O PESO DA VERDADE (CANADÁ 91 x 62 BRASIL)…

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Tudo dentro dos trinques…para a turma do Canadá, ou não?

Contestar ao máximo que puder as bolinhas de fora (6/18-33%), oferecendo as de dois pontos (16/43%-37%) que poderiam ser razoavelmente bloqueadas se definidas pelos armadores ou o Alex, no que foram precisos nos bloqueios, cirúrgicos até, e concedendo lances livres em bem distribuídas faltas, torcendo para a perda de alguns (12/19-63%), somados a um potente posicionamento nos rebotes defensivos, foi a estratégia bem montada pelos canadenses, que vez ou outra contra atacavam, mas pendendo na maioria das vezes pela armação de jogadas, contando com sua arma mais instigante, os quase sempre conseguidos rebotes ofensivos, alcançando os seguintes números: 23/48-47% nos dois pontos, 8/19-42% nos três, e 21/26-80% nos lances livres, errando 6 vezes nos fundamentos, contra 13 erros nossos…

Do nosso lado, contestar arremessos de fora nem pensar, com alguns jogadores, inclusive, dando as costas para o adversário, e o pior, não correndo para os rebotes, que mesmo sendo função delegada aos grandões, poderiam agregar preciosa ajuda aos mesmos, como os canadenses o faziam do outro lado da quadra, e culminando com o baile ofensivo que levaram dos armadores que penetravam quando e onde queriam seguidamente. Enfim, o caos generalizado, e sabem por que, mesmo? Isso, na mosca, a lentidão física e de raciocínio dos grandões, que ainda ousavam ir marcar muito além do perímetro externo sem as condições básicas para fazê-lo, inclusa a maior delas, a velocidade de recuperação, e a ausência mais primaria e básica do posicionamento defensivo dos que guarneciam o perímetro lá de fora.

Torno a repetir como nos dois artigos anteriores, que qualquer dos nossos adversários, agirá da mesma forma que os portorriquenhos e agora os canadenses, e acreditem, o Uruguai e a Jamaica também o farão, contestando os arremessos de três, incentivando os de dois e imprimindo grande velocidade dentro do nosso perímetro interno, onde qualquer pivô de razoável técnica, mas dotado de boa velocidade e agilidade, infernizará a vida dos nossos bem nutridos e lentos cincões, que em contrapartida repetirão tão previsíveis ações atacando a cesta do outro lado a passo de cágado…

Concluindo, nosso perímetro externo defensivo ao ser batido sistematicamente pela armação contraria e não contestando seus longos arremessos, expõe em demasia a capacidade de cobertura da turma que guarnece o perímetro interno, ao mesmo tempo em que estes, pela lentidão de seus componentes, ficam fragilizados ante a velocidade de deslocamento dos atacantes interiores, sendo mais letais ainda pela pouca participação coordenada de todos na rotação defensiva.

Resultado? 29 pontos de diferença, numa derrota anunciada e previsível pela inadequação de muitos jogadores à proposta técnico tática do Magnano, resultante de uma convocação antítese do planejado, que visava grande leitura de jogo, velocidade e força defensiva, permanente movimentação ofensiva interior, liderada por uma dupla e dinâmica armação exterior, ambos os setores estritamente coordenados em suas movimentações, contando ainda com oportunas aberturas para bem equilibrados arremessos de três, e acima de tudo, o domínio do rebote defensivo propiciando a grande arma dos contra ataques.

Creio que não preciso mais me estender em função do óbvio, a dura realidade do fatal desencontro entre o sistema de jogo pretendido e treinado por 50 dias pelo técnico argentino, frente a mais dura realidade ainda da inadequação de muitos dos convocados para exequibilizá-lo, incapazes de assimilá-lo, ou mesmo aceitá-lo, frente às suas limitações técnicas e mais ainda, físicas, provocando a dolorosa situação em que se encontra a seleção para uma qualificação ao Mundial do ano que vem.

Poderemos ainda considerar mais alguns pormenores, como e a exemplo:

– O total desconhecimento por parte do Batista, Caio e Rafael (o Feliciano não conta…)do que venha a ser receber passes em deslocamento sagital relacionado ao posicionamento sempre contrario à bola, somente sabendo fazê-lo na forma mais estática possível, que para eles é sinônimo de segurança, e sempre do lado onde se encontra a bola.

– Por conta disso, os armadores se vêem constantemente presos a flutuações e mínima visão angular para um passe mais preciso e posterior e concomitante deslocamento, já que direcionado a um ponto fixo, o que não ocorreria se o alvo se mantivesse em movimento, ou seja, um passo sempre adiante da marcação.

– Tal desencontro origina a total perda de coordenação do movimento ofensivo, tornando-o previsível e passível de antecipações defensivas.

– Descoordenada em seu sistema de jogo, a equipe passa a desenvolver ações individualizadas, tanto na concepção, quanto na finalização das jogadas, facilitando a defesa e quebrando o principio coletivista.

– Finalmente, para que o sistema de jogo planejado e treinado por quase dois meses pudesse vingar a contento, necessitaria de jogadores, não só comprometidos e compromissados com o mesmo, mas principalmente capazes técnica e fisicamente de aceitá-lo, desenvolvê-lo e adotá-lo como proprietário da equipe, o que claramente não ocorre por muitos fatores, sendo o mais enfático o da convocação, inadequada, estrutural e conflitante, pela ausência daquelas mínimas qualidades técnicas necessárias para seu amadurecimento visando uma competição de alto nível.

Destroçado o esquema, dói muito a cena de um técnico graduado e altamente qualificado se ver perante uma expulsão de quadra, como que jogando a toalha, depois de ter lançado a prancheta ao solo em um dos pedidos de tempo, nervoso e desestabilizado, agora mais do que nunca frente a teimosa realidade da falha maior, a de forçar um sistema de trabalho e de jogo por sobre jogadores sem as valências básicas para absorvê-lo, premido por nomes e estabilidade de alguns deles, numa convocação equivocada e injusta a outros que por serem, ao menos, mais velozes e ágeis, apesar de inominados, poderiam auxiliá-lo com mais prestações técnicas na busca do coletivismo, do “equipo” que tanto almeja, mas que no momento grave por que está passando a equipe, necessita que seja elaborada uma adaptação emergencial voltada ao que realmente ainda pode ser extraído de produtividade de cada jogador, mesmo que para tanto modifique, ou mesmo adapte a sua forma de atacar, e principalmente, de defender…

Constatação dolorosa final foi a definitiva comprovação de quem o substitui no comando da equipe em sua ausência, um outro hermano…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

“EQUIPO, JUEGUEN EN EQUIPO!”…

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Era mais do que previsível, mesmo com desconfianças veladas de que  escondíamos jogo nos amistosos, no que jamais acreditei, ainda mais quando se disputavam posições na equipe, afinal de contas alguns dos mais nominados e requestados pela mídia lá estavam, veteranos ou não, obesos e lentos, ou não, numa equipe que tinha até jogador em férias a uma semana do corte final, ou não?

 

Por conta desse monumental equivoco que foi a convocação dessa equipe, é que penará muito para se classificar ao Mundial, e correndo sérios riscos de não conseguir se não tiver condições de estabelecer uma repaginada daquelas, uma repaginada tática, já que técnica será impossível pela fragilidade de algumas habilidades ausentes em muitos dos jogadores, principalmente no aspecto defensivo, que tanto fora ou dentro do perímetro, beira ao ridículo nos momentos mais importantes do jogo, e outras no âmbito ofensivo, como e principalmente, na teimosia burra e analfabeta de que sempre poderemos vencer jogando lá de fora, no terreno onde o reinado das bolinhas se faz presente no dia a dia do nosso basquetebol, tendo inclusive cooptada a relutante aprovação do técnico argentino, que aos poucos vem se rendendo a uma dolorosa evidência em contraponto à sua luta pelo coletivismo que nivela os egos, colocando-os a serviço do grupo, fator esse que não conta com a simpatia de delfins e cardeais, e pelos serviçais também, todos na jurisprudência de agentes que necessitam de altas performances e percentagens para valorizarem seus produtos.

 

É doloroso assistir um jogo onde a coordenação segmentar inexiste, pois fator básico na existência de uma dupla armação, cuja finalidade é a de incrementar o jogo interior, de todos os ângulos e posicionamentos possíveis, interagindo permanentemente com o mesmo, no entra e sai de passes incisivos, e não de contorno, dentro de uma intensa movimentação com e sem a bola de todos os atacantes, todos procurando melhores posições para exercer ou receber os passes, agilizar as fintas, praticar com parcimônia os dribles, arremessar o mais perto possível para aumentar a precisão, deixando os longos arremessos para os especialistas de verdade, e mesmo assim como uma complementação equilibrada de ataque, e não uma prioridade do mesmo.

 

Ora, se tal coordenação peca pela imprecisão, por que então esse pastiche de uma verdadeira dupla armação?

 

Como compatibilizar armadores rápidos sendo brecados por alas pivôs lentos e até obesos no ataque, assim como na rotação defensiva, como? Impossível, seria a dedução lógica, perfeitamente contornada se outros fossem os homens altos convocados, pois a esmagadora maioria dos gigantes que nos tem enfrentado pertencem a classe dos ágeis, velozes e flexíveis, e um ou dois na categoria de jamantas, que podem ser muito bem marcados à frente, claro, se tivéssemos preparo, conhecimento e coragem para fazê-lo, taticamente a bem dizer.

 

Mesmo sem as estrelas midiáticas que lá não estão, outros bons e eficientes jogadores da classe dos ágeis e velozes aqui ficaram, deixando pendurados na broxa os armadores que não têm a quem fornecer munição, forçando-os a utilizá-la eles mesmos, pela lerdeza e dureza dos que lá se encontram, numa antítese do que foi planejado e treinado pelo hermano, que pecou não pela escolha melódica de sua sinfonia, e sim no andamento rítmico da mesma, pecado capital ao sucesso de uma autoral composição.

 

Ontem, ele se exasperou de verdade, jogou até prancheta no chão, mas acredito de verdade que tenha compreendido ser outra a realidade brasileira, oposta àquela argentina, que fruto de um excelente trabalho de base de muitos anos, deixou em suas mãos uma geração única de campeões que bem soube responder ao seu comando, executando uma outra sinfonia onde todos a refinavam em uníssono, na melodia e no ritmo, e não essa que evolui atravessando o samba e a bateria.

 

Mas o mais emblemático de tudo foi ver a dupla de jovens armadores, o Luz e o Raul, esse draftado pela NBA, sequer jogarem, reforçando o fato de que o Huertas, Benite, Alex e Larry exerceriam o papel de armadores dentro da lógica do técnico voltada à rodagem e experiência dos mesmos, o que reforça o desastre convocatório, já que mais duas vagas poderiam ter sido preenchidas por homens altos, como o Murilo, Cipolini, Gruber, Mineiro (cortado), Leo (cortado), e outros menos ou nada nominados, mas que são bons jogadores nessa nova classe que aos poucos vai se impondo aqui e lá fora também, onde a velocidade é lugar comum, o que por si só justificaria uma dupla armação de verdade, e não essa impostura que ai está.

 

Nossos futuros adversários nessa Copa já constataram e gravaram as falhas da seleção, e virão com tudo para o jogo interior, tentando vencer de 2 em 2, de 1 em 1, reduzindo em muito a artilharia de fora, ou ninguém reparou que o mítico poder de fogo portorriquenho se reduziu a 2/13 (15%) de três,  preferindo jogar mais de perto (22/45 – 48%), contra os nossos 4/17 (23%) de três e 19/47 (40%) de dois, graças à nossa indesculpável fragilidade no perímetro interior?  Todos repararam, é só aguardar os jogos vindouros…

 

Aliás, como escola de hoje e futura(?), no jogo de ontem entre Franca e Sport Recife pela LDB, 61 foram os arremessos de 3, e Franca cometeu um 18/31 de 2 e 12/40 de 3, assim como na mesma rodada a equipe do Universo Goiânia perpetrou 15/34 de 2 e 9/40 de 3, no jogo contra São José, fora outros exemplos terríveis em rodadas anteriores, garantindo a continuidade dessa sangria, já transformada em inestancável hemorragia com vistas a 2016, queira ou não o competente hermano…

 

Amém.

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PARA MIM, BASTOU…

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Pelo menos aparentam entendimento…

         Quanto ao grupo, nem tanto, face ao descompasso gerado pelas exigências técnico táticas de seu comandante, e a frágil capacitação técnica do mesmo, fruto de uma equivocada e nominada convocação.

         Confesso que não resisti ao sono no quarto final do VT do jogo com o Canadá apresentado à meia noite de hoje, e sobre o qual nada mais poderia acrescentar além do excelente comentário do Giancarlo Gianpetro no seu blog Vinte Um (aqui). Boa leitura, e até a Copa América…

         Amém.

 

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O RETORNO DOS “DETALHES”…

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Foi uma noite diferente da de ontem, onde até vimos o técnico sentar no meio de seus dois assistentes, e dialogar com ambos, numa cena tocante, e que prenunciava uma nova atitude de um grupo que havia sido esmagado na véspera sem dó nem piedade, mesmo sob a suspeição de que muito do nosso jogo tinha sido dissimulado, tese derrubada em quadra pela rivalidade tradicional entre as duas equipes.

Talvez a pecha de dissimulação tenha sido passada para a equipe da casa, com seu comportamento tático jogando com os cinco abertos, em contraste direto a seu tradicionalíssimo jogo interior e de longos arremessos, temperado pela correria caribenha tradicional, mas que pelo andamento da partida, não muito a seu favor, retornou às origens para poder se impor a equipe brasileira.

Dissimulações à parte foi o jogo se aproximando dos dois quartos finais para transcorrer como deveria ter sido jogado desde o começo, com as equipes dando o seu máximo em busca da vitória, como sempre a buscaram em seus inesquecíveis encontros anteriores.

Não podemos negar a radical mudança comportamental da nossa seleção, que mesmo enfrentando sérios problemas técnicos pela lentidão de seus pivôs (mais aparentes quando defendem), pela falta de coordenação entre as ações externas e internas, originando outra grande preocupação, as falhas nos fundamentos de passes e dribles, que são aspectos indesculpáveis nesse nível de competição, e que somente neste jogo atingiu a marca de 14 erros de fundamentos, contra 5 de seu oponente.

Sem dúvida fomos um pouco mais comedidos na chutação de três, e inclusive bem eficientes nesse pormenor (10/18) graças à frouxidão da defesa porto-riquenha fora do perímetro, como a nossa também, franqueando 3/13 para a turma da casa, que por sorte foram ineficientes nesta sua bem conhecida e arrivista habilidade.

Mas foi lá dentro que o jogo foi decidido, onde os rápidos e eficientes pivôs de Porto Rico superaram os nossos na medida certa para vencerem (26/47 e 16/33 respectivamente), apesar de falharem nos lances livres (23/33) assim como os nossos (19/25).

No entanto, se olharmos detidamente para os números da partida podemos constatar dois fatores determinantes para o resultado final, a constatada fraqueza brasileira no ataque e na defesa interior, com sua pesada e lenta infantaria de pivôs, anulando em muito as ações coordenadas com os armadores, e a nossa notória e trágica realidade de falibilidade nos fundamentos, principalmente naqueles momentos finais de decisão, como a perda de bola do Guilherme ao tentar dribles frente a uma bem executada dobra, e a tentativa frustrada de um passe interior do Huertas (vide fotos), que já tinha tido um outro interceptado, fatal naquele momento do jogo, fatores estes que poderiam ter sido bastante minorados se a compatibilização dos sistemas de jogo escolhidos para essa competição pelo técnico Magnano, ou seja, o forte jogo interior, confrontando o excesso de arremessos de três,  e uma potente defesa dentro e fora do perímetro, com inclusive alguns momentos de pressão toda a quadra, fosse decisivamente contestado pela fraqueza dos pivôs, e da ainda inexperiência e técnica do Luz e do Raul na arte de fazer jogar uma equipe, exatamente naqueles pontos que determinariam a eficiência de sua escolha tática, a velocidade e flexibilidade dos mesmos. Tivesse convocado alas pivôs com aquelas habilidades (temos alguns muito bons…), e um ou dois armadores mais calejados, a exemplo dos armadores e alas pivôs que temos enfrentado até aqui, poderíamos estar bem mais tranquilos com a  possibilidade de classificação ao Mundial, e não correndo o factível perigo de não obtê-la por força dos  “detalhes”, o que seria trágico.

Enfim, continuo a achar que o Magnano tem sérios problemas a enfrentar, mas com sua notória capacidade acredito que saberá ultrapassar esses obstáculos, que bem poderiam ter sido amenizados através uma convocação que encaixasse melhor seus planos táticos e técnicos, e cuja maior estratégia seria aquela de menos qualificar jogadores nominados e marqueteados, por aqueles que realmente poderiam exequibilizar seus projetos de coletivismo e união em torno de um objetivo comum, apesar de menos nominados, na elogiável busca de uma verdadeira e unificada equipe.

Amém.

 

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A DOLOROSA ESCRITA…

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Não pode existir dissimulação num jogo com tantas faltas técnicas, inclusive de técnico, que a essa altura da preparação já deveria ter a equipe azeitada para a competição para valer um Mundial para o ano.

 

E por que não a tem a uma semana da Copa?

 

Olhando para o banco recheado de gente que não deveria ali estar, e constatando que os dois assistentes sequer trocam olhares, quiçá comentários por toda a partida, e que somente um deles dialoga com o técnico argentino como ele, pode-se perceber alguns fatores escancarados dentro da quadra, como por exemplo, a total falta de velocidade defensiva dos pivôs ante os ágeis alas pivôs argentinos (e os dominicanos também), concedendo aos mesmos verdadeiras e convidativas avenidas para finalizações praticamente embaixo da cesta, assim como a constante perda de posicionamento fora do perímetro, onde o Huertas, Larry, Raul, Benite e Luz não conseguiam acompanhar e brecar os habilíssimos armadores argentinos, que deitaram e rolaram por sobre tão pobres e constrangedoras posições de pés e troncos eretos e não flexionados, demonstrando que a ultra moderna preparação física não foi tão moderna e eficiente assim, e olha que eram três os preparadores físicos, sem contar com o fisiologista, secundado por três fisioterapeutas, prontos e equipados para recuperar músculos cansados pela intensa e científica preparação (?), cujos resultados temos assistido em Porto Rico. Por que não, como antigamente, ganhar resistência e fôlego simplesmente treinando fundamentos, com a bola na mão, maneirando um pouco a preparação científica, e cujo domínio e controle têm faltado a muita gente, ao contrário dos hermanos, mestres em dominá-la em todas as situações? Sim, levamos um banho de fundamentos de uma renovada e muito jovem seleção argentina, que anuncia para muito em breve poder estar sucedendo a sua grande geração olímpica. Quanto a nós, haja ferro para ser puxado…

 

No jogo em si, um fato irrefutável e de uma lógica impar pode e deve ser observado, sob um único argumento, o de que as duas equipes jogaram sistemas idênticos em tudo e por tudo, inclusive nos sinais, nos chifres e cornos, contudo com uma radical diferença, a de que uma delas possuía nas posições de 1 a 5 jogadores infinitamente superiores e preparados no cerne do grande jogo, seus fundamentos, e nada mais do que isso, seus fundamentos, encontrando no grande Scola seu ponto mais relevante, um pivô jogando com fintas, e que fintas, como bem apontou o Prof. Wlamir Marques em seus comentários acadêmicos, e de grande jogador que foi, e que fintava como ninguém…

 

Pena que não possamos contar com jogadores mais versáteis, mais rápidos e ágeis, mesmo que com menor habilidade que os argentinos, e que poderiam enfrentá-los apresentando maior movimentação dentro do perímetro ofensivo, e o defensivo também, oferecendo-se mais livres aos passes vindo dos armadores, incentivando-os a procurarem os  melhores ângulos para executá-los, e não ficarem encerando o piso já envernizado da quadra buscando as parcas brechas oferecidas por jogadores lentos e pesados, comprometendo irremediavelmente seu trabalho e facilitando a defesa argentina, sempre bem postada na linha da bola e presente nas contestações dos tiros longos.

 

Resta uma pergunta e uma constatação – Por que alas pivôs como o Murilo, Cipolini, Gruber e Teichmann lá não estão, e mesmo por que o Mineiro foi cortado para manter um jovem Felício que pouco terá a fazer frente a sua imaturidade, já que a proposta do Magnano sugere privilegiar o jogo interno? Respostas com a enorme entourage (são 16!!!) assentada no quilométrico banco brasileiro, confirmando definitivamente que “altas tecnologias” e “padrões científicos” ainda perdem muita de sua importância  para o ensino, treino e preparo de jogadores para manipularem seus instrumentos  básicos de trabalho, a bola, a leitura de jogo e a resistência física, técnica e mental adquirida na pratica permanente dos fundamentos, para ai sim, conseguirem colimar seus conhecimentos do jogo com os sistemas táticos, conceitos e estratégias  propostas a eles, como fazem e praticam desde a base nossos hermanos do sul. Nada mais do que isso, nada mais…

 

Então, se não dermos, agora, a grande guinada nesse sentido na formação de base, estaremos arriscados a um monumental vexame aqui mesmo, em nossa casa em 2016. Mas que tal guinada seja liderada pela gente que entende realmente do riscado, e não essa que aí está posando de “estrategistas”…

 

Amém.

 

 

Fotos legendadas – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

AÇÃO DISSIMULADA OU VERDADEIRA?…

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Num determinado ponto do jogo de ontem em Porto Rico, o comentarista da ESPN, Prof. Wlamir Marques, afirma que naquela altura de preparação para um torneio classificatório para o Mundial, não acreditar que as equipes estivessem escondendo jogo, ainda mais quando a nossa seleção, desfalcada de seus mais experientes jogadores, teria de se esforçar ao máximo nestes jogos, a fim de se apresentar em sua melhor forma quando fosse realmente para valer, que a realidade da equipe era aquela, e que o Magnano teria de fazer jogar o que sobrou em suas mãos.

De certa forma concordo com a análise do excelente comentarista, mas incluiria alguns pormenores técnicos, que na minha humilde opinião, complementariam um quadro preocupante na caminhada rumo à classificação ao Mundial, priorizando a frágil coordenação entre nossa ofensiva externa e interna, e nossa lentidão na rotação defensiva, quando posta em ação reparadora às sucessivas falhas de alguns jogadores submetidos a cortes e penetrações por parte da armação adversária, inclusive intervenções do decantado Alex, contribuindo em muito para o desequilíbrio defensivo, que poderá ser decisivo na Copa, pois nossos pesados pivôs não têm agilidade e velocidade de pernas para acompanhar pivôs que as tem, como ficou bem claro no jogo de ontem.

Esses mesmos pivôs, mais propriamente o Caio, Rafael (outrora bem mais rápido e explosivo, e agora mais para pesadão…) e João, sofrem dessa restrição, e muito mais o novato Felício, que pouco jogará também por sua imaturidade nas grandes competições. Sobra o Guilherme, que de forma alguma pode ser qualificado como pivô na acepção do termo, e que é um desastre quando se opõe a um adversário fora do perímetro, mas que tem se garantido por algumas bolinhas salvadoras lá de fora. Nesse quadro, a possibilidade de defesa frontal aos pivôs adversários se torna praticamente impossível, abrindo um caminho facilitador aos Scolas de plantão, realidade que poderia ter sido razoavelmente relevada se naquelas posições jogadores como Murilo, Teichmann, Cipolini e Gruber tivessem tido uma oportunidade nessa híbrida seleção…

Quanto à coordenação do jogo exterior com o interior, a sequência de fotos demonstra com clareza (melhor seria em vídeo…) o aspecto dicotômico entre os dois perímetros, com a mais absoluta separação entre ambos, fazendo com que a equipe jogue basicamente pelo externo, com freqüentes tiros de três, e algumas penetrações dos armadores para finalizações, ou esporadicamente pelo interno, onde os pivôs tentam definições isoladas sem apoio e participação direta de seus companheiros, estando dentro ou fora dos mesmos.

Com tal dissociação entre os dois setores, o que vemos são tentativas voltadas ao individualismo, com ausência do coletivismo tão defendido pelo técnico argentino, somente atenuado quando opta pela formação baseada na experiente trinca do CEUB, que começou e encerrou o jogo, e alguns momentos de tentativas com dois armadores, pecando, no entanto, pelo fato de um deles substituir um ala, mantendo a estrutura e suporte do sistema único (vide fotos), e não fazendo com que atuem verdadeiramente em dupla, com mútua ajuda nas levadas de bola, nos bloqueios e passes interiores sendo gerados de todos os setores externos, na busca permanente de alimentação contínua e veloz dos pivôs em deslocamentos também constantes e unidirecionais.

Contudo, fica muito difícil aceitar a tese de que muito da maneira de jogar da equipe tenha sido escondida, como forma de não revelar o verdadeiro sistema com que encararemos a competição a valer, ainda mais quando vencer um jogo da forma dramática e lutada como venceu, não deixar muita margem a especulações desse teor, sobrando somente um outro fator que açodaria a discussão, o desvairado rodízio perpetrado pelo hermano, parecendo ainda estar em processo de experiências nas varias posições, reforçada pela evidência de ter lançado a base candanga no inicio e na hora da definição do jogo.

Enfim, continuo na certeza de que o Magnano tem  sérios problemas a enfrentar, sendo o maior deles estar aceitando as bolinhas como solução, e nesse pormenor os cardeais continuarão a dar as cartas, adiando para mais adiante (?) a solução coletivista, claro, se for possível implantá-la.

Vejamos com os argentinos logo mais o que será dissimulado ou verdadeiro, ou simplesmente, falso…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

IMAGENS QUE FALAM POR SI…

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Fotos – Reproduções da TV.

Amém.

A SELEÇÃO…

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Seleção Brasileira Adulta Masculina
NOME – POSIÇÃO – IDADE – ALTURA – CLUBE – NATURALIDADE

Alex Ribeiro Garcia – Ala – 33 anos – 1,91m – Uniceub/BRB/Brasília (DF) – SP
Arthur Luiz Belchor Silva – Ala – 30 anos – 2,00m – Uniceub/BRB/Brasília (DF) – DF
Caio Aparecido da Silveira Torres – Pivô – 26 anos – 2,11m – Flamengo (RJ) – SP
Cristiano Silva Felicio – Pivô – 21 anos – 2,10m – Sem clube – MG
Guilherme Giovannoni – Ala/Pivô – 33 anos – 2,04m – Uniceub/BRB/Brasília – SP
João Paulo Batista – Pivô – 32 anos – 2,05m – Le Mans (França) – PE
Larry James Taylor Jr – Armador – 32 anos – 1,85m – Itabom/Bauru (SP) – EUA
Marcelo Tieppo Huertas – Armador – 30 anos – 1,91m – Barcelona Regal (ESP) – SP
Raul Togni Neto – Armador – 21 anos – 1,85m – Lagun Aro (ESP) – MG
Rafael Freire Luz – Armador – 21 anos – 1,88m – Blusens Monbus (ESP) – SP
Rafael Hettsheimeir – Pivô – 27 anos – 2,08m – Real Madrid (ESP) – SP
Vitor Alves Benite – Ala-armador – 23 anos – 1,90m – Flamengo (RJ) – SP

Comissão Técnica

Diretor: Vanderlei Mazzuchini Jr
Administrador: Leonardo Ribeiro
Técnico: Ruben Magnano
Assistentes Técnicos: Fernando Duró e José Alves Neto
Preparadores Físicos: Diego Jeleilate, Diego Falcão e João Henrique Gomes
Médicos: Alexandre Bezerra Vergete e Gilberto da Cunha Filho
Fisioterapeutas: Adriano Tambosi e Daniel Kan
Fisiologista: Rodrigo Chaves
Nutricionista: Gislaine Bueno
Assistente de Fisioterapia: Lucas Gameiro de Senna
Roupeiro: Edson Donizete da Silva

 

Com a seleção definida para a Copa América, conforme relação publicada pela CBB, muitas considerações, análises, palpites e comentários preencheram a mídia, principalmente a blogueira, que sem duvida alguma é a mais atuante no setor.

Pesquisando e lendo suas matérias, pudemos constatar sutís divergências de opiniões de seus editores, e outras não tão sutis assim por parte dos leitores das mesmas em seus comentários, onde surpreendentemente já se ensaia um processo de fritura do técnico argentino, insatisfeitos que demonstram estar pelos critérios de escolha dos jogadores, e até mesmo pelos métodos autoritários no comando da equipe em seus treinamentos, e mais ainda pelo fato de não permitir áudio presente em seus pedidos de tempo e entrevistas dos jogadores durante o período dos jogos, num movimento que prevê sérias criticas por parte de todos se a Copa América não for o que esperam, não importando planos e projetos que priorizem o ciclo olímpico em que nos encontramos.

No entanto, se admitirmos que um processo evolutivo em técnica e tática somente se torna possível através profundas transformações, e que o hermano tem tentado promovê-las, mesmo cometendo alguns enganos pontuais, como por exemplo, se  cercar de pessoas muito aquém de suas qualificações profissionais, que o assessoram em equívocos bem conhecidos, como nos critérios de convocações, dissonantes de suas propostas de reais mudanças em sistemas de jogo, prejudicadas pelos vícios de longos anos de pratica voltada a uma forma antagônica de como vê e sente o grande jogo, é que temo ver esse insidioso inicio de fritura galgar patamares mais preocupantes em seu caminho em terras tupiniquins.

As propostas do Magnano, colidem de frente com a realidade de nossa formação de base, somada ao corporativismo implantado à modalidade por uma geração de técnicos compromissada com o sistema único, que somente admitiu, como exemplo bem simples, uma dupla armação como antídoto a uma carência (?) de alas mais técnicos, substituindo um deles por um armador mais qualificado, mantendo o sistema único intocado em suas jogadas, sinais e movimentação coreografada, melhorando, é claro, a qualidade dos passes, dos dribles e das fintas na consecução do mesmo, sem mudanças e “invencionices táticas”.

Mas o cara é tinhoso, e competente, teimando, e agora implantando a dupla armação para valer (são cinco os armadores que está levando, mas nem todos do mesmo nível), já que apesar dos enormes (e mais do que previstos…) desfalques no perímetro interno, ainda pode contar com bons alas pivôs a serem abastecidos naquela zona interna, onde são decididos os grandes jogos, apesar de alguns outros bem melhores terem ficado no esquecimento da “assessoria técnica”, que de tão confiável na hora do vamos ver, o faz manter ao seu lado, aquele que realmente decide e define caminhos táticos, e por que não, estratégicos também, o seu fiel escudeiro hermano como ele, e que aos poucos o vai tornando alvo do velado (mas sempre presente) tapetebol de tristes lembranças em nossas seleções nacionais.

Jogando em dupla armação, o técnico argentino mata dois não, três coelhos de uma só vez, primeiro reforçando em muito seu sistema defensivo com armadores situados na faixa dos 1,85m a 1,90m, alturas bem razoáveis numa formação nacional, em composições de “n” possibilidades em diversas situações de jogo exterior, segundo, torna-os cúmplices dos alas pivôs que se movimentam em velocidade interna para composições que visem superioridade numérica dentro das defesas adversárias, principalmente quando usarem defesas zonais, terceiro, pela leveza, agilidade e velocidade, poder utilizar contra ataques mais precisos e técnicos, que é uma capacidade tática preciosa, principalmente se mesclada e equilibrada com a movimentação cadenciada exigida nos momentos em que a leitura de jogo se torna crucial, e onde mais se fará presente a técnica mais apurada de dois armadores de boa qualidade na permanente ajuda entre si, e na função maestra de fazer jogar seus alas pivôs.

Torço para que o Magnano atinja seus objetivos, agora mais do que nunca, quando opta de verdade por uma forma de jogar que sempre defendi, estudei e apliquei na pratica, não como forma definitiva de jogar, mas como algo instigante e diferenciado de agir no âmago do grande, grandíssimo jogo, podendo não ser ainda o ideal, mas abrindo de vez um caminho que nos leve para bem longe da mesmice endêmica em que nos encontramos.

Finalmente, fico realmente abismado com a composição da comissão técnica da seleção com 16 integrantes (haja verba para tanta gente…) para 12 jogadores, e me pergunto para que três técnicos, três preparadores físicos, dois médicos, três fisioterapeutas, um fisiologista, nutricionista (será que levaremos um hospital de campanha e uma cozinha própria?) para uma competição de tiro curto como essa? Creio ser muito pagé para pouco índio, ou não?

Mas para um país rico com uma confederação mais rica ainda e livre de dividas como o nosso, tudo é possível, inclusive os desperdícios e os aspones…

Amém.

Foto – Reprodução da TV. Clique na mesma para ampliá-la.

PROBLEMAS E ABORDAGENS (ARTIGO 1100)…

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Terminada a série de jogos e torneios preparatórios, a seleção masculina permanece presa a muitos problemas técnicos e táticos, nem um pouco amenizados pela presença do Faverani no jogo de ontem para dar o seu “incentivo” como membro da família NBA, e já preparando o terreno para o Mundial, se classificada a equipe pela turma remanescente de apoio, quando um de seus membros cederá seu lutado e suado espaço para tão importante e fundamental personagem…

 

Mas voltando ao que realmente interessa, o Magnano, magnânimo como nunca, concedendo longa entrevista na quadra de jogo à repórter da TV, expôs sua mágoa e decepção com a saída do Marcos, seu cacife de manga como explicou didaticamente sobre sua importância no grupo e em suas opções táticas, demonstrando clara insatisfação pela surpreendente dispensa motivada por uma dor que a comissão medica julgava perfeitamente administrável, causando uma séria crise de qualidade justamente quando opta por uma dupla armação direcionada às ações em velocidade dentro do perímetro e evidente reforço defensivo, onde sua grande estatura e mobilidade propiciariam bons e precisos arremessos, inclusive os de fora, onde se concentra a notória artilharia cardinalícia e de outros ainda em processo de equalização com a mesma.

 

Porém um fato em si poderia equilibrar tal volúpia de três de uma equipe predisposta às bolinhas, sua real capacidade de penetração pelas alas, que conta somente com o Alex para acompanhá-lo de verdade, pois os demais entre chutar e ir lá para dentro não pensam duas vezes, estilingam mesmo (contidos ontem, pois afinal de contas ainda resta um corte…), exceto dois dos armadores, o Huertas e o Larry, que mesmo assim já ensaia uma temporada lá de fora.

 

Sem o cara, o que fazer então, senão priorizar o jogo interno para valer, encontrando nesse pormenor sua maior limitação originada pela ausência do Delfin, do Varejão, do Spliter, dos Lucas (um deles dispensado por ele), e sei mais lá quantos, todos incensados pela mídia especializada, mas que na hora da pedreira, ó…mas que lá estarão candidatos e lampeiros para o Mundial e a suprema vitrine, as Olimpíadas.

 

Pois é, os problemas ai estão, dentro e fora do perímetro, mais dentro, onde os pivôs oscilam entre a morosidade de uns e a fuga em busca dos longos arremessos de outros, e que somente encontra no Rafael a figura de impacto nas finalizações e nos rebotes defensivos com velocidade e decisão, mas que no conjunto não conseguem se posicionar com eficiência nos ofensivos (analisem as fotos), fundamentais para uma equipe que adora chutar de fora.

 

E se não bastasse, os armadores ainda não se conscientizaram de que têm de se ajudar, não atuarem como compartimentos estanques, e que devem oferecer aos pivôs uma permanente continuidade de movimentos e penetrações ofensivas, na entrada e saída dos passes, não os deixando pendurados na brocha, sem perspectivas e opções (vide fotos), que creio e acredito ser do desejo do bom argentino, que ainda crê na qualidade criativa e corajosa de dois de seus condutores, o Raul e o Luz, muito distantes ainda da qualidade exigida para a especialíssima função de liderar um time na acepção do termo, principalmente uma seleção nacional, esquecendo outros armadores bem melhores e experientes do que eles, mas marketing é isso ai, ainda mais sob o peso de uma NBA…

 

Enfim, tem em mãos o campeão olímpico, uma bananosa daquelas, mas que acredito poder ser razoavelmente descascada por ele, claro, se determinar enfaticamente, como ontem, maior rigor defensivo, mais jogo interior, menos aventuras, menos chutação desvairada, mais coordenação ofensiva, menos erros de fundamentos, mais comprometimento, o de verdade, e não aquele movido pelo temor do corte…

 

Aliás, seria de enorme ajuda deixar o último para depois do torneio em Porto Rico, dando chance ao time de se entrosar como deve, e não por força de uma instabilidade posicional, afinal de contas, se vícios não desvanecem pela conversa, quem sabe pela dúvida?

 

Poderemos ir razoavelmente bem na Copa América, mas na medida em que sejam superados alguns obstáculos, sendo o maior deles a notória falta de humildade e de obediência a um bem comum por parte de alguns, manjados aliás…

 

Amém.

 

 

Fotos – Reproduções da TV, e que estão legendadas. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

DIRIMINDO DÚVIDAS…

 

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Em breve a seleção brasileira masculina estará competindo na Copa America em busca de uma classificação ao Mundial, e não será uma tarefa nada fácil, frente ao elevado numero de dispensas de alguns de seus mais representativos nomes, culminando com a saída hoje do Marcos com problemas em sua perna, deixando o técnico Magnano sem muitas opções táticas em sua equipe quanto ao jogo exterior, onde juntamente com o Guilherme e o Artur liderava a artilharia dos três, somados ainda ao ímpeto do Benite nas bolinhas tidas como salvadoras pelos entusiasmados adeptos das mesmas, tendo ainda o Alex como convicto adepto dessa forma de jogar fora do perímetro.

Entretanto, dentro do perímetro, um outro grande problema ficou exposto nos jogos preparatórios contra os uruguaios, mexicanos e argentinos, a sorrateira tendência de alguns dos pivôs convocados de aderirem ao grupo dos estilingues acima descritos, como o Mineiro e o Lucas, que ao serem preteridos pelos armadores pendem para esse tipo de ação, e que no caso do Lucas, acredito ter sido cortado exatamente pela exagerada insistência nesse especialíssimo arremesso, que se foi bem aproveitado contra os mexicanos, foi contestado firmemente pelo Scola no jogo decisivo do quadrangular. O técnico argentino deu mais um tempo para o jovem pivô pensar no assunto…

E tem mais, pois o Huertas, o Raul e o Larry também não pensam duas vezes para estilingar o aro sempre que possível, deixando a seleção frente a um tremendo impasse, já que nove de seus prováveis escolhidas para a lista final adoram as bolinhas, o que torna o jogo interno optativo, e não prioritário para eles, sejam armadores ou alas, destinando a turma interna para a função de reboteiros e finalizadores de ocasião, justamente como pregam alguns e notórios “entendidos” no grande jogo, mas que, sem dúvida alguma, coloca o Magnano entre duas escolhas diametralmente opostas ao seu senso tático e até estratégico, o de como atacar com uma turma desse calibre, toda ela “confiando em seu taco”, numa condição única no mundo do basquetebol, na qual as equipes mais fortes e determinadas no concerto internacional possuem em suas fileiras no máximo três ou quatro eficientes arremessadores de longa distância, e não pretensamente nove como pensamos ter, ou confiar integralmente em seu sistema defensivo, para equilibrar sua ainda inconsistente forma de atacar as  equipes adversárias, torcendo lá do fundo de seu espírito platino para que as ditas cujas caiam, porque senão…

Mas como seu conterrâneo Papa Francisco reconheceu ser Deus brasileiro, quem sabe não baixe em nossos “gunners” o espírito da inteligência tática, promovendo a redenção do Rafael, do Caio, do Mineiro e do João Batista, em suas odisséias de puladores profissionais (apesar do Caio não saltar uma gilete deitada), atitude essa que definirá os grandes jogos da grande competição, sendo a arma básica de argentinos, canadenses, uruguaios e talvez dominicanos, já que porto-riquenhos terão em nosotros um belo oponente na artilharia externa.

E resta a grande pergunta final, se era para institucionalizar pela força de uma realidade, que o bom técnico argentino tenta ainda restringir, de que a enxurrada de três permanecerá intocada por essa geração de “grandes (e pretensos) especialistas”, dotando as bolinhas como prioridade ofensiva, quando por força dos princípios de precisão, estudos dos lançamentos provam exatamente o oposto, contrariando o conceito universal de que tão perseguida precisão se materializa nos arremessos de media e curta distâncias, principalmente através o jogo interior, destinando os de três àquelas situações de volta interiores, e mesmo assim para serem lançados por quem realmente entende do riscado, por que não convocar logo aqueles grandes pivôs que se destacaram no NBB e adeptos das bolinhas, como o Gruber, o Murilo e o Cipolini, bem superiores também no jogo interno em velocidade aos atuais convocados, para ai sim, mostrar ao mundo uma equipe onde o reinado das bolinhas imperaria absoluto e quem sabe, imbatível (?)…

Ilustro esse artigo com algumas fotos da seleção, onde claramente podemos observar a escolha pelo jogo externo por parte de nossos armadores, e até pivôs que para aquela zona se deslocam, a fim de dispararem seus torpedos nada inteligentes, até o ponto em que um veterano e qualificado Scola vai até lá fora contestar um iniciante Lucas, para a seguir ir lá para frente converter singelos e fatais arremessos de dois, construindo uma vitoria cristalina e acima de tudo lúcida.

Magnano tem um problema em mãos, dos mais sérios, já que apesar de seus esforços e dedicação ainda não conseguiu dirimir erros de muitos e muitos anos de deficiente preparação e formação de base, inclusive defensivos, e o mais restrito de todos eles, nossa auto-suficiência midiática e irresponsável na artilharia de fora, onde a afirmação do Papa Francisco é levada a serio por muito mais gente do que se imagina.

Então minha gente, vamo que vamo…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

1 – Um técnico com grandes problemas.

2 – Zona 2-3 atacada em 2-3, um erro…

3 – Armação isolada, típica do sistema único.

4 – Ataque de 3 sem apoio interno, mais um erro…

5 – Pivô ataca de 3 com forte contestação do Scola.

6 – Idem sobre o mesmo pivô.

7 – Scola define nos 2 em correto jogo interior.

8 – Um correto jogo interior contra o Uruguai.

 

Em tempo – Só marcaremos eficientemente o Scola no dia que o fizermos pela frente, até lá…