UM RÉGIO PRESENTE…DE GREGO.
E o grego melhor que um presente cumpriu sua promessa, fez a seleção brasileira galgar o pódio da 17ª à 24ª colocação, feito inédito em nossa história. Foi uma campanha que primou pela coerência, vide a escalação do time base no jogo de hoje. Quando o fundamental era reforçar a defesa ante o devastador poder de arremessos de 3 pontos da equipe lituana, a comissão, após profundos e detalhados estudos, acessorados pelos avançados softwares do lapitopi caipira, escalou a equipe com os mais baixos índices de potencial defensivo, o time dos cardeais. Resultado? Em 10 minutos de jogo já perdiamos de 16 pontos de diferença. Satisfeitas as “prioridades cardinalícias”, voltaram-se para a turma que, se não é perfeita na marcação, pelo menos a tenta com vontade e determinação. Mas num jogo decisivo, quando o desgaste mental assume proporções elevadas, o handicap inicial cedido por nós, cobrou juros muito altos ao final da partida. Volta para casa uma equipe que só venceu uma partida, contra o Qatar! Lamentável e vergonhoso. Volta para casa uma equipe que mesmo dirigida por quatro técnicos, “unidos e uníssonos” em seu planejamento e relacionamento, foram incapazes de selecioná-la com isenção e objetividade, propiciando a convocação de 6 pivôs, para jogarem 4, e deixando para trás jogadores superiores a alguns dos escolhidos. Uma comissão que preferiu jogar mais do que treinar, e que por esse motivo perdeu a grande chance de corrigir defeitos de fundamentos e de posicionamentos técnico-táticos. O fundamento do lance-livre então, raiou o absurdo. Uma comissão voltada e escravizada aos garranchos na prancheta, em vez das correções de cunho individual, principalmente o defensivo. Enfim, uma comissão que jamais disse ao que veio, mas que primou no marketing e nos discursos ufanistas e vazios de conteúdo. Mas que cai em conjunto, omissos à responsabilidade de elegerem um lider, aquele que conduz e ilumina os caminhos a serem percorridos, e que na solidão do comando assume todos os riscos, fator básico na formação de uma competente, e por isso, respeitada liderança. Instala-se agora a guerra sucessória, que será vencida por aquele(s) com os QI’s mais robustos, prontos para dar continuidade à mesmice que nos esmaga e humilha nos últimos 20 anos. Falam e pregam, numa jogada marqueteira, na necessidade de união dos técnicos, em seminários, debates, associações,
tudo papo furado de quem nunca se mexeu para tais objetivos, mas que calam bem na midia e perante os meçenas de plantão. Mas creio que é chegado o momento para que algo seja feito, para que algumas mudanças possam e devam ocorrer, a começar pela campanha por federações,
único caminho para alcançar o poder na UNICBB. Enquanto isso não for desencadeado, e posteriormente conquistado, poucas serão as chances de modificação e efetivo progresso para o basquetebol brasileiro. Lutar, esclarecer, discutir, ensinar e dialogar dentro das “trincheiras” dos sites e blogs, muito pouco representarão se for dada e permitida a continuidade dos que aí estão no comando e na posse das chaves dos cofres. Democraticamente deverão ser afastados, antes que perpetrem a definitiva destruição do pouco que ainda resta do basquetebol. Mas o grego melhor que um presente deve estar feliz, pois sua Grecia natal continua na competição, mesmo que às custas de nossa derrota. Meu pai me dizia- “Filho, cada povo tem o govêrno que merece, pois se eles lá estão foi por força do voto popular. Pare de reclamar, e da próxima vez se organizem e votem melhor”. É isso aí.
PS- QI – Quem Indica.Oposto ao mérito.