TÉCNICOS, REFLEXIVOS OU ERRÁTICOS?…

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Fui ao jogo com meu filho André, que como eu gosta de basquete, e que pela temperatura amena dentro do ginásio, previa-se uma partida bem disputada, sem os desgastes originados pela deficiente ventilação ambiente, que a pleno verão se torna insuportável.

Mas não foi bem assim, pois o jogo padeceu dos usuais males do nosso judiado basquetebol, a começar pela incrível marca de 28 erros somados de fundamentos, marca intolerável em uma divisão de que se apregoa de elite.

Mais intolerável ainda, o acúmulo de equívocos e erros primários, tanto de jogadores, como de técnicos, sendo que um deles, agindo e se comportando como adolescente irritadiço, parecendo em sua errática movimentação e gesticulação aquele boneco do carnaval de Olinda, o que em hipótese alguma transfere segurança e equilíbrio a seus jogadores na quadra, numa situação em que a tranquilidade e arguta observação propiciaria intervenções pontuais eficientes e seguras, que ao não ocorrerem levaram sua equipe a derrota, principalmente a prolongada manutenção de dois pivôs, um gordo e outro rústico nos fundamentos juntos, ambos tentando impedir a ida “para dentro” dos armadores paulistas, que ao comprimirem a defesa carioca dentro do perímetro, permitia os passes de dentro para fora que encontravam um dos dois irmãos Fisher ou o Barrios absolutamente livres e equilibrados para seus longos arremessos, que decidiram a parada. Outrossim, faltou sensibilidade e firmeza aos rubro negros para buscarem os pontos de que necessitavam nas bolas curtas, pois seu oponente soube muito bem contestar as bolinhas, não tão salvadoras como imaginavam.

No banco paulista, um técnico que ainda permite aventuras juvenis, como as do Gui, que de promissor prospecto de ala eficiente e penetrador, rapidamente se transforma em mais um dos corner players que vêm se instalando na praça, com seus temerários e imprecisos arremessos para lá da linha de três pontos NBA, num desperdício que já está cobrando significativos juros ao jovem jogador. Também erra na colocação e deslocamentos de seus bons pivôs sagitalmente e distante da cesta, afastando-os dos rebotes, permitindo que ajam na desajeitada armação de jogadas e arremessos improváveis de três. No entanto, seu comportamento observador e analítico, o colocou em flagrante vantagem sobre o hiperativo e saltitante oponente, basicamente naqueles momentos em que uma cabeça fria se impõe a outra, intempestiva e obliterada pelas “emoções”…

No mais, fora a inconcebível enxurrada de arremessos de três (18/55 para ambas), numa perda capital de tempo e esforço físico e mental, a pancadaria que se instalou embaixo das cestas, sob os olhares algo míopes de uma trinca de arbitragem mais interessada em mediações do que simplesmente aplicar com isenção e rigor as regras do grande jogo.

No jogo de logo mais, duas situações bem nítidas serão determinantes, a necessidade de vitória do time da casa para não se situar a uma derrota da eliminação, e na casa do oponente, e a imperativa oportunidade que os visitantes terão de levar para seus domínios uma decisão em dois jogos bastando vencer um deles.

Para tanto, seus comandantes necessitarão fazer alguns ajustes em seus comportamentos técnicos, emotivos e até estratégicos. Técnicos, privilegiando o jogo interno com seus índices de acerto bem maiores que as aventuras das bolinhas, otimizando suas oportunidades nos ataques, e defendendo energicamente o perímetro externo, buscando de 2 em 2 e de 1 em 1, pontuação necessária e produtiva, destinando as bolas de três àqueles realmente especialistas, e mesmo assim equilibrados e razoavelmente livres. Emotivos, observando e refletindo sobre o comportamento e  capacitação na leitura de jogo de seus jogadores, ação somente franqueada a quem se mantêm tranquilo e senhor de suas ações, e não carnavalescos e midiáticos. Estratégicos, quando compreenderem definitivamente que seus papéis determinantes são estabelecidos nos treinos, e não à beira da quadra e nas bordas de uma prancheta…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

AMENIDADES…

 

 

 

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Você passa pela Avenida das Américas e ao se deparar com o majestoso palácio do COB, totalmente mantido pelo dinheiro público, custa a entender, e mesmo aceitar, que uma federação histórica, como a FBERJ se utilize por favor de uma salinha, originariamente um almoxarifado, na sede da CBB, para gerir e organizar os campeonatos e seleções cariocas, que claro, oscilam sempre para menos, pela deficiente qualidade originada pela carência maior, recursos para sua sustentabilidade, escassos no âmbito federativo, imensos e aparentemente inesgotáveis para a turma encasquetada lá de cima, produto advindo dos tempos ditatoriais por que passamos, e neste caso, ainda não desfeitos como deveria, se por acaso, tivéssemos uma política voltada ao desporto educativo, a escola, aos jovens, aos professores formadores de carateres, e não esses aproveitadores profissionais. Mas ainda mantenho a esperança de que sairemos desse fétido buraco um dia, um dia…

 

 Contudo, algo de positivo no mundo do grande jogo ocorreu na decisão da NCAA, quando UCON chegou ao titulo num jogo decidido próximo a cesta, onde os poucos arremessos de três foram tentados por aqueles verdadeiros especialistas, e não como nós, que habilitamos toda uma equipe como capacitada nessa difícil arte, o da precisão à distância, campo exclusivo para uns poucos, bem poucos, assim como deixou patente a qualidade nos fundamentos de todos os participantes, independendo de posições, altura, peso e idade, onde jogar dentro ou fora do perímetro igualava a todos em habilidades e leitura de jogo. Com a formação de base que temos, e ainda entregue a neófitos compromissados com o sistema único e um pretenso domínio pranchetado extra quadra, timidamente contestado por alguns corajosos jogadores, ainda teremos longos anos para nos desvencilharmos  deste infeliz cabresto, elitista e corporativista.

E de repente me salta aos olhos uma notícia repetida, uma noticia tão absurda quanto a originária, que simplesmente reportava uma viagem do técnico da seleção brasileira e do diretor técnico da CBB, de encontro aos jogadores patrícios atuando na NBA e equipes europeias, como que batendo de porta em porta em busca da anuência dos mesmos para atenderem a uma convocação de seu pais de origem, como que num enfastiado favor evocado de uma disponibilidade pontual em servi-lo, ou não. Inadmissível  que um técnico, e muito mais um diretor técnico, se prestem a esse papel, quando uma nota convocatória da CBB seria o único caminho a ser adotado de verdade. Indo a eles, traem-se dois princípios básicos de comando, a liderança, e a credibilidade, onde a relevância do comandado se sobrepõe a do comandante, que nesta circunstância passa a  carecer de importância estratégica, ou qualquer outra…

No entanto, uma última notinha tinha de ser agregada a tanto equivoco, e de uma forma tragicômica, quando pudemos ler, e claro, tomar conhecimento, de que no curso nível I da ENTB em Brasília, o técnico da equipe candanga, argentino, dará palestras sobre treinamento na formação de base, de professor que é em sua terra, mas por aqui soa mais como estrategista numa equipe convergente nos arremessos de três que parece tentou domar, mas não conseguiu, pelo menos até o momento…

Mas o que fica no ar é algo que não entendo, de verdade, o fato dele, e os demais estrangeiros atuando no NBB não apresentarem um dos niveis exigidos pelo Confef/Cref para dirigir equipes por aqui, e mesmo dar aulas em cursos da ENTB, como é e será exigido (?) a partir de 2015, a não ser que, meus deuses, será que foram provisionados?…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV e do Jornal O Globo. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

PRINCÍPIO E FIM…

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A LNB deu partida a uma empreitada que dará, sem dúvida alguma, um grande empurrão no soerguimento do grande jogo no país, ao veicular daqui para diante, jogos em tempo real pela internet, propiciando um significativo aumento de público para esse apaixonante e complexo jogo.

            No entanto, muito desse bom projeto somente se materializará através uma bem planejada escolha dos jogos a serem transmitidos, evitando “estrelismos”, corriqueiros na emissora patrocinadora, privilegiando bons jogos, sistemas inovadores, cobrindo todas as equipes da Liga, assim como poderia investir em programas de entrevistas com técnicos sobre seus treinamentos e conceitos de jogo, enriquecendo os conhecimentos dos técnicos que se iniciam, com suas experiências e vasta vivência profissional.

            Enfim, uma excelente iniciativa que torço para que produza os efeitos desejados por toda a coletividade apreciadora do grande jogo.

 

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Em oposição a algo tão promissor, um outro mundo que se desmorona, apesar de estar patrocinado pelo governo e duas prefeituras de um estado, num projeto corriqueiramente equivocado, numa repetição que deixa severas dúvidas  sobre sua confiabilidade.

         Porém, o mais emblemático são duas declarações publicadas na imprensa  pelos dois técnicos que se enfrentaram nesta semana, ambos responsáveis pela mesma equipe na temporada, e que se chocam frontalmente sobre a produção de um plantel que sequer foi formado com a supervisão dos mesmos, e sim por um dirigente que sempre agiu, e continuará agindo dessa forma, contando, como sempre contou, com a condescendência de técnicos a serem contratados para dirigirem (?) o pacote, e a anuência de verbas oficiais.

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            Eis as declarações:

 “Temos que enaltecer a luta desses jogadores, que fizeram de tudo para mostrar serviço. Infelizmente aconteceu essa queda, mas não vejo como algo negativo, pois não se pode olhar apenas os resultados em quadra. Existe uma somatória de coisas que nos levou a isso, como, por exemplo, falta de uma pré-temporada, lesões e técnico que saiu durante a competição”, avaliou o comandante da equipe capixaba, Enio Vecchi.

            O treinador do Uberlândia, João Batista, lamentou a queda do Espírito Santo, time que treinou antes de se transferir para Minas. “Vejo com tristeza esse rebaixamento, porque tive um começo bom de trabalho no Espírito Santo. Conquistamos três vitórias e, depois, o rendimento caiu. Espero que consigam se reorganizar melhor e mantenham a equipe em atividade. O basquete não pode acabar”, completou.

            Afinal, se começaram bem, porque caíram de produção, e o pior, não evoluíram sob o comando de dois técnicos renomados e um dirigente fundador da Liga, porque?

            Bem, se respondida essa questão poderemos ter a franquia de volta à divisão de elite num breve futuro? Torço para que sim, mas com o atual modelo, duvido…

            Amém.

Fotos – Divulgação LNB e reprodução da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

 

 

 

 

MAIS TORTO AINDA…

 

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Houve uma época em que eu vivia com uma câmera na mão, fosse fotográfica ou cinematográfica, sempre registrando esportes, complementando minha formação acadêmica na educação física. Registrei basquetebol, voleibol com o Paulo Matta, o grande pioneiro do que aí está, não sendo reverenciado, sequer lembrado, e a natação com Roberto Pavel e a Maria Lenk.

Vídeo só fui ter acesso em 1971 no Mundial Feminino de Basquetebol em São Paulo, quando convenci a Fotótica, a grande firma paulista que se rivalizava com a Cinótica, a gravar o jogo contra as coreanas, em um pesadíssimo equipamento Sony, mostrado naquela noite no hotel onde a seleção estava instalada, mas que bem antes do jogo assistiu a um copião em 16mm que montei na Líder Cinematográfica do jogo entre a França e a mesma Coréia realizado na véspera em Brasília, que filmei e peguei carona no avião das delegações vindo sentado no fundo do corredor, e no chão até o Rio, de onde embarquei na mesma noite para SP com o copião na mão.

Tratava-se de um projeto da Assessoria Técnica de Ensino da EEFD/UFRJ, criada e dirigida por mim e pelo Prof. Alfredo de Faria Junior no campus da Praia Vermelha, onde se originou o único filme conhecido de basquetebol feito no país, e que recuperei em vídeo, contado no artigo Enfim, salvo…

            Mas porque tantas reminiscências? Bem, foi uma época em que convivi estreitamente com o voleibol, ajudando o Prof. Paulo Matta em suas incursões cinematográficas pioneiras, das quais um aspirante a técnico, o Bebeto de Freitas, mais tarde grande campeão, inclusive mundial, muito se beneficiou com suas viradas de noite no apartamento do Paulo vendo e revendo filmes em 8mm, super 8mm, 16mm e vídeos em rolo. Hoje, ambos foram devidamente esquecidos e marginalizados pela turma que sempre se encontrava na EEFEx, onde até hoje treina, e conseguindo de forma política não muito bem explicada, reverter o pioneiro patrocínio do Banco do Brasil no basquetebol, num também pioneiro projeto do Prof. Heleno Fonseca Lima, grande técnico daquela modalidade e graduado funcionário daquele banco, fator que catapultou o vôlei, econômica e financeiramente, ao estágio hoje ostentado.

Na mesma época, o hoje poderoso (?) presidente do COB, Arthur Nuzman, fazia palestras para desportistas para assumir a Federação de Volei do RJ, numa jornada em tudo parecida a do Eduardo Viana “Caixa d’Água” da Silva pela Federação de Futebol. Assisti a uma dessas palestras no Instituto Bennet com o Prof. Raimundo Nonato, mais tarde Diretor Técnico da CBB junto ao Prof. Renato Brito Cunha, seu presidente. Nessa palestra o cunho empresarial já era visível no projeto, que se concretizou rapidamente, e se solidificou na Confederação quando do aporte financeiro do Banco do Brasil.

Bem, de lá para cá todos conhecem muito bem o roteiro percorrido, onde o desporto foi transformado em negócio, grande negócio, que infeliz, ou felizmente, vem se tornando público através a mídia de uma forma geral, desnudando um santo que havia sido regiamente paramentado e alimentado com vultosas verbas públicas.

Quando publiquei o artigo O Dedo Torto, foquei um outro lado da questão, o ético, que muito foi deformado frente aos interesses maiores, não só para os dirigentes, mas para jogadores e técnicos também. Foi um chute (ou cortada) no traseiro de uma modalidade que, ao contrario do que sempre foi propalado, não se massificou, e nem pretendeu fazê-lo, para mergulhar de cabeça no universo da alta competição, onde importantes conquistas técnico táticas foram alcançadas, através o talento de ótimos técnicos, e o emprego de muitas e pródigas verbas, inclusive com um Centro de Treinamento também construído com as mesmas, por sobre uma modalidade que em numero de participantes internacionais sequer chega perto do basquetebol, tolhido em seus patrocínios, e aviltado por mais de vinte anos de administrações espúrias e facciosas, numa travessia que tem sido mantida pelos poderosos do vôlei incrustados no comando do desporto nacional, a quem em hipótese alguma interessa o soerguimento do mesmo, única modalidade capaz de superar seu atual e discutível domínio, daí a facilidade com que verbas do Ministério dos Esportes foram e são direcionadas para a manutenção da corriola que lá se encontra, e sempre sob o vetusto manto do grande e poderoso presidente do COB.

Se uma varredura em regra fosse acionada no desporto nacional, muitos dos desmandos e equívocos acontecidos poderiam ser dirimidos, mudando o foco das formidáveis verbas alocadas nos últimos vinte anos, e que fizeram a independência financeira de muita gente auto elegida como importante, secundarizando interesses de uma nação que se debate em tantas  indefinições e precariedade educacional, na saúde, segurança e transportes, onde um desporto saudável, escolar e mesmo clubístico, poderia ajudar a sanar a maioria das mazelas existentes, dando lugar a um país realmente olímpico, e não essa trágica realidade de um país cultuador do corpo para a riqueza avassaladora das holdings que administram academias por todo o país, a quem não interessa o desporto escolar em cima de um universo cada vez mais jovem, seus clientes em potencial, e a quem não interessa, e nunca interessou massificação de atividades lúdicas e pré competitivas voltadas à juventude brasileira, que é um direito constitucional seu.

Se por alguns momentos o leitor considerar que me afastei do assunto central aqui exposto, acreditem, são todos fatores de uma mesma cadeia de interesses, que se sobrepõe desde as escolas, os clubes, e até a formação acadêmica dos futuros professores de educação física (jamais profissionais de ed. física, atrelados que estão a conselhos que viabilizam a indústria do corpo…), e cujas indefinições propiciam o aparecimento e quase perpetuação de indivíduos voltados aos interesses financeiros, jamais os educacionais, mas que pelas ações, veladas ou não, que praticam, ainda podem ser contestados, pois podem enterrar a verdade, matá-la, jamais…

Mais do que nunca, o dedo ficou tão torto…

Amém.

Foto – Reprodução de matéria publicada pelo jornal O Globo em 15/3/2014. Clique na mesma para ampliá-la.

O “CORNER PLAYER”…

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Chego cedo ao Tijuca, afinal o jogo com o Pinheiros apontava para casa cheia (o que não ocorreu), encontro o José Geraldo com quem trabalhei três anos na base do  Barra da Tijuca, e fomos nos sentar no ginásio, exatamente quando começava o aquecimento dos jogadores cariocas. Observo a movimentação, quando algo me chamou a atenção, um rotundo americano que simplesmente não conseguia flexibilizar qualquer articulação de seu corpo, “embromando” os movimentos em super câmera lenta, atitude que nem a temperatura elevada no local poderia justificar. Fiquei atento ao cara, imaginando como seria e agiria na tocada de um jogo que se anunciava frenético, apesar de considerar para comigo mesmo, ser um jogo para se colocar a bola embaixo do braço, cadenciá-lo e valorizar ao extremo a posse de bola, dada as circunstâncias de desgaste das duas equipes mergulhadas numa infernal temperatura ambiente.

Mas qual nada, o jogo transcorreu numa velocidade absurda frente à realidade de um calor insuportável para quem assistia, imagino para quem jogava, num duelo suicida para ver quem abriria o bico primeiro, os cariocas amantes do sol, ou os paulistas irmãos da garoa, que por conta disso tudo fizeram somar a elevada cifra de 29 erros de fundamentos, entremeados pela contumaz chuva de bolinhas (18/45), e uma correria simplesmente infantil, jamais adulta, profissional, e mais, assistindo a sacralização de mais uma posição nesse sistema absurdo de jogo que praticamos, o “corner player”, aquele que passa todo o seu tempo em quadra na esquina da mesma para efetuar sua única habilidade(?) e função, a bolinha de três…

E o americano rotundo? Não deu outra, simplesmente não conseguia acompanhar o ritmo do duelo, a barriga não deixava…

No universo de tanta fragilidade técnica, correria desenfreada, erros fundamentais indesculpáveis (o discurso de que as equipes estavam desgastadas pelos compromissos fora do NBB perdiam sua razão frente à tão evidente realidade…) vimos o jogo caminhar para o quarto final, quando… O Pinheiros resolveu colocar a bola embaixo do braço, jogar dentro do garrafão, utilizar seus pivôs e as penetrações, e ganhou o jogo, numa ação tática premeditada, ou fruto do cansaço, antecipando um diminuição de ritmo que os cariocas negligenciaram?

Sei não, prefiro me eximir de comentar algo tão óbvio naquelas circunstâncias de jogo, quando a minutos de seu final um dos duelantes abre mão (por cansaço?…) da velocidade burra, pausa para pensar, joga onde deveria ter jogado desde o inicio (ambas deveriam assim ter pensado e agido), ou seja, “lá dentro”, no âmago do adversário, demonstrando quem realmente teria capacidade técnica e tática somadas a uma estratégia de jogo condizente às condições existentes, e não somente uma, a minutos do final, carimbando o resultado.

Mas, a dura realidade é a de que nossos jogadores aos poucos vão transcendendo a liderança de seus técnicos, insistindo e perpetuando o “dribla e chuta”, a correria utópica, o abandono do jogo interno, a ausência defensiva, onde praticamente todos sedimentam o reinado das bolinhas, podemos projetar o que nos espera nas competições internacionais mais adiante, não essas que participamos contra muitas equipes formadas nos aeroportos (e fazendo jogos duríssimos), mas aquelas que agora, trágica e infelizmente, participaremos por convites, a continuar a insânia firmemente imposta e instalada em nosso basquetebol.

Saindo do ginásio, segui pensando o que nos espera num futuro breve, 2016, principalmente ao constatar o quanto de prejuízo incidirá sobre o futuro de jovens talentos, como o Bruno Caboclo, jogando da forma desvairada como atuou, com muitos fundamentos ainda por adquirir, dentro de um carrossel desgovernado pela velocidade sem sentido, sendo lançado ao rachão tradicional de nossas equipes de elite, na marra, correndo os mesmos perigos que já fizeram sucumbir outros jovens estigmatizados pela quimera de uma NBA, fazendo com que suas carreiras passem ao largo de uma possível NCAA, com seus diplomas importantes para aqueles que ao encerrarem suas curtas carreiras possam dar continuidade digna as suas vidas, mesmo aqui, em nossas universidades, ou simplesmente concluindo o ensino médio, ou técnico, fatores estes abjurados e negados por falsos agentes, empresários, dirigentes, alguns jornalistas, e por que não, técnicos também, que somente os veem como mercadoria a render valores no menor espaço de tempo que for possível.

Mas qual nada, estamos no Mundial, gloriosamente classificados, não no suado piso de uma quadra, dentro de uma penosa competição, mas no tapetão internacional do escambo, da troca política, através indivíduos que odeiam o grande jogo, porque jamais o entenderão, jamais serão aceitos por ele, mas que o dirigem à sombra de sua mesquinhez e pusilanimidade, e o horror, pela nossa omissão em permitir tal descalabro.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

CONTEXTUALIZANDO O “ZERO”…

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São poucos os blogs de basquetebol que abordam com competência o aspecto técnico e tático do grande jogo, e uma das necessárias rotinas para estarmos a par do que realmente se produz e comenta na modalidade é volta e meia dar uma navegada nessas mídias, onde florescem discussões, criticas e às vezes uma ou outra boa ideia voltada aos problemas inerentes a mesma. Mas algo entrava, e até prejudica todo e qualquer posicionamento mais sério, responsável, o fator anonimato, quase regra geral nos comentários aos artigos inseridos pelos autores e editores.

Então, percorrendo os blogs, encontrei um comentário, que pelo conteúdo e forma de escrever, deve ter sido postado por alguém do meio, técnico ou assistente novato, ou mesmo um preparador físico, todos pertencentes a uma geração, que com algumas, bem poucas, exceções, considera ter nascido o basquetebol concomitantemente ao seu próprio nascimento, fator excludente do que o antecedeu em formulação, estudo, pesquisa, resultados, tradições, e acima de tudo, história, pois para essa turma, somente o novo importa, somente o novo propiciará progresso e vitórias, resultados enfim, negando de saída o fator mais fundamental em qualquer atividade desportiva, o conhecimento, a experiência válida por ter sido vivida, a maturidade e o domínio da atividade longamente exercida e solidificada, onde o erro ocorre em muito menor número do que os cometidos pelos que se iniciam, exatamente por serem novos na lide, nas quadras.

Leiamos então o comentário em questão:

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O basquete precisa de gente nova como o Gustavo do Paulistano… Chega de dinossauros dirigindo os times!!!! Tem muito conceito antigo em prática, pouca metodologia e controle nos treinamentos. As análises de jogos são todas, sempre, quantitativas… Não se vê uma análise contextualizada dos dados das partidas… Só se fala em aproveitamento de 3 pontos, passes errados, mas em que contexto se obteve esse aproveitamento? Foi chutando livre? Foi chutando pressionado atacando contra zona 3-2 pura ou 3-2 match-up, individual flutuada ou marcando linha de passe? E o controle das variáveis de carga em treino ou jogo? O basquete precisa de gente nova no banco, no escritório, na assessoria de imprensa, etc… Tem muita gente da época que não existia linha de 3 e a marcação sempre dava 2m de distância por aí…

Agora, contextualizemos para o jogo entre o Flamengo e o Brasília neste sábado na capital federal, onde, sem dúvida alguma pudemos testemunhar ao vivo e a cores alguns, senão todos, os fatores apontados pelo comentarista, quanto à liberdade, ou melhor, liberalização defensiva frente a enxurrada de bolinhas (22/53 para ser mais preciso), fossem ante defesas individuais ou zonais, mas que foram minimamente atenuadas pelo jogo interior da equipe carioca (20/46 de dois pontos, contra 17/39 dos candangos), que determinaram sua vitória, reforçada pelos 14/21 lances livres cobrados, contra somente 6/8 por parte de seu adversário, confirmando a força de seu jogo interior, que nem mesmo a grande exibição do armador Laprovittola, com seus 33 pontos pode relevar.

Contextualizando um pouco mais, vimos o quanto de precária se encontra a nossa condição nos fundamentos do jogo, fator básico para que “soluções táticas de prancheta” sejam realizadas com sucesso (?), vide os três erros sucessivos de passe, domínio do drible e da finta no minuto final da partida, por parte dos candangos, quando uma nova tática especial denominada “zero” foi para o espaço pelo simples fato do Guilherme ter perdido o domínio da bola ao tentar driblar a frente do armador argentino.

Todas as aferições acima apontadas foram vistas sob o ângulo quantitativo, onde a somatória de tantos erros leva a derrota, assim como, o desmedido e mal planejado exagero nas tais cargas em treino e jogos (afinal a turma tem de mostrar serviço…), tem desmantelado muitos jogadores e equipes, provando quão variáveis são aqueles “critérios científicos” utilizados sem o devido conhecimento de causa e basicamente, efeito.

Sem dúvida alguma o basquetebol, e todas as modalidades desportivas necessitam do jovem técnico, mas sob a gerência didática pedagógica, técnica, tática, física, mental e administrativa daqueles bons e calejados dinossauros (de preferência os Rex), para ensiná-los a trilhar os caminhos das pedras, lenta e paulatinamente, fazendo-os percorrer desde a base até a possível elite, estudando, pesquisando e trabalhando muito e muito, para um dia, através o principio do mérito, galgar as posições chaves, hoje ocupadas por muitos jovens com Q.I. político elevado, e que em alguns casos as utilizam na formação de suas equipes em clubes, dando continuidade a uma ação corriqueira nas duas últimas décadas, inchando currículos com títulos estéreis, mas contextualizados na triste realidade de nosso basquetebol.

Numa coisa ele tem razão, a não existência da linha dos três, mas vigorava o respeito aos mais velhos, ao conhecimento, a experiência, a vivência de luta e trabalho, e a fé na juventude respeitosa e ansiosa por saberes, ao contrario dessa que ai está, e da qual parece fazer parte, onde alguns tentam impor regras e comportamentos que sequer dominam, quanto mais vivenciaram.

Mas, o certo é que dias melhores hão de vir, para os jovens, e por que não, para os dinossauros também…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

RESPONDENDO AO HENRIQUE…

 

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Professor, como vai o senhor ?

 

 

 Tenho visto e tentando entender os motivos pelos quais Ricky Rubio armador do selecionado espanhol e também do Minnesota Timberwolves arremessa tão mal e como poderia ser resolvido este problema.
O senhor aceita me ajudar nesta investigação ?
Obrigado desde já e um forte abraço
!

 

 

 

Recebi esse email do leitor Henrique Lima, e para ser sincero, pouca coisa poderia acrescentar ao pedido sem que pudesse analisar o movimento ao vivo, pausada e repetidamente, de preferência filmá-lo longitudinal e lateralmente, de preferência em câmera lenta, para ai sim, tecer comentários que poderiam, ou não, melhorá-lo nessa complexa arte do arremesso.

 

Porém, das inúmeras fotos por ele enviadas  pude selecionar duas, dando relevo a uma delas, setorizando a empunhadura utilizada, que para maiores comparações teríamos de nos remeter ao artigo Anatomia de um arremesso IV, aqui publicado numa serie de grande receptividade, situando a pega do jogador Rubio como a I1 (vide os comentários no referido artigo).

 

Nessa classificação (I1) a empunhadura define o dedo indicador como aquele que deixará o contato com a bola por último, logo, sendo o responsável pela aplicação final de força na mesma, desencadeando os possíveis desequilíbrios descritos no artigo.

 

Os dedos polegar e mínimo, que em tese são os responsáveis pelo alinhamento do eixo diametral da bola paralelo ao nível do aro no momento final do arremesso, e responsável pelo correto direcionamento aéreo da bola,  ao se situar obliquamente altera o paralelismo, originando sérios desvios direcionais, e a perda da precisão.

 

Um último fator de desequilíbrio, é a aplicação lateral de força na bola através os dedos médio e anular provocado pelo posicionamento central do dedo indicador.

 

Como vemos, alguns e importantes fatores podem explicar a grande deficiência nos arremessos do excelente jogador, que poderiam ser corrigidos depois de uma competente e profunda analise de caso.

 

No mais, Henrique, uma torrente de explicações podem se originar de acordo com a evolução da analise, mas não muito dissociadas dos princípios acima mencionados. O que acho estranho é ser o Rubio um produto maior de uma escola prestigiada no mundo inteiro, inclusive sendo mencionada como a escola espanhola de basquetebol, mas que, como todas, escorrega um pouco em detalhes mais sofisticados, e mencionando ainda estar o Rubio na NBA a alguns anos sem que seja convenientemente  corrigido pela escola maior.  Faz parte…

 

Amém.

Fotos – Enviadas pelo Henrique Lima. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

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CASÉ…

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Estávamos em um duro treino de fundamentos de dribles e fintas, sob um calor rigoroso naquele janeiro de 2010 em Vitoria, dirigindo o Saldanha da Gama no NBB2, quando observei algo inusitado para mim, velho conhecedor dos fundamentos do grande jogo, algo desconhecido e da mais fina habilidade, uma tripla troca de mãos no drible antecedendo uma ampla reversão com troca de mãos em alta velocidade, com finalização em bandeja, e tudo isso realizado por um ala pivô de 2,05m, o Casé.

Fui ao seu encontro e pedi que repetisse a brilhante ação, no que fui atendido, mas sem antes agradecê-lo por algo que nunca tinha visto, numa lição inesquecível.

Com a desenvolvimento  do treinamento, algo crescia dentro de mim, o projeto de que com a continuidade do trabalho o treinaria na armação de equipe, tantas eram suas qualificações nos fundamentos, no que seria uma reviravolta em sua trajetória de excelente jogador que era, e continua sendo.

Mas o projeto não teve continuidade, e o Casé seguiu sua carreira de ala pivô, subutilizado na maioria das equipes que jogou, num desperdício que me  deixa triste até os dias de hoje.

Acompanhei sua trajetória, assim como a de todos os seus companheiros daquela bela equipe, até que o soube participando de seleções de máster e agora da modalidade 3 x 3, quando ainda muito teria de contribuir na liga maior, claro, sob direção competente em tirar dele todo um potencial na maioria das vezes subestimado, o que sempre foi lastimável.

Neste domingo o vi atuando na Copa America 3 x 3, e logo no inicio do jogo final contra os americanos, e sem a participação do armador Eric, contundido, vi com a maior alegria o Casé se utilizar da jogada que tanto me empolgou em Vitoria (veja aqui num vídeo do blog Glogoesporte.com), em ação parecida aos jogos contra o CETAF e o Joinville no NBB2 (jogos completos na opção Multimídia nesse blog)confirmando em mim a certeza de que treiná-lo como armador teria sido uma experiência inusitada, inovadora e transformadora.

Parabenizo o Casé, e seus companheiros na convincente vitoria contra os americanos, e torço para que continue ainda por um bom tempo a nos brindar com sua arte no grande jogo.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

A ESCOLA ESPANHOLA…

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Meus deuses, como está ficando complicado escrever sobre basquetebol em nosso país, envolto que está numa espessa bruma de mediocridade, que assusta de verdade.

Fui a dois jogos do Flamengo no sábado e ontem no Tijuca, quando testemunhei duas mentiras travestidas de equipes, enfrentando o agora líder da liga, que com a volta do Marcelo alterou bastante a maneira como vinha atuando, privilegiando o jogo interior, e tornando a atuar preferencialmente no perímetro externo, e convergindo a cada jogo (17/29 de dois  e 14/27 de três contra Mogi, e 20/31 e 6/29 respectivamente contra o Ceará).

Contra Mogi, o Marcelo repetiu pela enésima vez seu repertório de dribles à esquerda e arremesso de três, assim como suas fugas nos corta luzes com a mesma finalidade, o longo arremesso de três, fora aquelas oportunidades em que nenhuma marcação lhe era oferecida, como um bônus a ser aproveitado. E foram 8/13 bolinhas que decidiram a partida, ante uma equipe de mentira, pois não defendia, não atacava, não agia coletivamente, e sequer esboçava luta, por menor que fosse. Será que a escola espanhola avalizaria tanto descalabro, que nem o calor sufocante (para as duas equipes) e a presença de uma pequena, porém furiosa torcida poderia explicar tanta fragilidade?

E o Ceará, que perdeu um jogo que poderia ter vencido, pois jogou “dentro” da defesa carioca (21/43 de dois pontos e 5/17 de três), endurecendo o jogo ante uma equipe convergente (acima mencionado), mas que na hora decisiva optou pelo jogo exterior e se deu mal.

Mas, por que tal opção nos momentos decisivos, quando mais do que nunca o jogo interior, de dois em dois, um e um pontos a levaria a vitória, senão o quase abandono de seu técnico, centrado que esteve durante toda a partida com a arbitragem, discutindo e reclamando em tudo e por tudo, comprometendo decisivamente sutis observações para detalhes vitais, principalmente nos minutos finais, quando a opção externa tomada pelos jogadores deu aos cariocas a oportunidade de contra atacarem após tentativas frustradas de indesculpáveis bolinhas, em vez de forçarem o jogo interno que os trouxeram até aquele momento de decisão.

Mas por onde andava o comandante para definir a decisiva opção, senão envolvido em um absurdo confronto com a arbitragem, naquele momento em que sua equipe mais precisava de sua postura tranqüila e segura.

Preferiu, ou não se conteve ao embate e ruiu junto com a equipe, uma equipe de mentira naquelas circunstâncias, uma triste mentira…

Amém.

 

COMEÇO DE ANO…

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Inicio de ano, rodada do NBB6 depois das festas, com perspectivas de grandes melhoras, técnica individual e coletiva mais aprimorada, sistemas e táticas depuradas após rodadas intensas e disputadas, expectativas por algo realmente novo, instigante, desafiador…

Mas, o que tivemos na crua realidade dos fatos, o que?

Para começar, um recorde, lídimo e legitimo recorde, com pedigree indiscutível, porém trágico, num jogo em que a equipe do Pinheiros poderia, e deveria, ante a fraqueza do adversário, a Liga Sorocabana, exercer ataques interiores como preparo para embates futuros, que sem dúvida alguma irá enfrentar. Mas optaram por algo inédito, até certo ponto absurdo, pois arremessaram 17/39 bolas de três (as duas equipes perpetraram 62 bolinhas…) e 12/21 de dois pontos, num jogo (?) recheado por 28 erros de fundamentos…

Fico pensando como ser possível uma equipe disputar uma partida arremessando 39 bolas de três e somente 21 de dois, chega até a doer…

Num outro jogo, Uberlândia perde para São José (ambas arremessaram 63 bolas de três…) convergindo inacreditáveis 21/38 de dois e 14/35 de três, frente a um adversário que usou um pouquinho melhor o jogo interno (24/40 nos dois e 12/28 nos três) suficiente para levar o jogo marcado por uma enxurrada indesculpável de 63 tiros aos pombos…

Teve mais, Ceará e Limeira chutaram juntas 54 bolas de três, sendo que os paulistas perderam o jogo convergindo com 16/29 de dois e 9/30 de três, num desperdício de arremessos e esforços arrepiante, e que somente por isso mereceu perder ante uma equipe mais equilibrada (20/43 e 6/24 respectivamente)…

Mogi e Bauru chutaram 52 de longe e Brasília e Vila Velha outras 53 bolinhas, mantendo a média da rodada…

Mas a pérola da coroa ficou com o inovador Tiagão do Palmeiras (ai em cima na foto com seu novo e arrebatador sinal… de três) com sua marca de 3/8 nos longos arremessos, e menciono pérola porque alcançados contra uma equipe que se gaba de sua forte defesa, mas que permite ser metralhada oito vezes por um cincão, levando nove pontos num jogo em que perdeu de sete!! Vá defender bem assim no Anhangabaú…

Mas o impactante foi a somatória dos erros de fundamentos nos jogos em questão, 169 (media de 28.1), rivalizando, ou confirmando os números da liga que fornecerá novos valores mais adiante, a LDB…

Ufa, foi um inicio de ano devastador, preocupante, principalmente quando vemos técnicos estrangeiros que aqui aportaram e muito bem pagos, com formulas para disciplinar nossos craques, e que se renderam ao reinado das bolinhas, pacifica e inquestionavelmente. Muito vivos os caras…

Amém.

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.