A INSIDIOSA SINDROME…

Lendo o comentário do Gil aposto no artigo anterior, A Insinuante Síndrome, podemos atestar o quanto ainda nos distanciamos dos maiores centros onde o grande jogo flui majestoso e definitivo, e o comportamento de técnicos e jogadores raramente ultrapassa ou fere a regra estabelecida e os princípios éticos que motivam toda a competição que disputam.

Claro que arroubos e reclamações existem, mas desrespeito e ameaças inexistem, pois em caso contrário as multas e sansões disciplinares são exemplares.

Por aqui, bem, por aqui a coisa soa diferente e genericamente, pois reclamar, tumultuar, vociferar e até ameaçar flui às avessas do que deveria ser, do que deveria acontecer dentro de uma quadra de basquete, onde a luta pela vitoria deveria priorizar o confronto justo e leal, e não as coercitivas pressões, numa insidiosa síndrome pela busca do álibi mencionado no artigo anterior, tanto por jogadores, como e mais gravemente, por técnicos.

– “O Lula foi muito inteligente ao criar de saída um ambiente que o favoreceria, afinal trata-se de um jogo decisivo…”

– “Não vai ter mais jogo, acabou…”

_ “Nós dois levamos uma técnica, mas ele extrapolou, levou outra e foi expulso…”

Ao vermos o jogo constatamos que ambos extrapolaram, e de saída, nas reclamações à arbitragem, ambos tentaram desestabilizar os árbitros, instando-os a decisões que os favorecessem, ambos mereceram as técnicas recebidas, mas um deles teve de se afastar do jogo, fator decisivo para a derrota de sua equipe, fato inaceitável a um técnico de sua qualificação e larga experiência.

É triste a premissa de que caminhamos celeremente para um estagio preocupante que cresce a cada rodada do NBB, ainda mais quando colocações para os playoffs estejam sendo definidas, centrando nas arbitragens “erros propositais” que justifiquem derrotas, quando na realidade estão em busca dos álibis que expliquem as mesmas, e por que não, suas próprias deficiências.

Enfim, temos um enorme problema pela frente, e que terá de ser equacionado com a presteza necessária para a consecução de um campeonato nacional de elite, começando com a retirada de microfones dos árbitros, aspecto desestabilizante por desencadear discursos, conversas e explicações que as regras por si mesmas se justificam, bastando somente aplicá-las, sem maiores contestações, e um comedimento comportamental e profissional por parte daqueles que treinam, orientam e dirigem jogadores pelas trilhas da técnica, da tática e do comportamento desportivo, os técnicos.

Meus deuses, que falta, que enorme e transcendental falta faz uma associação de técnicos, para a real e consistente evolução do grande jogo no país. Mas acredito que a teremos um dia, forte e decisiva.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.



4 comentários

  1. Gil Guadron 10.04.2013

    ” Si un entrenador esta protestando vehementemente, el arbitro debe colocarle una falta tecnica, pues no podemos permitir la percepcion que el entrenador esta tratando de influenciar la toma de decisiones del arbitro ; tenemos que tener un basquetbol bien elevado desde el punto de vista etico. ”

    ” Me molesta ver a un arbitro estar junto a un entrenador teniendo una conversacion. No solo que no me parece etico, sino que enviamos un mensaje equivocado a los miles de personas que asisten al partido ya en persona o por television y es que el entrenador esta tratando de influenciar al arbitro a su favor, y lo mas importante es que lo estar distrayendo de su tarea principal : tener toda su atencion en el partido”.

    Rick Pitino entrenador principal de la Universidad de Louisville, Actual campeon de la NCAA

    ” El arbitro debe creer firmemente que el partido que esta pitando es el mas importante de toda la jornada, pues los jugadores y entrenadores asi lo consideran;el arbitro tambien lo debe considerar asi.

    Los arbitros no son un mal necesario ; el es parte vital e importante del basquetbol. es el guardian del deporte. sin el no existiria la competencia. que Dios los bendiga por sus esfuerzos. ” Dallas Shirley, Ex – arbitro, pertenece al salon de la Fama.

    ‘”El entrenador debe tratar a los arbitros con cortesia y proporcionarles la total proteccion, si fuera necesario. Debe evitar — ser catalogado como un influenciador de los arbitros –, pues el entrenador que trata de obtener una ventaja desleal a su favor, actua en detrimento de la profesion de entrenador ” Everett S. Dean Ex – Coach Stanford University .

    Gil Guadron

  2. Ricardo 10.04.2013

    A diretoria da Liga (NBB) tem que ser independente (e não um clube de amigos, diretores dos clubes) e punir pesadamente esse tipo de coisa!

    Se não quiserem multar financeiramente que exclua técnicos (ou mesmo arbitros) por diversos jogos do banco de reservas em caso de serem reincidentes nesse tipo de bravata sem sentido.

  3. Basquete Brasil 10.04.2013

    Oi Gil, espero que esteja tudo bem com você, a Luisa, fihas e netos(?),ehehehehehe
    Por mais que postemos exemplos de comportamento e conduta de renomados técnicos, e mesmo daqueles que trabalham ao largo dos grande cenários midiáticos, ainda veremos por um longo tempo os destemperos, ameaças e exibicionismos gratuitos de muita gente que se considera técnico de verdade. E o pior, com o aval da imprensa televisiva que vê naqueles indescritíveis rompantes algo que promove o interesse pelo grande jogo. Com tal realidade, palavrões, dedos em riste e ameaças coercitivas ainda farão parte do nosso dia a dia. Essa é a triste constatação de uma enferma modalidade, que necessita urgentemente de uma competente restauração. Será possivel? Honestamente, não sei.
    Um abração, Paulo.

  4. Basquete Brasil 10.04.2013

    Me perdoe prezado Ricardo, mas com a existência de uma associação de técnicos, esta sim, independente e forte, muitas dessas distorções comportamentais seriam evitadas, como naqueles países que ponteiam o basquete internacional. A Liga tem seu tribunal, mas a questão é ética, profissional, educacional e cultural. A ação de um tribunal especifico ligado à Liga, pune os aspectos pontuais de uma partida, já a intervenção de uma associação de técnicos iria no ponto fulcral do problema, a formação e consequente manutenção de um comportamento ético e profissional, simples assim, ou não?

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