O GRANDE JOGO AGRADECE…

Como mandava o bom senso, e fazendo as honras de uma final condigna, ambas as equipes realizaram um jogo eletrizante, jogando bastante dentro do perímetro, explorando ao máximo seus pivôs, movimentando suas peças permanentemente, defendendo ferozmente o perímetro externo, provando definitivamente que se pode vencer partidas de 2 em 2 pontos, reservando os longos arremessos de 3 para aqueles momentos de liberdade plena, quando o equilíbrio se faz presente, garantindo um máximo de precisão.

E se não fossem alguns excessos cometidos, exatamente nos arremessos de 3, e teríamos assistido a uma partida exemplar no aspecto técnico, e por que não, no tático também.

No técnico pela entrega de todos, tanto no ataque, como, e principalmente na defesa, antepondo os longos arremessos, pressionando os armadores, protegendo as áreas de rebote, e situando-se nas linhas de passes, quebrando a continuidade das jogadas, obrigando o uso da improvisação, que atingiu altos índices durante todo o tempo de jogo. E tudo isso realizado por ambas as equipes, indistintamente, como num duelo de iguais, apostando num final em que um dos dois contendores cometesse um erro crucial. Não só um, mas dois foram cometidos, e venceu aquela equipe que cometeu o grande erro no último lance da prorrogação.

Franca deixou de vencer no tempo normal ao abdicar no último lance de um jogo empatado, do jogo interior, se deixando levar para bem fora do perímetro externo, onde seus armadores equivocadamente se situaram.

Brasília, na última jogada, ao abdicar no último lance da prorrogação do jogo interior, onde uma única cesta de 2 pontos, ou mesmo uma cobrança de lances livres a levaria a vitória, preferiu arriscar um tipo de arremesso que sabiamente havia relegado durante todo os cinco tempos do jogo(foram 5/15 arremessos de 3, contra 21/40 de 2 e 35/38 de lances livres), para numa recaída aos vícios anteriores, e a 5seg do final, lançar um petardo de 3 absolutamente desnecessário e infantil.

Com 21/42 arremessos de 2, 7/26 de 3 e 30/35 de lances livres, a equipe francana levou o quarto jogo para a capital do país, onde não poderá cometer o erro de errar 19 arremessos de 3, que se trocados, pelo menos em sua metade por tentativas de 2, daria a mesma condições mais consistentes de vitória, lembrando que seu poderoso adversário errou 10 arremessos do mesmo tipo, e perdeu por ter arriscado um último também de 3.

No tático, assistimos a uma partida, ai sim, atípica dentro da realidade do nosso basquete, na qual os pivôs voltaram a ter participação ativa e direta durante todo o transcorrer da mesma, numa divisão equânime de funções, com jogadas onde a dinâmica de entradas e saídas de bola nos perímetros provocaram uma ciranda de ações de grande técnica, em produções individuais elogiáveis, e acima de tudo, fazendo renascer o espírito coletivista que sempre caracterizou o grande jogo, sendo a sua marca indelével, abandonada por nossas equipes nos últimos 20 anos, em nome de um pseudo basquetebol elevado à quinta potência do individualismo estelar, cópia canhestra e colonizada da grande liga do norte.

Que tal exemplo afirmado nos dois últimos jogos do NBB3 sirvam de inspiração para a final, ou finais que se desenrolarão nesta semana, transmitido, ainda que em rede cabeada e paga, para milhares de jovens praticantes e técnicos iniciantes espalhados por este continental país, e que solidifique um novo tempo, de um novo modo de jogar o grande jogo.

Fico imensamente feliz em ter insistido e propugnado, quase que solitariamente, por tão fundamentais mudanças, tanto na pregação teórica através esse humilde blog, como no campo prático quando da direção do saudoso Saldanha da Gama, com a luta pela dupla armação, pela utilização dos alas pivôs de grande mobilidade e destreza e pela retomada do jogo eminentemente coletivo, cadenciado, e utente dos arremessos seguros e precisos, como os de curta e media distâncias, destinando os longos aos especialistas e em circunstâncias especiais e seguras, e pela anteposição permanente dos mesmos fora do perímetro, para ao final  podermos reafirmar que também se ganham jogos de 2 em 2 pontos, que se ganham jogos com a produtividade de armadores, alas e pivôs em parcelas iguais, e não às custas de estrelismos e individualismos exacerbados, aceitos e acobertados por muitos e importantes técnicos, e promovidos por uma mídia equivocada e desconectada dos princípios que regem o grande, grandíssimo jogo.

Amém.

Foto- LNB

DOIS LANCES DECISIVOS…

Nos finais dos terceiro e quarto períodos do jogo, aconteceram as duas jogadas que definiram a partida, ambas no aspecto técnico, mas somente uma delas influindo no aspecto tático, a do ferimento no supercílio do Probst nos dois minutos finais do terceiro quarto. A outra, e espetacular jogada por parte do Alex, bloqueando uma bandeja do Lewis, que aos 37 anos ainda demonstra ser incapaz de fintar um adversário que se lança para um bloqueio naquelas circunstâncias, ação esta que o próprio Alex fez questão de mencionar ao repórter que o entrevistou ao fim da partida. Foi uma jogada cinematográfica, e profundamente importante naquele final ainda indefinido do jogo.

Mas a outra, sim, alterou profundamente o destino da equipe francana, pois vinha sendo o Probst o único homem alto de sua equipe a fazer frente ao forte bloqueio candango, jogando de frente para a cesta, capitalizando bons e efetivos rebotes, e se saindo muito bem na defesa, ao contrário de seus companheiros que não conseguiam se antepor ao jogo interno de Brasila, que contou com um Guilherme imparável nos arremessos de media distância, vide a madura opção de ambas as equipes priorizando o jogo interno, a marcação pesada e intensa do perímetro externo, a tal ponto que  Franca atingindo 7/22 tentativas de 3 pontos,e 21/41 nas de 2, não conseguiu superar Brasília, que mesmo com um baixo rendimento nos arremessos de 3 (2/19), ter praticamente se igualado nas de 2 ( 22/35), teve nos Lances livres (30/32) contra 12/20 de Franca o grande diferencial do jogo, provando mais uma vez que sua escolha na reta final do forte jogo interior, foi a mais acertada.

Mas neste ponto da análise, algo fica em suspenso, o fato de que Franca agiu correlatamente, equilibrando as ações, até que naqueles dois minutos finais de um terceiro quarto que vinha tênuemente liderando, perdeu seu mais importante homem alto, numa “infelicidade de jogo”, ao ver rompido seu supercílio a um toque do Tischer, propiciando a volta do domínio das tabelas para a equipe da capital.

Claro que a continuidade do Probst na quadra naquela altura do jogo, pouco poderia nos afiançar que o resultado teria sido diferente, mas não podemos negar a hipótese de que o fiel da balança poderia ter pendido para a sua equipe, pois numa decisão daquele nível, onde vários e sutis fatores podem influenciar resultados, a contusão do bom ala pivô francano deve ser levada em alta conta.

Para o jogo decisivo de hoje, se mantidas as estratégias e comportamentos até agora estabelecidos, de defesa solida no perímetro externo, ausência de tentativas apressadas ou forçadas de 3 pontos, e poderoso jogo interior, priorizando os arremessos de curta e médias distâncias, poderemos ter um final de campeonato que reforce os votos de que algo possa vir a ser modificado em nossa maneira trágica de jogar o grande jogo, ao priorizar a aventura e a irresponsabilidade ao jogo coletivo. Torçamos para que evoluamos com técnica, tática, e acima de tudo, inteligência.

Amém.

Foto- LSB

UMA BOA(E ATUAL)PERGUNTA…

  • Thiago Tosatti 10.05.2011 (3 dias atrás)

Boa Tarde Professor!
Tenho visto todos os jogos e algumas vezes os jogadores simplesmente ignoram o que seus técnicos estão dizendo nos pedidos de tempo. No primeiro jogo entre Brasilia e Pinheiros ao final da partida Shamell simplesmente ignorou as instruções e acabou por perder a bola, isso pra ficar apenas neste exemplo. Às vezes seguem as instruções por uma ou duas posses de bola e depois voltam ao que vinham fazendo anteriormente.
Como o senhor fez para conseguir isso com atletas consagrados? Na base vejo os atletas respeitarem muito mais os treinadores e seguirem as instruções com muito mais fidelidade.
Quando o senhor dirige equipes professor, como faz para que suas instruções sejam seguidas em quadra?
Desde já lhe agradeço!

Quando da publicação do artigo Estratégia Básica, de 9/5/11, o leitor Thiago Tosatti enviou o comentário acima, vindo a se somar aos muitos comentários e emails enviados a mim com a mesma proposição – O que o Senhor faz para que suas instruções sejam seguidas por seus jogadores?

Pronto, temos ai estabelecida uma discussão que em muito transcende o simples fato do que faço ou deixo de fazer, se estendendo ao que todo o universo de técnicos fazem, ou deixam de fazer, aqui, ou mesmo lá fora.

Primeiro, técnico nenhum instrui em jogo sem antes fazê-lo exaustivamente em treinos. Quando muito diagnostica fragmentos e detalhes que observa na defensiva adversária, e muito mais importante, nas atitudes técnicas e comportamentais de sua própria equipe frente aos mesmos, auferindo daí em diante as devidas correções.

Segundo, para que tal estágio de compreensão técnico tática seja alcançado pela equipe, um dos fundamentos básicos a ser aplicado é o de ensinar (isso mesmo, ensinar) seus jogadores a pensar seus movimentos, atitudes e ações frente aos oponentes, no que podemos definir como leitura de jogo.

Terceiro, para que essa leitura se torne factível nos treinamentos, urge uma providência fundamental: Que se instrua os defensores para anular o próprio sistema  ofensivo adotado pela equipe, utilizando todos os recursos que puderem aplicar (até mesmo faltosamente), pois dessa forma as mais diversas variáveis ofensivas aflorarão pela necessidade urgente e inadiável do confronto direto, fator desencadeador da criatividade, muitas e muitas vezes bloqueada pela enganosa fluência de jogadas ante uma passiva defesa. Não podemos nos esquecer que uma prevalência defensiva origina uma evolução ofensiva, e vice-versa, chave do progresso técnico tático.

Quarto, que o espírito de equipe seja permanentemente preservado, dentro e fora da quadra, com reuniões, conversas e trocas de experiências, debates, discussões, e acima de tudo, companheirismo, paciência, compreensão e amizade.

Quinto, que todos os itens acima se amalgamem em torno e no âmago da pratica diária dos fundamentos, onde jogadores altos e baixos, armadores, alas e pivôs se nivelem pelo esforço comum e homogêneo, na busca do domínio e compreensão do grande jogo, em suas minúcias e consequentes descobertas, como num grande barco, onde todos remam num mesmo rumo, numa mesma busca pela integridade técnica e pelo respeito comum.

Nos jogos, os conhecimentos e domínio dos sistemas defensivos e ofensivos, aceitos, estudados, treinados, discutidos e aperfeiçoados por todos, democraticamente, fluirão naturalmente, onde o técnico acrescentará detalhes e aspectos observados, diagnosticados e, com o consenso de todos, corrigidos ou reforçados.

Bem, de certa forma são essas as ações que promovo nas equipes que dirijo e dirigi nos muitos anos de quadra, da formação até a elite, com coerência e bom senso, e sempre propugnando pela coesão e pelo aspecto educativo do grande jogo.

Espero ter respondido às perguntas e questionamentos de todos aqueles que prestigiam esse humilde blog, em especial a você, prezado Thiago.

Amém.

COMISSÕES & COMISSÕES…

“É um momento importante que estamos vivenciando aqui em Las Vegas. Está sendo muito proveitoso e a nossa pretensão é aproveitar ao máximo a oportunidade de estar aqui para aprimorar a forma de treinamento”

( Declaração do técnico da seleção brasileira masculina sub-19, publicada na matéria Alto-Falante do blog Bala na Cesta, em 16/4/11).

Esclarecendo, a seleção brasileira sub-19, que se prepara para o Mundial da categoria na Estônia, estagia numa organização denominada Impact Basketball (Clique e tome conhecimento da mesma), na cidade americana de Las Vegas, onde seus jovens jogadores são entregues a treinamentos, testes, medições e controles nutricionais a técnicos e especialistas americanos, voltados à técnicas de aprimoramento, tendo como modelo todas as exigências requeridas para o ingresso na NBA( ações estas expostas no folder da organização, e avalizadas por um bom número de jogadores daquela liga), cujos préstimos técnicos, médicos e nutricionais devem custar um bom dinheiro, já que atende desde equipes de várias categorias, até atendimentos personalizados, em programas, tanto para jogadores, como para técnicos( e americanos não fazem benemerência com essas coisas…).

Para entender melhor, vejo que a comissão técnica da equipe, formada pelos melhores, mais atualizados e altamente competentes profissionais na formação de base tupiniquim, entrega seus comandados nas mãos de estrangeiros, a fim de que os mesmos os preparem nos…fundamentos? Na… sistemática de jogo? Na…preparação física? Na… forma de se alimentar e se cuidar? Quem sabe, na forma de se trajar ou rezar…

Ou seja, a CBB está gastando com uma firma particular, fora do país, e em dólares, para fazer o trabalho que é obrigação de uma comissão técnica alta e indiscutívelmente(?) capacitada e competente, fruto da meritocracia que nos é tão comum na realidade do grande jogo? E mais, a equipe feminina também engrena tal programa nessa semana, algo que custo a acreditar esteja ocorrendo com nosso histórico basquetebol.

Deduz-se que, cada vez mais se perpetua e cristaliza a utilização do sistema único de jogo, mola mestra da grande liga americana, agora aprimorado por nós, através a  volúpia escancarada pela hemorragia dos três pontos implantadas na maioria de nossas equipes, vide os recentes playoffs nacionais, onde a convergência entre os arremessos de três se aproxima, e até supera os de dois pontos, como a equipe do nosso técnico nacional da sub-17, que por uma questão de coerência tenderá a implantar esse conceito avançado a nossos jovens, fator catastrófico se consumado, pois é fruto e produto de nossa recusa em implantar e desenvolver sistemas confiáveis de defesa, na maior falha de nossa formação de base, que não será resolvida num estágio turístico.

E o mais trágico, o fato de termos levado para a toca do lobo a única equipe que enfrentou em igualdade de condições a equipe americana na última Copa América, sabendo nós da importância político esportiva que o título no próximo mundial representa para os americanos, que já tinham capitalizado para a sua comissão técnica, na função nada sutíl de “observador das equipes adversárias”, o nosso técnico naquela Copa, e o pior, ele aceitou…( naqueles pagos currículo vale ouro…).

Bem, com tanta fartura de competências estratégicas e técnico táticas, torço para que, pela enésima vez, não fiquemos pendurados na broxa, quando tantos e competentes professores e técnicos são alijados de uma ENTB, que deveria ser formulada para que aberrações dessa ordem inexistissem, desde a formação de técnicos de verdade ( e não em encontros de 4 dias…), ao estabelecimento de centros de treinamento, que mesmo custosos, manteriam nossos suados impostos por aqui mesmo. Mas, desculpem o óbice, pois estava a esquecer as sagradas comissões ( não as técnicas, as outras…claro).

Amém.

COMEÇAR DE NOVO (OS TRÊS PRIMEIROS DIAS)…

Estou em Cabo Frio, e até hoje cedo afastado da internet pela incompatibilidade de meu laptop com a rede do hotel, sem a mais remota possibilidade de se darem bem.

Por isso, não tenho tido acesso ao blog nos últimos cinco dias, defasando-o lamentavelmente, no que peço sinceras desculpas.

E foi um dos jogadores que me propiciou a retomada do blog, ao me emprestar um Vivo 3G, que devidamente espetado me devolveu  o controle do mesmo.

E que formidável grupo de jogadores, que fazem de tudo para exequibilizar  sua equipe, desde a minha reserva no hotel, a alimentação de todos num restaurante conveniado, da reserva dos horários no ginásio municipal, até a manutenção de uma unidade de pensamento que une e fortalece a todos por um objetivo comum, o de disputar com orgulho e dedicação a Copa Brasil da região sudeste.

São onze ao todo, completando a equipe comigo na direção técnica, sem assistente, sem equipe de apoio, e contando com mais um abnegado na função de diretor plenipotenciário.

Realmente são um grupo carente de quase tudo, mas que retiram dessa situação anômala toda uma força contagiante e promissora, na qual creio estar inserido neste exato momento, e se me perguntarem seriamente- Como, e porque?-  só teria uma resposta convincente a dar – Por que me contagiei pela bela promessa que todos eles representam.

Treinamos duro a três dias, como sempre gostei de treinar, partindo dos fundamentos, os velhos, tradicionais, básicos e sempre esquecidos fundamentos, sim senhores mestres do grande jogo, fundamentos com jogadores adultos, alguns para lá de veteranos, alguns que nunca treinaram dessa forma, mas todos, respeitosamente imbuídos da dura e sacrificada proposta que propus, sem falsas promessas, sem pseudos enganos, mas plena de sinceras e bem vindas esperanças.

Pela premência de tempo, já que na próxima terça feira enfrentaremos o Macaé em seus domínios, e na quinta, o Tijuca em casa, fomos obrigados a saltar algumas etapas do plano inicial de treinamento, etapas estas que pretendemos retomar na semana do carnaval.

E como já tinha feito quando dirigi a equipe do Saldanha da Gama no NBB2, passo a partir de agora a relatar dia a dia todo o trabalho de formação, organização e treinamento dessa corajosa equipe de Cabo Frio, bela cidade litorânea de meu amado estado do Rio de Janeiro, como um preito de respeito aos jovens técnicos do país, tão sequiosos de aprendizagem, não aquela de 4 dias assistindo palestras e relatórios estéries, e sim acompanhando uma real e impactante experiência, da qual podem e devem participar sempre que desejarem, mesmo cercada de carências materiais e orçamentárias, mais plena de força e coragem de enfrentar o novo, o inusitado, com responsabilidade e conhecimento.

E fico a pensar seriamente ao me debruçar por sobre a bela Praia do Forte, do quanto de potencial existente nessas belas e ricas cidades da costa fluminense, poderia influenciar, desenvolver e soerguer o grande jogo em nosso país, tão carente de novos rumos, de novos e determinantes desafios.

Então, vamos à luta, e quem sabe…

Amém.

OBS-Foto do circuito inicial de fundamentos, e o treino em si.

Clique nas fotos para ampliá-las.

EDSON…

O Edson, mais um dos grandes se foi, depois de uma vida plena de trabalho e dedicação ao ensino, à educação, ao basquetebol.

Conheci-o jogando em 1957 pela equipe de aspirantes do CR Vasco da Gama, numa época de grandes campeonatos no Rio de Janeiro, e particularmente neste, por um fator pouco conhecido, e hoje esquecido, varrido para baixo do tapete da história, o mortal e estratégico arremesso de gancho.

Edson Bispo pelo Vasco da Gama, e Arnaldo Matta pelo Grajaú TC foram protagonistas de uma das mais belas rivalidades dentro de uma quadra, ao disputarem palmo a palmo o título de cestinhas e de campeões, num empolgante campeonato que ainda contava com o Flamengo e o Tijuca na ponta da tabela.

O Edson era destro, e seu gancho era frontal a cesta, e o Arnaldo, canhoto, o executava sempre com o auxilio da tabela pelas laterais. Marcavam-se arduamente, e pontuavam freneticamente através um estilo de arremesso que somente anos depois foi consagrado pelo grande Lew Alcindor, depois Karin Al-Jabbar.

Foram jogos empolgantes e inesquecíveis, num duelo inimaginável nos dias de hoje, onde as enterradas premiam aqueles que simplesmente não sabem arremessar, ainda mais de gancho.

Neste ano o Edson saiu vencedor, mas no seguinte foi a vez do Arnaldo que levou o pequeno e bravo Grajaú TC ao tri-campeonato da categoria.

Logo a seguir o grande Edson se transferiu para São Paulo, onde iniciou uma carreira brilhante e irretocável. Ambos, alcançaram a seleção brasileira, assinando um estilo de arremesso até hoje insuperado em nosso país, a arte do gancho, privilégio de quem realmente sabe arremessar.

Em 1962, com a Escola Carioca de Basquete, pretendi levar a equipe para jogar em São Paulo, e foi através do Edson que conseguiu o aval do Palmeiras, onde trabalhava na base, na garantia de nossa estadia no complexo desportivo da Água Branca. Fizemos jogar nossos Infanto-Juvenis (fotos), que mais adiante revelaram jogadores de alto nível, como o Peixoto e o Paulo Cesar na Escola,  o Jairo e o hoje grande técnico Claudio Mortari, pelo Pameiras.

Daí em diante mantivemos uma sólida camaradagem, regada a ótimos papos quando nos encontrávamos pelas quadras cariocas e paulistas, principalmente se o seu grande e inesquecível amigo, o Chocolate, estivesse presente.

O Edson foi um exemplo de professor, técnico e jogador, sempre ao seu tempo, sem correrias e ultrapassagens  que ferissem a ética, a justiça, o bom senso. Foi, e sempre será lembrado pela correção e pelo espírito amigo e agregador.

Sentirei saudades de sua presença, que mesmo esporádica, marcava a quem privasse da mesma. O Edson era o Cara.

Amém.

OBS – Primeira foto- Equipe Infanto da ECB

Segunda foto- Equipe Infanto da SE Palmeiras

Clique nas mesmas para ampliá-las.

OS DIFERENCIADOS…

‘Aqui não queremos mais um, mas o diferenciado’, diz técnico da sub-19

Em Minas, jogadores passam por rotina puxada com Neto e Magnano para saber se estão aptos a jogar e suportar a pressão de defender o time principal

Por Danielle Rocha Direto de São Sebastião do Paraíso, MG


Há menos de uma semana, as famílias foram deixadas para trás, e a rotina mudou. O endereço passou a ser um hotel em São Sebastião do Paraíso, de onde 16 meninos partem duas vezes por dia em busca do sonho de vestir a camisa da seleção brasileira adulta. A caminhada até a Arena Olímpica dura cinco minutos e é feita rigorosamente sem atrasos. Lá, José Neto, Rubén Magnano e uma comissão técnica completa aguardam pelos jogadores, entre 15 e 18 anos, para ajudá-los a desenvolver suas potencialidades. Além de todos os testes e treinamento puxado, é preciso também seguir uma cartilha nos próximos seis meses. No vestibular do basquete, só passa quem tiver maior capacidade de suportar a pressão.

– Aqui não queremos mais um jogador, queremos o diferenciado. Esses meninos foram observados por mim e pelo Rubén, e foi muito importante ter o aval, o feeling dele durante o processo de escolha porque ajudou a formar uma geração vitoriosa na Argentina. O objetivo é desenvolvê-los, adaptá-los às posições que se enquadram melhor, para que possam chegar à seleção principal mais para frente. Todos têm potencial para estourar e já entenderam o que queremos deles. O basquete internacional exige cada vez mais versatilidade. O mundo procura isso para tornar o jogo imprevisível – disse Neto, técnico da seleção permanente sub-19.


É preciso também mostrar atitude e responsabilidade, apesar da pouca idade. Como Magnano gosta de dizer, não se trata um quartel e nem de um mosteiro, mas algumas regras precisam ser seguidas. Uma delas é comunicar sempre as saídas.

– Eles não vão ser vigiados e não vamos privá-los de fazer coisas. Mas é preciso seguir horários e só podem sair na folga para alguma cidade vizinha se tiverem a autorização dos pais. Também iremos cobrar e acompanhar os estudos porque estamos formando pessoas. Aqui seremos técnicos, pais e irmãos. Eles vão aprender a dividir as coisas, e o grupo vai crescer com as diferenças de histórias de cada um. Há gente aqui que veio de família com vida muito difícil e está pegando esse desafio com fome, como uma oportunidade de mudar.

Para que não haja excesso no empenho, os jogadores estão sendo acompanhados pelo fisiologista Rafael Fachina, que montou um programa inspirado no que é feito nos laboratórios olímpicos da Austrália e da Inglaterra. Todos serão foram mapeados e serão reavaliados a cada dois meses com testes que indicam o índice de fadiga, a potência, capacidade de reação a estímulos, velocidade e agilidade.


– Costumo dizer que sou para eles como a telemetria na Fórmula 1 e a bússola para o marinheiro. Os testes dão o caminho para o preparador físico e o treinador. Nós podemos saber o que está limitando a evolução deles, que modelos táticos podem ser aplicados para aquele momento e fazer treinamentos individualizados. Os aparelhos de musculação que estão para chegar foram escolhidos especialmente para o tamanho deles e todos estão sendo filmados diariamente para que os movimentos sejam mais bem avaliados e corrigidos. Há meninos com faixas etárias diferentes e será um desafio muito grande.

A partir da próxima segunda-feira uma nutricionista e um psicológo se juntarão ao grupo. Os treinos ficarão mais fortes e sobrará pouco tempo para pensar em outra coisa que não seja basquete. Se alguém reclama? A resposta vem em forma de sorriso e um “tem que ser assim mesmo!”

Todo professor bem formado e informado sabe muitíssimo bem que pré e pós adolescentes, dificilmente podem ser classificados esportivamente como diferenciados nas modalidades coletivas, e quando muito se encaixariam na definição de talentosos, onde muito poucos darão seguimento às suas potencialidades, e em muitos casos, nenhum.

Durante os sombrios anos da guerra fria, os países do leste europeu e a China continental saíram em busca dos jovens desportistas diferenciados, e em nome dessas pesquisas muitas barbaridades foram cometidas pelos cientistas da performance e da medalha a qualquer custo. Muitos ainda sofrem os efeitos colaterais advindos daquela política que tinha como objetivo a propaganda do regime vigente.

Muitos destes países, após a derrocada comunista se voltaram para a educação de alta qualidade de seus jovens, e já começam a garimpar resultados em todas as áreas, das ciências exatas às humanas, nas artes e no desporto.

Em terras tupiniquins, ainda se propaga o lema – “Aqui não queremos mais um, mas o diferenciado”, numa tosco review do fracasso totalitário, quando deveríamos nos lançar de encontro às soluções educacionais que sucederam aquela malograda experiência da guerra fria, e com uma vantagem incomensurável, a de não ter sofrido as agruras por que passaram aqueles povos e seus jovens.

Mas não, a sede de resultados e possíveis medalhas em 2016, empurram jovens nos braços de uma aventura cientifica falida no passado, centrando em 16 jovens objetivos que deveriam ser formulados à massificação da modalidade, nas escolas, nos clubes, nos parques, e não numa cidadezinha mineira à sombra de uma elitização desproporcional e absurda.

-“O objetivo é desenvolvê-los, adaptá-los às posições que se enquadram melhor, para que possam chegar à seleção principal mais para frente. Todos têm potencial para estourar e já entenderam o que queremos deles. O basquete internacional exige cada vez mais versatilidade. O mundo procura isso para tornar o jogo imprevisível”.

Leram bem essas afirmações, vislumbraram o foco da questão, o objetivo básico dessa aventura que está sendo perpetrada junto a jovens de 15 a 19 anos?

Primeiro, desenvolver e adaptar a turminha de diferenciados nas posições de 1 a 5 como determina e exige o basquete internacional que busca (equivoco deslavado…) a versatilidade e a imprevisibilidade do jogo?

Mas como ser isso possível num universo técnico tático em que todos jogam e atuam iguais dentro de suas mini capitanias hereditárias de 1 a 5?

Exatamente por esse fator igualitário é que se insurge matreiramente o diferencial físico,com suas valências “cientificamente” impostas através testes que visam acentuar e referendar tal diferencial.

Logo, o raciocínio mais simplista confere ao estado atlético a supremacia nas posições especializadas de 1 a 5, numa apologia definitiva dos embates 1 x 1 que encontram na NBA seu ícone incontestável.

Jogar e atuar diferentemente da matriz internacional sequer passa nas extraordinárias e inteligentes mentes que dirigem e formam nossos jovens nas seleções, pois para que isso fosse factível muita coisa teria de ser mudada, estudada e pesquisada de verdade, trabalhos estes incompatíveis com a mesmice endêmica que professam. Por que mudar o que corporativistamente é aceito por todos? Para que complicar o que tem e vem garantindo polpudos empregos a uma elite que domina nosso basquete nos últimos 20 anos? ( E como um profissional altamente qualificado como o Rubén Magnano se submete a ceder seu aval, “seu feeling” a escolhas pessoais do técnico da equipe?)

-“Também iremos cobrar e acompanhar os estudos porque estamos formando pessoas”.

Mas como ser isto possível se –“A partir da próxima segunda feira uma nutricionista  e um psicólogo se juntarão ao grupo. Os treinos ficarão mais fortes e sobrará pouco tempo para pensar em outra coisa que não seja basquete. Se alguém reclama? A resposta vem em forma de sorriso e um “tem que ser assim mesmo!”.

Se eu fosse um dos pais desses jovens reclamaria veementemente, aliás, sequer permitiria que um filho meu servisse de cobaia a experimentos inspirados em laboratórios olímpicos da Austrália e da Inglaterra, ainda mais aos 15-19 anos.

E pensar que já dominamos a arte de formar excepcionais jogadores de basquete, contando com o conhecimento e o domínio do grande jogo por parte de grandes mestres, vendo-o praticado em todo território nacional, e agora entregue a cientistas e…

Definam vocês…

Amém.

MORIR O VIVIR CON LOS TRES PUNTOS…

EIS UMA DEFESA CONSISTENTE DE SUA OPINIÃO SOBRE OS 3 PONTOS.

Pedro Rodrigues

Morir o vivir con los tres puntos:

De: Víctor (Vitito)  Ojeda

El  Tiro  de Tres Puntos: (Análisis)

De: Víctor (Vitito)  Ojeda

El  tiro  de tres puntos  ha revolucionado  el  baloncesto  de tal  manera  que ha creado  situaciones de análisis  profundo  entre los entrenadores buscando los puntos que afectan o  de beneficios en  la posición ofensiva y  defensiva a tomar.

La regla de  tres punto  fue introducida en  la liga ABA en  el 1967-68, Luego  en  el  1975-76  fue utilizada  en  el  NBA.

Esta regla de tres puntos versus dos punto  ha  transformado   a los entrenadores  en  matemáticos.

Los entrenadores inteligentes han analisados  y  establecidos  que tirando un 33% de la línea  de tres puntos  pueden  anotar hasta un  50%  mas que los tirados de 2 puntos.

La regla de tres puntos en NCAA fue establecida  después  que se utilizo  en  el  NBA.

Esta regla  revoluciono  el  baloncesto  dándole  una nueva dimensión  al  juego  ofensivo  y defensivo.

La regla cambio todos los sistemas de entrenamiento  al  igual  que los jugadores tuvieron  que mentalizarle para poder ejecutar  al  tener que utilizar mayor  esfuerzo  en  la ejecución .

Cuando  el  NBA se decidió  extender  el  arcos  de los 3 puntos, 21”  hacia atrás después  un análisis previo, se establecieron   3 teorías o  argumentos  para establecer la linea de 3 puntos estos los siguientes:

1.      Argumento  1- (Bueno) -Los jugadores  buscaran  un mejor  tiro.

Con la extensión  se tomaran  menos tiros  de 3 puntos   y los equipos comenzaran  a tomar más tiros adentro, cerca del  canasto para  lograr un mayor por ciento  de tiros. Solo  los tres puntita  utilizaran  el  área de 3 puntos.

2. Argumento  2-  (Mejor) -Los jugadores  tendrán mas  espacio  disponible  en  la cancha  para sus tiros.

Por lógica  hay  mas  alternativas, espacio  y  recursos  para el  jugador tomar sus tiros.

3.     pos. Argumento  3-(Muchos mejor)- Las  estadísticas  demuestran l   los pocos  tiros adentro tomados históricamente por los equipos.

Estas estadísticas les  indico  y le dio  la razón   para mover la línea.

En  el  1997 por ejemplo el  equipo de la NCAA  tuvo  el  mejor  por cientos de tiros  tomados  del  área  de 2 puntos y el por ciento mayor  de anotaciones en  su  liga .

También  el  estudio  nos indica que  el  equipo  tomo  muy  pocos tiros de  3 puntos  tomado  solamente  10 tiros  de 3 puntos por juego y fue el líder   ofensivo entre los mejores de  liga.

Luego  de un  estudio  prolongado  sobre el  uso  del  tiro  de tres punto  para abrir más  el  área ofensiva. Los técnicos de baloncesto   se han  tenido   que convertir  en  matemáticos descifrando  que factor es el  mas conveniente  para su  equipo , tirar del  área de 2 puntos  para obtener  un 44% o  tirar  de 3 puntos  para conseguir   un 34%.

La disyuntiva estriba  y se entiende  que un  que un 33%  anotado   desde la línea de 3 puntos  se puede anotar mas puntos  que un 50 %  desde el  área  de 2 puntos.

Pregúntate ¿Qué prefieres  tu  un 34 % desde la línea  de 3 puntos  o un  50%  del  área  de 2 puntos.

Lógicamente hay  que tener  en  consideración   muchos factores  sobre  los quilates  de los tiradores , pero  en  términos del  valor  del  tiro, hay que examinar  el  producto.

La formula  es simple: Si  Larry  Ayuso  anota  34 tiros de 3 puntos  de un total  100 tiros.

¿Cuantos puntos anoto?

La repuesta  102 puntos (34 x 3)  Si  Carlos Arroyo  toma  100 tiros  y anota 44 puntos ¿cuantos puntos anoto?

88 puntos (44 x 2). ¿Gano  Carlos   Arroyo?

Siendo realista  en  la evaluación  del  producto .¿ Prefieres tirar  de un 33% del área de 3 puntos  o un 44 de 2 puntos?.Les presento  este pequeños análisis   ya que  se ha desarrollado  un  abuso de forma desmedida  la utilización  del  tiro de 3 puntos… máxime que el  tiro  es tomado por jugadores que no son  especialista  en  este tiro.

Debemos preguntarnos  si  un equipo con 15 puntos  de ventaja  debe  desarrollar o mantener  su  juego  en  el  perímetro de los tres puntos o debe trabajar en otras areas del  juego   para ir debilitando  al  oponente como  es ir a los rebotes , lograr faltas personales e ir  la linea  y trabaja mas en  equipo.

Veamos:

Queda establecido  que el  juego  de 3 puntos  limita  el  juego  ofensivo de los hombres grandes en  el  área de la pintura.

Por tal  razón  la oportunidad  de poner  la defensa en  dificultades   por faltas personales, disminuye,  la oportunidad  de ir a la línea de tiro libre que tan importante es merma y los hombres en  la defensa juegan  mas sueltos  ya que la bola no  llega adentro  de la pintura con la frecuencia deseada.

Ante  esta situación  los hombres altos  se mantiene mucho  mas tiempo  en  el  juego  ya que no  cometen  faltas personales.

Sea usted  el  juez.

Si la línea  se movió  hacia atrás con  el  propósito  de conseguir   un mayor espacio  y  lograr  un mayor por ciento  de tiros de 2 puntos en  ese perímetro. Eso  no  ha ocurrido , básicamente  son  muy  pocos los jugadores que   desarrollan  un    tiros de  2 puntos,  se tira de 3 puntos o  se penetra esa es la mayor acción que se vine desarrollando  en  el  baloncesto  actual. Eso  contradice  lo  el  propósito del  cambio  de la regla de 3 puntos.  Esto  contradice  lo  anterior establecido.

¿Se debe utilizar   los 3 puntos  para vivir  o  morir  en  el  juego o  solamente  como  táctica de juego?

Veamos  varias situaciones que ocurren  en  el  juego, con  9: 54 por jugar  del  primer parcial  y  de inmediato  un jugador utiliza un tiro  de 3 puntos .

Nos preguntamos.

¿Que razón  lógica  para tirar de 3 puntos hay  en  ese  momento para benéfico  del  equipo   y del  jugador?

Todavía  el  jugador  y el  equipo no  se han  mentalizado  y no  han  identificado  el  tipo  de defensa que utilizara el  equipo B.

En  esa misma  línea de acción   falta 23  segundo  por jugar   con la anotación  empatada  a 85 puntos.

Usted cree que  la decisión  correcta  a tomar  es tirar de la línea de 3 puntos para ganar por 3 puntos o   para jugar un tiempo  extra o  el  jugador debe buscar penetración  para lograr un tiro  de 2 puntos y  conseguir  una falta personal.

Otra situación  para analizar es beneficioso  tirar de 3 puntos ganado  por 1 punto faltando  10 segundos  para finalizar el  partido.

¿La jugada  o tiro  de 3 puntos  limita  al  jugador  a emularse  en  el  juego  de conjunto?

El  tiro de 3 puntos levanta pasiones es  el equivalente   al  cuadrangular en  el  béisbol  y  el  gol  en  el  balompié.

Por tal razón  es un gran  atractivo para el  jugador  como  para el  fanático.

Cuando  el  tres puntista manifiesta su   pensamiento   solamente en  su  tiro   se olvida de otras responsabilidades de mucha importancia  en  el  juego , como  es la defensa , tirar cortinas , velar el  balance defensivo  , ayudar  en  la defensa las  penetraciones , lo  cierto  es que nada se ve  en  este tipo  de jugador, no  cumple con sus roles.

Limita la creación  de nuevas situaciones de juego y  no  juega  para el equipo ya que no tiene otras responsabilidades en  el  juego.

No  demuestra mucho  interés el  la defensa.

Debemos tener en  cuenta que esto   tipo  de juego   se refleja  en  los niños, creando  un individualismo  muy  marcado  en las categorías menores.

¿Cuál  es tu  opinión?

Artigo enviado pelo Prof. Pedro Rodrigues de Brasilia, corroborando com a luta que

travo pela utilização responsável dos arremessos de três por nossos jogadores e técnicos.

DANDO AS CARTAS…

SELEÇÃO MASCULINA INICIA TESTES FÍSICOS
07/02/2011 22:38 h

Os 16 atletas da seleção brasileira de desenvolvimento realizaram testes físicos específicos para a prática do basquete. O fisiologista Rafael Fachina e o preparador físico Diego Falcão utilizaram fotocélulas para marcar o tempo dos atletas no teste de velocidade. Os jogadores ainda serão avaliados na plataforma twin plates da Globus, que tem como objetivo analisar os saltos.

“Estamos finalizando a primeira fase de avaliações. Os testes servem para verificarmos a resistência e a velocidade dos jogadores. Com os resultados, teremos informações de cunho científico para direcionamento do treino e também fazer um mapa do atleta, para que o preparador saiba o que esperar fisicamente de cada um. Alguns atletas já possuem um ritmo muito bom e outros estão começando a parte do treinamento de alto nível. Após esta primeira etapa, que tem objetivo diagnóstico, faremos mais duas baterias para controle e evolução da performance”, comentou Rafael Fachina.

“Cerca de dois anos atrás o nível de um jogador era bem inferior, mas isso já evoluiu bastante. Nosso dever é continuar e aperfeiçoar essa mudança. Outro objetivo será o de transformá-los em grandes atletas, não só na estatura que já possuem, mas em jogadores rápidos, ágeis e funcionais para o exercício da modalidade. Com isso, teremos um time com velocidade e forte defensivamente.

Além disso, deixar cada um com o melhor nível possível de condicionamento, claro que de acordo com a resposta biológica individual”, disse o preparador físico da seleção de desenvolvimento, Diego Falcao.

18 de Janeiro de 2011 Comente Adicionar aos favoritos Enviar a um amigo Imprimir

NBB

Que tal minha gente, formidável, não?

Sou do tempo em que preparávamos jogadores através doses maciças de fundamentos, com seus posicionamentos exagerados, tanto nas flexões, como nas extensões dos membros inferiores, dos alongamentos nos passes, do controle sutil e básico do centro de gravidade nas paradas, partidas, dribles e fintas com e sem a bola, do posicionamento nos rebotes, onde o saltar mais alto na maioria das vezes cedia o domínio da bola ao mais bem colocado, no controle e domínio do binômio tempo/espaço, da exigência posicional a fundo nos deslocamentos e acompanhamentos defensivos, das longas sessões de arremessos que acompanhavam uma estrita e bem detalhada progressão pedagógica, dos duelos 1 x 1, onde o drible, a finta e a defesa eram exigidos ao máximo em seus fundamentais detalhes, onde as praticas em duplas, trincas e quadras aprimoravam resistências físicas e mentais, onde os técnicos exerciam seus conhecimentos do grande jogo, de seus fundamentos, de seus reais e decisivos objetivos, e quando uma ou outra deficiência de ordem física se manifestava pelas diferenças naturais aos jovens, em obediência e concordância a seus ritmos biológicos, atividades de reforço e de cunho aeróbico, e mesmo anaeróbico, eram utilizados complementarmente aos exigentes fundamentos. E grandes gerações assim foram formadas, vencedoras em mundiais e olimpíadas, plenas de saúde e força, jogadores de altíssima qualidade em que se transformaram, e não somente atletas como o são fabricados nos dias de hoje.

Preparadores físicos definem quem salta, quem corre mais, quem resiste aos trancos, quem arremessa de maiores distancias, quem pode se transformar “em jogadores rápidos, ágeis e funcionais para o exercício da modalidade”, orientando e fornecendo ao “preparador”(?) “informações de cunho científico para direcionamento do treino”, como se fosse a peça mestra e maestra da equipe em seu todo, como cientistas que julgam ser, acima de qualquer liderança, mais propriamente, acima do Técnico Principal, que pelo seu lado abdica servilmente de seu comando e total responsabilidade, permitindo que sua equipe seja transformada num bando experimental de atletas, e não, de jogadores de basquetebol.

“Discurso de velho, de ultrapassado, etc, etc, mas esquecendo que, mais do que eles todos sou um Doutor em Ciencias do Esporte, cuja tese versa coerentemente sobre…Basquetebol, e não “Twin plates da Globus”, seja lá que  nome for, mas que bem sei serem absolutamente incapazes de ensinar, vejam bem, ensinar convincente e decisivamente um jovem a driblar, passar, arremessar, defender, rebotear e jogar em equipe, o grande jogo.

Mais uma geração de jovens promissores estará se transformando cientifica e laboratorialmente em atletas de “alta performance”, mas que continuarão a tropeçar nos dribles e nas fintas, a arremessarem orgiasticamente dos três pontos, a passarem fora do tempo, a disfarçarem que defendem, a praticarem o sistema único de suas vidas, “especializando-se” nas posições de 1 a 5, e sendo hipnotizados e manipulados pelas indefectíveis pranchetas, que definem e ordenam o que fazer e como se comportarem como grandes, eficientes e científicos atletas que o instaram a pensar que são, mas que sequer desconfiam do que poderiam vir a ser se jogadores fossem, se como eficientes, inteligentes, criativos e autônomos jogadores fossem ensinados e preparados a se comportarem, a se independerem, tornando-se dessa forma, plenos no conhecimento de si mesmos e na aceitação do espírito comunitário e de uma verdadeira concepção do que venha a ser uma equipe de basquetebol. E ainda fico imaginando se toda essa bateria de testes científicos tivessem sido aplicados num Shaquille, num Jordan, num Bodiroga, num Duncan, num Bogues, com suas dilexias, estaturas e obesidades juvenis, nenhum teria sido aprovado.

Mais uma vez incorreremos no erro, no supremo e suicida erro de substituir o preparo fundamental de jovens jogadores, a plena continuidade de seus estudos, pela premissa cientifica de quem absolutamente nada entende do grande jogo, absolutamente, nada, mas que praticamente, dão as cartas, em nome da ciência.  Mas que ciência, a do jogo? Creio que não…

Amém.

MALHEMOS NOSSAS CRIANÇAS…

Recebo no Skype a seguinte comunicação do meu filho André Luis:

[10:58:42] André Raw:

http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2010/12/13/especialistas-liberam-pratica-de-musculacao-para-criancas-adolescentes-923256551.asp

[10:59:04] Paulo Murilo Alves Iracema: vou ver

[11:00:25] André Raw: agora estão querendo que se acostumem cedo ao ambiente de academia, parece matéria paga

[11:01:12] Paulo Murilo Alves Iracema: Culto ao corpo, o grande negocio do século. Só aqui no Brasil movimenta 12 bilhões anuais.  Máfia de criminosos

[11:03:17] Paulo Murilo Alves Iracema: Vindo da Alemanha, a Meca dos grandes laboratórios farmacêuticos deste mundo miserável. Só poderia vir deles mesmo, pois associado aos pesos virão os suplementos, os complementos, os equipamentos e vestuário específico, as cirurgias reparadoras inevitáveis,  e o mais inevitável ainda, o doping. Lamentável. Vou publicar algo a respeito. A crise do euro e da economia vai levar a descompassos como esse. Business meu caro, nada pessoal, somente, business…

E ai está uma matéria que deverá deixar o grande comercio do culto ao corpo tupiniquim alvoroçado, afinal de contas, a perspectiva de lucros, com a entrada de crianças nesse mercado gerará muitos bilhões a mais do que os 12 atuais. Notórios empresários do setor já deverão estar esfregando as mãos ante perspectivas financeiras jamais imaginadas. Já pararam para pensar, num mundo infantil dentro de academias?

E as escolas? Ora, que se danem as escolas com suas mensagens de cidadania, integração e preparo para a vida. Nada disso gera lucros imediatos, nada disso os tornam mais ricos e poderosos.

E o exercito de provisionados amparados e formados pelo sistema Confef/Cref, abiscoitará este segmento com a fome dos ingênuos estagiários, sub pagos e dependentes patriarcalmente das gigantes holdings do culto ao corpo, estas sim, as grandes beneficiárias de pesquisas deste teor.

E o novo governo, que já anunciou que a educação já está bem encaminhada, com certeza, e à sombra da cornucópia financeira de 2014 e 2016, fará vistas grossas a tais progressos científicos, adiando, talvez definitivamente, a autêntica e verdadeira revolução que nos tiraria em duas gerações da subserviência educacional, cultural e esportiva, que nos envergonha e humilha no cenário mundial.

A verdadeira revolução que mencionei é a da escola, onde, por direito constitucional todo jovem desse colossal pais teria o direito de se educar, mental, física, artística e profissionalmente, num ambiente em que pesos e alteres jamais substituiriam os campos, as pistas, as piscinas e as quadras a que tem pleno e irrecusável direito, sob qual ótica e argumentação forem expostos, já que cidadãos de direito, de pleno direito.

Por se tratar de uma brutal realidade, e não de um sonho, é que me dou ao direito da indignação, última e derradeira opção de um velho e teimoso professor.

Amém.