ABSURDA PADRONIZAÇÃO…

Vença quem vencer no próximo dia 4 de maio, como num conluio secreto, as supervisões e comissões técnicas das seleções de base continuarão as mesmas, intocadas e atuantes desde sempre, assim como o projeto de clinicas pelo país, cujos responsáveis são os mesmos que atuam nas mesmas, nome por nome.

Constituem uma unidade de pensamento, onde a palavra de ordem é a padronização, do preparo físico até os conceitos técnico táticos, da base ao adulto, pétreo, granítico, e por isso mesmo, absurdo e de uma pobreza de pensamento desoladora.

Numa entrevista no Databasket, assim se manifesta um dos preparadores físicos integrante das comissões técnicas da CBB :

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DÉJÀ VUE…

“Vamos combinar o seguinte, ninguém marca para valer, porque ninguém é de ferro, e quem fizer a última vence o jogo, combinado?”.

E assim foi, principalmente fora do perímetro, onde uma enxurrada de arremessos de três fez estremecer o acanhado ginásio do Pinheiros, que com a má colocação das câmeras sugeria um local despovoado, já que uma das laterais é limitada por um enorme paredão. Patrocinador precisa de muita gente na promoção de seu produto, mas que no caso da Eletrobrás e da Rede Globo não muito, já que solidamente estabelecidas.

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UM BELO E PROFÍCUO ENCONTRO…

Foi um um  excelente encontro, da experiência européia, com o entusiasmo dos jovens técnicos brasileiros, pois além dos cariocas e fluminenses compareceram dois paulistas, um paraibano e um paraense, que se deslocaram de seus estados para prestigiarem o encontro. Melhor não poderia ser para começar uma caminhada.

Após ser apresentado pelos professores Byra Bello e Paulo Murilo, o professor José Curado passou a expor toda uma gama de conquistas profissionais que os técnicos de além-mar conseguiram nos últimos 30 anos, e não só os de basquetebol, como das demais modalidades desportivas. Propôs soluções simples e viáveis, mas não destituídas de muito trabalho , empenho e dedicação, focando um aspecto revelador, a do integral aproveitamento daqueles técnicos que não mais exerciam o treinamento de equipes, mas plenos de experiência e saber, fatores estes fundamentais na transmissão de conhecimento aos mais novos.

Sugeriu o envolvimento na política desportiva, como fator de tomadas de posições do interesse profissional dos treinadores, exatamente para não permitirem a ascendência de políticos profissionais que preenchessem os nichos relegados por omissão, enfatizando o fato inconteste de que se tal preenchimento fosse relegado pelos técnicos, num futuro não tão distante perderiam o poder decisório em questões fundamentais, ligadas ao exercício profissional.

Organizações de treinadores de âmbito internacional, desenvolvem segundo ele, projetos sofisticados em network, que por enquanto não contam com a participação de nenhuma associação de técnicos da America do Sul, inclusive da Argentina, para onde se deslocará amanhã, no intuito de repetir sua exposição realizada hoje entre nós.

Combinei com o Curado, uma gravação em vídeo dessa magnífica exposição, a qual disponibilizarei em DVD, a toda e qualquer associação de técnicos que se interesse pela mesma, e que esteja em organização pelos estados do país. Será um subsidio valioso para a consecução dos objetivos a serem traçados pelas mesmas, auxiliando-as na busca de uma função efetivamente produtiva, social, cultural e tecnicamente falando.

A Associação de Técnicos de Basquetebol do Rio de Janeiro, que ora se organiza, deu um grande passo para sua efetiva qualificação e implantação, que contamos todos nós, sejam tais objetivos alcançados em breve espaço de tempo. Muito trabalho a espera, dependendo em muito da participação de todos os técnicos ativos, e mesmos os inativos, para juntos se unirem em torno de um bem comum que deve ser preservado a todo custo, o bem do basquetebol brasileiro.

Amém

A DERROCADA…

Assisti a derrocada da seleção contra o Chile, que mesmo vencendo por um único e mísero ponto, em momento algum da partida se fez merecedora da vitória. Mas venceu, podem afirmar batendo no peito os responsáveis por tão pífia apresentação, onde os mais canhestros conhecimentos dos fundamentos do jogo ficaram restritos a uns dois, senão três jogadores, muito, muito pouco para uma seleção de um país bi-campeão mundial e três vezes medalhista olímpico. Nunca em nossa tradição basquetebolistica vimos uma seleção tão fraca no manejo e domínio da bola, onde os mais comezinhos conhecimentos de passes, dribles e fintas se perderam num abismo de incompetência e falta de conhecimento, com especial referência ao posicionamento defensivo. Simplesmente, nossos jogadores, em sua esmagadora maioria não sabe defender individual e coletivamente.

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Basquetebol brasileiro: fracasso ou omissão?

Por 44 anos venho lutando pelo basquetebol no Brasil, e gostaria de fazer desta página um forum de discussão acerca dos diversos motivos que levaram essa modalidade ao retrocesso que constatamos, infelizmente, em nosso país. Para dar partida peço licença para, na forma de um pequeno artigo, expor algumas constatações que ao longo dos anos testemunhei como técnico e professor de futuros técnicos.

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