O MASCOTE #2…

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Foi um inicio de jogo bastante eficiente, defendendo e atacando, onde um esboço de coletivismo transparecia no empenho de todos, ocupando espaços e restringindo o dos sérvios, sufocando seus homens altos e contestando com firmeza no perímetro externo…

 

Lá pelo fim do segundo quarto, com uma boa diferença no placar, começaram a pipocar os arremessos de fora, em um início de abandono do jogo interno, tão eficiente até aquele momento, que somado aos oportunos contra ataques originados pelo domínio dos rebotes defensivos, levaram de roldão a alta, porém lenta equipe européia, de forma para lá de convincente, apesar da réstia de desconfiança deixada pela volta ainda contida dos vícios corriqueiros dessa oscilante e estabanada equipe…

 

E deu no que deu no terceiro quarto, onde uma armação pífia e uma volta ao jogo exterior das famigeradas bolinhas, permitiu a retomada do jogo pelos sérvios, com um substancial aumento de velocidade em suas ações, uma boa calibrada em seus arremessos, pouco ou nada contestados pela nossa seleção, saindo de uma diferença de 16 pontos para uma perigosa dianteira, num placar vexaminoso de 12 x 32, fazendo perigar uma partida que deveria estar vencendo com boa margem, se mantido o bom comportamento tático dos quartos anteriores…

 

Veio o quarto final, e com ele um pequeno, porém salvador ajuste no jogo interior, mas que não foi tão eficiente do que algumas bolinhas que caíram dessa vez, principalmente pelas mãos do Marcos, bastante feliz nesse importante jogo, as mesmas bolinhas que no segundo erro originou a sacada do jogo do mais do que eficiente jogador do primeiro e decisivo quarto, o Leandro, que inclusive não retornou no último, deixando no ar uma instigante questão – Bolinha, não importando se forçada ou não, errada=banco, acertada=tempo de jogo, tão contidas nas outras três partidas desse mundial em nome de um jogo interior e coletivista mais encorpado e eficiente, de repente se torna a chave do tamanho da equipe? E se nos próximos ocorrer o mesmo que tem ocorrido com o pivô “especialista “ dos três, que ainda não acertou nenhuma quando foi para valer, e não caírem sob intensa contestação? Num pequeno exercício de números, frente ao equilíbrio, nos acertos da pequena e média distâncias, foram os três arremessos de três a mais, ou 9 pontos, que nos levaram a uma vitória de 8 pontos, ao contrário dos devastadores primeiros quartos, onde o jogo interior, veloz e coletivo não dependeu diretamente das bolinhas, a não ser de forma complementar, que é o correto quando se tem um poderio tão claro dentro do perímetro…

 

Na etapa eliminatória que nos aguarda mais adiante, expurgar tanta oscilação torna-se fundamental, apesar da fragilidade de um banco comprometido com a mesmice técnico tática, na qual construiu seu percurso no grande jogo, fator restritivo a grandes voos, a não ser que no curto prazo de alguns dias mudem sua maneira de atuar, o que, honestamente, não acredito que ocorra. Mas, quem sabe, os pacientes deuses resolvam dar uma ajudinha…

Em Tempo – Tivemos hoje um novo mascote, ficando eu curioso para saber quem ocupará o cargo no próximo importante jogo.Contra o Egito não vale…

 

Amém.

 

 

 

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O MASCOTE…

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Uma das coisas mais detestáveis que pode acontecer na avaliação de uma técnica é a soberba, quando não a dominamos. -“Temos talvez o melhor garrafão do mundo, que o teme e respeita”…

 

Humm, temer certamente (não talvez…)pode não ser o caso, porém respeitar, com certeza, mesmo que, apesar do respeito seja destroçado como foi, tanto defendendo, como atacando, frente a um temente e respeitado garrafão espanhol, nada soberbo, mas acima de tudo, mortal…

 

E qual o seu segredo para tanta eficiência, senão a mobilidade, a fluidez de suas ações de entrada e saídas de bola, medidas e alimentadas por uma armação metódica, cirúrgica, e pontuadora também, principalmente nas longas bolas, em nenhum momento contestadas, como num carrossel multi facetado de habilidades e domínio pleno dos fundamentos do jogo, do drible junto ao corpo, às fintas milimétricas, do passe objetivo, da defesa linha da bola antecipativa, somados a um conceito coletivista que a nossa seleção ainda custará um bom par de anos para alcançar, isto se começar a trabalhar a base nesse sentido, senão jamais…

 

Falar de números bem medidos e avaliados, melhor ir lá no Giancarlo Gianpetro para encontrar uma análise correta e lúcida do que ocorreu em Granada, e do que poderá vir a ocorrer daqui para frente se não mudarmos algo de muito importante na prática do grande jogo entre nós, a cultura do básico, do essencial, do avaliado frente aos fatos, e não a cultura do “monstro”, da enterrada como “o momento maior do jogo”, do toco como o “fator que levanta a torcida”, esquecendo que bons e precisos arremessos, de dois mesmo, ganham jogos, assim como os lances livres que só valem um, e os jovens precisam saber e serem induzidos a isso, e não a rompantes midiáticos…

 

Em hipótese alguma podemos repetir o que foi realizado em termos de defesa exterior como no jogo de hoje, ainda mais quando os servios são muito bons na longa distância, e no jogo interior também, onde terão de ser marcados à frente e em dobras, e mais ainda, quando teremos de atacar em permanente movimentação, dentro e fora do perímetro, evitando ao máximo a saída dos pivôs de sua área de influência direta, e tendo a permanente ajuda próxima do ala da vez, seja o Marcos ou o Alex, e por que não, juntar os três grandes pivôs em trocas sucessivas bem lá dentro, no âmago da defesa servia, servidos por dois armadores rápidos, incisivos, bons passadores e pontuadores, também…

 

Ilusão, alucinação basqueteira, ou uma chamada a uma realidade que não pode, não deve ser adiada em nome do que? Reserva tática? Rotação obrigatória pelo cansaço? Rigidez de princípios táticos? Nào esquecer que se trata de uma Copa de tiro curto, onde o não se arriscar pode levar ao fracasso, onde o cansaço pode e deve ser adiado, onde os objetivos não podem ser limitados pela mesmice, pelo temor ao novo, ao inusitado…

 

Temos uma falha, uma monumental brecha escavada pela convocação política e marqueteira, que apresenta como resultado maior sermos a única seleção do torneio com um mascote no banco, e que é o representante maior de uma associação de jogadores em tudo e por tudo afinada com a cúpula da CBB, e vítima de uma política de capitanias hereditárias que de a muito deveriam ter sido extirpadas de nossas seleções, terreno quase proibido às renovações, aos jovens talentos perdidos ano após ano, em nome de “nomes” midiáticos e protegidos, e muitas vezes dirigidos e liderados por amigos da realeza cebebiana, hoje presente nas tribunas de Granada como lídimos representantes do caos institucionalizado que implantaram na alma do grande jogo, ínfimo para eles, desgraçadamente…

 

Para minha tristeza, sinto não prever melhores caminhos para essa seleção, a não ser que movida por algo bem superior emerja da mesmice crônica em que se encontra, e parta para algo mais superior ainda, a implantação urgente de algo realmente… corajoso e inovador, e sem temer os riscos inerentes ao mesmo…

 

Amém.

 

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e ter acesso às legendas.

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PITONISMOS E ACHISMOS…

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Vai começa a briga, e das boas, já que se trata de um Mundial, de um Mundial, e não de um NBB administrativamente em positiva evolução, porém técnica e taticamente estratificado e profundamente equivocado…

Nossa seleção, falando franca e honestamente, é deficiente em muitos aspectos de técnica individual, e equivocada em concepção de equipe, apesar do ufanismo torcedor que posta, anonimamente em sua maioria, comentários na mídia especializada, corroborando, ou não, matérias publicadas por seus editores, muitas vezes raiando o limite de conhecimentos do grande jogo, aspecto este, que mesmo sendo professor e técnico a mais de cinco décadas, não ouso, sequer penso, ultrapassar…

Mas outra é a nossa realidade, ainda mais com a cornucópia ilimitada de informações, pareceres, estudos e análises soltas, até em nuvens, pela galáctica rede, à disposição de todos, cultos ou neófitos, explanarem e divulgarem opiniões e relatos da mais alta complexidade técnica e tática, porém ao largo de uma realidade, a do âmago das quadras, da formação a elite, na travessia de anos e anos dedicados a arte de ensinar, educar e ajudar no desenvolvimento humano no contar das horas, dias, meses anos décadas, necessárias para atingir objetivos, muitas vezes inatingíveis, pela precariedade de uma realidade longe, muito longe, de se dedicar social, política e humanamente pela educação de nossos jovens, e que é o fator primal de todo o processo, onde pitonismos e achismos se tornam anacrônicos em si mesmos…

Nossa seleção tem graves problemas, deficiências crônicas que em tempo algum foram corrigidas, fora ou dentro de seleções, seguindo um principio quase dogmático, de que jogadores adultos nada mais devem acrescentar ao que conhecem de técnicas individuais e coletivas, a não ser levá-las ao grau de excelência dentro da realidade tática que lhes é exigida, que sendo padronizada os formatam, ou mesmo modelam, adequando-os às filosofias dos estrategistas que os dirigirão…

Por tudo isso, poucos são aqueles que dominam o epicentro de seus corpos, defendendo em equilíbrio estável e instável; atacando em desequilíbrio controlável, única forma de aliar velocidade e alternância direcional; correr e parar com controle similar; saltar sem se projetar lateralmente; girar espacialmente após rebotes; pivotear e mudar de direção alternando velocidades; bloquear antecipadamente e não no momento da ação; coordenar saltos e deslocamentos com as visões verticais e periféricas, fundamentais para o domínio temporal e espacial; arremessar sob controle preciso do eixo diametral da bola, base crítica para seu correto direcionamento, e que independe do posicionamento estético ou não de seu corpo; domínio ambidestro da bola no drible e suas vertentes direcionais e rítmicas, fatores inerentes às fintas e mudanças de direção, quanto ao conhecimento e pleno domínio dos fundamentos do jogo…

Portanto, sem esses conhecimentos, sistema tático nenhum, por mais simples e primário que seja, obterá sucesso, já que as exigências necessárias para sua execução não serão atendidas pela fragilidade no domínio e controle dos fundamentos, tornando-o estéril e equivocado…

Nosso pretenso poder defensivo, frente a equipes de maior peso, correrá o risco de rompimentos decisivos, pois o Marcos, Marcelo, Huertas, Raul, Leandro e Guilherme, são inconstantes e frágeis no trabalho de pés e controle posicional defensivo, acarretando uma grande carga de cobertura interna dos grandes pivôs, que correm o sério risco de se pendurarem de faltas por isso, gerando também um acumulo externo por parte do Alex e do Larry, notoriamente melhores defensores do que aqueles…

Ofensivamente, frente a um cenário compensatório, ou não, relacionado às nossas opções defensivas, um outro fator se revela preocupante, a localização posicional dos homens dentro do perímetro interno, nitidamente atuando de costas para a cesta, em posições altas e baixas, e vindo sistematicamente fora do perímetro para bloqueios, sem trocarem de posições entre si, e muito menos tendo  um outro alto ala participando dessas trocas internas, quando muito em pontuais deslocamentos paralelos a linha final, ou mesmo bem fora do mesmo, que é o que parece virá a ser tentado pelo Rafael para os longos arremessos, quando ele seria primordial no diálogo direto com os dois pivôs, todos próximos a cesta, para de 2 em 2 pontuarem com mais segurança e precisão, e inclusive e fundamental, estarem no foco dos rebotes, e em vantagem numérica, fator que desencadearia muito trabalho e preocupação com as faltas para nossos adversários, principalmente os europeus…

Também ofensivamente, a falta de um diálogo eficaz e tático entre armadores e pivôs em movimento (se assim se mantivessem todo o tempo de jogo…) torna nosso ataque, na maioria das ações, altamente previsível e marcado com relativa facilidade, onde as dobras se tornam decorrentes pela obviedade de atitudes destituídas de criação coletiva, voltadas que são, teimosamente, de caráter individualista, principalmente através o Leandro, Larry e Raul, sem contar com o mais do que provável aperto por que passarão na vinda da defesa ao ataque em armação única, prato apetitoso para as fortes defesas europeias e americana com que nos defrontaremos…

Logo, podemos concluir com duas ponderações, a de que neste complexo jogo, pitonismos perdem sua fantasiosa relevância, pelo simples fato de não conterem qualquer embasamento técnico e tático, frente a nossa proverbial fragilidade na formação de base, e ante escolas que privilegiam desde sempre esse fator, propositalmente escamoteado, já que formatado, padronizado e implantado por uma geração de estrategistas de produtos prontos, estejam deficientes ou não na fundamentação do jogo, onde o tempo a ser “perdido” em correções não compensa nem enriquece  currículos forjados pelo corporativismo que os unem em grande maioria…

Outra, a de que a insidiosa e escorregadia indústria do achismo técnico e tático, fruto de uma patética ignorância do que venha a ser o profundo e verdadeiro conhecimento do grande jogo, sequer se interesse pelo longo e sofrido caminho das pedras do estudar, pesquisar, ensinar e desenvolver, com seu acidentado e inóspito cenário de certezas e incertezas, avanços e retrocessos, pequenas vitórias e grandes derrotas, apêgo e desapêgo a idéias e sonhos, mas decisivo em seu percurso para o progresso e sedimentação de um processo de vida, onde o mérito é a chave para um corajoso e alentador trajeto.

Enfim, teremos nossa auto convidada seleção em mais um Mundial, fruto de uma realidade da qual não podemos fugir e omitir suas carências, e bem representar o que atualmente somos, mas que infelizmente não representa o que deveríamos ser, de verdade…

Amém.

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.

 

 

PROJETANDO…

 

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Está perto, muito perto de iniciar a Copa na Espanha, com as equipes mais categorizadas em final de preparação para uma competição onde paradigmas deverão ser ultrapassados, principalmente quanto ao indefectível sistema único, sendo vencido pelo jogo livre, intuitivo, lógico, e formalmente definido pelo absoluto domínio dos fundamentos do jogo, que aliados ao poder físico e atlético, à velocidade, e à fluidez permanente e incansável de todos os jogadores envolvidos, decretarão o fim de uma era de um jogo setorizado, voltado aos duelos 1 x 1, dos mastodontes lentos e previsíveis, do imobilismo tático, e quem sabe e pelo qual torço enfaticamente, pelo decisivo decréscimo da ditadura de fora para dentro das quadras, centradas no exibicionismo desenfreado de divas estrategistas com suas midiáticas pranchetas grafando nadas colossais e indecifráveis hieróglifos, em nome de uma auto importância mais imposta do que real, fictícia e equivocada. Aliás, alguém viu prancheta nas mãos do grande técnico americano?

Dentro de nossa rinha, uma equipe com a mais do que anunciada, pois sedimentada, rotação de oito jogadores, já que os quatro restantes jamais deveriam lá estar, frente a fragilidade técnica e física de que são possuidores, mas lobisticamente fortes e poderosos, deixando pela estrada outros jogadores mais qualificados, principalmente quanto aos sistemas adotados pelo hermano, voltados para a defesa forte e intenso jogo interior, que ainda fica a dever, em parte pelo pouco entrosamento entre armador (es) e os homens altos dentro do perímetro, prejudicando em muito a tão desejada fluidez ofensiva.

Mas esse é o carma que teremos de enfrentar, onde os maiores adversários não serão nossos oponentes, e sim nós mesmos, por vícios adquiridos em anos de incúria e falsas lideranças. Mesmo assim, e quem sabe, algum milagre possa vir a ocorrer, apesar de particularmente não acreditar que ocorra, infelizmente…

Mas Paulo, nada sobre o jogo contra o Irã? Mas que jogo cara, ainda mais contra um bando de neófitos em torno de uma montanha carente dos mínimos requisitos técnicos para atuar nesse nível, concedendo a ilusão, ou o ouro dos tolos, pela diferença de 40 pontos no placar, a uma seleção profundamente equivocada? Foi um rachão que amam de montão, só isso…

Por essas razões oremos aos deuses, torcendo para que estejam de bom humor, senão…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV.Clique nas mesmas para ampliá-la.

 

TRÊS PARÁGRAFOS…

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Fizemos um primeiro tempo bastante intenso e com muita qualidade, no qual colocamos em prática um basquete bastante coletivo. Como o Brasil é uma equipe mais baixa, não conseguimos manter o mesmo ritmo no segundo tempo e demos uma caída na condição física e na tática do jogo. Mas conseguimos fazer um trabalho de revezamento da equipe e foi uma experiência maravilhosa – analisou Zanon.(Globoesporte.com).

Jogando contra a seleção da Turquia hoje, a equipe feminina brasileira, que se prepara para o Mundial, perdeu por 66 x 48 (19 x 18, 14 x 13, 18 x 6 e 15 x 11, perdendo todos os quartos) convertendo 31 pontos no primeiro tempo e 17 no segundo, ou sejam, 48 pontos em uma partida internacional, e o técnico ainda o classifica como “uma experiência maravilhosa”? Só pode estar brincando, e o pior, com coisa muito séria, uma seleção nacional, onde divide sua genialidade com a equipe masculina do S.José, numa dualidade de competências inimaginável a um trabalho sério e responsável. Como vemos e atestamos, mérito (ou QI) é isso ai…

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No torneio da Eslovênia, a equipe brasileira masculina venceu a equipe da casa na prorrogação, por 88 x 84, num jogo eivado de oscilações, bem ao estilo de uma equipe sem personalidade coletiva, mas que apesar de tudo tenta manter seu forte jogo interno no ataque, e lampejos defensivos de boa qualidade. Rodando seus três pivôs nebebianos, em conjunto com os alas Marcos e Marcelo, e eventualmente o Alex, dentro do perímetro interno, que apesar do frágil apoio de armadores que pouco se entendem fora do mesmo, quando se perdem em infindáveis dribles e sinalizações desconexas, ainda conseguem se impor pela voluntariedade e presença física nos rebotes, hoje presentes (14/28), superando os eslovenos que conseguiram 33 (5/28), num embate que decidiu a partida onde deveria ser decidida, lá dentro, embaixo da cesta apesar de um lastimável 14/31 nos lances livres e 6/16 nos três pontos, em tudo compensados pelos 28/56 dentro do perímetro nas bolas de dois. E nesse ponto é que residem as chances da equipe na Copa Mundial, que seriam reforçadas se uma dinâmica e permanente movimentação dentro do perímetro fosse implementada, assessorada por uma dupla armação de verdade, trabalhando em proximidade, principalmente nas levadas de bola vindas da defesa, ponto em que as equipes mais categorizadas explorarão no caso de usarmos um único armador, com certeza. O fato de baixarmos um pouco a estatura da equipe, seria bastante compensada pelo maior e mais eficiente confronto defensivo, o que ocorreu hoje, principalmente no segundo quarto, mas que não foi levado adiante, pelo simples fato de não termos levado, ou convocado, jogadores melhores e mais aptos para essa função, prejudicando em muito a rotação nesse importante e fundamental setor. Enfim, uma réstia de luz apareceu no fim do túnel, não como uma esperança campeã, mas sim, uma busca de encontro ao bom senso técnico e tático, tão esquecidos ultimamente.

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Finalmente, após o jogo da seleção americana contra o Porto Rico, fica no ar uma pergunta que direciono aos “estrategistas” do grande jogo do país – Qual, ou quais, os sistemas de jogo adotados pelo técnico americano em sua impactante equipe? Sistema Único, Motion Offense, ou simplesmente Fundamentos individuais e coletivos? Acertou quem apontou esse último, base de tudo no grande jogo, e suficiente para vencer e derrubar qualquer sistema que não conte com o pleno conhecimento e domínio dos mesmos, e que nos é vetado por um significativo número de prancheteiros e patéticos performáticos midiáticos de beira de quadra, onde as poucas exceções não contam…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV e do Globoesporte.com. Clique nas mesmas para ampliá=las.

 

 

 

 

 

O GIL ESTEVE LÁ…

 

O Gil Guadron esteve no jogo do Brasil contra os Estados Unidos em Chicago, e a meu pedido fez algumas considerações a respeito do que considera ser básico na pratica do grande jogo, mesmo a nivel de seleções nacionais. Ei-las:


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La  importancia  de  los  fundamentos.

 

Asisti  al  ” United  Center ” con  mi  nieto

 de  13  años  de  edad,  y  la  pasamos   muy  bien.

 

Me  llamo  poderosamente  la  atencion   la   explosividad  en  los  movimientos ,  y  dominio  de  los  fundamentos  del  equipo  de  USA .

 

Sobre  los  fundamentos  , me  atrevere  a  mencionar   algunas  ideas  para  fortalecerlos  sin  importar  el  nivel  de  basquetbol  en  el  que  usted  entrene :

 

1  –  Los  fundamentos  no  son  parte  del  basquetbol….  son  el  basquetbol !!

 

Solamente  atraves  del  dominio  del  tiro, el  drible, la  vision  perisferica, los  deslizamientos  defensivos , equilibrio  etc.  se  puede  llegar  a  tener  un  buen  equipo  de  basquetbol.

2  –  Haga  que  todos  los  jugadores  entrenen / dominen   los  fundamentos  del  basquetbol.

Como  entrenador  debe  hacer  que  sus  jugadores  trabajen / entrenen  en  todos  los  fundamentos  ;  pues  si  un  jugador puede  hacer  solo  una  cosa  excelente…  es  apenas  un  jugador  de  basquetbol  incompleto.  Ese  joven  jugador  alto  un  tanto  descoordinado, haga  que  practique  el  drible  y  demas  fundamentos.

 

 

3  –   Que  los  ejercicios  tengan  aplicacion  en  un  partido.

 

Tan  pronto  el  jugador  pueda  ejecutar  un  movimiento, vaya  a  ejercicios  que  combinen  varias  destrezas  que  reproduzcan  realidades  del  partido.

 

4  –   Corrija  inmediatemente..  mantenga  la  calma, ofrezca  informacion  de  como  hacer  las  cosas !!! .

 

Jamas  permita la  ejecucion  equivocada  de  un  fundamento   y  utilize las  tecnicas  de  correccion  inmediatamente; para  ellos  es  sugerido .

 

No  pierda  el  tiempo enojandose  con  el  jugador !!!…  en  lugar  de  eso :

 

1  –  Felicite  al  jugador  por  lo  que  hizo  bien, por  el   esfuerzo ,

 

2  –  Digale  al  jugador  como

debe  de  ejecutar  el  movimiento, y

 

3  –  Despidalo  con  palabras  de  aliento.

5  –  Practica  continuada.

 

La  destrezas  motoras  se  aprenden  practica

ndo  y  no  escuchando  largos  discursos .  Sea  breve  en  sus  intervenciones  de  retroalimentacion…  no  trasforme  un  entreno  de  60  min.  en  uno  de 35  min.

 

6  –  Practiquelos  a  la  velocidad  del  partido.

 

La  rapidez, la  explosividad  en  la  ejecucion  de  los  ejercicios  debera  ser  parte  de  estos , y  usted  como  entrenador  deben  estar  atento  a  que  los  ejecuten  con  la  correcta  postura  corporal …  pieza  fundamental  en  la  explosividad  /  rapidez  de   los  movimientos.

Respetuosamente.

 

Gil  Guadron

Bastante sintomático, não?

Amém.

Foto – Divulgação LNB.

 

O DISCURSO COLETIVISTA…

Num jogo em que o Marcelo e o Guilherme entraram e saíram da quadra sem que ninguém no ginásio os notassem; que os armadores perdessem todos os duelos 1 x 1 com os americanos e atuassem pifiamente no apoio logístico ao jogo interno; que o Marcos em momento algum disputou uma bola sequer embaixo das cestas, ou tivesse chance de disparar suas bolinhas de fora; que por mais uma vez os grandes pivôs viessem jogar fora do perímetro, atuando isolados, e mesmo assim pontuassem com relevância, e que nossa defesa se situasse abaixo do mínimo permitido em um jogo de tal importância, é que podemos aquilatar o quanto de problemas enfrentará o hermano para tentar equacionar, principalmente quanto a uma rotação seriamente comprometida pela falha convocação, ao deixar para trás jogadores que, ao menos, poderiam somar para a equipe no plano físico, frente a fragilidade nesse aspecto por parte de alguns veteranos, nitidamente convocados pelos nomes e pressões midiáticas.

O tão decantado discurso de que o confronto se situaria entre o coletivismo brasileiro e a individualidade americana, ruiu exatamente pela coletividade americana, onde seus jogadores se complementavam através o enorme domínio que ostentam nos fundamentos do jogo, os individuais e coletivos, enquanto os nossos se perdiam em individualizações equivocadas e premidas pelo baixíssimo conhecimento daqueles mesmos fundamentos ostentados por seus oponentes, que se atuassem em pleno, como o farão certamente na Espanha, teriam levado o placar para muito mais do que os 20 pontos de diferença alcançados…

Enfim, creio que tenham ficado bem expostas as grandes dificuldades da seleção, a ausência de uma fluidez ofensiva que una e torne interdependente as ações fora e dentro do perímetro, através uma constante e dinâmica movimentação de todos os jogadores, e o sentido de cobertura defensiva, somente possível a esse nível, com a execução de flutuações lateralizadas à linha da bola, nunca longitudinais a cesta, propiciando as ajudas fundamentais ao sucesso de um sistema defensivo de qualidade, ainda mais com a presença de bons pivôs, ainda muito dispersos no jogo de rebotes, onde as mútuas ajudas os tornariam verdadeiramente eficientes.

No entanto, como imagens explicam mais do que palavras, acompanhem as aqui postadas para compreenderem o quanto de trabalho terá de ser dispendido em treinamento (e não rachões…) até o inicio da grande competição mundial. Assim torço e espero…

Amém.

 

Fotos – Reproduções da TV. Cloque nas mesmas para ampliá-las e acessarem as legendas.

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DO GIL (E QUE ASSINO EMBAIXO)…

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Do último artigo aqui publicado, retiro esse comentário do Gil Guadron para ser o artigo de hoje, e espero que, frente a atualidade e importância do mesmo, sirva de leitura no curso de nível III que a ENTB promove esta semana em São Paulo, pois reflete em toda sua extensão a problemática inserida no comportamento técnico tático de nossos técnicos de alto nível, e mesmo os candidatos a sê-los. Bom proveito…

 

  • Gil Guadron11.07.2014 (6 dias atrás)

  • Coach Geno Auriemma. Entrenador de UCONN campeon NCAA, y entrenador principal de la seleccion femenina USA , campeona mundial y oro Olimpico.

  • Gil Guadron , apuntes personales.

  • — Es usted el tipo de entrenador que enseña jugadas, o es usted el tipo de entrenador que enseña a su equipo a jugar basquetbol ?

  • Son dos cosas bien diferentes. A mi equipo le digo constentemente ” no estoy interesado en enseñarles nuevas jugadas . Estoy interesado en enseñarle a usted como jugar basquetbol “.

  • Piense en dos o tres equipos de sus liga . Cuando juega contra ellos , la extraordinaria defensa que aplican contra de su equipo no permite que sus sistema de ataque funcione .

  • Si se pregunta porque.. es porque su ataque es predecible !

  • Le aconsejo que si eso le sucede, es mejor que vaya pensando como hacer que sus jugadores juegen libremente, ajustandose , adaptandose a las circunsntancias del partido.

  • Algo en que pensar :

  • Cuando usted ve jugar a jovenes jugando en la cancha del barrio , observa la cantidad de puntos que anotan… hasta que ” alguien ” tristemente decide — enseñarles como deben de jugar —.

  • El ego de algunos entrenadores no permiten que los jugadores juegen como seres pensantes.

  • Tenemos en nuestra liga a un entrenador que si sus jugadoras no ejecutan diez pases antes de tirar… le da un ataque al Corazon . Otros que señalizan a sus jugadoras constentemente etc.

  • Me pregunto si verdaderamente se necesitan tal numero pases para ejecutar un buen tiro, o que que las jugadores no funcionan sin — el cerebro a la vera de la cancha para orientarlas .

  • Sera que desean que todos sepan que es un gran entrenador y puede hacer que sus jugadoras ejecutan las jugadas como si el fuera el director de la orquesta sinfonica ?.

  • En lo particular me opongo a ese libreto !!

  • Porque muchos jovenes son temerosos de jugar ? probablemente tiene que ver bastante con quien es el entrenador . pues si los jugadores no tienen temor de jugar, son los que tienen excentes entrenadores , quienes les dan la confianza de que simplemente juegen.

  • Los buenos entrenadores les dejan jugar , interrumpen al minimo para que — sientan el flujo del partido / o juego , que tomen decisions — , y despues les enseñan alguna cosa que los jugadores podrian ejecutar mejor.

  • Es importante que sus jugadores crean que puden intentar algo que su instinto les dice que es lo correcto y que frente a ello usted como entrenador no se enojara .

  • Creamelo si usted hace eso, cuando sus jugadores hayan jugado por usted por un par de años seran jugadores pensantes y muy dificil de jugar contra de ellos.

  • Me encanta jugar contra equipos que cada vez que ven algo diferente, tienen que chequiar primero con su entrenador antes de actuar.

  • En sus entrenos no tema si luce — un desorden organizado –, en donde solo usted sabe lo que esta pasando.

  • Los jugadores que toman la idea del juego libre, de actuar de acuerdo a las cirscunstancias son los jugadores que reaccionaran efectivamente cuando el partido esta complicado.

  • Es importante que usted cree, permita , produzca ese tipo de atmosfera en sus entrenos , pues produce jugadores analiticos, razonadores .

  • Acaso no le gusta jugar contra un equipo en donde el point guard dribla hasta el cabezal del area pintada … pasa la pelota a un ala, va a colocar una pantalla al lado alejado de la pelota… y usted, es decir su equipo no se lo permite !!

  • Le invito a que reflexione sobre lo anterior, y produzca jugadores pensantes…

Em Tempo – Creio que este artigo reflete bastante todo um posicionamento aqui descrito pedagógica e didaticamente desde que esse humilde blog foi criado 10 anos atrás, quando sempre contou com o apoio e magnifica colaboração do professor Gil Guadron desde Chicago, através artigos e comentários de grande valor.

Foto -Na foto, o Gil é o primeiro à esquerda, em Loyola, Chicago, com o técnico Jim Whitesell e um jovem treinador de El Salvador.(clique na foto para ampliá-la)

Amém.

 

A TRISTE REALIDADE…

 

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Conversando com meu filho pelo skype desde Dublin, ele me relata a manchete do Times local – “Alemães constroem escolas, hospitais e ainda fazem goals”-

Igualzinho ao que fazemos aqui, exceto os goals…
Tragédia, tsunami, fim dos tempos? Não, somente incúria, arrogância, impostura, corrupção, omissão, e acima de tudo, covardia e uso de um povo privado de educação, saúde, segurança e cultura, bens que se assegurados e desenvolvidos bloqueariam muito do que o faz sofrer em seu sacrificado dia a dia.
Numa competição esportiva de tal magnitude, não tivemos o básico, os jogadores, competentes técnicos, estratégia, sistemas de jogo, preparação e treinamento compatível ao seu patamar de grande vencedor de outras copas, mas sobraram os desperdícios, os desvios, os megálomanos projetos, a política rasteira, a mentira, a triste e dolorosa mentira…
Daqui a um pouco mais teremos uma Olimpíada, calcada no mesmo cenário, só que multiplicado por tantas modalidades que se defrontarão em nosso solo, financiadas por nossas parcas e suadas riquezas, desviadas de seus cidadãos para os bolsos de oportunistas e ladrões, onde o planejamento desportivo se perde e esvai pelos ralos da incompetência e criminosa apropriação de recursos negados aos seus jovens, em saúde, educação e cultura.
Sem dúvida faremos uma enorme e deslumbrante festa, para os outros, que aqui aportarão em busca das medalhas resultantes de suas políticas voltadas ao desporto como fator e vitrine de seu desenvolvimento, e não uma prova cabal de nossa ignorância e arraigada colonização, mantida por aqueles que nos vendem e aviltam desde sempre.
Também daqui a dois meses, compareceremos a um Mundial onde compramos uma vaga, eliminados que fomos vergonhosamente sem uma vitória sequer, dando continuidade a um projeto técnico que nos arrasou e humilhou de duas décadas para cá, sem vislumbre de que algo pudesse ou teria sido feito na formação de base, muito ao contrário, servindo-a de moeda de troca e compadrio político no preenchimento de currículos tão mais falsos e enganosos como todos aqueles que se locupletam com ela.
Duas classificações a mundiais foram recente e bisonhamente perdidas para os famigerados “detalhes”, figura mítica ligada ao fracasso que nos tem perseguido, fruto do corporativismo vigente entre aqueles que decidem técnica e taticamente o preparo de nossas seleções de base, e somente possível ante a inexistência de uma forte, presente e técnica associação de técnicos, de técnicos, e não provizionados profissionais de não sei o que, pois de basquetebol pouco ou nada sabem que extrapole de suas midiáticas e lamentáveis pranchetas…
Agora mesmo, o técnico para o sul americano menciona numa reportagem do Databasket de 5/7/14: “É muito bom ver que os movimentos das jogadas estão saíndo quase que naturalmente. É importante que os jogadores continuem lendo os diagramas com as jogadas para que elas sejam cada vez mais assimiladas. Gostei muito dos treinos e vamos continuar aprimorando na próxima semana”. Como vemos, “jogadas saindo quase naturalmente” tornam-se sinônimo de eficiência, mas que na realidade são de pleno conhecimento de todos os jogadores, selecionáveis ou não deste país, pertencentes a que divisão for, nos âmbitos municipais, estaduais e nacionais, e mais ainda, em ambos os sexos, já que presentes no sistema único conhecido e praticado por todas, onde chifres, punhos, camisas, ombro, pinquerrols, compõem um monocórdio repertório que se repete ad infinitum, mudando uma ou outra denominação para parecer diferente…
Tal afirmação vem provar o quanto de dependente terá de ficar a equipe aos cadarços manipuladores de fora para dentro da quadra, sistematicamente manobrados através o gestual teatralizado e as incursões pranchetadas, quando a mesma deveria se comportar responsavelmente pelo conhecimento e leitura do jogo, nos momentos em que as jogadas acontecem, e que nunca se repetem, como resultante de ações voltadas a criatividade e tomadas de decisão, tornando factível os sistemas adotados e baseados no pleno dominio dos fundamentos do jogo, sem os quais os mesmos e prancheta nenhuma neste mundo poderá exequibilizar.
Mas pera lá, fundamentos? Ora meu caro Paulo, o negócio é Academia, malhação, ou você está por fora?
Desculpem, mais sempre ‘me situo como técnico, professor, antiquado, bem sei…
Mas o impactante desta semana no mundo do grande jogo foi a declaração do técnico/presidente de uma equipe da LNB: “Nao conseguimos dinheiro para contratar um treinador. Sendo assim, o torcedor terá que aguentar o Rinaldo como técnico por mais uma temporada, no mínimo”…
No entanto sobrou dinheiro para três americanos, e quem sabe lanche e banho no hotel, em caso de uma derrota fora do esperado…
Finalmente, Uberlândia monta um time a imagem de seu supervisor, para depois contratar um técnico espanhol vindo do Paraguai para dirigí-lo, ou administrá-lo?
Amém.

AS PRIORIDADES…

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Uma seleção brasileira inicia sua preparação para o Sul Americano masculino, e a primeira imagem que temos da mesma é essa ai de cima, ou seja, puxando ferro, e põe ferro nisso pela quantidade de anilhas em um teste, agora imaginem quando for exercícios para valer…

O engraçado (ou trágico…) é que o jogador retratado foi o líder de rebotes do récem terminado NBB6, saltando mais do que qualquer um para conseguir a façanha, e agora, parece, que querem que o mesmo encoste seu umbigo no aro, algo risível e absolutamente impróprio em uma seleção dos melhores, ou quase isso…

Sou do tempo em que o inicio de um treinamento de seleções se baseava em técnica dos fundamentos individuais e coletivos, aprimorando-se fatores de ordem física em intervenções pontuais visando a manutenção da forma dos convocados, que claro, a obtinham em seus clubes, pois o tempo reduzido de treinamento não permitia perdas de tempo com algo que deveria ser obrigatório, mas que se transformou em uma “etapa” imposta por “métodos avançados” de preparação física através aqueles que aos poucos se situam como os verdadeiros (?) “fazedores” de atletas, quando na realidade precisaríamos de jogadores, simplesmente isso, jogadores…

Mas para tanto, torna-se imperioso que técnicos reassumam sua responsabilidade maior, a de liderar todo o processo formativo, dividido e parcialmente perdido para uma confraria de profissionais que vem impondo a inversão de prioridades técnicas e táticas por condicionamentos físicos, como base de uma equipe de competição, não só da elite, como na formação de base, situando-a como fator primordial da mesma…

Não por acaso o que assistimos nos dias de hoje, onde atletas disfarçam jogar basquete, correndo barbaramente, saltando no teto, impactando como rinocerontes, mas jogando muito pouco, pensando menos ainda, onde a presença da bola para alguns atrapalha mais do que ajuda, onde o conhecimento dos fundamentos é negligenciado, onde a leitura de jogo padece de cegueira coletiva, é que atestamos o quanto de equívocos tem punido o grande jogo entre nós, quando o físico antecede e supera a técnica e o bem jogar, sem falar na brutal carga e seus danosos esforços em articulações e tendões daqueles infelizes, que tem sido responsável pelo encurtamento na carreira de muitos deles, vide a galopante safra de lesões em nossos  cada vez mais jovens e promissores talentos…

Mas as seleções continuarão a ser balões de ensaio e experimentos na pseudo arte de forjar atletas, roubando um tempo precioso da arte maior da pratica intensa dos fundamentos, em todas as suas nuances individuais  e coletivas, e na introdução de sistemas de jogo objetivos e realmente inovadores, na valida tentativa de fugir da mesmice endêmica que professamos desde sempre, quando da coercitiva implantação do sistema único em nossa forma de jogar.

Por tudo isso é que não conoto seriedade nessa forma de trabalhar, desacreditando sua real validade ante a força, aquela eficiente e desejada força, fruto dos duros exercícios dos fundamentos individuais e coletivos, única forma de validar e fazer acontecer os sistemas de jogo escolhidos para compor o arsenal de uma equipe, e sem os quais tornaremos repetitivos os pequenos desastres que nos tem assaltado, até o momento em que tornemos a priorizar as técnicas do grande jogo e os técnicos de verdade, aqueles que assumem sua liderança, e não se submetem aos caprichos dos “fazedores” de atletas. aliás, muito mal feitos e ao contrario do que afiançam, frágeis e quebradiços…

Amém

Foto – Divulgação CBB.