ME DANDO UM TEMPO…

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Me dei um tempo, desculpem, mas era preciso, não por cansaço, e sim para pensar melhor o blog, o basquete, a continuidade de um trabalho que desde sempre foi uns dos meus objetivos de vida, e que necessita de uma repaginação, de um caminho menos rude e ingrato, e que de certa forma premie um esforço muito grande em concretizá-lo desde seu nascedouro oito anos atrás, não com reconhecimentos ou honrarias, e sim com saúde, discernimento e bom senso para sua continuação.. Nesses dias de afastamento, colaborei intensamente com o III Congresso Brasileiro de Dança Moderna, organizado e dirigido por minha filha, Andrea, professora, bailarina e coreógrafa, que foi um retumbante sucesso na área artística do estado, assim como recebi a visita de meu filho caçula, João David, artista radicado na Irlanda com sua banda Late Train, aos quais dediquei todo o meu tempo de pai saudoso e orgulhoso, mais saudoso ainda ao deixá-los no Galeão de volta às suas vidas profissionais no exterior, onde também se encontra o André Luis, o terceiro filho artista na área do Web Design da firma americana Novica.

            Sozinho então pude brindar os belos fins de tarde observados de minha varanda, e comemorar o levante de nossos jovens nas ruas das capitais, reivindicando melhorias e apoio na educação, na saúde e na segurança, bandeiras que sempre defendi aqui (aqui e aqui) e em muitos outros artigos nesse humilde blog, como que prevendo um dia em que o país não mais engoliria as mentiras e engodos de uma turma que tem em mente um projeto político que somente encontraria obstáculos frente a um povo educado, bem cuidado e seguro em sua faina de patriótico e profícuo trabalho, mas que necessitará postar sua luta balizado em propostas e projetos bem encaminhados sob lideranças honestas e tecnicamente bem preparadas.

Enfim, e aos poucos, os jovens saem à luta na fantástica tentativa de melhorar um país enorme e injusto, buscando apoio à educação de qualidade, à saúde digna e obrigatória, a melhores transportes e à segurança de todos, num belo e candente exemplo de nacionalidade e amadurecimento.

E num momento em que se desnudam os brutais desvios de verbas públicas em estádios e na organização de competições megalômanas e antipatrióticas, voltadas integralmente à riqueza de uma minoria oportunista disfarçada sob o manto do desporto, uma pergunta paira no ar, direta, incisiva – O que os Nusman’s têm a dizer, ou justificar, tão enigmaticamente calados e devidamente forrados que estão?

Amém.

Fotos – Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

 

           

           



2 comentários

  1. PEDRO RODRIGUES DE SOUZA 24.06.2013

    PAULO MURILO,
    O brasileiro está mostrando aos políticos que futebol já não é mais prioridade para um país que não tem educação, segurança e saúde.
    Temos no momento um exército armado que começa a mostrar a sua força. Este nosso aliado tem um valor enorme que é a ………..
    A FORÇA DAS REDES SOCIAIS
    Um dos primeiros a visualizar a ideia foi Adolf Hitler, que a utilizou como ferramenta para difundir o seu apetite de poder.
    Isso numa época em que o computador, ainda em sua fase embrionária, demorava seis segundos (uma eternidade se comparados aos padrões atuais) para efetuar uma operação matemática.
    O nazismo constituiu uma extensa rede social, com membros alinhados em torno de uma ideologia em comum.
    Tal como os hippies, que também formaram suas próprias comunidades, baseadas em costumes e princípios específicos.
    A diferença é que naquela época não havia o universo on-line e a comunicação se difundia quase que no gogó.
    No entanto, foi há cerca de 10 anos, já com a internet consolidada, que o conceito de rede social ganhou peso e dimensão planetários.
    Surgiram para integrar membros de ideologias, classes sociais, credos, etnias e nacionalidades os mais diversos, reunidos pelo desejo e necessidade de se comunicar, trocar ideias, refletir sobre temas do quotidiano, debater assuntos complexos ou triviais e até (por que não?) criar laços afetivos.
    Pelas janelas de bate-papo ou nos espaços de edição não há tema que escape do olhar dos internautas.
    No mundo existe um verdadeiro cipoal de redes sociais em operação.
    Estima-se que pelo menos um terço da população da Terra, cerca de 2 bilhões de seres, faça parte do universo virtual interativo.
    Desses, pelo menos 900 milhões integram o Facebook, a maior rede social do Planeta, em que pese ter surgido há apenas oito anos da cabeça genial de Mark Zuckerberg, um ex-estudante de Harvard, auxiliado por Andrew McCollum e Eduardo Saverin.
    “Por que o Face se disseminou de forma vertiginosa” é uma questão que ocupa a mente de analistas em comportamento social, mas algumas características dessa rede podem explicar, de algum modo, o seu sucesso assombroso.
    Primeiro, a interface é agradável e simples de operar.
    Segundo, há uma dinâmica espetacular no processo de edição de feeds (alimentação de informação).
    E terceiro, não existe limite para a edição de fotos. Some-se a isso poder compartilhar o que quiser: (links, vídeos, blogs, músicas etc.).
    Um tiro de canhão ecoou nos céus da nossa pátria e lançou um grito de Acorda, Brasil!
    Se o movimento que leva centenas de milhares de pessoas às ruas se limitar aos 20 centavos a menos nas tarifas de transportes, não passará de um teatro de comédia.
    O passe livre será um estímulo a mais para a superlotação dos coletivos pelas pessoas que ainda não o usam e não trabalham, que passarão a zanzar mais e mais pelas cidades, juntamente com os que lotam hoje.

    O movimento deve, sim, ser permanente contra a corrupção sustentada por políticos e empresários.

    Se a presidente afirmou que o Brasil acordou, melhor!
    E a voz das ruas, do povo, deve ser acatada.
    Vamos continuar com o movimento, cobrar o cumprimento das promessas, a punição dos corruptos, a devolução do que roubaram e a cassação das funções que exercem, pouco importando o cargo, desde o mais alto até o mais simples.
    Caso contrário, continuarão com suas boas vidas, zombando dos brasileiros, que continuarão com o papel de bobos da corte.
    Uma reforma política é imperiosa.
    Acorda, brasileiro, e luta por uma sociedade realmente justa, em que todos têm que trabalhar e ser honestos.
    » O estopim da crise brasileira foi o reajuste nas tarifas de transportes urbanos.
    Devemos acrescentar, já que há interesse dos governantes em negociar, os seguintes temas: isentar de impostos os gêneros alimentícios de primeira necessidade e medicamentos; agir com mais rigor com corruptos e corruptores; baixar a maioridade penal para 16 anos; exigir nas próximas eleições que a Justiça Eleitoral diga não aos fichas sujas; cassar os mensaleiros em atividade no Congresso Nacional; consultar a população quanto a sediar eventos como a Copa do Mundo; instalar CPI para investigar os gastos com a Copa das Confederações e a do Mundo; aumentar salários nos Três Poderes em datas e percentuais iguais; reduzir o número de ministérios ao máximo de 17; liberar verbas para políticos e partidos políticos com completa transparência e divulgação nos meios de comunicação; criar bolsas para classes menos favorecidas com total aval do povo brasileiro, por meio de referendo popular, etc. etc. etc.
    » Pode ser acrescentado ao excelente artigo “O fim dos privilégios e mordomias é bom começo” (20/6, pág. 15) que também devem ser extintas todas as formas de privilégio de julgamento pela Justiça.
    Os diversos fóruns privilegiados, ou foros por prerrogativa de função para ministros, parlamentares e demais servidores públicos, devem ser abolidos, e os diversos graus de recursos judiciais devem ser reduzidos, pois só favorecem àqueles que têm dinheiro para impetrá-los.
    A máxima de que todos são iguais perante a lei deve ser ampliada para todos são iguais perante a Justiça.
    » Bom, se as manifestações tivessem ocorrido à época da caixa de Pandora, com esse mesmo nível de mobilização, talvez a conta do Estádio Nacional fosse mais barata.
    Porém, antes tarde do que nunca.
    Esses movimentos são um sinal claro do descredenciamento do modo atual de fazer política, de administrar o patrimônio e o interesse público, bem como de julgar.
    Também descredencia os tradicionais interlocutores políticos, de todas as índoles ideológicas.
    Tratem de se reescrever, e rápido.
    É preciso as multidões agora ficar de olho no Judiciário.
    E não é só quanto ao mensalão.
    Tem ex-político condenado a mais de 30 anos e ninguém expede mandado de prisão.
    Em muitos municípios brasileiros, prefeitos desviaram milhões e as pessoas devem se mobilizar para que sejam punidos.
    Também não vamos permitir que a PEC nº 37 seja aprovada. Parabéns, juventude!
    O Brasil, finalmente, parece que acordou.
    Por enquanto, são só protestos.
    O dia seguinte mostrará se teremos líderes para nos conduzir a novos tempos.
    Já vemos mandatários constritos, de voz embargada, a dizerem: “Temos que ouvir a voz das ruas”.
    A maioria deles é hipócrita.
    É tanta gente envolvida na rede de malfeitos que fica difícil uma faxina.
    Fomos tão longe nas mazelas que ficou complicado recuperar.
    Quem se salva no universo dos políticos?
    Temos um Judiciário confiável?
    PODE-SE ENGANAR A TODOS POR ALGUM TEMPO;PODE-SE ENGANAR ALGUNS POR TODO O TEMPO,MAS NÃO SE PODE ENGANAR TODOS POR TODO O TEMPO. Abraham Lincoln
    Quem são os homens que podem nos governar?

    Só resta uma esperança: que cada brasileiro cumpra com o seu dever, especialmente os jovens, para sairmos desse atoleiro.
    PEDRO RODRIGUES

  2. Basquete Brasil 25.06.2013

    Perfeita análise, caro Pedro, mostrando uma realidade que teimamos em varrer para baixo do tapete da história, geração após geração, após o grande, formidável erro cometido pela ditadura militar, a liquidação das lideranças civis, que agora, passados vinte anos, ainda carece de verdadeiros representantes de um povo inculto e pouco educado. Os jovens foram para as ruas, mas correm o grande risco de verem seus corajosos esforços se perderem nas mãos das raposas profissionais que vicejam no cenário nacional, respaldadas pela corrupção, e o pior, pela impunidade. Agora mesmo a presidente pegou uma carona “cívica” do movimento jovem, e advinha qual o dedo por trás de toda a peroração presidencial?
    E por ai vai.
    Um abraço Pedro.

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