CONTRASTES…

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Meus deuses, como é difícil escrever algo em meio a um turbilhão de emoções e embates

 familiares, ainda mais quando envolve pais e filhos. Mas a experiência e o bom senso sempre encaminham soluções razoáveis e equânimes em qualquer situação, mesmo a mais complexa.

 

Mesmo assim, vamos em frente, prometendo não atrasar mais artigos aqui nesse humilde blog.

 

Começando, que beleza as semifinais da NCAA, quando se classificaram para a final as duas equipes que menos arremessaram de três nessa fase da competição (Kentucky 2/5 e Wisconsin 8/20, assim como UConn 5/12 e Florida 1/10), concentrando seu jogo no perímetro interno e numa intensidade defensiva avassaladora, provando que de 2 em 2 e 1 em 1 podem alcançar patamares que as qualificam numa competição assistida por 79 mil espectadores, num espetáculo formidável e inesquecível, que será coroado nessa segunda feira com o embate Kentucky e UConn.

 

 

Mas o que fica patente e indiscutível é a constatação do fim dos pivozões lentos e avantajados, substituídos por jogadores velozes, ágeis, com fundamentos bem desenvolvidos, atuando como alas pivôs na maioria das vezes de frente para a cesta, interagindo com a dupla armação de forma coordenada e flúida, numa continuidade de movimentos admirável.

 

 

Ao mesmo tempo que pudemos assistir a esses belos exemplos de basquetebol dinâmico, eramos obrigados a conviver com narradores mais interessados em se autopromoverem de forma puéril e ridícula, mas nada que um toque no remoto nos remetesse aos americanos que realmente falam e discutem o jogo sem presepadas insípidas e inúteis…

 

E como desde sempre defendemos aquela forma de atuar centrada numa dupla armação e três alas pivôs em constante motilidade interior e exterior, incomoda sobremaneira a continuidade da hemorragia dos três pontos que a cada rodada do NBB mais se avoluma por parte de nossas mais nominadas equipes, contando com a cumplicidade de seus técnicos, que ainda teimam em ferir nossa inteligência em entrevistas como essa dada ao Fabio Balassiano em seu Bala na Cesta pelo endeusado hermano em nossa midia especializada.

 

Mas o que realmente preocupa é o futuro do grande jogo entre nós, pois cada vez mais se solidifica o sistema único, continuado e divulgado à exaustão pela ENTB em seus cursos de fim de semana, perpetuando o jogo de posições determinadas e especializadas (?), algemando e limitando jovens promessas a papéis tutelados por comandos extra quadra e hieróglifos pranchetados, numa orgia de arrogância e pretensos conhecimentos, tão ou mais falsos do que as auto elegidas lideranças que os oprimem e limitam.

 

Muitos que me sensibilizam com a leitura desse blog podem interpretar ser o mesmo uma vitrine de lamúrias, quando na realidade é uma honesta tentativa de demonstrar com fatos teóricos e práticos ser possível, como já demonstrei na pena e na quadra, que temos e podemos jogar o grande jogo de uma forma diferenciada e eficiente, bem mais eficiente da mesmice impregnada de mediocridade que aí está solidamente implantada, aspecto que foi muito bem interpretado pelo jornalista Giancarlo Gianpetro do blog Vinte UM, em um artigo que sugiro que leiam aqui, para depois, se interessados forem, percorrer no espaço Multimídia na coluna lateral desse blog, videos de jogos que veiculo de equipes que dirigi, inclusive no NBB, e constatarem que pouco diferem do que melhor se joga nesse apaixonante mundo do grande jogo. Leiam e assistam, para depois concordarem ou não da possibilidade de fazermos algo de novo, fator mais do que transcendental direcionado à nossa participação olímpica em 2016, ou mesmo, 2020…

 

Amém.

 

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

PRINCÍPIO E FIM…

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A LNB deu partida a uma empreitada que dará, sem dúvida alguma, um grande empurrão no soerguimento do grande jogo no país, ao veicular daqui para diante, jogos em tempo real pela internet, propiciando um significativo aumento de público para esse apaixonante e complexo jogo.

            No entanto, muito desse bom projeto somente se materializará através uma bem planejada escolha dos jogos a serem transmitidos, evitando “estrelismos”, corriqueiros na emissora patrocinadora, privilegiando bons jogos, sistemas inovadores, cobrindo todas as equipes da Liga, assim como poderia investir em programas de entrevistas com técnicos sobre seus treinamentos e conceitos de jogo, enriquecendo os conhecimentos dos técnicos que se iniciam, com suas experiências e vasta vivência profissional.

            Enfim, uma excelente iniciativa que torço para que produza os efeitos desejados por toda a coletividade apreciadora do grande jogo.

 

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Em oposição a algo tão promissor, um outro mundo que se desmorona, apesar de estar patrocinado pelo governo e duas prefeituras de um estado, num projeto corriqueiramente equivocado, numa repetição que deixa severas dúvidas  sobre sua confiabilidade.

         Porém, o mais emblemático são duas declarações publicadas na imprensa  pelos dois técnicos que se enfrentaram nesta semana, ambos responsáveis pela mesma equipe na temporada, e que se chocam frontalmente sobre a produção de um plantel que sequer foi formado com a supervisão dos mesmos, e sim por um dirigente que sempre agiu, e continuará agindo dessa forma, contando, como sempre contou, com a condescendência de técnicos a serem contratados para dirigirem (?) o pacote, e a anuência de verbas oficiais.

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            Eis as declarações:

 “Temos que enaltecer a luta desses jogadores, que fizeram de tudo para mostrar serviço. Infelizmente aconteceu essa queda, mas não vejo como algo negativo, pois não se pode olhar apenas os resultados em quadra. Existe uma somatória de coisas que nos levou a isso, como, por exemplo, falta de uma pré-temporada, lesões e técnico que saiu durante a competição”, avaliou o comandante da equipe capixaba, Enio Vecchi.

            O treinador do Uberlândia, João Batista, lamentou a queda do Espírito Santo, time que treinou antes de se transferir para Minas. “Vejo com tristeza esse rebaixamento, porque tive um começo bom de trabalho no Espírito Santo. Conquistamos três vitórias e, depois, o rendimento caiu. Espero que consigam se reorganizar melhor e mantenham a equipe em atividade. O basquete não pode acabar”, completou.

            Afinal, se começaram bem, porque caíram de produção, e o pior, não evoluíram sob o comando de dois técnicos renomados e um dirigente fundador da Liga, porque?

            Bem, se respondida essa questão poderemos ter a franquia de volta à divisão de elite num breve futuro? Torço para que sim, mas com o atual modelo, duvido…

            Amém.

Fotos – Divulgação LNB e reprodução da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

 

 

 

 

SEMANA QUENTE…

Me fartei de tanto basquete nesses últimos cinco dias, principalmente com a torrente de jogos no March Madness da NCAA, com jogos muito bons, apesar de muitas das equipes intervenientes adotarem o nosso mais do que implantado modelo do reinado das bolinhas. A garotada está queimando de qualquer lugar com uma volúpia que impressiona. No entanto, vão se classificando aquelas equipes que tradicionalmente atuam no perímetro interno, e muito mais agora, quando seus homens altos , numa significativa e impressionante transformação, abandonaram o modelo “cincão monstro” por jogadores velozes, flexíveis e incrivelmente mais habilidosos, dotando as partidas de uma velocidade impensada a bem pouco tempo atrás, exatamente como vem pregando o Coach K desde que assumiu as seleções americanas nos últimos mundiais e na olimpíada. Ironicamente, sua Duke foi eliminada por Mercer na primeira rodada, exatamente por sua equipe abusar dos longos arremessos em detrimento do jogo interior, que foi a arma letal de seu adversário para derrotá-la merecidamente, além de se utilizarem de um sistema defensivo impressionante e efetivo.

Sei que veremos nas rodadas finais jogos que definitivamente determinarão o fim dos jogadores setorizados, que estão sendo substituídos pelos polivalentes, plenos de fundamentos, velocidade e destrezas, atuando indistintamente dentro e fora dos perímetros, a ponto de já despontarem armadores de mais de dois metros em grande parte das equipes, reforçando seus sistemas defensivos, inclusive no poder reboteiro.

Por aqui, duas boas novas, as transmissões de jogos pela internet, patrocinadas pela LNB, e a grande vitória do Flamengo na Liga das Américas, num bom jogo no Maracanazinho como não se via a muito tempo, repleto de torcedores plenos de felicidade com o merecido título, conquistado frente a um adversário que face às fraturas de comando vem se perdendo nos momentos decisivos de importantes jogos. Torna-se inadmissível o que vem ocorrendo celeremente no comando da equipe paulista, quando nos momentos mais críticos e decisivos seu técnico abre mão de sua liderança permitindo uma ingerência cada vez mais atuante de seu assistente, e até dos jogadores estrangeiros, que duvido convicto que o fariam em seu país de origem, sem que sofressem forte restrição de seus técnicos. Aliás, como manda a tradição de seu país, sequer tentariam…

Quanto à equipe carioca, seu técnico conseguiu convencer o elenco a jogar dentro do perímetro na hora decisiva do jogo, convertendo arremessos mais seguros e eficientes, confirmando uma vitória desenhada desde o inicio do jogo, e que contou com a fratura de comando de seu adversário, acima comentada. Porém, com vistas ao Mundial mais para o fim do ano, preocupa uma declaração de seu técnico quanto ao reforço do elenco, quando mais objetivo seria uma boa reestruturada, ou mesmo mudança, de sistemas de jogo para fazer uma condigna oposição a um basquete mais determinante como o europeu, que certamente se desconcertaria frente a algo inesperado, uma forma diferenciada de jogar, fora de seus padrões. Mas isso é outra história…

Quanto às transmissões de jogos pela LNB pela internet, somente aplausos pela iniciativa, longamente defendida nessa humilde trincheira, onde nasceram as primeiras tentativas de veiculação de jogos completos quando do NBB2, que sempre podem ser acessados em seu espaço Multimídia. Somente um porém a ser acrescentado, os dispensáveis comentários de técnicos que deveriam se encontrar na direção de equipes, e não atrás de um microfone, onde sem duvida alguma procurarão influenciar os tele ouvintes, e não seus jogadores, com suas convicções técnico táticas. Se supostamente competentes para esse trabalho, mais o seriam na direção de equipes, substituindo muita gente que ai está posando de Head Coach…

Mas como desgraça pouca é brincadeira, cometi o supremo erro de assistir o jogo entre Paulistano e LSB, quando foi perpetrado um espetáculo grotesco que somou má direção e administração de equipe, com comportamentos ante desportivos, frutos de um monumental equivoco travestido de equipe de elite, que nem discursos de “mea culpa” podem ser omitidos e muito menos relevados, prova são os resultados alcançados (?) pela franquia de uma das mais tradicionais cidades voltadas ao basquetebol paulista. Que fique a lição bem aprendida, se humildade existir em aprender…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV e Globoesporte.com. Clique nas mesmas para ampliá-las.

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MAIS PREOCUPANTES MOMENTOS…

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Não estou negligenciando o blog, de forma alguma, simplesmente estou atravessando um período delicado em família, mas que caminha para um bom desfecho, e que tem reduzido, em muito, o tempo que necessito para postar artigos com a segurança que sempre procuro manter desde sempre.

 

A grande e perversa ironia, é que o nosso querido basquetebol, assim como o desporto em geral, vem atravessando tempos e situações piores, o que restringe bastante o horizonte para assuntos alviçareiros e progressistas.

 

Agora mesmo nos deparamos com a solidificação, praticamente unânime, do reinado das bolinhas em nossas equipes e craques de ponta, vide a equipe de Brasília que, em seus últimos jogos inverteu a lógica ofensiva, quando já supera em muito a convergência entre as conclusões de dois e três pontos, como             que balizando às demais equipes, o caminho a ser traçado daqui para diante na forma de atacar, se locupletando da falácia defensiva que vem caracterizando a imensa maioria das franquias, com o apoio dos técnicos estrangeiros aqui aportados para “atualizar” o grande jogo, e que nos brindam com o continuísmo da mesmice travestida de “cornos abajos, acima e laterales”, “cabezas, camisas”, e demais denominações do restrito mundo do sistema único, mas “valorizando e incrementando-o” com a torrente caudalosa, consentida e oportunisticamente apoiada das bolinhas, garantidoras de seus vultosos ganhos dolarizados, face a mixórdia defensiva instalada entre todos, e permitidas pelos mesmos e por nosotros tambien, e que mais do que nunca robustece a realidade de que o Desafio que fiz aos técnicos da liga e do país continua intocado, marginalizado, esnobado, combstanciando a certeza maior de que se presente estivesse em uma equipe, muito poderia ter agregado ao grande jogo, oportunizando uma forma diferenciada de jogá-lo, e que bem sabem aqueles que o conhecem de verdade, fazê-la, por que não, vencedora.

 

 

Com este quadro desalentador, preocupa nossa participação internacional, onde “facilidades e facilitações defensivas” se mostrarão quase inexistentes em nossos adversários, ensinados, treinados e solidificados em princípios defensivos por aqui negados, trocados que são pela falácia de que defesa é representada e praticada com 90% de vontade e 10% de técnica, demonstrando tacitamente nossa ignorância sobre um fundamento basal do jogo. Ontem mesmo, num jogo universitário entre Florida e Kentucky, onde as equipes têm 35seg de posse de bola, contestavam-se arremessos defendendo individualmente ou por zona, sem esmorecimento, fosse o tempo que fosse, utilizando técnicas antecipativas e de pleno domínio do equilíbrio corporal, dentro e, principalmente, fora do perímetro, numa impressionante antítese do que praticamos(?) por aqui…

 

Outro enfoque preocupante, não fosse hilário em seu conteúdo, é o outro “reinado” que ensaia se estabelecer entre nós, o das “pranchetas comunitárias”, aquelas que inicialmente pertenciam, e eram cerimoniosamente passadas aos coachs por seus assistentes, mas que de uns tempos para cá se transformaram em pontes para que estes assumam um lugar que não é o seu, e agora se veem divididas com aqueles jogadores mais engajados taticamente, quando puxam para si as grandes decisões, transformando-as em bazares de trocas, discussões e inenarráveis equívocos, que bem sei onde desaguarão, o que bem sabemos todos nós. Quanto aos coachs, acredito que nem mesmos sabem e avaliam o colossal erro que cometem ao abdicar de seu comando, aquele verdadeiro e solitário comando dos que realmente dominam situações grupais forjadas nos treinos, e não em “soluções” midiáticas grafadas com canetas hidrográficas, “exaustivamente treinadas”, segundo comentaristas que sequer os frequentam para avalizar suas procedências…

 

Terminando, mais um fator que se apresenta promissor em nosso combalido basquetebol, cuja síndrome já comentei por aqui, a do “corner player”, sintomaticamente ilustrada na foto abaixo, onde ávidos  sinais de presença em suas áreas de ação se tornam determinantes, como se fossem capitanias de uma única habilidade que pensam dominar, a inefável bolinha, que com uma simples, técnica e estratégica presença defensiva se tornariam nulas por absurdas que são. Porém, se os técnicos concordam e as incentivam…

 

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

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O “CORNER PLAYER”…

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Chego cedo ao Tijuca, afinal o jogo com o Pinheiros apontava para casa cheia (o que não ocorreu), encontro o José Geraldo com quem trabalhei três anos na base do  Barra da Tijuca, e fomos nos sentar no ginásio, exatamente quando começava o aquecimento dos jogadores cariocas. Observo a movimentação, quando algo me chamou a atenção, um rotundo americano que simplesmente não conseguia flexibilizar qualquer articulação de seu corpo, “embromando” os movimentos em super câmera lenta, atitude que nem a temperatura elevada no local poderia justificar. Fiquei atento ao cara, imaginando como seria e agiria na tocada de um jogo que se anunciava frenético, apesar de considerar para comigo mesmo, ser um jogo para se colocar a bola embaixo do braço, cadenciá-lo e valorizar ao extremo a posse de bola, dada as circunstâncias de desgaste das duas equipes mergulhadas numa infernal temperatura ambiente.

Mas qual nada, o jogo transcorreu numa velocidade absurda frente à realidade de um calor insuportável para quem assistia, imagino para quem jogava, num duelo suicida para ver quem abriria o bico primeiro, os cariocas amantes do sol, ou os paulistas irmãos da garoa, que por conta disso tudo fizeram somar a elevada cifra de 29 erros de fundamentos, entremeados pela contumaz chuva de bolinhas (18/45), e uma correria simplesmente infantil, jamais adulta, profissional, e mais, assistindo a sacralização de mais uma posição nesse sistema absurdo de jogo que praticamos, o “corner player”, aquele que passa todo o seu tempo em quadra na esquina da mesma para efetuar sua única habilidade(?) e função, a bolinha de três…

E o americano rotundo? Não deu outra, simplesmente não conseguia acompanhar o ritmo do duelo, a barriga não deixava…

No universo de tanta fragilidade técnica, correria desenfreada, erros fundamentais indesculpáveis (o discurso de que as equipes estavam desgastadas pelos compromissos fora do NBB perdiam sua razão frente à tão evidente realidade…) vimos o jogo caminhar para o quarto final, quando… O Pinheiros resolveu colocar a bola embaixo do braço, jogar dentro do garrafão, utilizar seus pivôs e as penetrações, e ganhou o jogo, numa ação tática premeditada, ou fruto do cansaço, antecipando um diminuição de ritmo que os cariocas negligenciaram?

Sei não, prefiro me eximir de comentar algo tão óbvio naquelas circunstâncias de jogo, quando a minutos de seu final um dos duelantes abre mão (por cansaço?…) da velocidade burra, pausa para pensar, joga onde deveria ter jogado desde o inicio (ambas deveriam assim ter pensado e agido), ou seja, “lá dentro”, no âmago do adversário, demonstrando quem realmente teria capacidade técnica e tática somadas a uma estratégia de jogo condizente às condições existentes, e não somente uma, a minutos do final, carimbando o resultado.

Mas, a dura realidade é a de que nossos jogadores aos poucos vão transcendendo a liderança de seus técnicos, insistindo e perpetuando o “dribla e chuta”, a correria utópica, o abandono do jogo interno, a ausência defensiva, onde praticamente todos sedimentam o reinado das bolinhas, podemos projetar o que nos espera nas competições internacionais mais adiante, não essas que participamos contra muitas equipes formadas nos aeroportos (e fazendo jogos duríssimos), mas aquelas que agora, trágica e infelizmente, participaremos por convites, a continuar a insânia firmemente imposta e instalada em nosso basquetebol.

Saindo do ginásio, segui pensando o que nos espera num futuro breve, 2016, principalmente ao constatar o quanto de prejuízo incidirá sobre o futuro de jovens talentos, como o Bruno Caboclo, jogando da forma desvairada como atuou, com muitos fundamentos ainda por adquirir, dentro de um carrossel desgovernado pela velocidade sem sentido, sendo lançado ao rachão tradicional de nossas equipes de elite, na marra, correndo os mesmos perigos que já fizeram sucumbir outros jovens estigmatizados pela quimera de uma NBA, fazendo com que suas carreiras passem ao largo de uma possível NCAA, com seus diplomas importantes para aqueles que ao encerrarem suas curtas carreiras possam dar continuidade digna as suas vidas, mesmo aqui, em nossas universidades, ou simplesmente concluindo o ensino médio, ou técnico, fatores estes abjurados e negados por falsos agentes, empresários, dirigentes, alguns jornalistas, e por que não, técnicos também, que somente os veem como mercadoria a render valores no menor espaço de tempo que for possível.

Mas qual nada, estamos no Mundial, gloriosamente classificados, não no suado piso de uma quadra, dentro de uma penosa competição, mas no tapetão internacional do escambo, da troca política, através indivíduos que odeiam o grande jogo, porque jamais o entenderão, jamais serão aceitos por ele, mas que o dirigem à sombra de sua mesquinhez e pusilanimidade, e o horror, pela nossa omissão em permitir tal descalabro.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

CONTEXTUALIZANDO O “ZERO”…

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São poucos os blogs de basquetebol que abordam com competência o aspecto técnico e tático do grande jogo, e uma das necessárias rotinas para estarmos a par do que realmente se produz e comenta na modalidade é volta e meia dar uma navegada nessas mídias, onde florescem discussões, criticas e às vezes uma ou outra boa ideia voltada aos problemas inerentes a mesma. Mas algo entrava, e até prejudica todo e qualquer posicionamento mais sério, responsável, o fator anonimato, quase regra geral nos comentários aos artigos inseridos pelos autores e editores.

Então, percorrendo os blogs, encontrei um comentário, que pelo conteúdo e forma de escrever, deve ter sido postado por alguém do meio, técnico ou assistente novato, ou mesmo um preparador físico, todos pertencentes a uma geração, que com algumas, bem poucas, exceções, considera ter nascido o basquetebol concomitantemente ao seu próprio nascimento, fator excludente do que o antecedeu em formulação, estudo, pesquisa, resultados, tradições, e acima de tudo, história, pois para essa turma, somente o novo importa, somente o novo propiciará progresso e vitórias, resultados enfim, negando de saída o fator mais fundamental em qualquer atividade desportiva, o conhecimento, a experiência válida por ter sido vivida, a maturidade e o domínio da atividade longamente exercida e solidificada, onde o erro ocorre em muito menor número do que os cometidos pelos que se iniciam, exatamente por serem novos na lide, nas quadras.

Leiamos então o comentário em questão:

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O basquete precisa de gente nova como o Gustavo do Paulistano… Chega de dinossauros dirigindo os times!!!! Tem muito conceito antigo em prática, pouca metodologia e controle nos treinamentos. As análises de jogos são todas, sempre, quantitativas… Não se vê uma análise contextualizada dos dados das partidas… Só se fala em aproveitamento de 3 pontos, passes errados, mas em que contexto se obteve esse aproveitamento? Foi chutando livre? Foi chutando pressionado atacando contra zona 3-2 pura ou 3-2 match-up, individual flutuada ou marcando linha de passe? E o controle das variáveis de carga em treino ou jogo? O basquete precisa de gente nova no banco, no escritório, na assessoria de imprensa, etc… Tem muita gente da época que não existia linha de 3 e a marcação sempre dava 2m de distância por aí…

Agora, contextualizemos para o jogo entre o Flamengo e o Brasília neste sábado na capital federal, onde, sem dúvida alguma pudemos testemunhar ao vivo e a cores alguns, senão todos, os fatores apontados pelo comentarista, quanto à liberdade, ou melhor, liberalização defensiva frente a enxurrada de bolinhas (22/53 para ser mais preciso), fossem ante defesas individuais ou zonais, mas que foram minimamente atenuadas pelo jogo interior da equipe carioca (20/46 de dois pontos, contra 17/39 dos candangos), que determinaram sua vitória, reforçada pelos 14/21 lances livres cobrados, contra somente 6/8 por parte de seu adversário, confirmando a força de seu jogo interior, que nem mesmo a grande exibição do armador Laprovittola, com seus 33 pontos pode relevar.

Contextualizando um pouco mais, vimos o quanto de precária se encontra a nossa condição nos fundamentos do jogo, fator básico para que “soluções táticas de prancheta” sejam realizadas com sucesso (?), vide os três erros sucessivos de passe, domínio do drible e da finta no minuto final da partida, por parte dos candangos, quando uma nova tática especial denominada “zero” foi para o espaço pelo simples fato do Guilherme ter perdido o domínio da bola ao tentar driblar a frente do armador argentino.

Todas as aferições acima apontadas foram vistas sob o ângulo quantitativo, onde a somatória de tantos erros leva a derrota, assim como, o desmedido e mal planejado exagero nas tais cargas em treino e jogos (afinal a turma tem de mostrar serviço…), tem desmantelado muitos jogadores e equipes, provando quão variáveis são aqueles “critérios científicos” utilizados sem o devido conhecimento de causa e basicamente, efeito.

Sem dúvida alguma o basquetebol, e todas as modalidades desportivas necessitam do jovem técnico, mas sob a gerência didática pedagógica, técnica, tática, física, mental e administrativa daqueles bons e calejados dinossauros (de preferência os Rex), para ensiná-los a trilhar os caminhos das pedras, lenta e paulatinamente, fazendo-os percorrer desde a base até a possível elite, estudando, pesquisando e trabalhando muito e muito, para um dia, através o principio do mérito, galgar as posições chaves, hoje ocupadas por muitos jovens com Q.I. político elevado, e que em alguns casos as utilizam na formação de suas equipes em clubes, dando continuidade a uma ação corriqueira nas duas últimas décadas, inchando currículos com títulos estéreis, mas contextualizados na triste realidade de nosso basquetebol.

Numa coisa ele tem razão, a não existência da linha dos três, mas vigorava o respeito aos mais velhos, ao conhecimento, a experiência, a vivência de luta e trabalho, e a fé na juventude respeitosa e ansiosa por saberes, ao contrario dessa que ai está, e da qual parece fazer parte, onde alguns tentam impor regras e comportamentos que sequer dominam, quanto mais vivenciaram.

Mas, o certo é que dias melhores hão de vir, para os jovens, e por que não, para os dinossauros também…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

CASÉ…

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Estávamos em um duro treino de fundamentos de dribles e fintas, sob um calor rigoroso naquele janeiro de 2010 em Vitoria, dirigindo o Saldanha da Gama no NBB2, quando observei algo inusitado para mim, velho conhecedor dos fundamentos do grande jogo, algo desconhecido e da mais fina habilidade, uma tripla troca de mãos no drible antecedendo uma ampla reversão com troca de mãos em alta velocidade, com finalização em bandeja, e tudo isso realizado por um ala pivô de 2,05m, o Casé.

Fui ao seu encontro e pedi que repetisse a brilhante ação, no que fui atendido, mas sem antes agradecê-lo por algo que nunca tinha visto, numa lição inesquecível.

Com a desenvolvimento  do treinamento, algo crescia dentro de mim, o projeto de que com a continuidade do trabalho o treinaria na armação de equipe, tantas eram suas qualificações nos fundamentos, no que seria uma reviravolta em sua trajetória de excelente jogador que era, e continua sendo.

Mas o projeto não teve continuidade, e o Casé seguiu sua carreira de ala pivô, subutilizado na maioria das equipes que jogou, num desperdício que me  deixa triste até os dias de hoje.

Acompanhei sua trajetória, assim como a de todos os seus companheiros daquela bela equipe, até que o soube participando de seleções de máster e agora da modalidade 3 x 3, quando ainda muito teria de contribuir na liga maior, claro, sob direção competente em tirar dele todo um potencial na maioria das vezes subestimado, o que sempre foi lastimável.

Neste domingo o vi atuando na Copa America 3 x 3, e logo no inicio do jogo final contra os americanos, e sem a participação do armador Eric, contundido, vi com a maior alegria o Casé se utilizar da jogada que tanto me empolgou em Vitoria (veja aqui num vídeo do blog Glogoesporte.com), em ação parecida aos jogos contra o CETAF e o Joinville no NBB2 (jogos completos na opção Multimídia nesse blog)confirmando em mim a certeza de que treiná-lo como armador teria sido uma experiência inusitada, inovadora e transformadora.

Parabenizo o Casé, e seus companheiros na convincente vitoria contra os americanos, e torço para que continue ainda por um bom tempo a nos brindar com sua arte no grande jogo.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

CONSIDERAÇÕES…

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(…) A estrutura da equipe está montada, tem poucos detalhes para resolver. A defesa está pronta, as jogadas também e confio no nosso time. Nas duas próximas partidas, fico no comando da equipe, e me parece que estão procurando outro treinador. A qualquer momento pode sair um nome (…) (trechos de uma matéria do blog globoesporte.com de 8/1/14)

Como vemos pelas declarações do assistente técnico Claudio Antonio Clemente do Uberlândia, agora empossado como técnico interino até a contratação do substituto do demitido Helio Rubens, a equipe está estruturada defensiva e ofensivamente, e (…) Como o time está pronto, tem que ser uma pessoa que saiba lidar muito bem com o grupo, seja companheiro, de entrosamento fácil, que conheça o elenco ou que tenha facilidade para adaptar ao novo time, já que estamos na metade da competição (…)

            Logo, tem de ser um técnico que se adapte ao grupo, e não o contrário, como deveria ser, no caso de um técnico de verdade… Ou não? Mas como todo mundo nessa liga age e joga de forma unificada, formatada e padronizada, até que o referencial se torna palatável, claro, para o padrão vigente… Ou não?

Claro que sim, ou o investimento maior escolhido a dedo pelo dono do empreendimento, à imagem e semelhança de suas concepções de basquetebol, poderia ser contestado, discutido ou mesmo levemente arranhado por um técnico metido a inovador, ou com personalidade e conceitos próprios?  Nunca, jamais!

Então o que veremos em breve será um técnico alinhado, comportado e obediente aos padrões vindos de cima, só que os mesmos não têm sido muito eficientes quando se trata de vencer a liga, mas que, inquestionavelmente obedecem a um outro padrão, o da mesmice endêmica que ai está, escancarada e irreversível. Manda quem pode, obedece quem tem juízo… Ou não?

(…) Acho que a tônica do nosso jogo foi a defesa. Apesar dos altos e baixos, o que garantiu a nossa vitória foi a defesa. Nós saímos atrás, buscamos, conseguimos passar. Sabemos que a equipe do Pinheiros  tem uma equipe forte, mas conseguimos parar eles. Nossa equipe estava em segundo, perdemos para o Palmeiras, mas buscamos de novo. Conseguimos fazer frente às grandes equipes. Nosso lugar é lá em cima – disse César.(…)

(Trecho de uma matéria publicada no globoesporte.com em 8/1/14)

Engraçada essa declaração do jogador Cesar do Paulistano sobre defesa, quando sua equipe levou 91 pontos de uma outra que simplesmente arremessou 13/30 bolinhas de três e 17/27 de dois pontos, numa convergência que está se tornando padrão na mesma, quando deveria mencionar, isto sim, os 9/26 arremessos de três e 19/40 de dois de sua própria equipe, que foi o fator fundamental de  sua vitoria, pois jogou um pouco a mais no perímetro interno que seu adversário, num jogo de defesas pífias e “somente” 32 erros de fundamentos (17/15). Por declarações como essa, podemos avaliar como conceituam o fator defesa num jogo com 22/56 tresloucadas, irresponsáveis e midiáticas tentativas pertencentes ao reinado das bolinhas, noves fora os tocos e enterradas…

Mas como se diz hoje em dia – vamo que vamo – é o basquete sonhado por essa turma…

Amém.

Foto – Blog Bala na Cesta.

COMEÇO DE ANO…

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Inicio de ano, rodada do NBB6 depois das festas, com perspectivas de grandes melhoras, técnica individual e coletiva mais aprimorada, sistemas e táticas depuradas após rodadas intensas e disputadas, expectativas por algo realmente novo, instigante, desafiador…

Mas, o que tivemos na crua realidade dos fatos, o que?

Para começar, um recorde, lídimo e legitimo recorde, com pedigree indiscutível, porém trágico, num jogo em que a equipe do Pinheiros poderia, e deveria, ante a fraqueza do adversário, a Liga Sorocabana, exercer ataques interiores como preparo para embates futuros, que sem dúvida alguma irá enfrentar. Mas optaram por algo inédito, até certo ponto absurdo, pois arremessaram 17/39 bolas de três (as duas equipes perpetraram 62 bolinhas…) e 12/21 de dois pontos, num jogo (?) recheado por 28 erros de fundamentos…

Fico pensando como ser possível uma equipe disputar uma partida arremessando 39 bolas de três e somente 21 de dois, chega até a doer…

Num outro jogo, Uberlândia perde para São José (ambas arremessaram 63 bolas de três…) convergindo inacreditáveis 21/38 de dois e 14/35 de três, frente a um adversário que usou um pouquinho melhor o jogo interno (24/40 nos dois e 12/28 nos três) suficiente para levar o jogo marcado por uma enxurrada indesculpável de 63 tiros aos pombos…

Teve mais, Ceará e Limeira chutaram juntas 54 bolas de três, sendo que os paulistas perderam o jogo convergindo com 16/29 de dois e 9/30 de três, num desperdício de arremessos e esforços arrepiante, e que somente por isso mereceu perder ante uma equipe mais equilibrada (20/43 e 6/24 respectivamente)…

Mogi e Bauru chutaram 52 de longe e Brasília e Vila Velha outras 53 bolinhas, mantendo a média da rodada…

Mas a pérola da coroa ficou com o inovador Tiagão do Palmeiras (ai em cima na foto com seu novo e arrebatador sinal… de três) com sua marca de 3/8 nos longos arremessos, e menciono pérola porque alcançados contra uma equipe que se gaba de sua forte defesa, mas que permite ser metralhada oito vezes por um cincão, levando nove pontos num jogo em que perdeu de sete!! Vá defender bem assim no Anhangabaú…

Mas o impactante foi a somatória dos erros de fundamentos nos jogos em questão, 169 (media de 28.1), rivalizando, ou confirmando os números da liga que fornecerá novos valores mais adiante, a LDB…

Ufa, foi um inicio de ano devastador, preocupante, principalmente quando vemos técnicos estrangeiros que aqui aportaram e muito bem pagos, com formulas para disciplinar nossos craques, e que se renderam ao reinado das bolinhas, pacifica e inquestionavelmente. Muito vivos os caras…

Amém.

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.

FIM DE ANO…

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Termina o ano, que de certa forma não foi um bom ano para o basquetebol de nossa terra, ainda perseguido e enclausurado na camisa de força de um pesadelo difícil de ser removido, a mesmice técnico tática endêmica e por isso mesmo, asfixiante.

Com a universalidade do sistema único, cada vez mais visceralmente aceito, muito pouca coisa de diferente, inusitada e corajosa pode prosperar perante a rigidez ciclópica e corporativa que o impõe coercitivamente, sem um mínimo de concessões a algo que o conteste.

Talvez, a incorporação de um fator complicador a tentativas de fuga ao onipresente sistema, com a inclusão generalizada da alta velocidade em sua consecução tática, o que evidenciou e escancarou de vez o verdadeiro grande vilão que coisifica a sua mais básica carência, o desconhecimento das mínimas técnicas na execução dos fundamentos do jogo, vide a ontem terminada LDB, quando nos seus dois jogos finais foram cometidos 78 erros de fundamentos (40/38 respectivamente), e onde o Flamengo se sagrou seu lídimo e incontestável campeão, que parabenizo pelo título, nunca pelo basquete jogado, mas que mesmo assim foi o melhor dentre todos.

Não repetirei números gerais da rodada final, iguais ou piores das que a antecederam no desenrolar de toda a competição, mas sim uma básica amostragem do que ocorreu em números nos dois jogos finais, ou sejam:

– Nos dois pontos    –  72/190 – 37.8%

– Nos três pontos     –  23/72   –  31.9%

–  Lances livres        –  30/49   –  61.2%

–  Rebotes                –   151     –   75.5 na média

–  Erros de fundam. –    78      –    39.0 na média

Frente a estes números de duas finais onde a maioria dos jogadores já participam do NBB, podemos, infelizmente, projetar a catástrofe do que ocorreu nos 300 jogos da competição, onde fundamentos foram violentados, arremessos de três atingiram cifras inacreditáveis, e sistemas defensivos simplesmente inexistiram, dentro, e principalmente fora dos perímetros, numa proporção tão preocupante, que ouso conscientemente relatar que, fora a pretensa importância pratica que movimentou esses jovens nos seis meses de competição (espero que as necessidades escolares tenham sido levadas em consideração pela Liga), tática e fundamentalmente nada acrescentou aos mesmos, pois praticaram um jogo anacrônico e muito além dos mínimos parâmetros de qualidade a essa altura de suas caminhadas, fruto de uma sistemática formatada e padronizada por uma geração de técnicos compromissada com a mesmice endêmica gestora do corporativismo a que estão ligados, garantidora de seu trabalho “homogêneo”, espelhado numa ENTB/CBB, veiculo autenticador do que ai está coercitivamente implantado.

Enquanto não evoluirmos e fugirmos dessa horrenda influência prisional, não iremos a lugar nenhum nos planos regional, nacional e conclusamente, no internacional, com ou sem hermanos acima e abaixo do equador nos prestigiando…

Porém, otimista renitente que fui e sempre serei, aspiro que novos ares rondem o grande jogo em nosso imenso e injusto país, e que se faça presente à meritocracia na educação e desporto pátrio, única forma democrática para que consigamos sair desse limbo cultural em que nos encontramos desde sempre.

Um feliz e prospero ano de 2014 para todos, leitores ou não, críticos ou não, com muita paz, progresso e saúde.

Amém.

 

Foto – Reprodução da TV. Clique na mesma para ampliá-la.