AMENIDADES…
Você passa pela Avenida das Américas e ao se deparar com o majestoso palácio do COB, totalmente mantido pelo dinheiro público, custa a entender, e mesmo aceitar, que uma federação histórica, como a FBERJ se utilize por favor de uma salinha, originariamente um almoxarifado, na sede da CBB, para gerir e organizar os campeonatos e seleções cariocas, que claro, oscilam sempre para menos, pela deficiente qualidade originada pela carência maior, recursos para sua sustentabilidade, escassos no âmbito federativo, imensos e aparentemente inesgotáveis para a turma encasquetada lá de cima, produto advindo dos tempos ditatoriais por que passamos, e neste caso, ainda não desfeitos como deveria, se por acaso, tivéssemos uma política voltada ao desporto educativo, a escola, aos jovens, aos professores formadores de carateres, e não esses aproveitadores profissionais. Mas ainda mantenho a esperança de que sairemos desse fétido buraco um dia, um dia…
Contudo, algo de positivo no mundo do grande jogo ocorreu na decisão da NCAA, quando UCON chegou ao titulo num jogo decidido próximo a cesta, onde os poucos arremessos de três foram tentados por aqueles verdadeiros especialistas, e não como nós, que habilitamos toda uma equipe como capacitada nessa difícil arte, o da precisão à distância, campo exclusivo para uns poucos, bem poucos, assim como deixou patente a qualidade nos fundamentos de todos os participantes, independendo de posições, altura, peso e idade, onde jogar dentro ou fora do perímetro igualava a todos em habilidades e leitura de jogo. Com a formação de base que temos, e ainda entregue a neófitos compromissados com o sistema único e um pretenso domínio pranchetado extra quadra, timidamente contestado por alguns corajosos jogadores, ainda teremos longos anos para nos desvencilharmos deste infeliz cabresto, elitista e corporativista.
E de repente me salta aos olhos uma notícia repetida, uma noticia tão absurda quanto a originária, que simplesmente reportava uma viagem do técnico da seleção brasileira e do diretor técnico da CBB, de encontro aos jogadores patrícios atuando na NBA e equipes europeias, como que batendo de porta em porta em busca da anuência dos mesmos para atenderem a uma convocação de seu pais de origem, como que num enfastiado favor evocado de uma disponibilidade pontual em servi-lo, ou não. Inadmissível que um técnico, e muito mais um diretor técnico, se prestem a esse papel, quando uma nota convocatória da CBB seria o único caminho a ser adotado de verdade. Indo a eles, traem-se dois princípios básicos de comando, a liderança, e a credibilidade, onde a relevância do comandado se sobrepõe a do comandante, que nesta circunstância passa a carecer de importância estratégica, ou qualquer outra…
No entanto, uma última notinha tinha de ser agregada a tanto equivoco, e de uma forma tragicômica, quando pudemos ler, e claro, tomar conhecimento, de que no curso nível I da ENTB em Brasília, o técnico da equipe candanga, argentino, dará palestras sobre treinamento na formação de base, de professor que é em sua terra, mas por aqui soa mais como estrategista numa equipe convergente nos arremessos de três que parece tentou domar, mas não conseguiu, pelo menos até o momento…
Mas o que fica no ar é algo que não entendo, de verdade, o fato dele, e os demais estrangeiros atuando no NBB não apresentarem um dos niveis exigidos pelo Confef/Cref para dirigir equipes por aqui, e mesmo dar aulas em cursos da ENTB, como é e será exigido (?) a partir de 2015, a não ser que, meus deuses, será que foram provisionados?…
Amém.
Fotos – Reproduções da TV e do Jornal O Globo. Clique nas mesmas para ampliá-las.

























