influência. Às vezes, mesmo na adversidade de se verem alijadas de tais cursos, se beneficiam das péssimas influências emanadas pelos mesmos. Mas, voltando ao jogo, assistimos com boa dose de otimismo ao emprego sistemático de dois habilidosos armadores jogando ao lado de três homens altos que se deslocavam permanentemente no perímetro interno, destinando o externo às prestações de boa técnica dos armadores.A equipe de Franca vem recuperando um pouco nossas tradições de habilidade e velocidade, respondendo à altura àqueles que somente têm olhos para a influência e cristalização do modelo NBA. Por outro lado, a equipe do Paulistano, repito, integrada de bons jogadores, atua nesse modelo permanentemente, numa demonstração de pobreza técnico-tática e dependência colonizada. Se o bom técnico de Franca se permitir ser menos apoplético em determinadas situações, menos agitado ao lado da quadra, principalmente na orientação defensiva, e um pouco menos frasista( os”conceitos modernos do basquetebol” é de sua lavra), aliando à sua experiência e carisma todo o apoio que tem da cidade de Franca, poderemos ter de volta muito do que perdemos nos últimos anos, em técnica e conceitos. Do outro lado sentimos a falta do lapitopi caipira, ou será que já foi aposentado?…

DISCURSOS…

“Viemos para cá para vencer, por baixo, por 30 pontos. Pela estrutura e organização, a tradição e o apôio dado por Rio Claro, a vitória por larga margem era o obrigatória. Faltou qualidade, vontade de fazer melhor”. Com estas palavras o técnico de Rio Claro definiu, para ele, o que ocorreu no jogo com a equipe de Nova Iguaçu, mesmo optando em deixar seus dois melhores jogadores no banco, descansando-os para o jogo de quarta-feira, depois de uma viagem rodoviária de 12 horas. O técnico da casa, que no minuto final do jogo, estando 4 pontos atrás, pede um tempo e esclarece sua posição:”Querem ganhar o jogo? Então eu só peço que façam cestas.Vão lá e façam!”. Mas não disse como e de que forma. Os jogadores voltaram à quadra discutindo como fazê-las, e não conseguiram. Ao final, o repórter entrevistando o veterano pivô de Nova Iguaçu, pergunta:“A sua experiência faz com que atue como um técnico dentro da quadra?”. “A equipe é toda de jovens, exceto eu e o Marcionilio, e como a finalidade nesse ano é conhecer como se joga uma liga nacional, trago minha experiência, ajudando o técnico que também é estreante num campeonato de tal envergadura”. Mais explícito, impossível. Mas dois pequenos comentários antes da partida, feitos pelos dois técnicos, foram lapidares. O do Nova Iguaçu afirmou que o cansaço da equipe paulista seria determinante em sua produção técnica, o que realmente aconteceu. O técnico de Rio Claro afirmou que a sua equipe vivia na estrada, estando mais do que acostumados, e que esse fator não resultava em maus resultados, e se enganou redondamente.
Dois fatores pesaram determinantemente para a péssima atuação paulista. Primeiro o fato inconteste de ter viajado 12 horas chegando direto para o jogo. Em se tratando de homens altos, a posição de flexão forçada dos membros inferiores nas estreitas poltronas do ônibus provocam inchaços articulares, que impactados ao piso taqueado, e por isso, extremamente duro da quadra iguaçuana, aceleraram o processo de estafa, perfeitamente visível na perda dos rebotes, principalmente para o pivô adversário, um veterano de 36 anos.Uma coisa é jogar no piso flutuante da maioria dos ginásios paulistas, outro é ter de enfrentar o piso extra duro do ginásio de Nova Iguaçu. O técnico, em seu discurso de supremacia técnica, e com sua larga experiência em seleções nacionais, perdeu uma grande oportunidade de ficar calado, ante a evidência primária de que após 12 horas de viagem, sob um grau de umidade perto dos 95% e saltando e correndo em um piso duro, por pouco se livrou de um vexame, ainda mais quando esnobou o adversário deixando no banco seus dois melhores jogadores. O iniciante técnico em competições nacionais pouco falou, inclusive nos pedidos de tempo, mas foi mais lúcido que seu festejado adversário.
O jogo em si foi tétrico, e mais uma vez o piso duro provocou erros de dribles, principalmente por parte dos armadores, pois o ricochete nesse tipo de piso é muito mais acentuado do que no piso flutuante, ou assoalhado, além da sudorese intensa causada pelo alto nível de umidade, dificultando o controle da bola. E como as equipes atuavam com sistema ofensivo idêntico, que é o mesmo implantado e praticado em todo o país, venceria aquela que tivesse os melhores jogadores nas posições padronizadas pelo mesmo, e nesse ponto os paulistas eram superiores, mesmo inferiorizados fisicamente. O festival de arremessos de três pontos também se fez presente, assim como, e surpreendentemente, a ausência de enterradas também, testemunho evidente da auto-preservação presente nos jogadores perante o perigo em saltar num piso tão inadequado.
Em ambos os lados da quadra falou-se pouco e falou-se muito, atitudes que em nada ajudaram para a efetivação de um bom espetáculo desportivo, pobre na concepção e mais pobre ainda na direção das equipes. Temos muito ainda o que aprender, muito mesmo.

E LA PRANCHETA VÀ…

Recentemente, o comentarista-técnico,ou técnico-comentarista(dúvida cruel…)do canal ESPN, declarou que o basquete jogado no mundo, principalmente na NBA, prima pela adoção de um sistema de jogo padronizado, e o fator que determinava a superioridade de uma equipe sobre outra se restringia à qualidade de determinados jogadores. Bem, para ele e todos os subservientes seguidores da cartilha pasteurizada instalada a peso de ouro pelo mundo, pode parecer “natural” tal concepção e aceitação. Mas, para quem vê e entende o jogo como um desafio evolutivo, inteligente e nacessariamente corajoso, claro que inaceitável. Os europeus, de algum tempo já dão mostras de que esse monopólio injusto e colonizador, deve ser contraposto, e até mesmo excluído de seus projetos futuros, vide a série de vitórias internacionais que vêm obtendo nos últimos 10 anos.

Infelizmente isso não ocorre em nosso país, escravo histórico de influências modais, e subserviência em interesses excusos. O reinado do sistema padronizado, que já se estende por 20 anos, ainda se manterá por longo tempo entre nós, graças a um punhado de “técnicos de elite” que se mantêm fiel ao modelo made NBA, alguns deles sócios proprietários de nossas seleções nacionais, e especializados em cursos de atualização pelos estados, onde perpetuam suas convicções padronizadas.

Agora mesmo, um técnico americano que se encontra entre nós a um ano, que não se expressa em nossa língua, e que já se candidatou à seleção brasileira, vem do alto de seus 10 anos como técnico, nos quais dirigiu três equipes do pior basquete europeu, o inglês, estagiou como assistente técnico por duas temporadas num dos piores times da NBA na época, e afirma ter treinado o grande jogador americano LeBron James para as Olimpíadas, assim como o Marquinhos para o draft desse ano, e que atualmente dirige a equipe do Guarujá, que apresenta uma performance técnica e de fundamentos com pobreza franciscana, promove uma clinica para técnicos nacionais, onde ensinará sistemas de ataque e defesa, culminando com uma apresentação de sua equipe em um jogo do campeonato paulista. E tudo isso sem cobranças de qualquer taxa, o que seria não só impossível, como inaceitável por qualquer candidato a receber informações de alta técnica, se o curso fosse dado em seu país, no qual ensinamentos de tal monta custam caro, muito caro. Mas em terra de cego quem…

O que vai se tornando bem claro é que o reinado da prancheta deslancha cada vez mais entre nós, e já está se diversificando, vide sua quase nova utilidade que foi apresentada no jogo de hoje entre Londrina e Joinvile, quando o técnico deste, enraivecido com a pressão de alguns torcedores ensaiou arremessá-la nos mesmos, sendo contido por seus jogadores ante o iminente desfecho. Que aliás conotaria alguma, mesmo reprovável, utilidade, a de servir como elemento dissuasório em potenciais agressores, já que, como elemento de técnica desportiva so tem mostrado quão lastimável e pobre tem sido sua influência ao nosso também lastimável momento basquetebolistico.

Quanto ao jogo, meu Deus, nunca tantos erros de fundamentos foram cometidos, de todos os tipos conhecidos, e até alguns desconhecidos, pelo menos por mim nestes anos todos de quadra. Se os mesmos tivessem sido anotados na prancheta, aí sim, ao ser lançada aos insurgentes torcedores, poderia ficar caracterizada uma tentativa de homicídio, pelo peso adquirido pela mesma ante o brutal numero de erros técnicos e fundamentais.

Mas como o testemunho do comentarista-técnico, ou técnico-comentarista(outra vez a dúvida…) esclareceu de uma vez por todas a nossa consentida padronização, avalizada pelos “técnicos de elite”, e agora sacramentada pelo americanocandidatoaselecionadornacional @ cbb.com, em sua salvadora e redentora clínica, nada temos a temer por nosso futuro em competições internacionais, a não ser por uma pequena e vital dúvida, VAMOS DEIXAR? Se consentirmos, só nos resta afirmar( com licença de Fellini), E LA PRANCHETA VÀ…

ALENTOS E DESALENTOS.

Foi um jogo surpreendente pelo campeonato paulista. Assis e Rio Claro apresentaram algumas boas e bem-vindas novidades, principalmente no aspecto de direção de equipe. Para começar, a utilização de dois armadores já vem se tornando rotina em algumas equipes, o que tem melhorado bastante o jogo, tanto na velocidade, como na precisão de passes e dribles. Mas o simples fato dessa utililização não impede que a grande maioria dos armadores ainda careçam de um domínio mais apurado dos fundamentos, que ainda empregam de forma errada e desequilibrada. No entanto, a continuação dessa tendência auferirá à estas equipes um substancial acréscimo de qualidade no futuro, bastando que se ofereça aos jogadores apreciáveis doses de treinamento nos fundamentos, independente de serem adultos ou de categorias de base.

Outro fator positivo, foi a corretíssima direção da equipe de Assis, onde seu técnico somente se utilizou da prancheta em seu último tempo pedido no final do jogo, e que seria perfeitamente dispensável àquela altura da partida. Orientou seus jogadores olhando-os nos olhos, com parcimoniosa divisão entre exigências e pouquíssimas estridências, o que levou os atletas a uma participação coletivista elogiável. Inovou seu estilo agressivo e ligado a esquemas de última hora grafados na prancheta, e por isso mesmo deu um salto qualitativo digno de nota. O basquete agradece, e espero que continue a provar que uma prancheta jamais substituirá uma equipe bem treinada.

No banco do adversário, um talentoso técnico ainda se deixa levar pela inversa magia de uma inefável prancheta, que mais confunde do que ajuda os jogadores, pois, na maioria das vezes refletem táticas de última hora, e que pouca ligação têm com o que foi realmente treinado durante a semana. O maior erro que um técnico pode cometer durante uma partida é pretender projetar, e desenhar, uma movimentação que pouco, ou nenhum treinamento tenha sido exaustivamente realizado. No calor do jogo, pouquíssimos jogadores têm tal capacidade de assimilação ante movimentos que não praticaram e treinaram. Esse é o grande mal das pranchetas, que prometem mais do que exeqüibilizam soluções. Na maioria das vezes enganam e levam a derrotas.

Num artigo publicado no site Rebote, o articulista Fábio Balassiano comenta a surpreendente campanha da equipe de São João da Boa Vista no campeonato paulista, como o resultado de uma preparação fortemente amparada pela prática dos fundamentos individuais e de defesa, ao contrário das maioria das demais equipes que se concentram mais nos sistemas táticos. É outra bela e saudável noticia, e que deveria ser estendida aos demais participantes, o que seria um passo decisivo para a melhoria do nosso basquetebol. Se todos os técnicos assim pensassem estaríamos em situação muito melhor daquela que hoje vivenciamos.

Nesse mesmo artigo, pude conhecer o grande astro Adonis, fotografado diante de um pôster profissionalmente produzido, retratando as bandeiras do Brasil e da Grécia, e que nos informa o grande erro cometido pela CBB ao convocá-lo para a seleção brasileira de cadetes, desconhecendo o fato de que o astro já havia optado pela cidadania grega. O astro em questão, de dois anos para cá vem sendo divulgado pela mídia, através um esquema promocional profissional, que de forma alguma pode ser considerado acessível ao bolso dos muitos praticantes do grande jogo, se transferiu para uma equipe grega, onde tem seus jogos e atuações relatadas em sites e blogs tupiniquins, tendo colocado seus préstimos de craque ao serviço daquele país que melhor o recompensasse, e que se tratando de um adolescente de 15 anos, torna-o vítima de um esquema absurdo e criminoso, perpetrado por quem, de forma alguma, percebe o enorme mal que faz a este jovem, desconhecendo o fato de não existirem, pelo menos para a ciência dos desportos, fatores que determinem capacitações de tal magnitude em atletas adolescentes. Profissionalizar nessa faixa etária é perigoso e contraproducente, e que rarissimamente aufere bons resultados.

Foi uma semana pródiga em novidades, e espero que aos poucos possamos evoluir e sair do fundo do poço em que nos metemos. A mudança dos dirigentes da entidade mater auxiliaria sobremaneira no soerguimento do basquetebol, mas isso é outra história.