UM PREOCUPANTE, PORÉM RELEGADO LEMBRETE…

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Desde algum tempo, venho alertando para algo de muito sério que vem ocorrendo nessa LDB, festejada e incensada competição de pré vestibular, ou mesmo ante sala de entrada de jovens jogadores (sub 22 ) na liga maior em seu NBB. Paralelamente , tenho comentado sobre a enorme deficiência nos fundamentos do jogo, por parte da grande maioria dos jogadores da elite, que apresentam números que seriam inadmissíveis nas divisões de base, fator que tenho discorrido sistematicamente nos comentários dos jogos do NBB7…

Pois bem, reiniciou ontem a competição da turma da LDB, onde o aspecto que venho enfocando, os fundamentos, alcançaram números estarrecedores, que variaram de 29 a 63 (isso mesmo, 63!!) erros nas 12 partidas disputadas, apresentando a média de 45.1 por partida, num total absurdo e altamente comprometedor de 542, e isso na primeira rodada, deixando no ar a perspetiva de algo contundente, a nossa incapacidade de formar jogadores, em sua grande maioria, que dominem com firmeza e conhecimento o básico do grande jogo, seus fundamentos, onde as poucas exceções muito poucas, não contam…

E sequer são apontados nesse caudal de falhas primarias, os arremessos, que apresentou num dos jogos de ontem 26/75 de três pontos, realmente impressionante…

Como fiz na serie anterior, reservo aos leitores mais interessados nessa matéria, a função de mapear as rodadas daqui para diante, frente as quais poderão se confrontar com essa trágica e lastimável realidade, que num pequeno trecho redigido pelo Giancarlo Gianpietro no seu Vinte Um, transcreve uma reveladora observação – (…) Durante o Basketball Without Borders, fui questionado por um importante dirigente de um clube da Conferência Oeste sobre a discrepância que se nota entre o nível de potencial atlético das revelações brasileiras e os seus fundamentos básicos (…)

Creio que para bom entendedor, os números, os terríveis números, por si só, se bastam…

Amém.

Foto – Divulgação LNB.

 

VOTANDO…

 

Fui convidado pela LNB a votar para o Jogo das Estrelas, como vinha ocorrendo nos MBB’s anteriores, mas nunca enunciei os escolhidos, e nem bem sei o porque da não divulgação. Neste ano, recebi alguns emails sugerindo que o fizesse, pois afinal de contas, outros blogs também convidados publicaram suas escolhas, e que nada desabonaria esse humilde blog divulgando sua escolha, ainda mais em tempos de votação aberta…

 

Então vamos às escolhas:

 

– Equipe Brasil NBB – Fisher / Neto / Alex / Fiorotto / Cipolini

 

                                               Nezinho / Coelho / Murilo / Olivia / Leo Meindl

 

          – Equipe Mundo NBB- Jackson / Holloway / Shamell / Meyinsse / Mata

 

                                               Dawkins / Ramon / Curnell / Day / Toyloy

 

Técnicos Brasil – Guerra e Lula

 

 Técnicos Mundo- Paco e Romano

Montagens fotográficas – Editoria LDB.

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A IMPOSITIVA CONVERGÊNCIA…

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Os vinte segundos finais dessa partida, em tudo e por tudo define o “novo estilo” que se impõe em nosso basquetebol, a convergência, imposta e aceita como algo inovador, como algo que deva ser seguido e adotado por todos, a base incluída, e já já serão colhidos os exemplos emanados da elite por parte de muitos jogadores da LDB, que iniciam nesse domingo mais uma etapa de seu campeonato, numa retomada saudosista da era Oscar, para nosso deleite ou preocupante destino…

Com dois pontos de vantagem para Limeira, parte a equipe de Bauru para o tudo ou nada, através uma tentativa de três do Alex, falhada, mas ante a passividade defensiva de Limeira perdendo o rebote, mais uma tentativa de três, agora através o Fisher, que mesmo contestado de muito perto, e algo desequilibrado, acerta a bola salvadora, prontamente recebendo a alcunha de “killer” pela tonitroante mídia especializada…

Mas Paulo, foi um jogo espetacular, emocionante, decidido na última bola, o que criticar então, o que?…

Quanto a espetacularidade e emoção, nada, mas quanto a uma perigosa realidade que vem se apossando de nossas equipes mais representativas, tudo, absolutamente tudo…

Com o advento galopante da convergência (nesse jogo Bauru arremessou 15/31 de três e 16/30 de dois pontos, e Limeira 11/25 e 19/34 respectivamente), fruto do declínio defensivo externo, preocupado nas dobras e coberturas internas, e falhando nas duas vertentes, ficaram abertos os caminhos para os longos arremessos, assim como se fecharam as possibilidades de assistências voltadas ao jogo interior, fruto do desconhecimento técnico voltado ao preparo dinâmico dos homens altos nessa estratégica área de jogo, e da não utilização de defesas com flutuações lateralizadas, e sim as verticalizadas de uso constante, que são permissivas aos passes, pois não se situam na linha da bola, já que dirigidas à massificação defensiva próxima a cesta…

Por conta de tais deficiências, viceja a decorrente aventura de fora, onde os embates físicos pouco acontecem, mas em caso contrário, a possibilidade dos três pontos se mantêm nos lances livres, “vantagens” estas que atraem até os pivôs, ansiosos em pontuar, já que minguadas são as oportunidades de fazê-lo em suas posições interiores…

Devemos somar ainda, e por conta do novo estilo, o decréscimo acentuado no domínio dos fundamentos básicos do jogo, já que para disparar bolinhas, dribles e fintas em progressão deixam de importar sobremaneira, assim como passes incisivos pois os de contorno são fundamentais para as conclusões de fora…

Então, e mais do que de repente, nos confrontamos com uma assustadora realidade, a de que, face a esta absurda e modal evidência, estamos alcançando números de erros inaceitáveis em divisões de base, quanto mais na elite, exemplificando – Nos quatro últimos jogos da Liga NBB/NBA, foram perpetrados os seguintes números : Minas/Paulistano -38 (20/18) – Franca/Rio Claro – 43 (27/16) – Uberlândia/Sorocaba – 33 (15/18) e Bauru/Limeira -24 (14/10), apresentando uma média de 34,5 por jogo, que tal?

Sem dúvida alguma ainda assistiremos jogos com tal carga de emotividade, e galopantes enxurradas de fora, onde convergências e bisonhos erros, muitos erros, acontecerão, assim como midiáticas pranchetas se tornando estrelas de primeira grandeza, pois tentam justificar, visual e graficamente, os conhecimentos táticos de quem as rabiscam, os estrategistas, muitos daqueles  mesmos que omitem importância a erros de fundamentos, repetidos à exaustão pelas equipes que dirigem e afirmam orientar, mas que são os primeiros a criticar as falhas individuais e os detalhes das derrotas, exatamente, pela ausência de conhecimento do básico, claro, por parte…dos jogadores.

Mas o assunto que mais me chamou a atenção neste fim de semana carnavalesco, foi a matéria do Giancarlo Gianpetro no seu Vinte Um, realizada em New York às vésperas do All-Star Game da NBA, quando arguiu o grande jogador e pivô da equipe do Spurs, Tim Duncan, sobre jogar com o Spliter num duplo pivô. Vale a pena ler o que respondeu, e sabendo-se que sua equipe normalmente atua em dupla armação, tirem vocês, meus poucos leitores, as devidas conclusões…

Amém.

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ESCOLHAS QUE DECIDEM…

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Quando uma equipe se vê privada de seu mais icônico e bem pago jogador da liga, punido por indisciplina, e dispara seu coletivismo liderado em dupla armação, e de sobra, assiste seus homens altos produzir internamente um sólido jogo, e de quebra, vê seu sistema defensivo atuar com uma energia antes velada e inconsistente, deve estar raciocinando pelo que esperar com a sua volta, provavelmente na próxima partida…

Por enquanto, vai enfrentando e vencendo seus adversários, liderada pelos armadores Laprovittola e Benite, que ao mesmo tempo que assistem a turma de dentro (15 assistências os dois), pontua de dentro e de fora com relativa eficiência (5/10 os dois nos 3 pontos), complementados na artilharia de fora pelo Marcos (4/5) e Hermann (2/4), e pelo enérgico jogo interior de seus pivôs…

Foi contra essa equipe.agora mais equilibrada, que o Palmeiras foi à quadra para desafiá-la, e que só não venceu pelo fato de seus armadores,ao contrário dos cariocas, se voltarem mais para as finalizações, do que assistirem seus bons pivôs mais assiduamente, quando Stanic e Neto arremessaram juntos 5/15 bolas de três, e distribuiram 11 assistências, quatro a menos que seu adversário, que venceram por 4 pontos…

Como vem ocorrendo em muitos jogos do NBB, quando a artilharia de fora é deflagrada pelas duas equipes em confronto, por conta da frouxidão defensiva, ou mesmo o “pagar para ver” tão em moda, as definições, geralmente, ficam para acontecer no quarto final, onde o duelo se definirá, e onde um pouco de bom senso se faz ausente para uma. ou ambos os oponentes, pois bastaria que um deles se bastasse na ofensiva que privilegiasse os curtos e médios arremessos, para  vencer, até mesmo com folga, pois suas tentativas alcançariam menores perdas, de esforço e de pontos…

No entanto, partem para o confro direto, pondo de lado a precisão e a eficiência, somente alcançadas quanto mais próximo da cesta estiverem, principalmente por obra e graça de seus armadores voltados ao coletivismo, e não aos arroubos adolescentes em momentos de decisão…

Aconteceu com a equipe paulista, e tornará a acontecer em outras mais, até o momento em que, vindo do duro e preciso treinamento, jamais de uma midiática prancheta, o sutil hábito de ler, entender e compreender o grande jogo no momento da verdade, quando o suntuoso e midiático gesto cede seu espaço ao fundamento básico, simples, preciso e despido de maquiagem, porém mais do que suficiente para vencer jogos, quiça, campeonatos…

Amém.

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MESA DE DEBATES-CRISE NO ESPORTE BRASILEIRO…

Recebi o convite da organização do II Congresso de Direito Desportivo que foi realizado de 17 a 19 de novembro de 2014, para participar da Mesa de Debates – Crise no Esporte Brasileiro no dia 18, numa iniciativa da Associação Atlética Direito UFSC, em Florianópolis.

O vídeo aqui veiculado, apresenta o teor completo dos debates, no qual as inserções 29:57/55:04/1:07:59 e 2:26:46 são as minhas intervenções no mesmo. No entanto, a visualização completa da Mesa, apresenta um panorama bastante amplo sobre o tema proposto, e que poderá interessar a todos aqueles que propugnam por um desporto mais assistido e prestigiado pelas autoridades brasileiras, a fim de implantá-lo com bases mais sólidas e voltado à educação dos jovens e a conquista de sua estratégica importância cultural para o país.

 

 

 

 

 

O ESNOBADO DPJ…

P1100050-001P1100051-001P1100052-001P1100056-001P1100060-001DPJ – Drible (com ou sem finta), parada e jump (ou arremesso em suspensão), é um tipo de finalização profundamente esnobada em nosso país, impotente na comparação com os “gatilhaços de três”, os “monstros” (enterradas) e as menos atraentes bandejas, todas finalizações importantes, mas não mais estratégicas do que o DPJ, em sua letalidade bem no miolo de uma defesa, onde os gigantes imperam, onde levar pontos é desmoralizante, onde, num terreno mínimo e minado, somente aqueles que o dominam vencem jogos, os decidem, de verdade, numa aparentemente (e só aparente)  fácil execução, onde o appeal se esconde dos olhos mal treinados de torcedores e pseudo conhecedores do grande jogo, pois se trata da síntese mais sofisticada no domínio dos fundamentos básicos, pelo drible ambidestro e colado ao corpo no deslocamento, a finta e o corte progressivo em espaço reduzido, a parada com completo controle do centro de gravidade, onde a transferência da velocidade horizontal para a vertical (alguns mais dotados chegam a saltar para trás nesse movimento, ampliando seu campo de visão) se torna uma arte, e o arremesso curto ou de media distância preciso, equilibrado e letal…

Franca possui dois jogadores que poderiam desequilibrar jogos se aplicassem o DPJ com mais frequência, e com vantagens enormes se comparadas aos bons armadores da equipe, que aliás pouco o usam. Cito o Leo Meindl e o Lucas, enormes, ágeis, rápidos e, se mais exigidos nos fundamentos de drible e fintas, dominariam qualquer defesa se utilizando do mesmo, pois de saida se equilibrariam aos gigantes defensores, sem sequer encostarem neles, simplesmente finalizando em suas cozinhas, no âmago de suas defesas…

Porque menciono esse arremesso e estes jogadores em particular? Bem, se voltarmos aos últimos jogos de Franca, quando perderam no quarto final partidas que poderiam ter ganho, e que segundo seu técnico aconteceram por desequilíbrio emocional, e se recordarmos a chuva de arremessos de três que intentaram no afã de reverter placares, inclusive tentativas seguidas destes mencionados jogadores, poderemos argumentar que uma aproximação nas contagens se utilizando dos arremessos curtos e médios, indo de 2 em 2 (às vezes 3 se houverem faltas), seria a tática mais recomendável, ainda mais com o potencial ofensivo da equipe, dos dois jogadores, e onde o DPJ se constituiria numa possibilidade muito além da média, vide os argumentos acima postados…

Graças aos deuses que ainda gostam do grande jogo, aos poucos vai se desnudando a falácia dos três pontos como decididores de jogos, com sua alta, porém esquecida ou pouco mencionada imprecisão e perdas de esforço vital em quadra, mas beatificados midiaticamente, como a ápice do jogo em conjunto com as enterradas, numa mistificação que o vem prejudicando profundamente, principalmente na formação de base, espelhada numa elite equivocada e orientada para o nada. Espero que evoluamos, no sentido da valorização dos fundamentos, onde o DPJ tem cadeira cativa (ou deveria ter…)

Amém.

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OS CONTÍNUOS E ESTÉREIS DUELOS…

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Fica chato, por repetitivo, comentar jogos iguais, monocórdios taticamente, onde as possíveis variáveis de um bem jogado jogo se restringem a duas, o duelo desenfreado nos chutes de três, e o pagar para vê-los na pratica, sistemática e sofregadamente perpetrados pelos dois  contendores, e talvez uma terceira, quase insignificante, a dura luta dos pivôs pelas sobras do festim vindo lá de fora…

Um dos técnicos pede um tempo, e enfaticamente pede a “mexida” da bola, da jogada, na troca de passes, buscando melhores posicionamentos para arremessos mais equilibrados, livres se possível, para logo na jogada subsequente uma pedrada de fora ser desferida, na maior, como se nada tivesse sido dito e pedido segundos antes, e que caindo ou não, encontra no estrategista a mesma feição de que nada é com ele, e sim de quem está lá dentro, e até esboça um sorriso quando a dita cuja, equilibrada ou não, afunda na rede adversária, e ai sim, por sua conta e graça, vide os aplausos escancarados que executa, na maior, noves fora os air balls e falhas em profusão (18/54 de três, 11/31 para os paulistas e 7/23 para os fluminenses), num jogo, que repito por mais uma vez, contava com bons e fortes pivôs em ambas as equipes, coitados, destinados às sobras e esporádicos duelos 1 x 1, sob a imobilidade presencial dos demais jogadores, numa surda torcida pautada pelo “se vire por ai”…

Claro, que a equipe da casa, mais “acostumada” com as manhas e cantos de seu ginásio, acertava as bolinhas com mais frequência, ainda mais com o pagar para ver de seu adversário, e mesmo agindo na reciprocidade defensiva, viu a turma fluminense se perder em tentativas, não só de fora, como as kamikases infiltrações de um americano mais para presepeiro do que armador de ofício, que deveria ser sua real posição, claro, na existência de um sistema minimamente confiável…

Ao final, o técnico fluminense pede um tempo, muitos pontos atrás no marcador, e ajusta sua equipe para… o jogo seguinte, contra o Pinheiros, numa ação que determina o encerramento dessa analise, pois nada a mais poderia ser dito…

Em tempo – Foram 27 erros de fundamentos entre uma bolinha e outra (11/16).

Amém.

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A CONVERGÊNCIA VITORIOSA…

 

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Bem, caros leitores, tanto insistimos, com afinco e dedicação muito além da média, que, enfim, para gáudio da turma trovejante dos “monstros”, “gatilhaços”, “soberbos tocos”, e da grande, senão maioria, parcela daqueles que se acham doutores no grande jogo, atingimos o topo da evolução técnico tática que tanto defendem e perseguem com sofreguidão, aquela que determina a convergência como o grande padrão a que temos de nos sujeitar daqui para frente, pois nesse emblemático jogo entre Franca e Flamengo, pela primeira vez, de outras vezes que se sucederão, duas equipes da elite do basquetebol tupiniquim conseguem juntas, arremessar mais bolas de três do que de dois pontos, numa façanha digna do “chega e chuta” às mais renhidas peladas do atêrro, claro, sem demerecê-las com tão tosco exemplo perpetrado pelas duas representantes da LNB/NBA…

 

Meus deuses, foram 24/58 arremessos de três (8/26 para Franca e 16/32 para o Flamengo), contra 28/57 de dois pontos (18/33 e 10/24 respectivamente), numa prova irrefutável e indesculpável da falência defensiva externa nesse jogo exemplar às avessas, quando o prenúncio estratégico levava o encontro para baixo das cestas, como deveria ter acontecido, frente aos muitos bons pivôs em confronto, mas que por indesculpável omissão dentro, e por que não, fora da quadra também, optaram pelo desafio ensandecido nas bolinhas, principalmente no quarto final, quando bastaria que uma delas, se bem treinada e dirigida, forçasse o jogo de 2 em 2, ao mesmo tempo que contestasse os longos arremessos do adversário, sem temer as penetrações (que valem 2 pontos, às vezes 3), levando a partida para um impasse, onde a frieza e o equilíbrio emocional determinaria seu final, que ficou mais do que claro através a potencia pontuadora do Benite e do Marcos, pouco ou nada contestados, principalmente neste quarto final, e que na figura do primeiro nada deixou de saudades do afastado, briguento e veteraníssimo capitão, com vantagens acentuadas, por ser um forte e sempre bem posicionado marcador, ser ambidestro na armação e tão bom, ou melhor nas bolinhas, principalmente as mais rápidas…

 

Franca se deixou cair na armadilha de um duelo insano nas bolinhas, quando possuidor de um sólido jogo interior com seus pivôs e alas pivôs habilidosos e cheios da energia dos 21/23 anos, apta a defender fora e dentro do perímetro, porém ainda muito suscetível na aceitação da blindagem interna, que exige dobras sucessivas, quando o forte de seu adversário se estabeleceu externamente, como sempre vem fazendo na liga…

 

Então, como definir este jogo como brilhante frente a 33 erros de fundamentos (19/14) e a dolorosa realidade do abandono defensivo externo, propiciando a “liberdade” ansiada pelos gatilhos em confronto, como?…

 

Quem sabe, aceitando, como os estrategistas parecem aceitar nas bolinhas o seu éden existencial, simbólico fator que justificaria o corporativismo que os une, profissional e tecnicamente, onde a mesmice endêmica se torna garantidora de um status inamovível e refém da nossa conquista de ontem, a convergência mais do que nunca real e vitoriosa, fruto da dolorosa omissão defensiva, que mais lá na frente, nos irá cobrar altos juros quando no enfrentamento internacional, a começar pelo olímpico em nosso quintal, onde esses torneios da Fiba Americas e ABAUSA, com a maioria das equipes formadas em aeroportos, nada somam técnica e taticamente, a começar pela também inexistência defensiva lá fora do perímetro…

 

Porém, o mais impactante nesta semana foi a declaração do técnico do São José sobre a derrota para Limeira no Globoesporte– –(…)” Vejo essa irregularidade muito no estado psicológico. Porque tem que ter um ar de energia no time. Esse ar de energia não está transbordando. Ele está interno ou pouco. Esse fator faz a diferença. Às vezes, você sofre uma falta e cai. Com a gente, sofremos uma falta, a bola bate no aro e sai. Isso é fator psicológico. Não é treinamento a mais. Os caras estão se dedicando, mas essas situações são momentos. Momentos de lado psicológico. É muito difícil apontar para outra coisa. Você vê neles que, às vezes, o cara quer e não consegue. Estamos trabalhando com a psicóloga e tentando fortalecer ao máximo os jogadores que estão presentes” – comentou (…) .

 

No entanto, num dos últimos tempos que pediu na partida comentou com os jogadores – “Eles estão tirando o meu armador e não tenho outro para colocar”, isso dito ao lado do “outro” armador, o Rafinha… Sensibilidade psicológica é isso ai…

 

Amém.

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SHILTON, SHILTON, OU A CRONOLOGIA DO DESCASO…

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Foi um jogo que, aparentemente, anunciava algo de novo (?) que se insinuava, ainda de forma débil, na forma de jogarmos o grande jogo, e quando inseri a interrogação acima, é porque a antevi e pratiquei cinco anos atrás no pequeno Saldanha no NBB2, numa ação que não foi bem varrida para baixo do tapete da história, pois um pozinho foi esquecido, e que ameaça se transformar num poeirão, claro, com outros “descobridores e criadores” táticos, para os quais copyrights existem para serem copiados, claro, sem menções de autoria, conceituando melhor, plágios, puros e simples, mas com um fator restritivo muito sério, o de ouvirem (e até gravarem) o galo cantar, sem, no entanto, reconhecerem onde se encontra o poleiro…

Isso posto, vamos aos fatos deste jogo exemplar, onde a equipe carioca resolveu, com acerto, jogar na dupla armação de verdade, com dois especialistas, Laprovittola e Benite, e três homens altos, Meyinsse, Marcos e Alexandre, infiltrados no perímetro interno, em constante movimentação, num entra e sai da bola rápido e incisivo, desmontando a que é considerada a melhor defesa da liga, e implementando uma substancial melhora em seu setor defensivo, face a grande mobilidade e combatividade interior, onde até o Marcos, notório mal defensor, se inseriu no contexto de luta de seus companheiros, aumentando a eficiência defensiva de sua equipe, inclusive, aleluia, nos rebotes, mas que sofreu uma grande queda com as entradas do Marcelo e do Hermann, quem sabe, insatisfeitos com a reserva, ou mesmo, sabe-se lá, com os problemas financeiros da equipe…

A equipe mineira também tentou, mesmo dentro de um rígido sistema único (que o Flamengo também usou, porém agindo mais livre na leitura de jogo) a formula da dupla armação e pivôs transitando no interior, com uma e decisiva diferença, o isolamento e descoordenação dos mesmos, além da inferioridade técnica, se relacionados com os cariocas, além de uma teimosa “obediência tática” que confundia fluidez com passes de contorno, muitos passes, sem a verticalização utilizada com sucesso pelo seu oponente…

Por estas razões, foi um jogo de poucos arremessos de fora (7/17 para os cariocas e 3/17 para os mineiros), que foram menos eficientes nas finalizações interiores (36/32 respectivamente), mas perdendo 10 lances livres contra 4 de seu adversário. e nesse ponto é que devemos ressaltar o fato insólito de toda a torcida rubro negra saldar efusivamente seu ex jogador Shilton pelos 0/7 lances livres perdidos, logo ele um pivô exposto a tal situação em todas as suas atuações na liga, que pela combatividade deveria ser um bom executante de lances livres, e que não o é desde sempre, mesmo passando por três equipes profissionais, fora as que pertenceu na base, sem que, em nenhuma delas tivesse esse problema atenuado, ou mesmo resolvido, exatamente pelo conceito que vigora em nosso basquetebol, de que jogadores da elite não precisam treinar e praticar os fundamentos do jogo, onde os arremessos são a cereja do bolo dos mesmos…

Concluindo, vimos um jogo priorizando o jogo interno, com homens altos transitando continuamente dentro do perímetro, e uma dupla e eficiente armação, que já se tornou uma bem vinda evolução de nosso jogo, somente aguardando que novos sistemas superem o “único”, desgastado pelos polegares, punhos, chifres e outras mais jogadas, que no frigir dos ovos, sempre foram as mesmas, dentro das quadras, ou rabiscadas freneticamente em pranchetas midiáticas e absolutamente estéreis…

Espero que evoluemos, um tanto tardiamente, confesso, porém muito triste e decepcionado por não ter tido a oportunidade de acelerar esse processo do qual fui o introdutor na liga, com todo o conhecimento didático e pedagógico de tê-lo desenvolvido e aplicado por quase 40 anos, não encontrando nesse imposto e coercitivo afastamento, nenhum movimento que o explicasse no âmbito dos técnicos, mas quem sabe agora com a anunciada, já pronta e deliberada ATBB – Associação de Técnicos Brasileiros de Basquetebol (pela sigla, técnicos extrangeiros estarão de fora? Pois se assim for, não se tratará de uma associação voltada prioritariamente à técnica, e sim um pseudo sindicato orientado às garantias empregatícias, o que seria uma pena, um grande desperdício, pois visaria a manutenção do corporativismo existente, vide os 15 magníficos do “mais alto escalão da modalidade no país” que a organizaram, onde a garantia de mercado priorizaria todo seu esforço e interesse, que tenho a mais absoluta certeza dezenas, ou centenas, de técnicos amariam participar de sua formação…), quem sabe poderia explicar “os porquês” de meu silencioso afastamento da profissão, da qual sou, talvez e academicamente, dos mais graduados no país, e uma das provas ai está, transparente e clara na utilização de sistemas de jogo por mim desenvolvidos, e somente lembrados através os artigos e videos deste humilde blog e de um Giancarlo Giampetro do blog Vinte Um, em seu solitário reconhecimento do quem é quem no grande jogo neste imenso, desigual e injusto país…

Mas como muitos dizem e afirmam – vamo que vamo, deixando a memória, o reconhecimento e o mérito para trás, onde devem sempre estar, não importando neste processo a negativa de exercício profissional (por conta de contra partidas?…) a que todos tem direito, se graduados e competentes, mesmo exercendo o contraditório, assim como eu…

Amém.

Fotos – Paulo Murilo. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

 

CONVERGÊNCIAS…

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Faltavam poucos minutos para o final do jogo, quando o técnico de Bauru pediu um tempo para alertar a equipe da reação do Flamengo, e orientar uma cadenciação do jogo dali para diante, a fim de refrear o ímpeto do forte adversário. O lateral é batido e na investida a seguir, e com mais de 15seg de posse de bola, seu melhor finalizador queima um arremesso de três, erra, propiciando o temido contra ataque carioca. Pede um novo tempo para advertir o jogador, quando deveria tê-lo sacado da equipe, dando aos demais o recado direto, e fazendo com que o mesmo, no banco, refletisse sobre a importância da obediência tática, quando essa se faz estrategicamente necessária. Algumas vezes agi dessa forma em equipes que dirigi, e somente uma vez fui levemente contestado, quando o caminho do jogador foi mudado do banco para o vestiário, sem maiores debates…

Menciono esse fato como o fator que definiu o jogo, quando a equipe paulista optou priorizar o jogo interno (26/44), apesar dos 9/27 arremessos de três, que é a sua marca nessa competição, tendo convergido muitas vezes, e de forma maciça, enquanto seu adversário, também agindo fortemente dentro do perímetro em três quartos da partida (18/37 de 2 e 24/29 lances livres), optou equivocadamente no quarto final pelas bolinhas (8/26), não exercendo o paciente e mais preciso jogo dos 2 em 2, originando, frente a forte contestação de Bauru, muitas falhas de arremessos, permitindo os contra ataques que selaram seu destino no jogo…

Neste jogo em particular, Bauru mudou bastante sua habitual característica pontuadora de fora, utilizou mais seus bons pivôs, otimizando seus ataques, que mesmo frente às 18 bolas perdidas de 3, soube compensá-las com uma forte defesa interna e também externa frente aos bons e técnicos jogadores cariocas, que em vez de seguirem o exemplo dos paulistas, preferiram retornar ao habitual jogo de fora, errando em demasia e perdendo justamente o jogo, testemunhado por um técnico, que não soube (ou não quis) refrear as desesperadas bolinhas, que foi o mérito maior do técnico adversário…

Foi um jogo bastante didático, provando mais uma vez que, com boa vontade e bom senso, pode-se mudar um pouco essa medonha realidade que vem prejudicando nossa forma de jogar o grande jogo, bastando desenvolver um misto de coragem e audacia, para atingirmos um outro patamar, uma nova e promissora realidade…

No jogo do Paulistano na Argentina, pela Liga das Américas contra os mexicanos do Halcones, somente uma observação anexada à imagem postada – Equipe convergente (18/31 de 2 e 11/32 de 3) não vence grandes torneios, pois trata-se de uma simples questão aritmética, onde seu adversário efetuou 27/44 e 5/11 nas mesmas conclusões- Nada mais poderá ser dito…

Amém.

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