BIRA ETERNO…

Manhã de muito sol, um sábado, em 1963. Já formado em Educação Física, cursava a Técnica Desportiva em Basquetebol na ENEFD/UB, e de forma alguma iria perder aquele treino da seleção brasileira na EEFEx na Praia Vermelha.

Sentados no chão, já que não existiam arquibancadas no ginásio, fato que não afastou dos que ali estavam o enorme interesse e o fascínio que a seleção representava para todos nós.

O grande Togo Renan Soares, o Kanela, dirige-se à platéia e apresenta o seu mais novo pupilo, e também o mais jovem, um canhoto muito alto e esguio, e que pouco de nós conhecíamos, o Ubiratan Maciel. E que apresentação!

Numa época em que as enterradas eram raríssimas, o rapazote esguio, com uma bola grimpada em cada mão se lança à cesta e as enterra em sequência no mesmo salto, uma pela esquerda, a outra pela direita do aro, numa ação que extasiou todos os presentes, não muito pelas enterradas em si, mas pelo gestual felino e veloz, como num passe de um balé aéreo, simplesmente formidável.

E com tal apresentação veio o treino coletivo, onde pela primeira vez em minha vida pude estar tão perto daqueles fantásticos jogadores vergando suas camisas listradas de verde e amarelo, hoje desbotadas em um branco insosso e descaracterizado de nossas origens e tradição.

Dias depois, assisti a grande conquista do Mundial no Maracanãnzinho, onde o grande Bira, junto a outros grandes como Amauri, Rosa Branca, Wlamir, Menon, Jathyr, Waldemar, Mosquito, Paulista, Sucar, Victor e Fritz brilharam para a eternidade.

Hoje, em Springfield, no Hall of Fame do basquetebol americano, o grande Ubiratan foi entronizado como uma das legendas do grande jogo, e eu, que tive o privilégio  de vê-lo nascer para as quadras do mundo pelas mãos do velho Togo, sinto um misto de felicidade e agradecimento pelo muito que ele representou para a minha geração, na qual ainda uns poucos teimam em não olvidar, jamais, sua extraordinária figura.

Amém.

ME DESPEDINDO…

Hoje veiculo o último vídeo sobre a pequena trajetória da equipe do Saldanha da Gama sob meu coman…, melhor dizer, sob minha direção, já que foi algo muito especial, comungado por todos aqueles gentis e competentes jogadores, por aqueles dedicados auxiliares, assistente, preparador físico, fisioterapeuta, mordomos, e especialmente uma funcionaria que todos os dias cuidava do ginásio, alegre e sorridente, e que no último jogo na maravilhosa terra capixaba, o que hoje aqui mostro, me surpreendeu em sua melhor indumentária após assistir a vitoria da equipe, vindo me agradecer a alegria proporcionada após testemunhar o dia a dia sacrificado e exaustivo daqueles corajosos jogadores, pelos quais torceu como nunca o fizera antes.
E com ela toda uma torcida apaixonada, vibrante, comunicativa e participativa no blog, em sua comunidade no Orkut, no incentivo permanente e sem cobranças descabidas, simplesmente torcendo, nas derrotas e nas vitorias, torcendo pelo seu amado Saldanha.
E o Alarico, ícone do basquete espírito-santense, com seu inesgotável sentido de luta por um ideal de longa tradição, galgando as grandes dificuldades para vê-lo realizado.
E o jogo, mais que um jogo, uma afirmação de que emergindo do mar de obstáculos e dificuldades enfrentados ante o descrédito geral, algo de diferente acontecia, algo iniciado em São Paulo contra o Paulistano, após uma reestréia duríssima contra o Pinheiros, quando já em Vitoria três jogadores básicos foram afastados, dando inicio a duas semanas de derrotas previsíveis, e mesmo assim em jogos equilibrados, até que na terceira semana recobramos o equilíbrio abalado, vencemos o líder da Liga, o Brasília, vencemos o CETAF, o grande rival do estado, que é o jogo agora mostrado, para terminar sua participação vencendo o Joinville em sua casa e perdendo para o Londrina com metade da equipe desgastada por uma virose bacteriana.
E o que mostra o jogo que agora apresentamos? Senão a afirmação de que podemos jogar o grande jogo de uma outra forma, diametralmente oposta ao padrão apresentado e sedimentado em todo o nosso basquetebol, em todas as categorias e faixas etárias, inclusive em nossas seleções, municipais, estaduais e nacionais. Provamos essa possibilidade, com caráter e dedicação, atingindo estes objetivos em apenas 49 dias de trabalho.
Valido se torna observar como atuam dois armadores puros no comando tático de uma equipe, dinâmica e tecnicamente, numa tácita demonstração do muito que tem de ser mudado no preparo destes especialistas em nosso país.
E mais valido ainda, aquilatar o poderio advindo de três alas pivôs, ou pivôs móveis, interagindo veloz e dinamicamente dentro do perímetro interno, atuando com as técnicas de um ala, e a pujante flexibilidade de um pivô, que ao trocar a força física pela habilidade baseada na velocidade, supera a falsa concepção de que a força se situa acima da mesma.
Finalmente o principio defensivo da flutuação lateralizada que propicia o jogo antecipativo por todo o tempo de uma partida, mesmo quando se utiliza da defesa zonal, obrigando o adversário às ações de caráter individual, que neste jogo atingiu a inacreditável marca de nenhuma assistência ter sido dada pela equipe do CETAF, e mais, da possibilidade mais do que provada de que trocando os arremessos de três pontos por possíveis de dois pontos por parte do adversário, podemos atingir o equilíbrio no placar, exatamente dando prioridade às finalizações de dois pontos, deixando para o quarto final os arremessos completamente desmarcados de três pontos, motivados pela enorme concentração defensiva no perímetro interno, ante a facilidade das conclusões próximas à cesta por parte de nossa equipe.
Infelizmente, foi como um canto de cisne esta apresentação em Vitoria, já que o projeto parece que não terá continuidade para o NBB3, frustrando uma concepção de jogo absolutamente inédita em nosso basquete, tão necessitado de novos ares, de novos objetivos, de uma nova personalidade.
Fico por aqui, a meio caminho, triste por não poder prosseguir, e que na minha idade dificilmente poderei obter uma nova chance de continuar provando que o grande jogo, o grandíssimo jogo, ainda pulsa vibrante em meu coração.
Mesmo assim agradeço a Vitoria, ao Saldanha a oportunidade única de reviver a grande crença que sempre conviveu com minha longa carreira de professor e técnico, a crença em dias melhores para o nosso amado basquetebol.
Obrigado a todos.
Amém.

Saldanha da Gama x Cetaf – 26.03.2010 – Primeiro quarto.

Saldanha da Gama x Cetaf – 26.03.2010 – Segundo quarto

Saldanha da Gama x Cetaf – 26.03.2010 – Terceiro quarto

Saldanha da Gama x Cetaf – 26.03.2010 – Quarto quarto

E SE NÃO BASTASSE…

E se não bastasse me sentir obrigado a responder comentário como este, de um certo Roberto Leyser:

• Roberto Today •
Paulo Murilo…não preciso pesquisar, pois conheço muito bem o basquete brasileiro. Falei não para me informar, mas por saber que não há nenhum grande trabalho técnico desenvolvido por vc, somente corneta sobre aqueles que realmente fazem basquete no Brasil. É que, ao contrário daqueles que militam somente no meio acadêmico (e nunca viram um trabalho de verdade)e não conhecem o basquete brasileiro (só o estudam), sei muito bem que você sempre foi considerado um corneteiro que nunca se consagrou na prática.
Cérebro, meu caro, o sucesso profissional de cada um demonstra o quanto cada um possui.
(sobre o artigo RESPONDENDO… de 31/07/2010, cuja resposta já está publicada),

e ter de assimilar um email (4/07/2010 13:27)que menciona em dois de seus parágrafos:

(…)6o) Diante de sua postura em nos cobrar posicionamentos, o que é até natural, mas sem a nossa condição de oferecê-los, resolvemos por bem, deixá-lo livre para seguir seu futuro. A partir desta data, sinta-se, desobrigado em qualquer situação perante a nossa equipe. Se houver algo novo e que demande seu trabalho, entraremos em contato. Se ainda não estiver contratado e desejar conversar conosco, assim o faremos.

7o) O que gostaríamos era seguir o trabalho que terminou a temporada passada, com senhor como técnico, a mesma base de atletas e alguns reforços. Mas fatos novos surgiram estamos tomando as nossas decisões(…).

Alarico Duarte Lima

Posso afiançar que uma parceria está sendo estabelecida (CECRE/Metodista de São Bernardo do Campo) com prioridade financeira acima, bem acima da base e da fundamentação técnica, na qual uma equipe pertencente à LNB cede seus direitos de franquia, manutenção e formulação de uma equipe, em favor de outra que em momento algum aceitou um acordo mediano sugerido por mim a pedido , em uma reunião realizada em minha casa, na presença do dirigente Alarico Duarte do CECRE e do representante da Metodista Vanderlei Mazuchinni. A imposição de caráter financeiro, uma realidade no meio da alta competição, impôs-se a um trabalho realmente digno de ser continuado, já que destinado a uma profunda mudança no aspecto técnico tático de nosso basquetebol. Mas não destinado o suficiente para ser continuado.
Comunico ter sido essa talvez, a mais curta temporada de um técnico na LNB. E a grande ironia, é que se caracterizou por um esplêndido trabalho de uma equipe desacreditada, mas que foi capaz de demonstrar que o nosso basquete pode ser jogado de uma outra forma que não a que estamos já cansados de assistir, e que por certo assim deverá continuar com a sua fragmentação.
Foi uma bela experiência, que na minha idade só tenho que agradecer, não só a grande oportunidade de provar que, conhecimento, capacitação e ousadia, não são prerrogativas somente dos mais jovens, como, e principalmente, resgatar a magia de um jogo bem jogado em sua definição maestra, o coletivo, o grande, grandíssimo jogo. Sinto muito não poder dar continuidade ao projeto, me desculpem de coração.
Amém.

PS- No fim desta semana veiculo o último vídeo da equipe que honradamente dirigi, o Saldanha da Gama, contra a equipe do CETAF, como agradecimento e reconhecimento do fantástico apoio recebido de sua torcida, assim como, um documento final do quanto de inovador foi apresentado pela excelente e hoje desfeita equipe. PM.
PS 2-Clique na foto para ampliá-la.

DESCULPAS POR OMISSÃO…

No meu artigo “ Respondendo…”, publicado no dia 31/07/2010, escrevi- (…) “E se fui para ele o melhor técnico do NBB2, somente agora o estou sabendo, pois nada sobre isto foi veiculado em seu blog, do qual sou assíduo leitor, e em algumas oportunidades comentador”.
Trata-se de um erro cometido inadvertidamente por mim, já que o jornalista Rodrigo Alves publicou em seu blog REBOTE de 10/06/2010, o artigo “O MVP”, onde consta – (…)Das outras categorias (veja aqui a lista completa), só discordo do prêmio de melhor técnico, entregue a Lula Ferreira. Fico com Paulo Murilo, e aqui não vai nenhum corporativismo blogueiro. O técnico do Saldanha da Gama foi, de fato, quem adicionou algo diferente ao caldeirão e colocou em prática um basquete mais parecido com o que a gente gostaria de ver em todos os times Brasil afora.(…)
Gostaria de externar publicamente ao jornalista Rodrigo Alves minhas desculpas pela omissão cometida.
Paulo Murilo.

RESPONDENDO…



• • Sem ironia, continuo admirando o Paulo como técnico e também como blogueiro, apesar de saber que a recíproca não é verdadeira. Segue o jogo. about 7 hours ago via web
• E se julgou que eu fui grosseiro, também entendo que responda com grosserias e insinuações que não têm nada a ver com o tema. Normal. about 7 hours ago via web
• O artigo falava de técnicos com perfil oposto ao de Paulo Murilo, que para mim foi o melhor do NBB-2. Mas ele tem todo direito de retrucar. about 7 hours ago via web
• A resposta do Paulo Murilo ao meu artigo sobre a ausência dos técnicos do NBB no treino aberto de Rubén Magnano: http://tinyurl.com/24y45dd about 7 hours ago via we

São inserções do Jornalista Rodrigo Alves em seu Twitter sobre o artigo que publiquei ontem aqui no blog. Somem-se os inúmeros comentários feitos por leitores majoritariamente contrários, desde a forma rebuscada como dizem que escrevo, até a ausência de argumentos defensáveis ao que redigi, segundo eles, e teremos um vasto quadro de reprovação a um direito de resposta a uma colocação ofensiva do Rodrigo ao criticar os técnicos do NBB, na qual nomes não foram explicitados em nenhum momento, logo, colocando a todos sob suspeição.
Prefiro responder e esclarecer minhas colocações diretamente, como sempre fiz e faço (abomino, reprovo e desprezo interferências apócrifas, os notórios e pusilânimes anônimos) às veiculações do Rodrigo em seu Twitter, já que recentes e diretas.
Se o artigo falava de perfis opostos ao meu, que técnicos seriam esses? Na ausência de definições, me pus ao lado de todos, muitos deles criticados por mim nominal e diretamente, de cara limpa, em artigos assinados, nunca de forma anônima ou escamoteada, e sempre pelo ângulo técnico, tático, administrativo, jamais sob o aspecto estritamente pessoal e comportamental, pois sob a qualificação humana todos trabalham, perseveram e se sacrificam pelos seus ideais e convicções, mesmo que na contra mão dos meus conceitos pessoais e técnicos. E se fui para ele o melhor técnico do NBB2, somente agora o estou sabendo, pois nada sobre isto foi veiculado em seu blog, do qual sou assíduo leitor, e em algumas oportunidades comentador. O fato de defender meu direito de retrucar bem demonstra a acidez desproporcional de seus comentários.
Como entende que grosseria pode gerar respostas também grosseiras ( e aqui me desculpo se assim se sentiu), também posso afirmar que minhas argumentações segundo ele, nada tendo a ver com o tema, foram colocadas exatamente como um espelho às suas próprias, propositalmente, numa provocação ao debate lídimo e transparente, e não a uma insinuação desprovida de nomes e identidades. O Lebron foi assim entrevistado por ele, que publicou e descreveu seu constrangimento no seu próprio blog, e simplesmente me reportei aos fatos, quando menciono sua mais absoluta predileção ao basquete NBA, quando minha humilde opinião sempre propugnou pela evidencia indiscutível de que seu talento deveria se concentrar preferencialmente no basquete nacional, ainda mais sob o peso de uma mídia global.
Quanto a sua afirmativa de que a recíproca à sua admiração pelo meu trabalho, e até à minha pessoa não é retribuída, se enganou mais uma vez, pois não costumo perder tempo com leituras improfícuas, que em absoluto reflete o habito da leitura do Rebote, e de muitos outros blogs e sites sobre o grande jogo. Somente ainda não reconheço nele, pela juventude e inexperiência, conteúdos que ainda deverão ser estendidos e solidificados pelos anos de trabalho e muito estudo, principalmente sobre esta que é a modalidade mais tecnicamente complexa dos desportos coletivos, o basquetebol.
Finalmente, se para alguns, ou muitos, que consideram minha defesa aos técnicos uma conveniente mudança de lado, saliento que ainda continuo, e certamente continuarei a ser diferenciado técnica e taticamente de todos eles dentro da LNB, fator esse que não me desvincula do sentido tácito de justiça e do reconhecimento do trabalho de cada um deles, mesmo que conceitualmente opostos ao meu, pois este se constitui o cerne que sem duvida alguma poderá originar um conselho de técnicos marcado positivamente pelas diferenças e pelos contraditórios, bases do progresso e da evolução.
E como você mesmo afirma Rodrigo, segue o jogo, que espero ser jogado da maneira mais evoluída que for possível, daqui para frente. Nosso basquete necessita ser apoiado com presteza, conhecimento, dedicação, e dentro da realidade de nossas vidas e de nossa sociedade, apesar de confrontado permanente e teimosamente com a glorificação de um jogo que nada tem a ver com a nossa realidade, que joga com outras regras e se sustenta sob o lastro de uma riqueza inatingível para todos nós. Sigamos o jogo então.
Amém

PS- Clicar nas fotos para ampliá-las.

UMA AULA DO GIL…

Mais uma preciosa colaboração do Gil, em sua incansável procura pelo basquetebol que sonhamos.

Paulo;Reciba nuestras mas efusivas muestras de amistad.Le adjunto en
“attachment” tres traducciones al Español de trabajos de Wooden,
estan publicados en la pagina web del –Club del Entrenador–, en la
pagina de la Federacion Española de Baloncesto.Se las envio en funcion de
las opiniones vertidas por jovenes entrenadores brasileiros queriendo saber
mas de Wooden.Por favor lealas y valore su publicacion en su tan
prestigiada pagina.Un enorme abrazo.Gil

RED DE EXPERIENCIAS
El MÉTODO WOODEN: “El Mejor Maestro del Siglo XX”

13/02/2010

En 1976 Ronald Tharp y Ronald Gallimore dos profesores de psicología de las Universidades de California en Santa Cruz y Los Ángeles realizaron un estudio sobre la relación y comunicación del mítico entrenador John Wooden con sus jugadores. Clasificaron las acciones de John Wooden en los entrenamientos realizados durante la temporada 1974-1975 en el cual UCLA ganó su décimo campeonato de la NCAA. Casi 30 años después los investigadores volvieron a analizar los resultados de dicho estudio combinándolo con entrevistas posteriores con el propio Wooden y sus jugadores. Hoy nos proporcionan una información de inestimable valor para entrenadores de baloncesto de cualquier nivel.

Por Tim Fanning* (jugador del CB Castellbisbal Copa Catalunya y entrenador del equipo junior)

¿La clave de su éxito?
La intensidad, economía y eficacia de sus entrenamientos.

Bill Walton, mítico pivot entrenado por Wooden, afirmó: “Los entrenamientos en UCLA eran eléctricos, intensos, exigentes… con Wooden por la línea de banda como un tigre enjaulado dando instrucciones, con refuerzos positivos y una máxima: ‘ser rápido pero sin prisa’… Pero llegaba el partido y entonces no exigía actuar con rapidez. Los partidos parecían transcurrir a un ritmo más lento. Yo pensaba: ’¿Por qué tanta diferencia de velocidad en los partidos y en los entrenamientos?” Los resultados de UCLA eran evidentes.

Es muy importante este detalle: los entrenamientos eran más rápidos y exigentes que los partidos. Cada entrenador tiene una forma de ser diferente y no todos somos “tigres enjaulados” pero todos podemos tener el objetivo de crear un entreno más exigente que un partido.

¿Cuánto tiempo hablas con tus jugadores?

El que posiblemente fuera el mejor maestro de baloncesto en la historia no hablaba casi nunca más de 20 segundos seguidos a sus jugadores durante los entrenamientos. Con tantas observaciones, simplemente no había lecturas. No quería parar el ritmo del entrenamiento.

Recuerdo los efectos negativos como jugador cuando he tenido un entrenador que paraba el entrenamiento durante uno o dos minutos para dar una larga explicación. Cuando volvíamos a jugar la mayoría de los jugadores del equipo tenían la cara perdida y la competitividad y energía que había antes de parar ya no existía. Wooden casi nunca hacía eso. Daba el mensaje que quería transmitir rápidamente y ¡a seguir!

Cada entrenador debe pensar bien no solamente el tiempo que hablará sino también el contenido del mensaje. El estudio de Tharp and Galimore desvela que el 65% de las intervenciones de Wooden durante el entrenamiento contenían instrucciones concretas. No hablaba por hablar ni decía solo lo que un jugador hacía mal. Casi siempre decía cómo se debía hacer correctamente. Los investigadores clasificaron casi 2.500 acciones de Wooden y más del 75% de las veces en que hablaba incluía en su mensaje instrucciones sobre cómo hacer algo correctamente. Eran intervenciones muy cortas pero concretas y específicas. Creo que si no hablas mucho, cuando lo haces y dices algo concreto, la gente te hará más caso.

En el C.B. Castellbisbal, club donde ejerzo de entrenador y de jugador, hay un entrenador que se hizo una prueba a si mismo durante un entrenamiento. Su ayudante tenía la misión de medir el tiempo en el que él hablaría durante la sesión. Él pensaba que en los 70 minutos que duró la sesión había intervenido alrededor de unos 10 minutos y el resultado real era que había hablado durante ¡30 minutos!

Creo que como entrenadores cometemos el error de ir hablando durante el entrenamiento sin darnos cuenta. Pensando que así hacemos mejor nuestro trabajo, que así explicamos mejor las cosas a nuestros jugadores. Según el ejemplo Wooden debemos intentar decir lo que queremos de la manera más corta posible y luego, si el jugador repite el error, nosotros debemos hacer las correcciones. Sobre todo, cuando el tiempo en pista es muy limitado, es importante que los entrenadores reflexionemos y pensemos bien qué decir y cuánto tiempo emplear en ello.

La información dirigida a la acción y no al actor

Los investigadores del estudio querían saber como un “master teacher” como John Wooden utilizaba refuerzos y castigos durante sus sesiones. La sorpresa llegó con el resultado ya que Wooden sólo elogiaba un 6% de las veces que hablaba y censuraba también un minúsculo 6%. Wooden no dirigía sus comentarios para calificar el trabajo sino para proporcionar información a sus jugadores.

En una entrevista realizada a Wooden, cuando le preguntaron sobre la falta estímulos positivos a sus jugadores, el entrenador contestó: “Siempre he creído que fijar la atención de los jugadores en puntos específicos, en ayudar a los jugadores a cumplir el objetivo en un ambiente intenso y exigente es el enfoque positivo.

“La información que recibí en sus correcciones era lo que más necesitaba. Esa información era la que estimulaba al cambio. Si la mayoría de los comentarios hubieran sido refuerzos positivos (‘muy bien’) o negativos (‘lo haces mal’), hubiera recibido sólo una evaluación, no una solución. Las correcciones en forma de información no me atacaban como persona. La información iba dirigida a la acción y no al actor.”

Si proponemos soluciones y correcciones específicas estamos trabajando para formar mejores jugadores de baloncesto. Si el entrenador tiene comentario sobre la acción y no el actor no hay discriminación. Y eso en mi opinión evita conflicto ya que en la relación entre jugador-entrenador o estudiante-profesor puede haber un nivel de discriminación. Cada entrenador (y persona) tiene gente que le gusta más y le gusta menos y estos sentimientos nos afectan en nuestras acciones. Si somos capaces de dirigir el mensaje sobre las acciones y no quien hizo la acción ayudaremos mucho en crear un ambiente de mucho mejor aprendizaje.

Un Wooden, el Sándwich de la corrección

Wooden, sin embargo, tampoco olvidaba incluir en la información el fallo que sucede. Sus correcciones solían contener tres partes:

1. Decir o demostrar como hacer la acción correctamente (M+)
2. Decir o demostrar como acababan de hacerla (mal) (M-)
3. Repetir o demostrar como hacerlo bien (M+)

Los investigadores clasificaron esta secuencia (M+,M-,M+) como un “Wooden” y lo hizo casi un 10% de las veces que hablaba. Los “Woodens” fueron legendarios y nadie que los vivió los olvidó.

Decían los investigadores que sus intervenciones rara vez superaban los 3 segundos, pero eran de tal calidad que dejaban una imagen en la memoria de los jugadores como un dibujo. Wooden presentaba la información en tal manera que los jugadores no pueden olvidarlo. Cualquier educador que pueda presentar información en una manera que sus estudiantes recuerden para siempre ha hecho un trabajo muy grande.

En el colegio tuve el mismo entrenador que entrenaba a Jason Kidd y no recuerdo todas las cosas tácticas que hacíamos pero sí un día en que no veníamos preparados para trabajar en defensa. El coach hizo su propia versión del Wooden, detuvo el entrenamiento para mostrar cómo estábamos defendiendo, luego se animó a un nivel que andaba al borde de la locura y se puso en posición defensiva con una cara e intensidad inolvidable. Nadie hubiese querido ser el jugador defendido. Nos dijo que tenemos que defender como un pitbulls que no ha comido varios días y la pelota es un trozo de carne. Hasta hoy, cuando pienso de la intensidad necesaria para defender correctamente pienso de ese coach que hizo un Wooden.

Planificar al detalle

John Wooden confesó que sus métodos de trabajo cambiaron cuando un día decidió ir a ver un entrenamiento de Frank Leahy, el entrenador de Fútbol Americano en la Universidad de Notre Dame. Wooden dijo que jamás había visto algo más organizado en su vida. Jugadores alternando ejercicios con una coordinación perfecta. El entrenamiento comenzó y acabó a tiempo.

Antes creía que las cosas que hacía John Wooden era debido a su personalidad y porque era un líder muy único. Seguro que era único pero más que en su forma de ser o personalidad (que también) creo que John Wooden marcó la diferencia en los detalles de su preparación. Después de leer sobre John Wooden y leer también sobre el entrenador actual de F.C. Barcelona, deduzco que los entrenadores con más éxito no tienen una fórmula mágica, simplemente trabajan mucho más que los demás. Son capaces de prestar atención al detalle más pequeño e intentar planear y controlar todos los aspectos influyentes en el entrenamiento.

Como anécdota cabe recordar que los entrenamientos de Wooden empezaban cada día a las 14:59 y acababan a las 16:59, ¡en punto! Wooden tenía el entreno planeado hasta el más mínimo detalle. Quizás muchos entrenadores no pueden empezar justamente a la hora de entreno porque tienen que esperar que acabe el equipo anterior pero cada entrenador de baloncesto puede tener un plan completo para el entrenamiento con objetivos y los ejercicios adecuados para cumplir estos objetivos.

Personalmente esta temporada tengo el objetivo de hacer libro con la planificación de cada entrenamiento. La verdad es que las primeras semanas costaba mucho, sobre todo con respecto al tiempo dedicado a algún ejercicio. Pero tomé notas sobre como había ido el entrenamiento y qué ejercicios necesitaban más o menos tiempo y ahora estas notas y este libro son partes integrales de la preparación del equipo. Planificar los entrenamientos y archivarlos en un lugar donde lo puedes consultar es una situación “Win-Win” en el hecho de que no puede tener efectos negativos, lo único que va a pasar es que los entrenamientos irán mejor, el equipo entrenará mejor y tú mejorarás como entrenador.

La importancia del trabajo individualizado

Wooden no sólo preparaba los entrenamientos pensando sólo en el grupo. También los preparaba para el individuo. Wooden entendía muy bien que cada jugador es diferente y no era recomendable trabajar con todos igual. Y para saber cómo sacar el máximo de cada uno de ellos Wooden estudiaba y analizaba, desde el aspecto personal y deportivo, cada jugador para entender qué les motivaba y cómo podía controlarlos mejor. “Los mismos sistemas no funcionarán con cada equipo. Depende de los componentes y para hacer un equipo tienes que conocer las personas con que estas trabajando.”

Los investigadores pensaban inicialmente que los “Wooden’s” o instrucciones del entrenador (M+,M-,M+) eran improvisadas. No era así. Al igual que planificaba analizaba los entrenamientos de cada jugador, Wooden también anticipaba los errores que cometerían y preparaba acciones para corregirlos. Preparaba hasta las palabras que diría a un jugador cuando cometiera un error específico. Este aspecto tiene mucho sentido porque los jugadores normalmente cometen los mismos errores muchas veces. Si como entrenador puedes anticipar los errores y prevés la manera de corregirlos estás preparado para en un instante y en una manera efectiva corregir sin parar el ritmo del entrenamiento.

Los comentarios de John Wooden durante un entrenamiento eran tan concisos que parecían ser el resultado de una persona capaz de reaccionar con inteligencia en el momento pero en realidad la economía y eficacia de sus comentarios de los equipos imbatibles de UCLA eran el resultado de una minuciosa planificación. Para un entrenamiento de dos horas, Wooden planificaba con sus ayudantes por la mañana dos horas o más. Tenía libros con los entrenamientos de años anteriores y miraba lo que hizo el equipo en la misma fecha en los años anteriores. Todos sabían qué ejercicio iba a pasar y en qué momento. Los jugadores iban corriendo de ejercicio a ejercicio, perfectamente coordinados, juntos o por separado. Por cierto, no había agua y no tampoco había sillas en la pista…

Creo que hay dos maneras de pensar en los entrenadores. Una es que los jugadores tienen que adaptarse a estilo del entrenador. Otra es que el entrenador tiene que adaptarse al equipo que tiene.

Estoy convencido que los entrenadores que son capaces de adaptarse son los que duran más y son más efectivos. Esto no significa hacer lo que quieren tus jugadores ni mucho menos. Significa estar abierto a modificar cosas para adaptar a los jugadores y estudiar los jugadores con el entendimiento de que la clave de resolver el puzzle que es un equipo de basket es entender cada pieza. Si Bobby Knight leyera esto probablemente me tiraría una silla pero hay más entrenadores como Wooden, como por ejemplo Coach K’s (Duke) y Dean Smith que cambiaban sus estilos cada año basándose en sus jugadores que entrenador “estilo militar” como Bobby Knight.

Wooden tenía esta mentalidad de planificar, evaluar, modificar. Afirmaba: “Si consigues que tu equipo mejore poco a poco cada día acabará consiguiendo grandes cambios. No sucederá ni mañana, ni el día siguiente pero finalmente habrás dado un gran paso. No busques la mejora rápida. Busca pequeñas mejoras cada día. Es la única manera que suceda esa mejoría, y cuando sucede, es duradera.”

Cuando no estaba en la temporada Wooden hizo proyectos sobre diferentes aspectos del baloncesto (rebote, contraataque, etc). Aparte de investigar en bibliotecas se entrevistó personalmente con entrenadores y jugadores de éxito de todos los deportes para buscar aspectos para incorporar en su programa en UCLA. Su filosofía se basaba en la investigación constante. Como entrenadores o personas creo que esta filosofía de aprendizaje continuo nos guiará al éxito.

Wooden afirmaba que “todos somos profesores. Sea en una clase o para tus hijos o tus sobrinos”. Lideraba con el modelo del ejemplo. Y lo mejor de Wooden no tuvo nada que ver ni con los campeonatos que ganó con UCLA ni con los numerosos jugadores que fueron de UCLA a la NBA. Tuvo en la calidad humana su mejor virtud.

John Wooden entendió la responsabilidad que conllevaba ser una persona pública. “Nada escrito y dicho puede enseñar a nuestros jóvenes más que los hechos, los ejemplos”. En realidad hay pocos entrenadores que pueden usar su propia vida como ejemplo pero el mítico Wooden trasciende las líneas de la pista y se convierte en un maestro incomparable, creando no sólo excelentes jugadores de basket sino también excelentes personas. Para Coach Wooden “la vida era una clase de una escuela.”

*Tim Fanning es jugador del CB Castellbisbal Copa Catalunya y entrenador del equipo junior.

Amigos, eis um exemplo maior da arte de ensinar e treinar o grande jogo.
Amém.

Gil Guadron em sua aula na EEFD/UFRJ, quando de sua visita ao Brasil.

JOHN WOODEN…


Hoje dou primazia a um texto enviado pelo Gil Guadron sobre o grande mestre John Wooden ontem falecido aos 99 anos de gloriosa vida.

John Wooden, murio ayer.
Considerado el mejor entrenador que jamas haya existido, el ex-entrenador de la Universidad de Los Angeles ( UCLA ) murio ayer.
Coach Wooden fue un extraordinario filosofo, un educador , y por supuesto un extraordinario entrenador de basquetbol,gano 10 campeonatos Universitarios en NCAA .
Alguna vez le preguntaron si estaba orgulloso de que un gran numero de jugadores de la UCLA, estuvieran pre-seleccionados al equipo olimpico de USA y el respondio : ” que de lo que realmente estaba orgulloso era de la cantidad de profesores, abogados,doctores y otro tipo de profesionales en que la inmensa mayoria de sus ex-jugadores se habian convertido, pues a UCLA se llegaba a estudiar. Que el basquetbol deberia de ser una escuela para la vida, mas alla del deporte”.
Tuve la oportunidad de aprender de el, alla temprano en los 70’s, cuando aun yo vivia en El Salvador.Posteriormente viviendo ya en USA asistiendo a sus Clinicas en mi ciudad adoptiva, Chicago.
A los jovenes entrenadores les recomiendo leer del Coach Wooden :
– Practical Modern Basketball –, originalmente publicado en 1966, con ediciones posteriores. Es un libro clasico que deberia ser obligatorio en la biblioteca de todo entrenador, tan valido ayer como tan valido hoy.
– John Wooden’s UCLA OFFENSE , este libro incluye un DVD –, publicado el 2006.
Ambas obras estan escritas en Ingles.
– La Piramide del Exito — en Idiona Español. Editorial Peniel, Buenos Aires, Argentina. Posee un concepto filosofico tipico del gran maestro que fue.
Les dejo con estos pensamientos del Coach Wooden:
“Este mas preocupado con su caracter, con su personalidad que con su reputacion, porque es su caracter quien usted realmente es , mientras que su reputacion es apenas lo que otros piensan de usted”.
” Usted no a tenido el dia perfecto sino no a hecho algo por alguien, que lo mas seguro es que jamas se lo agradecera”.
” Todo lo que le pido es que ponga el maximo de su esfuerzo, y eso solo usted lo sabra , de tal manera que al finalizar el partido, y al margen del resultado, usted debe tener su frente en alto “.
Rezo una plegaria por Coach Wooden, de quien aprendi no solo basquetbol, a enriquecerme como ser humano , a ser mejor entrenador de basquetbol.
Descanse en paz , maestro.
Gil Guadron.

Faço das palavras do Gil as minhas também.
Amém.

VENCENDO AS LIMITAÇÕES NUM GRANDE JOGO…

Este é um vídeo muito especial, pois enfrentamos uma equipe presumivelmente muito superior a nossa, desde os armadores aos pivôs, com um rebote dos mais importantes e impactantes da Liga, e um dos arremessos de três pontos mais presentes e devastadores dentre todas as equipes, e todas estas qualidades somadas ao fator casa, um belo e imponente ginásio, tomado por uma torcida vibrante e participativa, e finalmente, sendo a quinta colocada no campeonato.

Na véspera, como é de praxe em todas as quadras por que passamos, inclusive a nossa quando visitada, um treino mais extenso deveria ter sido viabilizado, e nem mesmo uma explicação ao final do jogo, dada por um dos integrantes da comissão técnica dos donos da casa, de que tal facilidade não era obrigatória por parte da Liga, amenizou o impacto de véspera, quando não pudemos treinar, e mais tarde no hotel, não pudemos utilizar uma das várias salas de reunião para uma simples projeção de um vídeo técnico para os jogadores, com a desculpa de que todas elas estavam reservadas para um congresso no dia seguinte, obrigando-nos a uma reunião nos sofás do saguão para combinarmos as estratégias para o jogo da tarde seguinte.

Somemos a todos esses óbices o fato de ocuparmos a última colocação da competição, que nem mesmo os dois recentes resultados, altamente favoráveis ( Brasilia e CETAF),  nos afastou da mesma, para compreendermos toda a dimensão do embate que enfrentaríamos dali a algumas horas.

E fomos para o jogo, e lutamos com denodo e cabeça fria, metódica, compensando os erros com paciente desenvoltura, atingindo os pontos fracos do adversário, cirurgicamente, defendendo fortemente os arremessos de três, trocando-os pelos de dois, e lá na frente, de dois em dois e alguns poucos de três, indo de encontro a um placar favorável, com ritmo e pouca pressa, valorizando a posse de bola, e acima de tudo, jogando em equipe, nos erros e acertos, sem cobranças e vedetismos, simplesmente jogando o grande jogo.

E quando a reação se fez presente, enérgica e vibrante, ao coro de mais de 3000 torcedores, buscamos do fundo de nossas economizadas resistências o toque precioso da calma, não a aparente, mas aquela forjada no treinamento rude e pesado, no trabalho coletivo e aceito por todos, integralmente, num comprometimento singelo e profundamente honesto. E foram recompensados com uma vitória linda e merecida, preâmbulo de dias melhores que hão de vir, inquestionavelmente.

Amém.
OBS-Quando estiver vendo o video em tela cheia e este congelar, tecle ESC que o mesmo dará seguimento , podendo voltar à tela cheia sem problemas.

Saldanha da Gama x Joinville – 02.04.2010 – Primeiro quarto

Saldanha da Gama x Joinville – 02.04.2010 – Segundo quarto

Saldanha da Gama x Joinville – 02.04.2010 – Terceiro quarto

Saldanha da Gama x Joinville – 02.04.2010 – Quarto quarto

OS 100 MIL…

Ao iniciar este blog em setembro de 2004, jamais poderia imaginar que se transformasse no veículo aberto e democrático a serviço do grande jogo em que se transformou, graças ao debate aberto e ético, zelosa e responsavelmente mantido por mim e os inúmeros leitores espalhado por este imenso país e no exterior também.

Em 2008 fiquei curioso a respeito da verdadeira penetração do blog junto à comunidade basqueteira, fosse clubística, escolar, ou puramente aficionada. Contatei-o então ao Stats do Google, que ontem atingiu a marca de 100 mil visitas diretas na leitura dos artigos aqui publicados. Claro que é uma marca modesta para os padrões da rede mundial, mas quando penso que 100 mil pessoas aqui se ligaram de alguma forma, vislumbro uma luz no fim de um  túnel que marcou  nossa débâcle nos últimos 20 anos.

E por conta desse humilde sucesso, sinto cada vez mais forte dentro de mim a vontade de continuar a luta, agora, inclusive, dentro das quadras, mas que não me privará de forma alguma do contato sadio e esperançoso com todos aqueles, que como eu, amam, compreendem, divulgam, ensinam e debatem o grande jogo em nosso país.

Obrigado a todos, e partamos para os próximos 100 mil.

Amém.

VOLTANDO…

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Adriano
adrianoc@globo.com
adriano@basketbrasil.com.br
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Submitted on Today at Today

Professor, o senhor vai voltar aos bancos do Brasil como técnico do Saldanha da Gama, é isso mesmo? Como aconteceu esse retorno? De quem partiu o convite, e por que você aceitou? Estou ansioso para vê-lo em ação! Abraço.

Pronto, mistério desfeito Adriano. Sim é verdade, aos 70 anos volto feliz aos bancos das quadras de meu país como técnico do C.R.Saldanha da Gama- Guaraná Antarctica da bela e receptiva Vitória.

O convite partiu do Prof. Pedro Rodrigues de Brasília que sugeriu meu nome ao Diretor de Basquete do Saldanha da Gama,  Dr. Alarico Duarte Lima, com quem já me comuniquei aceitando o meritório convite, embarcando na quinta feira para conhecer a equipe e a estrutura do clube, assim como elaborar junto à diretoria os projetos e respectivos objetivos que nos propomos desenvolver. Assisto os jogos de sexta e domingo, contra o São José e o Flamengo respectivamente, iniciando o trabalho na segunda, e que se estenderá por 18 dias até o recomeço do returno, numa oferta preciosa de tempo para treinarmos com afinco, visando os 11 jogos restantes.

Mesmo atestando o mau momento por que passa a equipe, última colocada no turno do NBB, não podemos negar ser a mesma composta de bons jogadores, experientes e de boa técnica, fatores que muito importarão numa retomada baseada num trabalho intenso e dedicado. E este foi o desafio que me atraiu e me auto convenceu a voltar às quadras, pois assim como eles, sou experiente e possuo uma boa técnica lastreada por longos e longos anos de trabalho e estudos.

No semestre passado tive sérios problemas com a minha casa, assunto este que expus honestamente aqui no blog, e que me custou um endividamento brutal até 2016, quando termino de honrar as dividas bancarias. Na ocasião me ofereci para trabalhar na técnica ou no magistério superior, e não obtive qualquer resposta, apesar do rico e extenso currículo publicado.  Continuei minha vida agora mais contida financeiramente do que nunca, mas suficiente para saldar o contencioso, e ai aconteceu o convite, num momento em que havia  reencontrado a paz de viver, e testemunhar a ida do terceiro filho para o exterior a estudos, onde já se encontram os outros dois.

São argumentos fortes e decisivos numa tomada de posição, ainda mais quando vislumbro através os muitos comentários neste blog o posicionamento de jovens técnicos ansiosos em aprender e se desenvolver nas técnicas do grande jogo. E como pretendo aqui divulgar toda a experiência de que farei parte na direção da equipe do Saldanha da Gama, espero estar colaborando com meu exemplo, para que cada vez mais jovens técnicos enveredem pelo caminho difícil, complexo e por isso apaixonante do basquetebol.

Peço aos deuses que torçam um pouquinho pela equipe e por mim, nessa retomada que poderá significar tanto para todos nós.

Amém.

Foto- 3ºCongresso Mundial de Trerinadores da Lingua Portuguêsa- Lisboa Julho 2009.