DESCULPAS, OPINIÕES E COMENTÁRIOS (?)…

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Desta vez não aconteceram arremessos espíritas, jogadores idiotas, absurdas bandejas adversárias, desleixos defensivos, acomodações em quadra, passes e perdas de bola inconcebíveis, enfim, como todos cumpriram relativamente bem suas instruções, o jogo foi vencido com boa margem de pontos, afinal, um técnico que não falha em suas concepções de jogo não pode se envolver nas falhas dos outros, aqueles que jogam e dão suas caras aos tapas de uma refrega bilateral, mas não a dele, protegida sob o manto de estratégias e vencedores currículos…

Mas que não conotam o fato “delas terem caído”, elas mesmas, as bolinhas (foram 12/28 contra 5/26 de seu oponente, totalizando um incrível 17/54), ficando as de dois pontos em 39/65 (18/35 e 21/30), demonstrando a que se reduziu a grande partida, uma frenética competição de tiro aos pombos, onde contestações sequer eram esboçadas, por ambas as equipes…

Sábado será definido o campeão das jogadas chifres, punhos, picks, ou simplificando, da artilharia externa, ou não? Sem dúvida que sim, bem, bem lá de fora, como determina o figurino tupiniquim, e até mesmo… o espanhol…

E como o malfadado figurino tem, mais do que nunca, se estabelecido e dado as cartas nesses pagos, um tremendo e absurdo 8/37 foi concebido pela turma rubro negra (seu oponente ficou nos 6/19…) no “histórico” jogo numa arena quase lotada, cujos torcedores puderam atestar um sem número de tiros de meta (afinal eram em sua maioria torcedores de futebol) perpetrados por uma equipe absolutamente incapaz de atuar no interior de um garrafão bem defendido, porém não inexpugnável, claro, se tivesse repertório ofensivo para uma equipe que desafia uma da liga maior, e que não é das melhores, mas suficientemente composta de jogadores com sólidos fundamentos para atuar dentro e fora do perímetro, além de ostentar uma defesa com mais sólidos ainda fundamentos, mandando os jogadores cariocas para muito além da linha limítrofe de seu domínio under basket…

Cada vez mais fico curioso com essa alquimia NBA/LNB, que somente nos seria benéfica se o enorme fosso técnico/tático entre as duas ligas fosse razoavelmente dirimido, o que jamais o será se não mudarmos na entrada, na base do sistema formativo nacional, onde a fundamentação básica seja passada por quem realmente entenda e saiba rigorosamente o que faz e onde chegar, para ai sim, termos jogadores (as) aptos aos sistemas ofensivos e defensivos de monta, preferencialmente diferenciados da mesmice existente, aqui, e por que não, lá fora também, dando um passo assíncrono capaz de equilibrar uma defasagem brutal e impossível de ser igualada se confrontada com a realidade que ai está estabelecida, formatada e padronizada por uma pseudo elite letalmente corporativada desde sempre…

Mas duro mesmo foi ter de aturar em rede aberta de televisão dois comentaristas que passaram toda a transmissão rasgando seda um para o outro, como se no firmamento do grande jogo pátrio somente eles tenham existido com qualificação de craques, com afirmativas tais como – “Se você mete bola não tem jogada”;  “E podem escrever contra, mas a maior vitoria que alcançamos foi o pan de Indianápolis, está determinado…”. Pena que se omita de reconhecer o Mundial de 63 no Rio, onde estive presente em todas as partidas (tinha 24 anos e já era técnico atuante), e no qual os maiores jogadores mundiais competiram, e mais, com uma equipe americana que viu sete de seus componentes se profissionalizarem, sendo um deles Willis Reed ser definido como um dos cinco maiores pivôs da NBA em todos os tempos, além de uma seleção brasileira que tinha jogadores que arremessavam de longa distância (não existia ainda a linha de três) tão bem ou melhor que os dois, sem, no entanto, se colocarem fora dos sistemas de jogo da equipe, e que defendiam feroz e tecnicamente de uma forma que a dupla jamais pensou em fazer, afinal de contas, “a melhor defesa é o ataque”, dolorosa lição para as gerações que os sucederam…

Amém.

 Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

PIMBA CATA PIMBA HISTÓRICA 2…

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Após o pimba cata pimba histórico 2 (13/39), o comentarista da TV anuncia enfaticamente que o técnico do Baurú se prontificava em sua volta ao país, de repassar aos técnicos brasileiros toda a experiência que vivenciou nesta breve temporada junto à matriz, com conhecimentos adquiridos sobre organização, administração, treinamento, fisioterapia, preparação física, sistemas de jogo, defesas, no que seria algo bastante importante para o basquete tupiniquim…

Bem, tudo isso seria formidável não fosse, por exemplo, a forma de como sua equipe atuou nas duas partidas na sacrossanta terra do grande jogo, assunto bem mais atual e interessante do que discorrer sobre uma estrutura que dispõe de 80 milhões de dólares (a dos Wizards) para a temporada que hora se inicia, talvez “um pouquinho” acima de todos os valores somados de todas as franquias do NBB, e ainda sobrando um baita troco…

Ou por outra, não atuou, sequer tentou, a não ser o pimba cata pimba 1 e 2 citados, gloriosamente presentes nos dois majestosos ( e semi desertos…) ginásios da liga maior, onde cometeram os seguintes e espantosos números:

– Dois pontos  –  43/86 – 50%

– Três pontos  –  24/82 – 29,2%

– L Livres         – 29/43 – 67,2%

– Erros Fund.   – 40 (21/19)          ou seja, uma equipe que não domina a arte do arremesso, e é falha nos fundamentos do jogo…

Mas algo a mais espanta nessa equipe, que ao apresentar seu sistema de ataque baseado nos arremessos de três, inclusive através seus pivôs ( Jefferson – 2/19; Hettesheimeir – 5/20; Mineiro – 1/3), seus armadores (Fisher – 1/3 e Boracin – 1/7), encontrou nos alas (Alex – 2/5 ; Day – 11/6) seus melhores pontuadores de longa distância, mas que em nenhum momento houvessem tentado um outro modo de atacar, pois bastariam ter trocado a metade das tentativas erradas de três por um jogo mais interiorizado, para  conseguir resultados melhores através os arremessos mais precisos de curta e media distâncias…

Somemos a tudo de errado taticamente que fizeram, os 40 erros de fundamentos (21/19), para termos um retrato fidedigno de como não jogar com critério e acima de tudo, bom senso, e mais ainda, na terra do grande jogo…

Descupe-me o técnico pela iniciativa de passar sua experiência pelo mundo encantado dos dólares em abundância, mas preferencialmente sua fala deveria ser dirigida aos fatores definidores de sua opção pelo jogo centrado nas bolinhas, da ausência efetiva dos pivôs junto das tabelas, da defesa erecta de seus jogadores, incapazes de se movimentarem lateralmente, e por conseguinte sendo batidos inapelavelmente em todas, todas as investidas dos americanos, poloneses, sérvios, e sei lá mais quantos nas duas partidas de uma pré temporada morna e pascácia, para eles…

Pois, vendo os números acima, perpetrados por uma das duas equipes que mais investiram em nomes, estrelas e prospectos para a temporada a ser iniciada no NBB, deixa pairando no ar uma grande e séria dúvida – serão eles os melhores jogadores para contribuir com os princípios técnico táticos de seu técnico, ou melhor, de sua comissão técnica elegantemente paramentada, serão?…

Tenho dúvidas, sérias dúvidas, ao ver dois de seus principais pivôs, arremessarem 7/39 bolas de três pontos, de uma distância 50cm maior do que o fazem nas regras FIBA, sem que nenhuma ação inibidora se fizesse sentir do banco, onde pareciam todos estarem na doce torcida de que elas caíssem, como se fosse possível na somatória distância/contestação a que eram submetidos, que obtivessem exito, num desgaste inútil de esforços em partidas de 48min de duração. Nada pode ser visto de jogadas internas advindas de um sistema efetivo, estudado e treinado de jogo, nada, absolutamente nada, e esse é o grande óbice, a monumental fratura a que está submetido o grande jogo entre nós, apequenado e estéril ante o reinado das bolinhas, das enterradas “monstro” (engraçado, não vi nenhuma acontecer…), e dos tocos monumentais, que sequer puderam ser compensadas em suas ausências de efetividade, por um jogo centrado, coletivo, participativo, não egoísta, compromissado e acima de tudo, estrategicamente bem pensado e coerentemente praticado, a fim de se constituir numa verdadeira e sólida equipe, e não um amontoado grupo de egos e candidatos a estrelas…de chutes bem la de fora, onde o drible, a finta, o passe são fundamentos de somenos importância, frente aos midiáticos esgares dos pombos sem asa…

É dessa lúgubre realidade que tenho medo para 2016, que está logo ali na virada de uma esquina decisiva para o grande jogo em nosso imenso e injusto país…

Amém.

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PIMBA CATA PIMBA HISTÓRICA, E O PAU DE SELFIE…

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Que demora é essa Paulo, perdeu o gosto de escrever? Não, nada disso, é que ainda não assimilei o “feito histórico” do Bauru no Garden, quando foi apresentada ao mundo nossa gloriosa concepção do grande jogo, como numa avant première para 2016, com seus pivôs de três, inóspito e deserto perímetro ofensivo interno, e um armador de bússola e lamparina na mão em busca de um companheiro com quem verdadeiramente jogar, e na ausência quase constante do mesmo, se realizar com um triplo duplo competente, apesar dos dois rebotes de bônus…

Realmente, conceber um 11/43 de três, não é para qualquer um, não é normal, mas é, isto sim, um absurdo sem tamanho ou forma, indesculpável, constrangedor, vergonhoso, pois confronta princípios básicos do jogo, subverte a lógica, compromete seus executores, ofende o basquetebol…

Dizer e afirmar que a equipe jogou bem, fez história, e outros piripaques midiáticos e ufanistas, somente confirma a que ponto de pobreza e deficiente conhecimento técnico, tático e, acima de tudo, estratégico, chegamos triunfantes, sob o teto, este sim, histórico, da grande arena nova iorquina…

Quando no intervalo do jogo, o técnico brasileiro afirmou ao repórter que sua equipe poderia surpreender e até ganhar o jogo, contra uma outra que começava sua pré-temporada, talvez ainda estivesse com sua memória focada em Indianápolis muitos anos atrás, ao lado de Oscar e Marcel, abastecendo-os a não mais poder para instaurar e deflagrar o reinado das bolinhas, que choveram naquela final (e continuam a chover até hoje…), levando a equipe americana a amargar sua primeira derrota em solo pátrio, e até derrubando o ginásio, como apagando a derrota de seus arquivos, mas que, em hipótese alguma pretendem derrubar mais um, contestando os longos arremessos, e jogando lá dentro, como devería também ter sido feito, ao menos tentado, por nós, claro, se tivéssemos sólidos fundamentos e sistemas ofensivos ousados, corajosos e proprietários na forma de jogar, e não o ridículo pastiche de jogo apresentado, na desenfreada chutação para lá dos 6.75m a que estão acostumados…

Fico imaginando o que pretende a NBA em nosso país frente a esse cenário técnico indigente, padronizado e formatado numa mesmice endêmica lamentável, corporativista e subalterna, enfeitada por uma mídia especializada, muito mais interessada nas coisa de lá do que de cá, ainda mais com o dólar valendo quatro a mais…

Então, o que pretende a NBA/LNB desencadear a favor do nosso basquetebol, o que? Implantar mais comércio, dançarinas, mascotes, canhões de camisas, malabaristas, butiques, e sei lá mais quantas “promoções”, ou de uma vez por todas, e às claras, influir no mercado de jogadores, e por que não, de técnicos também? Muita gente ri de orelha a orelha com tais possibilidades, afinal de contas, uma vez colonizados, sempre colonizados, e que as glorias do passado se percam nas calendas do inferno, para gáudio dessa turma que estabeleceu a existência do grande jogo coincidente a suas vindas ao mundo, onde passado é passado, e estamos conversados…

Mas, o grande jogo nada representa de evolutivo sem as bases do passado, sempre presentes quando se trata de formação de base, de renovação tática, de ensino como produto de pesquisa no campo didático e pedagógico, como estratégia de desenvolvimento desportivo, educacional e cultural de países sérios e comprometidos com sua juventude, e muito distante de políticas fajutas sob a égide de “pátria educadora”…

O que vimos incrédulos no Madison Square, foi a antítese do jogo, foi o resultado do que viemos fazendo nos últimos vinte ou mais anos, convergindo arremessos (foram 11/43 de três, 19/38 de dois, contra 8/20 e 30/58, respectivamente dos americanos), sendo incompetentes no trabalho defensivo de pernas ante jogadores afiados em seus fundamentos, e sendo absurdamente ausentes do jogo ofensivo interno, exceto para jogadores peitudos como o Alex e o Meindl em suas penetrações de bola dominada, e de um armador tecnicamente bom, porém abandonado numa ilha de ninguém…

Não apresentar nem um arremedo de sistema de jogo interno, apostando por todo o tempo nas bolinhas é absolutamente insano, irreal, contundente, deixando no ar uma incógnita para domingo, quando enfrentarão uma equipe bem mais forte e poderosa do que os Knicks, num ginásio onde a linha dos três tem a mesma distância da de Nova Iorque, e onde a desculpa de jogar 48min com rotação de três jogadores se perde ante a realidade de contar com sete na reserva, a não ser que tenham ido passear, e que no caso afirmativo, um pau de selfie resolveria a situação antes, durante e após o jogo, pois atrações e autógrafos não faltarão, inclusive do delfin…

Antes do amém Paulo, nada a dizer sobre a LDB, agora na fase de definições? Por curiosidade pincei de forma aleatória um jogo das estatísticas da LNB, e não deu outra, 43 erros de fundamentos no jogo Pinheiros e Ceará (23/20), restando somente um doloroso e lamentoso…

Amém.

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A DERROTADA (!) CONVERGÊNCIA…

 

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Sobe a bola, e o primeiro arremesso desferido foi um de três, pelo Bauru, que dali em diante sofreu uma corrida de 12 x 0 por parte de um Real Madrid nada disposto a se submeter a um novo bombardeio de fora sem contestá-lo devidamente, na mais do que prevista situação de jogo a ser enfrentada, mesmo ante um adversário que repetia a convergência do jogo anterior (14/29 de dois pontos e 10/28 de três), nada mudando taticamente, como que apostando na reedição vitoriosa da ante véspera…

Foi quando da primeira bola recebida aberta pelo pivô de três, que contestado tentou a finta driblando para dentro e… andou bisonhamente, chegando ao final com 1/4 de fora, que somado ao 0/2 do outro ala pivô, ficaram bem distantes dos 9/17  do primeiro e vitorioso jogo. mas, como numa compensação nas bolinhas, o armador Fisher conseguiu 5/8 nas benditas, para marcar o posicionamento convergente da equipe, que em momento algum encontrou um simples arremedo de jogo interior, mesmo com os bons pivôs que possui, que quando abastecidos eram deixados sozinhos frente ao combate defensivo, tendo seus companheiros abertos e parados assistindo o massacre…

O Real, sem seus dois armadores titulares, um machucado e outro infantilmente expulso, encontrou nos outros dois (que como toda equipe que utiliza a dupla armação, os tem em dobro…) substitutos a altura, principalmente o Lull, brilhante em quadra, sendo merecedor da indicação de MVP da competição…

Concluindo, a equipe espanhola fez o que devia para vencer o jogo final, contestando os pivôs de três fora do perímetro, não se preocupando muito com as investidas dos mesmos à cesta, pois são fracos nas fintas e drible em progressão, e mesmo lá fora conseguindo bloquear, ou alterar trajetórias dos demais arremessadores não muito altos, caso do Day, Alex e Gui, e somente se preocupando bastante com as velozes fintas e penetrações dos excelentes jovens Meindl e Fisher, que se bem trabalhados produzirão bastante num futuro próximo, inclusive na seleção, além de trabalharem bem dentro do perímetro paulista, e arremessar de fora sem a qualidade contestatória que apresentou durante toda a partida…

Desta feita, a convergência foi fragorosamente derrotada, e o pior, sem uma opção tática que a suprisse, numa seria falha estratégica, pois concedeu ao adversário uma solução mais simples, objetiva e óbvia possível, o avanço defensivo, anulando os pivôs de três, além de deixá-los fora dos rebotes (41/21), e somente preocupados com os bons fundamentos do Fisher, Meindl e o inesgotável Alex…

Preocupações que tenho? A implantação da convergência como carro chefe técnico e tático do nosso basquetebol, a negativa teimosa e pouco inteligente da dupla armação, com seu potencial abastecedor do jogo interno, além do vasto incremento defensivo, e o vazio absurdo e constrangedor do garrafão dos adversários, por parte de nossos pivôs, abandonados à própria sorte por seus companheiros, que simplesmente não sabem como agir e se comportar dentro do perímetro ofensivo interno, todos preocupados, ou instruídos a se situarem abertos a espera de um passe de dentro para fora para… Aleluia, a sagrada bolinha, que como vimos (e veremos cada vez mais) nem sempre caem, ainda mais quando competentemente contestadas, e o pior, sem apresentar soluções internas que as substituam, obrigação de toda equipe de alto nível competitivo. Como vemos, são preocupações demais…

Amém.

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ANÁLISES E EQUÍVOCOS…

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Olhando bem essa primeira foto, constata-se o grande equivoco que ela representa, pois o grande Gasol nada representaria sem o apoio decisivo de seus armadores, isso mesmo, armadores no plural, que em determinados momentos da final eram três, todos abrindo os caminhos para a evolução triunfal do ala pivô, com seus arremessos curtos de alta precisão, seus ganchos tecnicamente corretos e as mil e umas bandejas, frutos de seu exemplar posicionamento nos rebotes, tudo isso no ataque, pois na defesa, sua velocidade aliada a de seus companheiros, antecedia as jogadas e ações dos adversários, que sucumbiam frente, não só ao grande jogador, mas ante toda uma equipe empenhada em…isso mesmo, defender, contestar dentro e fora do perímetro com antecipação, e por isso mesmo, vencer com todos os méritos…

Indo mais além, teria sido essa a foto que retrataria um jogador, não com um 4 na camisa, e sim um 14, conterrâneo nosso, que foi um dos dois únicos a tentar transformar um jogo coletivo em individual, estando um deles no limiar de encerrar sua carreira no Lakers…

A segunda foto, repete o que a maioria de nossos entendidos teima em negar, a inexistência de diferenças entre armadores,  onde 1 e 2 representam apenas posições dentro do sistema único, que é o ícone tático para essa turma, quando, na realidade de algumas das equipes de ponta no mundo FIBA, e uma ou duas NBA, exercem as mesmíssimas funções de armação, envolvendo o perímetro externo com o dobro de ações e soluções ofensivas, principalmente na alimentação do jogo interno, originando performances de alto nível de seus alas pivôs, como no caso lapidar do Gasol…

Sem esse apoio, inclusive de um terceiro armador utilizado inteligentemente pelos espanhois, o MVP do europeu não atingiria o nível que atingiu, também, magistralmente…

Olhando detidamente essa segunda foto, podemos avaliar o quanto ainda temos de avançar no entendimento e compreensão do grande jogo em nosso país, onde um Bebê é lançado por analfabetos de basquetebol, no colo de um técnico espanhol que o fez optar pelo pivô, quando ansiava a ala, tendo os mesmos 2,14m do Gasol, a mesma flexibilidade, velocidade e envergadura, mas não a opção de escolha (agora mesmo na matriz, deve estar sendo convenientemente malhado por fora e por dentro para ser mais um cincão…), pois afinal de contas, que espanhol gostaria de ver um brasileiro evoluir no mesmo sentido de seu herói?

E não seria esse o mesmo caminho do Caboclo, em oposição ao projeto canadense de formar seus futuros selecionáveis nos colleges americanos, enfrentando, quem sabe, a sanha dolarizada de aventureiros agentes? E quantos mais dos nossos percorrem, e ainda percorrerão tão equivocados trajetos, onde a grande maioria fica à margem do processo evolutivo do grande jogo?

Mas a foto ai está, mostrando a premiação do quinteto titular da competição maior européia, com três armadores e dois alas pivôs, para desespero da turma adepta do 1 ao 5…

Mas o mais emblemático, é a força descomunal que os analistas especializados exercem no sentido de deificar um só jogador, como se ele fosse, sozinho, capaz de vencer todas as partidas, mencionando sua genialidade funcional e atlética, quando na realidade, na mais objetiva das realidades, faz o mesmo parte de uma geração brilhante de armadores e alas, tão habilitados em pontuais ações de pivô como ele, sem o brilhantismo e a perceverança catalã que ostenta, mas que distante do coletivismo de sua equipe, pouco representaria ao final dos embates. Logo, o grande MVP Gasol é o mais legitimo produto de um conceito de jogo que por aqui a maioria não aceita, sequer ousa tentar, já que escravizados a um sistema que anula a livre iniciativa, a criatividade, amarrados a lideranças coercitivas e emparedadas em pranchetas midiáticas…

Quando me estendo nesse assunto, talvez por ser um dos raros técnicos que o tenha praticado de verdade dentro das quadras tupiniquins, da formação de base a elite, tentando divulgar a dupla armação e a tripla ação interna de alas pivôs ágeis e velozes, exatamente próxima ao que acabamos de assistir no pré europeu, sucedendo a vitoriosa caminhada do coach K e suas seleções americanas (as femininas inclusive), culminando uma revolucionaria e estratégica mudança de conceitos de jogo, é pelo fato inconteste de que sempre acreditei na livre iniciativa, no livre pensar, e consequentemente no poder da criatividade e da improvisação consciente, aquela adquirida pelo pleno domínio dos fundamentos do jogo, embasando sistemas ofensivos e defensivos frutos de uma mais consciente ainda leitura de jogo, alma mater de uma verdadeira equipe em busca de coesão e autêntico coletivismo…

Uma terceira foto espelhando um belo trabalho de duas décadas de dedicação a base e brilhantes resultados decorrentes de um coerente planejamento a longo prazo, em oposição às mesmas duas décadas de fracassos e criminosa omissão na direção do nosso indigitado basquetebol,infelizmente…

Amém.

Fotos – Divulgação FIBA. Clique nas mesmas para ampliá-las.

MACACO, DESCULPE, ORANGOTANGO VELHO E EXPERIENTE…

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Fiz direito as contas do tempo que lido com o grande jogo, quando tudo começou em 1948 no Grajaú TC, onde o conheci pela primeira vez, e como estou com 75 anos, lá se vão, hum, façam as contas…

Até os 13 anos o assistia fascinado, torcendo e aprendendo a amá-lo, dia após dia, até que tentei praticá-lo na escolinha do grande Geraldo da Conceição, lá mesmo no GTC (Geraldo ainda ensina em Brasília aos 90 anos, fantástico…), e depois no CRVG com o célebre Fu Manchú, que reencontrei em Belo Horizonte no Brasileiro Juvenil de Seleções em 68, quando dirigi a equipe de Brasília, vencedora da chave dos perdedores (5o lugar), levando a Taça com o nome dele, que muito doente ainda pode comparecer para entregá-la, num reencontro emocionante…

Mas pouco produzi como jogador, principalmente pela baixa estatura, e o interesse mais voltado para as técnicas e táticas do jogo (isso aos 14/15 anos…), aspecto esse que me abria um amplo leque de possibilidades de estudo e descobertas. Mais adiante, cursando a ENEFD, pude sedimentar o sonho de abraçar a técnica, que já praticava na Escola Carioca de Basquetebol, criada por mim e pelo Luis Peixoto, pai do Peixotinho, nossa primeira cria, e onde floresceu o Paulo Cesar Motta, ambos chegando a seleções brasileiras…

Dai para diante foi um torvelinho de emoções, fortes emoções, trabalhando na base e na elite, em clubes de renome, como Vila Izabel, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Olaria, Barra da Tijuca, seleções cariocas, brasilienses, estagiando, por concurso, em universidades americanas, dando clinicas pelo DED MEC em estados brasileiros, lecionando em escolas de ensino primário e secundário, universidades, aqui e na Europa, onde me doutorei, para finalmente ter uma breve e instigante experiência na LNB (NBB2), também me graduando na ECO/UFRJ em Jornalismo, e finalmente, a criação deste humilde blog em 2004, um dos motivos que provocou minha interdição na direção de equipes, entre outros mais recônditos, na Liga Nacional…

Pois bem, porque todo esse preâmbulo a um simples artigo, por que?…

Primeiro, para lembrar a muitos que 56 anos antes do meu despertar para o grande jogo, ele já era cultuado, admirado, amado, e praticado com fervor pelo mundo, o tornando o desporto coletivo mais divulgado dentre todos,desde sempre, logo, com toda uma história técnica e tática a ser observada, aprendida e apreendida por todos aqueles que, realmente, o quisessem compreender e entender toda a sua dimensão de esporte maior, ainda mais se desejasse ensinar e divulgá-lo às gerações sucedâneas através seu/meu  parco conhecimento, numa humilde constatação de sua riqueza técnica e cultural…

Segundo, para lembrar a outros muitos também, que julgam e agem como se o grande jogo tenha sido criado quando de suas vindas ao mundo, numa atitude arrogante e presunçosa, passando a ideia de que o dominam total e enfaticamente, num posicionamento falseado e muito distante da realidade do que pensam e julgam conhecer, pois copidescar e “interpretar” articulistas estrangeiros não vale na maioria das vezes, absolutamente não vale, mas…

Terceiro, para relembrar algo de muito serio que teimo em publicar sequencialmente nessa humilde trincheira, o fato inconteste de que sempre existiram bons, alguns ótimos, e péssimos dirigentes , e fui testemunha da ação de muitos na direção da modalidade no país, porém com uma fulcral diferença relacionada aos dias atuais, a existência a época de grandes e verdadeiros técnicos e professores de basquetebol, na base e na elite, garantidores de gerações com eficiente formação nos fundamentos, e brilhantes na direção das equipes da elite, onde apresentavam sistemas de jogo proprietários, evoluidos, inéditos, e acima de tudo, corajosos e criativos,,,

…Muito diferentes da mesmice endêmica que vem nos assombrando a duas obscuras décadas de mediocridade e compulsivo corporativismo, estendido ao comportamento formatado e padronizado entre os jogadores de todas as faixas etárias, e por que não, consubstanciados pelo apoio da maioria da mídia especializada, a que sabe como ninguém discernir sobre as técnicas do grande jogo, sem, no entanto, jamais explicá-las à luz de seus significados táticos e estratégicos, num en passant cansativo de 5 x 5, 1 x 1, exaustivamente treinadas jogadas, box one, punhos, chifres, picks, zona 2-3, e outros mais chavões repetitivos que nada esclarecem, e nem são cobrados, já que o padrão é o mesmo para todos, desde os posicionamentos de 1 a 5, até a utilização do sistema único por todos, indistintamente, da base a elite, e por que não, nas seleções também, alcançando como resultado o nível em que se encontra o grande jogo entre nós…

Com as escolas de educação física diminuindo a cada dia a carga horária da aprendizagem e pratica dos desportos (substituindo-as pelas da área biomédica…), incapacitando seus licenciados e bacharéis ao competente ensino dos mesmos, com cada vez mais ex jogadores sem o minimo e adequado conhecimento didático e pedagógico assumindo a formação de base, e crefs provisionando leigos para a mesma função, com uma ENTB esquematizada ao continuismo do que ai está, pouco ou nada avançaremos no soerguimentp do basquetebol nacional…

Então, não se trata somente de más administrações, que como afirmei antes, as tivemos boas, ótimas e péssimas desde sempre, mas nunca, em tempo algum tivemos por tanto e seguido tempo um conceito técnico tático de tão baixa qualidade como agora, fruto da coisificação proposital e corporativista de uma geração de técnicos compromissada com o que de pior puderam e quiseram imitar da matriz do norte, sem sequer tentar adequá-la a uma realidade econômica, social e cultural diametralmente oposta a nossa, sob qualquer critério que se possa avaliar e comparar, levando ao desastre em que nos deparamos inermes e fragilizados…

Por tudo acima exposto, façam o favor de racionalizar tentativas de  querer unir má administração com técnica de jogo, como ação e reação de um mesmo principio, de um mesmo conceito de fato, um conjunto indissolúvel de ações geradoras do produto vigente, ao não esquecerem que dirigentes não formam, treinam e desenvolvem jogadores, seja na base, seja na elite, ou mesmo num processo de massificação da modalidade, que por conta e risco da formatação e padronização implantadas coercivamente pelo corporativismo técnico vigente, e que oblitera toda e qualquer tentativa de evolução que fuja do existente, explica com sobras o descalabro técnico do grande jogo aqui implantado , e onde a mesmice endêmica vigora e reina absoluta, no âmago da nossa cruel realidade…

Iniciei, desenvolvi, estudei e pesquisei o grande jogo convivendo com essa imutável realidade, que somente transmudou o jogo quando da implantação abusiva e deletéria do Q.I., desalojando o mérito como a forma correta e justa visando o progresso, com seus resultados muitas vezes vencedores, e não contumazes perdedores como agora, onde uma péssima administração se torna justificativa de fracassos técnicos, numa inversão de valores assustadora, pois não responsabiliza direta e contundentemente aqueles que fazem também o grande jogo acontecer, os jogadores, os técnicos, e uma mídia enaltecedora da mediocridade tupiniquim, contrastando com sua feérica bajulação e endeusamento de uma cultura antítese da nossa, sob qualquer critério analítico que se queira mencionar, formando a coluna mestra de tudo aquilo que pulsa e acontece de injustificável nas quadras desse enorme e injusto país…

Concluindo, o momento trágico por que passamos, apesar da enorme falha administrativa existente, se origina basicamente na falência do aspecto técnico, tático e estratégico do jogo, que nem uma maravilhosa administração anularia, já que dominada por uma clã compromissada e comprometida com um triste e desalentador corporativismo, e com a manutenção da mesmice endêmica em que afundaram, todos, inclusive os gringos, que se fecham a qualquer iniciativa de mudança, do surgimento de algo que ponha em risco seu retrógrado posicionamento, ferindo de morte o grande jogo, grandíssimo jogo, sendo esse o maior dos obstáculos que trava seu soerguimento e desenvolvimento, que se continuado nos levará por um caminho sem volta, não mais para 2016, já perdido, mas sim, para os subsequentes ciclos olímpicos dessa infeliz “pátria educadora”…

Amém.

Foto – Veiculada para internet.

O VEXAME ANUNCIADO DE MUITO…

P1110836-001P1110849-001P1110863-001P1110867-001P1110869-001P1110870-001P1110871-001P1110872-001Meus deuses, não é que o raio caiu duas vezes no mesmo lugar? É a segunda Copa América que a seleção é varrida, somando um 1/8 vergonhoso, ou seja, nas duas competições só venceu uma partida, UMA única partida, e sob o mesmo comando, com o hermano e assistentes (faltou um…), ligados num projeto, ou melhor, planejamento de jogo em uniformidade opinativa, fator que os tornam responsáveis por tudo que ocorre técnica e taticamente dentro das seleções, inclusive nas convocações, sejam elas A, B ou C, o que no frigir dos ovos significa um elo participativo de todos, uniforme e consentido, onde a ascensão ou queda de um, define a de todos, pois afinal de contas, uma comissão técnica uníssona e eticamente unida, vence e perde junta, sobe e desce junta, prossegue ou cai junta, haja o que houver. Logo, como já são públicas as restrições ao trabalho do técnico argentino, inclusive veiculadas em comentários na TV, que não seja ele o único responsabilizado por fracassos, mas todos que compõem a comissão técnica em seu todo, administrativo e técnico, não se admitindo uma sutil proposta de substituição unilateral na figura de assistentes, tão ou mais culpados como o hermano no planejamento, direção e coordenação das seleções, pois em caso contrário, no que parece vem se tornando habito nesse enorme e injusto país, assistentes assumem o lugar do titular, como se fosse ele o único responsável pela equipe, o que caracteriza a pratica inidônea do mais puro tapetebol (*), além do fato de serem muito fracos para um deles desempenhar o duro e seletivo papel de head coach…

Ilações à parte, creio que é chegada a hora de definições lapidares, já que passados alguns anos, essa comissão foi incapaz de manter sistemas de jogo convincentes e duradouros, onde idas e vindas técnico táticas se fizeram presentes em todas as competições que participaram, as vencedoras e as perdedoras, nas quais alguns graves equívocos em convocações foram cometidos, numa tácita demonstração de inconstância e incoerência, com indicações que beiravam do favoritismo ao protecionismo, deixando de lado valores mais adequados às suas propostas técnico táticas…

Propostas estas que não obtiveram continuidade, ou por serem superficiais, ou por não se estabelecerem com firmeza, face a falhas nas técnicas pedagógicas durante o processo de aprendizagem das mesmas, erro comum quando da introdução de novas propostas, em confronto ao perene hábito da pratica do sistema único no âmbito do grande jogo entre nós…

Então, já baloiçam nos ares os primeiros sinais da fumaça que anuncia  tentativas de mudanças, provocadas pela incoerência e imprecisão nas convocações e nas opções de jogo, anunciadas como revolucionárias por muitos, mas patentemente conservadoras na opinião de uns poucos que realmente entendem do grande jogo, como o comentarista da ESPN em particular, que almeja um dos bons técnicos patrícios na direção da seleção, mas que não sejam um dos osmóticos assistentes do hermano, complementaria eu, mesmo que não fosse essa a opinião do grande mestre…

Enfim, foi mais um vexame por que passou a seleção brasileira, idesculpável vexame, pois anunciado, previsto, confirmado, projetando uma mais previsível ainda imagem para 2016, pois o erro fulcral, maior que as discutíveis convocações é a fragilidade na estrutura do sistema de jogo, oscilando entre o aparentemente novo e o estratificado sistema único, somado a hemorragia das bolas de três, como um porto seguro de algo inamovível, sedimentado, formatado e padronizado desde sempre no âmago dos jogadores nacionais, que dessa forma como se vacinam ao novo, apegados que estão na ilusão de segurança do SU, garantidor de seus empregos nas franquias da LNB, assim como seus técnicos, assistentes, administradores, agentes e muito da mídia especializada, todos unidos no cerne do corporativismo garantidor do status quo vigente…

Por todo esse cenário, nublado e cinza, é que me preocupo com o futuro do grande jogo em nosso enorme, desigual e injusto país, entregue ao patriarcado do Q.I., onde o mérito jamais teve, tem ou terá vez, mesmo que esporadicamente, jamais…

Que os deuses nos protejam.

Amém.

 Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

(*) – Tapetebol – A arte de puxar o tapete sob os pés de inimigos, e de amigos também…

DIFÍCIL, MUITO DIFÍCIL…

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Terminado o Pan Americano, onde conseguiram ensaiar um modelo de sistema de jogo promissor, pela fluidez e boa movimentação de toda a equipe a cada ação ofensiva, temperada por um posicionamento defensivo combativo e contestador, praticado com entrega e compromisso por jogadores tidos como de segundo escalão pelos especializados, assistimos agora, nesta importante Copa América o desmoronamento do trabalho antes realizado, como se auto punindo pela tentativa de superar o escravagista sistema único…

…Que reaparece fulgurante, numa orgiástica ciranda de 1 x 1, muito bem vinda pela turma das bolinhas, que é a única arma que pensam dominar, mas que se apagam quando contestados com precisão e firmeza, ações que enfrentam nas competições de alto nível, numa situação oposta às frágeis defesas do nosso badalado NBB…

Passam os anos e não aprendem, por não cobrados, ou ensinados e orientados a sistemas dinâmicos, onde toda a equipe se movimenta em quadra, por todo o tempo, dentro e fora do perímetro, atacando e defendendo intensa e dedicadamente por toda a partida, e não em “momentos” do jogo, com pleno domínio dos fundamentos individuais e coletivos, que deveriam ser praticados por todos, independente de posições, idade, estatura e experiência de jogo, aprendendo, reaprendendo, descobrindo e redescobrindo olvidadas técnicas, novos gestuais, atualizando conhecimentos, aprimorando seu ferramental de trabalho desde sempre…

Acredito que nesse jogo contra o México colimamos todos os erros que nos são comuns e companheiros dentro do sistema de jogo que praticam, o único que conhecem, o único que os estrategistas lhes impuseram, limitando decisivamente as habilidades necessárias a escalada de novos sistemas, que não se renovam desde o NBB2

Então, acredito que as poucas imagens aqui postadas refletem a dura realidade, mais uma vez manifesta nesse jogo perdido para a mesmice endêmica que nos sufoca aqui e lá fora, o que é bem pior. Temo para 2016, o que seria um desastre de difícil reparação, ainda mais sob o comando e liderança (?) de uma administração caótica da CBB, e de uma teimosa estagnação técnico tática da grande maioria das franquias da LNB/NBA…

Amém.

 

A OBTUSA REPETIÇÃO…

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Houve um jogo contra a Republica Dominicana, dirigida por um célebre técnico universitário americano, com staff e tudo, mas completamente afogado por uma equipe caótica taticamente, apesar de ter alguns bons jogadores, e que só não venceu o jogo por causa do péssimo segundo quarto que praticou contra uma seleção brasileira mais perdida taticamente ainda, já se fazendo merecedora de uma bússola a ser distribuída para cada um de seus integrantes, dentro e fora da quadra, tal a qualidade às avessas apresentada até o momento …

Triste de ver e de tentar acompanhar um jogo completo, onde pontuais cochilos se impõem ante tanta mediocridade, tanta mesmice de punhos, chifres e correlatos, quase sempre mal formulados e executados, onde a escapatória via bolinha de três se impõe permanente e altaneira desde sempre…

E nada muda, numa repetição irritante de erros de fundamentos, apagando de vez a boa apresentação feita no pan americano de onde saiu vencedora, quando apresentou um basquete digno de ser visto e revisado, mas que infelizmente sossobrou logo na competição definidora de suas aspirações para 2016, que se apresenta decepcionante e altamente preocupante…

Mas Paulo, a turma da NBA vai estar presente no RIO 2016, está esquecendo?…

Claro que não, mas será que dentro desse esquema coletivista decantado aos quatro ventos promoverão nosso soerguimento internacional? Olha, tenho serias dúvidas, a não ser que mudem a forma de jogar, radicalmente, pois será a única saída para enfrentar e vencer as forças que aqui aportarão, que se enfrentadas da mesma forma como jogam, poucas ou nenhuma chance teremos dentro de casa, com absoluta certeza…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

A DURA (E MAIS QUE PREVISÍVEL) REALIDADE…

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Frente a tão desalentador quadro, o que esperar dessa seleção, que tem bons jogadores, mas que patinam equivocados dentro de um sistema híbrido de jogo, que abraça a dupla armação, promove hipotéticas movimentações de alas pivôs no âmbito do perímetro interno, porém sem abandonar os dogmas do sistema único, onde um dos armadores se transforma em ala, e um cincão joga solitariamente de costas para a cesta, numa formula caduca e que se caracteriza como antítese do tão propalado coletivismo, ausente por força da indecisão de optar entre o padrão estabelecido, e a nova proposta patrocinada por um mais ainda indeciso técnico, que a vê ruir exatamente por saber ser impossível mudanças por parte de jogadores vacinados pelo sistema único, assim como seus super estimados assistentes doidos para pranchetarem em seu lugar…

Aliás, não consta que nenhum deles tenha se empenhado em sugerir uma efetiva desconstrução técnica baseada nos fundamentos individuais e coletivos dos jogadores, voltados à nova realidade pretendida, ou mesmo por parte do hermano, no que seria a única maneira de fazer frente ao novo, inusitado e corajoso ato de jogar o grande jogo, de uma forma como fazem nossos rivais, mais ou menos na trilha do que vêem realizando os americanos desde o inicio da era Coach K, a qual divulgo incansavelmente anos a fio por esse humilde blog, e por que não, dentro da quadra também…

Isso porque, não basta, mesmo, incutir uma nova forma de jogar, frontalmente diversa ao que os jogadores praticam desde sempre, sem mexer com suas bases de aprendizado e fixação de novos princípios e preceitos de jogo (sim, os adultos podem aprender também, por que não?), sem, e isso é definitivo, mexer com sua estrutura pessoal, técnica, tática e emocional. Mas para isso se torna necessário alguns imprescindíveis valores, a começar pela plena decisão de mudança, profunda e decisiva, onde adaptações híbridas não sejam toleradas, principalmente na fase desconstrutiva, e a busca responsável e absolutamente precisa de objetivos propostos e estudados com afinco e dedicação, por todos, técnicos e jogadores, e claro, o mais importante de todos, a competência e o profundo conhecimento para torná-los factíveis…

Honestamente, não acredito que a vinda dos luminares ligados à NBA tornarão esse quadro reversível, se adotarem, todos, o sistema que pensam dominar, o sistema único, ou mesmo o sistema híbrido que ora ensaiam, isso porque, em se tratando de 1 x1, que é a tônica do SU, e para o qual foi criado e desenvolvido pela matriz, nossos adversários mais diretos são superiores pelo maior domínio dos fundamentos individuais, e tanto isso é verdade, que os maiores praticantes do grande jogo, o subverteram nos últimos mundiais e olimpíadas, restando para os demais competidores a brecha de algo diferenciado, claro, se quiserem vencê-lo, e que é exatamente a proposta por que luto, repito, aqui dessa humilde trincheira, e na quadra quando me deram oportunidade, pois vejo ser a única maneira de nos impormos novamente no cenário do basquetebol mundial. Foi exatamente o que fez o volei com a sua escola brasileira, misto da europeia e asiática, e que teve no saudoso Paulo Matta o seu precursor, hoje tão esquecido por quem usufruiu (e são muitos…) de sua pródiga ação visionária…

Logo mais vamos ver como nos saímos na preparação para 2016 contra os dominicanos, esperando que repitam um pouquinho do Pan, senão…

Amém.

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