PRONTO(TESTADO E PREMIADO)PARA USO…

Pronto, agora é só consumir, sem maiores complicações, como estudar, pesquisar, e perder horas, dias, semanas meses, anos, desenvolvendo e aplicando conceitos, sistemas, na incansável e inesgotável busca e compreensão de estratégias de jogo, de campeonatos, de títulos.

A grande matriz ilumina o novo caminho, através sua grande e redescoberta verdade técnico tática, aquela mesma com mais de 70 anos de existência e prática nas high schools, colleges e universities dos irmãos do norte, insumo mater do jogo coletivo, cerne do verdadeiro basquetebol, do grande jogo.

O sistema único, voltado ao confronto individualizado dos 1 x 1, que amalgamaram e sedimentaram a grande liga mundial, com seu auto nominado worldchampionship, exportado para um mundo submisso à sua grandeza colonizadora, cedeu sua hegemonia ao basquete coletivo, liderado por um…alemão, culto e preparado, assessorado por um emocionado professor que o instruiu e educou com as técnicas dos fundamentos do jogo, com a música, com outras atividades desportivas,como o remo e a esgrima, com a dança, com a literatura, com os princípios básicos da educação, testemunhado em suas emocionadas e recatadas lágrimas vertidas em concomitância à justa premiação ao seu aluno e cidadão MVP.

A dupla e formidável armação, e trindade de pivôs de alta mobilidade, provaram que o jogo coletivo ainda permanece vivo, palpitante, emocionante, dando carradas de razões àqueles que nunca permitiram que cedesse sua justa destinação ao individualismo exacerbado, cruel e injusto de todos aqueles que ousaram tentar transformar um jogo, o grande jogo coletivo em individual, tanto lá como, e principalmente aqui em terrae brasilis.

E para todos aqueles que criticaram e condenaram meu humilde sonho de ver o coletivismo preservado no grande jogo, ai está a mais convincente de todas as respostas, dada não pelo mais humilde ainda Saldanha, mas por um Dallas, campeão da NBA. E ajudando mais ainda todos aqueles apaixonados e escravizados às pranchetas, ai vai um link que os farão sorrir de felicidade, de uma matéria veiculada em 1985 pelo grande técnico espanhol Aito Garcia, mas sempre lembrando que treinei minhas equipes com esses princípios a mais tempo ainda, sem jamais esquematizar e coreografar tais conceitos, num permanente exercício de didatismo, onde o livre pensar e agir orientavam o trabalho de ensinar, e o de aprender, obrigando os jogadores a pensarem soluções de acordo com as suas leituras defensivas, suas experiências e vivências individuais, e acima de tudo, coletivas, e sem jamais, em momento algum, me utilizado sequer de uma jogada pré-estabelecida, como as que constam na matéria do Aito.

Eis o link- dos fuera y tres dentro

Mas algo a mais tem de ser dito, a grande Liga nunca mais será a mesma depois desse domingo, 12 de junho de 2011, quando um lídimo campeão redimiu o jogo coletivo, aquele que deveria ser praticado como no restante de um mundo que ela sempre quis subjugar pela força do dinheiro e pelo monopólio corporativo. Quem viver verá.

Amém.



6 comentários

  1. Marcos Nunes 13.06.2011

    Grande artigo, concordo em tudo. O que mais me chamou a atenção foi a humildade do alemão em reconhecer todo o trabalho de seu mentor ao longo dos anos, na maioria das vezes quando um profissional atinge o topo de sua carreira, esquece-se de suas raízes. Não foi o que aconteceu com o alemão. Enquanto Lebron James e Dwyane Wade zombavam da gripe (39º de febre) alemão no quarto das finais, ele se manteve concentrado e riu por último. Arrogância típica de americano. Torci como nunca pelo Dallas.

  2. Basquete Brasil 13.06.2011

    Prezado Marcos, acredito que muita coisa irá mudar no nosso basquetebol, face a uma nova e irrefreável realidade agora confirmada pela bela equipe de Dallas. Não podemos mais nos manter atrelados a um sistema retrógado de jogo, e o simples fato da grande Liga ter como vencedora uma equipe antítese do mesmo, reforça em muito as póssibilidades de mudança, já que nossos técnicos, em sua maioria, professam desde sempre, as tendências técnico táticas advindas da NBA.
    Quanto ao Dirk e seu dedicado professor, creio que nada mais deve ser acrescentado, a não ser o fato de que o processo educativo foi mantido e perpetuado nas ações e no espirito.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  3. Gil Guadron 13.06.2011

    Paulo :

    Una asignatura sobre Historia y Evolucion de los sistemas de juego es fundamental en cualquier curso de entrenadores.

    Sobre el partido final de NBA, me alegro por Dallas.

    Saludes.

    Gil

  4. Basquete Brasil 14.06.2011

    Só que aqui no país, muitos técnicos veteranos, ou mesmo a maioria dos que se iniciam, acham que o basquete nasceu com eles, amigo Gil. Somos um país de memória curta, onde falarmos e rememorarmos história passada soa falso a todos eles. Não interessa quem fez ou deixou de fazer, interessa o que “eu faço” e “farei”, simples assim.
    Mudar tal cenário é tarefa muito grande, denotando formação e informação democrática e transparente, para todos.
    Mas trabalhando, podemos amenizar tanta deficiência cultural.
    Um abraço Gil. Paulo.

  5. Ricardo 14.06.2011

    Realmente sensacional o título e, entre outras, a atuação do Barea em dupla com Jason Kidd em diversos momentos do (s) jogo (s)! Além de ser um time de veteranos no esporte que talvez mais necessite experiencia para consolidar fundamentos e compreensão tática (diferente do futebol e volei, e outros, não existe “melhor do mundo” com 20 ou 22 anos no basquetebol).

    E o adversário não poderia ter sido melhor escolhido, com um trio de “all stars” marketeiros e um técnico risonho e abobado (se me permitem).

  6. Basquete Brasil 14.06.2011

    Concordo integralmente com você, prezado Ricardo, a maturidade técnica para ser alcançada no grande jogo, denota muito mais tempo do que nas demais modalidades dos jogos coletivos, e nesse ponto algo de inusitado acontece em nosso país, onde técnicos iniciantes, jornalistas mais iniciantes ainda(alguns veteranos também…), e dirigentes paraquedistas, parecem fazer questão de omitir esse fator em seus comentários, ações e pontos de vista, como se o basquete tivesse nascido com eles, e claro, as exceções não contam, simplesmente justificam tão onipresente realidade.
    O técnico vencedor do Dallas resumiu tudo ao afirmar-Não precisamos correr e nem saltar mais do que os outros para sermos campeões-
    Disse tudo.
    Um abraço, Paulo Murilo.

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