PÉROLAS…

“A marcação por zona é um fator que restringe a ofensiva americana, pois não têm especialistas nas bolinhas de três” (comentarista da ESPN, e fico imaginando como denominar o Durant…).

            “Sem os pivôs sua ofensiva se torna deficiente junto à cesta, obrigando-os aos tiros de fora” (comentarista da SPORTV).

            “Sem os cincões ficam inferiorizados nos rebotes, defensivos e ofensivos também” (comentários gerais).

            “Como é possível jogar o tempo todo com os cinco abertos?” (outro comentário na ESPN).

            “São gênios, extraterrestres, sublimes…(o comentarista-técnico, ou técnico-comentarista, no SPORTV, que aliás, agora mesmo no programa Bem Amigos vaticinou – “Em 2016 quero dar minha contribuição, e que talvez não seja como comentarista”, e fico imaginando qual seja…)”.

            Indubitavelmente são pérolas, e como tais devem ser cultivadas, a fim de que não nos esqueçamos o que representam.

Os americanos, que desde o Mundial de dois anos atrás resolveram jogar um outro jogo, estranho para a maioria adepta  do sistema único, que consideraram a inovação como algo inimaginável e de curto alcance. Não foi, nem será, pois alguns poucos propugnam por algo semelhante, inclusive lá mesmo, na Meca do grande jogo, haja vista algumas equipes da NBA que já arriscam algo semelhante, e mesmo algumas da NCAA.

Por aqui, nem pensar, afinal, segundo especialistas, o Magnano não deve se preocupar com a posição 5, bem fornida de talentos, assim como na armação cujos prospectos já estão definidos para 2016. O problema para todos eles se encontra nas alas, os 2 e 3, pois o sistema formatado e padronizado necessita dessas “estratégicas” posições, a fim de que o mesmo seja mantido e desenvolvido (?), afinal de contas empregos têm de ser mantidos, ao preço que for.

Então, na opinião dessa turma, os americanos puderam jogar da forma que jogaram por serem excepcionais, geniais, extraterrestres, aberrações da natureza, etc e tal, quando na realidade assim jogaram por terem o completo domínio dos fundamentos, independente de posições, estaturas, pesos e habilidades especificas. Jogaram abertos porque sabiam transmutar abertura em infiltrações, armação em jogo central, e este em jogo lateral, tendo como denominador comum a ambidestralidade, o conhecimento e a leitura do jogo, além de praticar de forma brilhante o posicionamento defensivo, no corpo e na mente, contabilizando de forma unificada os fundamentos do jogo.

Criatividade nasce da improvisação, que é uma habilidade destinada aos que conhecem seu ofício, profunda e tecnicamente, tornando os sistemas de jogo, abertos ou fechados, factíveis e vencedores, pois só improvisa quem sabe, quem conhece profundamente a arte do grande jogo.

Observem as fotos, projetem de acordo com os grandes jogadores que as ilustram os caminhos que percorreram dentro de defesas poderosas como a argentina e a espanhola, para no fim das contas darem-se conta de que o grande, grandíssimo jogo pode sim, ser jogado de formas diferentes, inclusive por nós. Um dia, nem tão distante assim provei que podemos, e me angustio em não ser permitido sedimentar tal possibilidade, pois não vejo ninguém da nata diretiva sequer interessado no assunto.

Mas acredito, tenho fé e esperanças que alguns dos novos técnicos , insistam, perseverem, pois quem sabe, poderemos enfrentar esse novo ciclo olímpico da forma mais desejada possível, aquela que reflete a competência, o estudo, a pesquisa, e a ousadia na busca de dias melhores para nossos jovens, pois merecem acessar algo de novo, inspirador e acima de tudo, desafiador.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

CONJECTURANDO…

Toca o Skype e quem fala do lado lá é o Alcir, iniciando um papo sobre, adivinhem…isso, basquete, e mais, olímpico. Assunto em pauta, o jogo contra a Argentina logo mais em Londres pelas quartas de final, que por si só provoca situações para além de inusitadas, apaixonadas, e radicalmente unilaterais, não fossemos hermanos inseparáveis…

Digo a ele que estava em plena elaboração do artigo de hoje, exatamente sobre um assunto que me nego normalmente a escrever, previsões sobre jogos, principalmente aqueles em que não me encontro participante. Mas após ler um batalhão de comentários em artigos blogueiros sobre “como jogar” esse decisivo jogo, me permito abordar alguns detalhes estratégicos, táticos por assim dizer, sobre algo que entendo um pouco, e que fatalmente divergirão das opiniões maciçamente publicadas, que em sua maioria advêm de leigos, entusiastas, torcedores, curiosos, palpiteiros, e um ou outro editorialista mais objetivo e esclarecido.

Vejamos então:

– Quatro são os pontos perigosos nesta excelente equipe argentina, seus dois armadores, seu pivô extra classe, o seu coração, Ginobili, e um sentido inigualável de conjunto e comprometimento grupal.

– Enfrentar uma equipe deste quilate exige um planejamento acurado e preciso, fatores que o Magnano domina muito bem, não fosse o mesmo um ex condutor da mesma em campanhas gloriosas.

– No entanto, poderiamos projetar umas poucas situações de fato, que se bem equacionadas propiciariam boas chances de vitória, já que concretas.

– Primeiro, brecar na medida do possível a armação argentina, normalmente veloz, muito técnica, que é exercida por um armador de oficio (Prigioni ou Campazzo), mas sempre na companhia de outro armador honorário com técnica similar (Delfino ou Ginobili), numa dupla armação efetiva e vencedora. Colar no armador de oficio, fustigando-o permanentemente, em muito comprometeria o sentido coletivista dos argentinos, pois teriam contestada sua unidade na origem. E nada melhor do que o Alex para confrontá-lo, em vez de duelar de forma desigual com um Ginobili muitos furos tecnicamente acima dele.

– Dificultando e retardando os passes iniciais dentro do sistema argentino de jogar, a defesa poderia se antecipar aos pivôs, colocando-se nas linhas de passes aos mesmos, provocando a abertura do Scola, num posicionamento onde é menos efetivo do que no interior do perímetro, obrigando a armação a um exercício inseguro e impreciso em seu ponto mais forte, o principio coletivista, pois fragmentando-o seriam invertidas  suas prioridades ofensivas, obrigando-os ao improviso, ao individualismo, no qual o Ginobili é mestre, mas não se sozinho for mantido pelo maior espaço de tempo possível, pois anulá-lo é impensável, mas tentar reduzir sua eficiência e números em pelo menos 25% em muito aumentariam as chances de um bom resultado, e para tanto somente um jogador muito veloz para antecipar suas jogadas, como o Leandro ou o Huertas, próximos em estatura ao grande jogador.

– Esse estratagema, se bem executado, equilibraria as chances, que somadas às melhores condições físicas da equipe brasileira auferiria reais oportunidades de vitoria e continuidade na competição.

Mas são conjecturas, puro exercício de um técnico veterano e com alguma experiência no grande jogo, o grandíssimo jogo.

Amém.

Foto – Colin Foster/CBB. Clique na mesma para ampliá-la.

A MILENAR ARTE DO BLEFE…

Foi uma jogada de mestre, mestre no blefe, mestres que são desde que se aventuraram nos novos mundos na busca de riquezas, terras, súditos e poder. Não à-toa ainda professam a realeza, com pompas e circunstâncias.

Seus jornais festejam o resultado, que de alguma forma incrementa um sopro de otimismo num país destroçado pelo desemprego e economia pré-falida, afinal, uma medalha de prata olímpica nestes tempos de arrocho não pode ser desprezada, ou substituída por uma de bronze, menos midiática.

Mas como mascarar uma intenção de conhecimento de todos, de forma velada  ou mesmo transferi-la a um adversário que também se beneficiaria da derrota, a não ser através de um bem estruturado blefe?  Foi o que ocorreu.

            Começou de forma arrasadora, com seus titulares em pleno, atacando e defendendo com vigor e precisão, num primeiro quarto exemplar, de 26 x 17. Perto do final deste quarto, o técnico da seleção brasileira iniciou um rodízio inesperado, com a inclusão do Raul e do Caio na equipe, assim como o Larry, concorrendo para a ampliação do placar até o fim do mesmo.

Até aquele momento, ficou parecendo ser a equipe brasileira a responsável pela diferença negativa no placar, que a favorecia numa classificação eximindo-a de enfrentar os americanos numa possível semi final, que era também o objetivo espanhol a ser atingido….

No segundo quarto, mesmo com as equipes bastante alteradas, somente três pontos as separaram, em 21 x 18 a favor da brasileira, num parcial de 44 x 38 para os espanhóis.

Voltam os europeus com tudo para o terceiro quarto, menos na clara ausência de contestações aos arremessos de três, gerando um planejado equilíbrio no marcador, que foi de 22 x 19 para eles nesse quarto, ao mesmo tempo em que começou a arrefecer seu poderoso jogo interior, face a enérgica defesa dos reservas brasileiros ávidos na mostra de serviço, e por isso mesmo inconscientemente se contrapondo a uma derrota sutilmente manipulada e até desejada pela direção da seleção. Configurou-se então o perfeito blefe, aquele que responsabilizava o grande empenho dos reservas brasileiros, face aos desgastados titulares espanhóis, a improvável vitoria, quando até uma autêntica dupla armação e um triplo jogo de alas pivôs foi empregado nos três minutos finais da partida. O placar de 25 x 10 para a equipe brasileira, por si só conota a falência espanhola, mas não explica o fato de num espaço de dez minutos uma equipe tão poderosa e experiente perder por tanta diferença no quarto, a não ser que tal resultado a beneficiasse desde sempre.

Mas porque blefe, e num jogo de tal categoria internacional?

Blefe por tentar transferir totalmente a responsabilidade de uma derrota ao adversário também desejoso de perder, dando a idéia de que jogava para valer, e que somente uma atuação inesperada e previsível por parte de jogadores desejosos de provar o que valem, por participarem pouco ou quase nada nas rotações de seu adversário, culminaria numa produção vitoriosa, e para tanto concentrou nos minutos finais da partida uma falência defensiva sem tempo hábil à vista de todos para responder em pontos, e em conseqüência vencer um indesejado jogo.

A equipe brasileira jogou com correção técnica e tática, mas não atuou com sua equipe básica, inclusive poupando sua grande estrela, ao contrario da espanhola, que atuou completa e agiu na hora que lhe interessava perder, quando já havia plantado o álibi da inesperada e surpreendente eficiência dos suplentes brasileiros desejosos de se estabelecerem positivamente no âmbito de sua equipe.

Enfim, os espanhóis não desejavam e não queriam vencer, e atingiram seu objetivo, assim como os brasileiros não conseguiram perder mesmo atuando com suplentes, numa prova cabal de que o ideal de Coubertain de muito já deixou de ser levado em conta e consideração.

Tratemos agora de buscar a classificação vencendo os hermanos para começar, deixando a cor da medalha aos desígnios de um destino manipulado e falso por definição, pois o ouro, sem manobras e desídias, creio já ter um dono.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

Em tempo – As fotos mostram as varias etapas do jogo, indo da efetiva atuação ofensiva interior da equipe brasileira, à entrada de seus suplentes, assim como a ação também interior dos espanhóis e posterior ausência de contestações nos arremessos exteriores dos brasileiros, num explicito afrouxamento defensivo, até que nos minutos finais, após investidas efetivas de seus pivôs abre sua defesa em definitivo, inclusive à enterrada final do Spliter.

O ANACRONISMO EM QUADRA…

Deveria ter sido uma excelente oportunidade para afiarmos nosso jogo interior, na comunicação e entrosamento dos pivôs (todos eles em rodízio), no jogo de passes curtos e precisos, nos DPJ’s, nas bolas de tempo, e principalmente, na sedimentação de uma opção que fatalmente nos fará muita falta daqui para frente, o jogar lá dentro, na cozinha do inimigo….

Mas Paulo, foi um treino de luxo, assim afirmam os comentaristas, e inclusive uma boa oportunidade de descansar os titulares…

Descansar aqueles que ainda não atingiram sequer 60% de suas possibilidades técnicas, e num torneio de tiro curtíssimo como este?  E desde quando jogadores desse quilate, experiência e grande valorização no meio profissional em que convivem precisam descansar numa Olimpíada?

E se foi um treino de luxo, quais os beneficiários do mesmo, os especialistas nas bolinhas? Visando o que? Superar defesas passivas fora do perímetro como a chinesa? Acham que daqui para frente encontrarão tanta moleza como a de hoje? E olha que mesmo assim perpetraram um 12/25, para o gáudio e urros daqueles que pouco percebem onde estão, onde se encontram de verdade, no âmbito da maior competição do planeta, ou não? Ah, esqueci a NBA, excuse me…

Começamos bem, num primeiro quarto que sugeria a ótima oportunidade de entrosar os grandões, movimentando-os, agilizando-os, tornando-os efetivamente senhores do perímetro interno, aquele em que os jogos serão decididos na reta final desses Jogos.

Mas não, a artilharia teria de ser azeitada, engatilhada para jogos futuros. Mas quais? Espanha, Argentina, Estados Unidos, ou pensam que reencontrarão a China mais adiante? Desculpem, pode ocorrer se disputarmos de 5º para trás…

Perdemos uma ótima chance de praticarmos o jogo que interessaria, trocando-o por um monótono tiro aos pombos, ao nível do sono (vide foto), recreativo, solto, alegre e saltitante, mas absolutamente anacrônico, dada às nossas reais e mais urgentes necessidades.

Praticamente registrei todas as bolinhas executadas, mas me reporto somente ao pequeno exemplo (fotos) de um jogador que se realiza plenamente quando arremessa de longe (hoje atingiu um 2/6…), mas retribui as facilidades “defendendo” de mentirinha, sendo batido pela direita, pela esquerda (vide fotos), repetidamente (e não só ele…), deixando uma séria dúvida em se tratando de custo e benefício para uma seleção nacional.

Mais sábios foram os dois assistentes dormindo (foto), descansando para os restantes e bem mais interessantes jogos.

Vamos ver se na segunda o treino de luxo de hoje auferirá os benefícios que esperam atingir nas bolinhas, em vez da real pratica do jogo que definirá a partida, o interno, naquela região critica que nos recusamos hoje a treinar e conhecer melhor.

Mesmo assim, continuarei a torcer pela seleção, mas sempre à luz da razão e do bom senso.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

TEIMOSIA DÁ NISSO…

Ora, ora, ora, passamos o jogo inteiro efetuando trocas na marcação, ocasionando inúmeros desequilíbrios defensivos, tanto pelas estaturas, como nas habilidades, e justo no momento decisivo uma fundamental troca não foi feita entre o Leandro e o Nenê, o que obrigaria o ala russo a colocar a bola dentro do perímetro, onde somente um arremesso de dois poderia ser contabilizado a seu favor, ou mesmo brecado pela defesa, com ou sem falta pessoal, garantindo no mínimo uma prorrogação.

O grande jogo não costuma perdoar falhas desse tipo, assim como outras cometidas de fora da quadra, com ou sem prancheta, principalmente na substituição de um jogador que custou muito a se personalizar, muito mesmo, gerando grandes desconfianças sobre a validade de sua convocação após uma naturalização recorde dentro dos critérios de nossa chancelaria, vide o caso do Shamell, que vive no país a cinco anos, casado com uma brasileira, e com filhos aqui nascidos, e que não conseguiu sua naturalização.

Pois bem, vinha o Larry muito bem na partida, incrementando o jogo interior no quarto final, penetrando tão a fundo que carregou todo o time russo para dentro de seu garrafão, levando o Leandro e o Nenê junto, provocando a virada no marcador, e o mais importante, defendendo com tanto ardor que contagiou a todos de uma forma contundente, e que teve como premio no minuto final e decisivo…o banco, pois afinal, o dono da armação tinha de fechar o expediente, o que aliás o fez muito bem até o momento da troca não realizada por aquele jogador que deveria ter saído para a sua entrada, nunca o Larry.

Se observarmos bem as fotos, veremos que no primeiro quarto jogamos lá dentro, fungando no cangote dos russos, vencendo-os por 20 x 15, e com um 3/3 nos três pontos que provocou um frisson na turma das bolinhas no quarto seguinte, onde contabilizaram um 1/6 (vide fotos) constrangedor, presenteando os russos com oportunidades de cestas que os levaram a um 25 x 12 oportuno e abençoado…para eles.

Mesmo assim, claudicantes e inseguros, conseguiram manter algum controle no terceiro quarto, mas não o suficiente para  evitar os 12 pontos em que ficaram atrás no mesmo, graças a inabilidade defensiva de alguns dos nossos, bem conhecidos aliás.

Foi a partir desse ponto que o Larry começou a se impor ao visar o interior da defesa russa, comprimindo-a, num momento em que a companhia do Huertas decretaria de vez sua falência, pois imporia um jogo de pivôs circundando todo o perímetro interno, e não somente do lado onde se encontrava o Nenê, pois nem o Guilherme, nem o Marcos iam lá dentro para a ajudá-lo (vide fotos), sendo substituídos por um improvável Larry, mas que deu certo pela ousadia e coragem, apesar de sua estatura, secundado em alguns momentos pelo Leandro.  Era o momento de um segundo pivô, com duas, três, quatro faltas, não importavam, pois jogador bom no banco não pontua, não marca e nem pega rebote, somente lá dentro, e nesse ponto, ao olharmos para o banco e vermos um Caio e um Raul que não jogam jogos desse nível, temos de parar para questionar ser uma seleção olímpica lugar para experiências ou quebra galhos, deixando na terra jogadores que poderiam ser realmente úteis e produtivos para a equipe? Claro que não, confirmando critérios por “nomes” que ainda se impõe por aqui.

Oscilação ainda é norma nessa seleção, graças a determinados jogadores muito falhos nos fundamentos do jogo, principalmente nos passes, nas fintas e no posicionamento defensivo, e que quando se encontram aos pares no campo de jogo provocam situações em tudo e por tudo favoráveis ao adversário, motivados por suas inquestionáveis fragilidades técnicas.

Mas aos poucos vamos dando valor ao jogo de 2 em 2, seguros e eficientes, abandonando o jogo prioritário dos 3 pontos, colocando-o, como deve ser colocado, como um recurso, um complemento do jogo, como temos visto nesta olimpíada, exceto pelos americanos, possuidores de especialistas nos longos arremessos, não fosse a linha dos três pontos de sua liga bem mais distante que a da FIBA, o que os obrigam a um apuro e precisão bem mais desenvolvidos.

Finalmente, como teria sido o placar se convertessem a metade dos lances livres (10/18) que erraram? Ah, mas os russos (13/24) erraram mais…Pois é.

Amém.

 

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

Em Tempo – Nos arremessos de três notar o tempo restante de ataque,

uma constante na equipe.

O REINADO DAS “BOLINHAS” VII (OLÍMPICAS)…

Creio que as imagens falam por si mesmas, pois um simples passar de olhos sobre as mesmas diluem quaisquer dúvidas que pudessem pairar sobre a insana, teimosa e burra hemorragia ainda presente sobre certas cabecinhas laureadas com uma convocação olímpica, esclarecendo os porquês de 4 pontos num quarto inicial na mais importante competição mundial, e o pior, contra uma seleção que sem muitas opções técnicas “resolve pagar para ver” o quanto de precisão ostentamos inverídica e pretensiosamente nas mãos de mais pretensiosos ainda “especialistas” na difícil arte dos longos arremessos.

Inacreditável que uma seleção com tantos potentes e habilidosos alas pivôs (que pela velocidade e agilidade não podem ser classificados de pivosões, cincões ou algo lamentavelmente correlato…), sejam boicotados por jogadores que se pretendem “decisivos” numa competição desse porte.

Observem bem as fotos (as três primeiras de uma mesma sequência), os posicionamentos, os espaços, as possíveis opções, com um “olho” no cronômetro gigantesco acima da tabela, some os tempos, dividam por 10 (número das tentativas que aqui reporto) e espantosamente obterão uma média de 8.4” de sobras de tempo para um ataque articulado, analisado, lido e inteligentemente concluído. Mas não, “confiamos no nosso taco”, afinal de contas somos os gun shooters desse torneiozinho menor, ou não?

NÃO, não são e nunca serão, pois se em 22 tentativas “livres de marcação” só concluem duas, onde se encontra a tal “especialização, ONDE? (Ah, hoje não caíram, mas amanhã cairão…)

Infelizmente não pude registrar as 12 tentativas restantes, mas que não seriam diferentes dessas que ai estão, límpidas, verdadeiras e lamentavelmente esclarecedoras sobre a realidade do quanto nos momentos sem volta o excelente técnico argentino se vê pendurado na broxa e exerce sua incredulidade declarando no pós quase desastre – “Creio nunca ter visto uma equipe fazer 4 pontos num quarto em competições desse nível…”

Pois foi o que ocorreu, e se repetir, adeus…

Logo, urge uma intervenção mais enérgica, impositiva mesmo, pois o tempo corre inexorável, e a equipe necessita utilizar seu ponto ofensivo mais forte centrado num poderoso jogo interior, melhorando sua defesa nos corta luzes, contestando o perímetro externo, otimizando o posicionamento nos rebotes, e basicamente, optando pelos arremessos mais seguros e precisos, os de media e curta distância, reservando os de longa àqueles momentos em que possam ser concretizados opcionalmente, e não como prioritários, retirando as grandes oportunidades de nosso poderoso jogo interior.

Mais um detalhe e fundamental aspecto presente nas fotos, o vazio de possibilidades de rebotes ofensivos nas tentativas de três assinaladas, demonstrando de forma incontestável a pobreza de leitura de jogo que nos assalta desde sempre, desde que implantamos o principio de “quem matar a última vence o jogo”.

Mas Paulo, e o restante do jogo, afinal, não venceram?

Bem, com um começo como aquele, qualquer equipe por menor que seja sua qualidade, se agiganta, pois presentes de natal antes do tempo não podem ser desprezados, mesmo que uma vitoria alivie tal possibilidade, mas que materializará uma derrota ante um adversário mais estruturado, e que esteja vacinado contra hemorragias infecciosas que ostentamos ainda sem cura aparente, aquela que pensamos debelada, mas que reaparece em toda sua gloriosa morbidez quando menos esperamos, mas que no fundo, alimentamos.

Corrigindo (?) essa crônica deficiência, creio que daríamos um belo e positivo passo de encontro a resultados realmente convincentes, e o mesmo deveria ser o da obediência irrestrita e comprometida ao principio básico que rege e solidifica uma equipe de verdade, a união de todos em torno de um ideal, um sistema, um comandante, de forma humilde e ética.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

Em Tempo – Recordando, se trocássemos metade das bolas perdidas de três, aproveitando 70% das mesmas em dois pontos, teríamos vencido de 20!!

 

REFLEXOS DO TREINO…

 

Diego Felipe  

Professor, o que dizer do feminino? Fico com uma sensação de déjà vu: pouca defesa exterior, nada de rebotes, ‘gatilhaços’ pouco efetivos de 3, nenhuma movimentação de bola, somente uma jogadora (Chuca) tentando trazer o jogo para o interior, uma Érika efetiva, porém tolhida pelo resto do time… seria a repetição da seleção masculina de até 3 anos atrás?(…)

Recebi esse comentário hoje junto ao artigo de ontem Os Inseparáveis Dilemas, justo quando terminei de assistir o jogo com a Rússia, quando mais robusteceu em mim a vontade de não comentar mais nada sobre esse pastiche em que transformaram o grande basquete feminino do país, basquete esse em que me tornei campeão nacional como técnico no brasileiro de 1966.

Assisti os últimos jogos da seleção, da preparação às rodadas iniciais dessa olimpíada, e o que testemunhei gerou em mim um tal estado de angústia que decidi nada mais escrever ou externar para não me magoar mais do que já me magoei. Então, prezado Diego, foi esse sentimento de tristeza e decepção o responsável pelo mutismo, pela ausência de maiores comentários sobre o assunto.

Mas, não posso negar algumas considerações ao seu questionamento, pois nunca nesses anos todos de Basquete Brasil deixei qualquer pergunta sem resposta, inteligentes ou despropositadas, negando somente as desaforadas e ofensivas, e claro, as anônimas.

O que dizer objetiva e francamente? Talvez algumas poucas verdades, não as de caráter pessoal, mas sim as de foro profissional e técnico, fatores ausentes nesta seleção tão mal administrada e pior dirigida e orientada. Aliás, não compreendo como algum técnico sério e responsável poderia aceitar um cargo tão obliterado por uma coordenação, por uma supervisão tão equivocada, tão primária, tão amadora e medíocre.

Que mais dizer sobre uma seleção que se preparou por um longo tempo e não consegue apresentar sequer um resquício de sistema de jogo, de apresentar alguns dos fundamentos básicos do grande jogo, de sequer saber aproveitar sua melhor qualidade, a honesta e sensível disposição de suas componentes em fazer o melhor possível dentro de suas limitadas possibilidades técnicas, não menciono sequer as táticas, estando receptivas a um preparo realmente técnico, e não interessado em currículos, tão mais falsos quanto as premissas de ensino e aprendizagem negadas às mesmas da forma mais pusilânime possível, pois uma seleção nacional não tem o direito de se apresentar dessa forma tão carente, tão ignorante, tão equivocada.

Se nesses três meses de pseudo trabalho, viagens desnecessárias, jogos mais desnecessários ainda fossem substituídos por um programa realmente competente de preparo fundamental, não veríamos talentos como uma Damiris se perder na mediocridade de seu jogo jamais dirigido e orientado, ensinado enfim, assim como uma pivô da qualidade de uma Erika, de uma promissora Clarissa, abandonadas em suas solitárias lutas nas tabelas, onde arremessos são perdidos por não saberem como direcionar corretamente a bola na cesta, assim como alas e armadoras que mal sabem driblar, fintar, passar, sequer arremessar com um mínimo de qualidade. O que vemos são técnicos defendendo seus sistemas de jogo (que no fundo é um só, o que sabem e pensam dominar, como um molde a ser implantado nas equipes que dirigem, ou pensam dirigir…), suas pranchetas coreográficas, exigindo de jogadoras mal e pouco fundamentadas comportamentos de alta técnica e conhecimento de jogo, que são os fatores necessários para que vinguem, ou seja, os fundamentos do jogo. Se nesses meses todos tivessem treinado somente os fundamentos individuais e coletivos, somente os fundamentos, garanto que se apresentariam num nível bem superior ao que vem apresentando de forma tão melancólica, ou acham que as americanas desenvolveriam seus sistemas sem a rigorosa fundamentação que possuem?

É o que tenho a dizer, prezado Diego, e nada mais falarei a respeito, e se o faço agora, repito, é em respeito ao seu questionamento, já que me cansei de tanta… Deixa pra lá.

Amém.

Foto – A grande diva do basquete nacional…

OS INSEPARÁVEIS DILEMAS…

Outro dia o Giancarlo Gianpetro do blog VinteUm mencionou o fato de que deveria ser prioritário que um blogueiro não devesse acessar outros blogs antes de emitir sua opinião, para não se influenciar. Bem, normalmente não sigo esse critério, pois num ponto me diferencio um pouco dos demais analistas, o fato de também ser um técnico do grande jogo.

E um técnico tem como prioridade se manter informado, no geral, nos detalhes, nas entrelinhas, nos comportamentos, nas reações, e principalmente, se dissociando das emoções puras e simples, que de uma maneira bem ampla tende a mascarar as verdades, as reais conjunturas que envolvem a competição, naquele ponto mais nevrálgico, a precisão comportamental, técnica e tática.

Nesse ponto, dois foram os dilemas que possivelmente assaltaram o Magnano nesse inicio de competição, como primeiramente deveria se comportar ante o previsto desgaste do Huertas sob a enorme pressão de uma caminhada de curta e cruel exigência física e mental, concomitante a uma genérica possibilidade prevista em todos o jogos futuros, ante a presença de um forte jogo interior através nossos excelentes pivôs, que fatalmente em determinados e estratégicos momentos sucederia um jogo exterior mais desimpedido pela enorme concentração defensiva sobre os mesmos.

Frente a estas duas fundamentais e previsíveis situações, e ante a fragilidade técnica de um inexperiente Raul, uma tendência oscilatória do Larry, previsivelmente coubesse ao Leandro ou Alex as funções de um segundo armador, atuando junto ou separadamente do Huertas quando da necessária rotação, assim como, na segunda evidência, a importante presença de um arrematador de media e longa distância naqueles momentos de alta concentração defensiva dentro do perímetro, e neste caso a escolha, também estratégica entre um encanecido especialista como o Marcelo, ou um insinuante Marcos, ambos, porém, possuidores de uma grave limitação, a defensiva.

E o que ocorreu neste fundamental jogo contra uma perigosa e tradicional oponente desde sempre? Acertaram?

Nosso jogo interior se estabelecia pujante, dominador e efetivo, assim como nossa defesa também interior, falhando, mais uma vez, na contestação exterior, quando sofreu um 4/22 nos três pontos, felizmente imprecisos, mas que não os serão contra equipes mais qualificadas nesse pormenor, e que por conta  da mencionada superioridade ofensiva interior abriu possibilidades nossas de arremessos exteriores mais desimpedidos e possivelmente mais precisos e equilibrados. Optou então o argentino pelo Marcelo, que falhou num 1/8 devastador, quando deveria, face à sua larga experiência retornar, como num bumerangue, o jogo interior brevemente desimpedido pelo afrouxamento defensivo sobre os grandes pivôs, face a sua presença presumivelmente pontuadora.

No caso do Leandro, algo semelhante ocorreria se sua atuação fosse mais dirigida à armação e não às finalizações pós penetrações nem sempre bem sucedidas, pois seus 16 pontos quase foram sufocados por erros de avaliação, leitura de jogo, e mesmo erros de fundamentos, que propiciasse a descompressão defensiva sobre nossos atuantes pivôs. Errou tanto que o Magnano o admoestou publica e enfaticamente, sem muito sucesso, alias.

Vimos então dois dos grandes dilemas que o bom argentino enfrentará dentro da realidade de uma competição que já venceu, enfrentando, sem dúvida alguma, outros tão ou mais complicados como os deste jogo.

Mas venceu, o que foi importante, não acreditando, porém, que volte a ter mais dúvidas quanto a futuras decisões de tão transcendente importância, voltando ao Marcos suas atenções e ansiada confiança, assim como poderá vir a optar por uma real dupla armação, levando para o lado do Huertas um Larry também habilidoso, apesar de oscilante ofensivamente, mas eficiente na defesa, e que poderá, em quadra, aliviar as enormes pressões porque passará o excelente armador brasileiro daqui para frente, com o Alex e o Leandro exercendo uma rotação mais comedida no ataque, ou mais combativa na defesa, dependendo do qual for escalado.

Fato é que num ponto e nevrálgico detalhe estamos muito bem no ataque, o declínio acentuado nas famigeradas bolinhas, não ultrapassando as 15 tentativas nos últimos dois jogos, fator que viabilizaria nosso pujante jogo interior, que poderia ser implementado de forma ascendente no restante transcurso da competição, o que deveria ser conveniente e decisivamente compreendido e aceito por nossa armação, como a forma mais inteligente e verdadeiramente estratégica de avançar com firmeza e determinação rumo a uma participação honrosa na maior das competições, a Olimpíada.

Dilemas são companheiros permanentes de um técnico de alto nível, e acredito que o Magnano saberá enfrentá-los com a maestria que o tornou no campeão que é. Boa sorte a ele e a equipe brasileira.

Amém.

 

Fotos – Nas duas sequências reproduzidas da TV, podemos acompanhar e analisar os equívocos ofensivos do Leandro, projetando-se sobre um forte esquema defensivo, e na segunda, o jogo de pivôs não totalmente bem aproveitado por nossa armação. Notar o quanto de possibilidades não aproveitadas por uma armação que deveria acelerar ao máximo nosso poderoso jogo interior.

Nota – Clique nas fotos para ampliá-las.

FIAT LUX…

Terminaram os segredos, os treinos secretos (exceto o jogo com a Austrália que não foi veiculado pela TV, mas o da mesma Austrália com a França foi…estranho, não?…), os “esconde jogos”, as artimanhas, as experiências táticas, os erros táticos, os falsos acertos, os contumazes equívocos, os prometidos e ensaiados acertos, enfim, à partir de amanhã ou jogamos como se deve jogar, ou…

E como jogaremos? No sistema único? Com um ou dois armadores? Com um, dois ou três pivôs? Cadenciando ou soltando o jogo? Como jogaremos?

Como os espanhóis ou os americanos? Aliás, fico ansioso pela perspectiva de ouvir narradores e comentaristas escalando de 1 a 5 os americanos, pois vai ser bastante divertido e elucidativo vê-los trocando suas arraigadas concepções do grande jogo, pequeno para alguns deles…

Mas algo salta bem aos olhos, o fato de que somente avançaremos na grande competição se de alguma forma, inovassemos. Jogando no sistema que todos jogam, sairiamos um tempo atrás contra adversários mais entrosados e experientes, ao passo que se atuassemos com algo “proprietário”, algo somente nosso, sem dúvida alguma poderíamos surpreender positivamente, ainda mais numa competição de tiro tão curto, onde contra partidas, correções e ajustes  se perdem pela premência de tempo.

Nas duas últimas apresentações aqui veiculadas, um fator sobressaiu, sugerindo uma séria mudança em nossa forma de jogar, o decréscimo drástico e oportuno no número de arremessos de três pontos, levando, por conseguinte o jogo para o perímetro interno, onde uma trinca de bons pivôs e dois ou três alas pontuadores poderiam, de 2 em 2, levar os jogos a bom e seguro termo, anulando a desnecessária sangria dos longos e na maioria das vezes imprecisos arremessos de três, reservando-os para quando as condições de equilíbrio e tempo hábil os tornariam eficientes, principalmente após passes do interior para o exterior do perímetro.

Defensivamente, uma vigilância mais precisa nas trocas, ou mesmo uma relutância às mesmas precisariam de acertos e coordenação, principalmente ante as sempre perigosas jogadas de corta luzes incisivas à nossa cesta, onde trocas poderiam provocar sérios desequilíbrios defensivos, como aconteceram nos jogos amistosos, além de uma ação zonal em alguns decisivos e estratégicos momentos dos difíceis jogos que enfrentaremos.

Por tudo isso, torçamos por uma equipe que pode  surpreender na medida em que saia, por pouco que seja de um sistema inibidor e previsível, atuando de forma diferenciada das demais, como a exemplo da americana, que não teme investir em algo realmente antagônico à mesmice globalizada que se faz presente nas duas últimas décadas. E que a palavra chave da seleção seja uma só, inovação, encorpada com muita coragem e determinação, que são os ingredientes básicos das grandes equipes, e que Fiat Lux.

Amém.

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NO FINALZINHO…

Bem no finalzinho o Magnano deixou esboçado o seu recado, talvez pelo  sentimento que assalta todo técnico que quer vencer jogos, principalmente os difíceis, mas se conteve ao olhar mais à frente, sabedor que ainda resta um embate de preparação contra um forte adversário, e que seu verdadeiro objetivo ainda pode ser contido até a hora da competição à valer, ao estabelecer uma rotatividade exagerada, encobrindo suas verdadeiras intenções.

Foi nos minutos finais que a equipe decididamente jogou lá dentro, com dois e até três pivôs e uma declarada dupla armação, ensaiada na combinação fatorial de três jogadores, Huertas, Larry e um previsível Leandro nas funções de um ainda imaturo Raul, que não entrou hoje, mas pode atuar logo mais, numa derradeira oportunidade de se firmar, o que será sumamente difícil numa árdua e áspera competição como a que se avizinha, e onde os erros têm de ser restringidos ao mínimo permitido.

Interpretando as fotos acima, podemos perceber com clareza esse exercício de mimetismo tático, onde a equipe percorreu toda uma gama de ações ofensivas, desde o sistema único (com a “chifre” em particular…), à disposição aberta e um pivô, o jogo interior com dois, e o instigante final com três, numa progressão somente possível pela surpreendente contenção nos longos arremessos de três, através um econômico (para os padrões tupiniquins…) 5/14, ou seja, 15 pontos para um total de 76, salientando-se o fato dos franceses arremessarem somente 4/9 de três, ou 12 pontos para um total de 78.

Enfim, jogaram as duas equipes de 2 em 2, privilegiando o jogo interior, seus pivôs, os DPJ’s franceses e alguns contra ataques brasileiros, provando por mais uma vez que as finalizações de curta e média distância têm de se constituir no objetivo prioritário, face aos seus altos índices percentuais quando confrontados aos de longa distância, que somente devem ser tentados em ótimas condições de liberdade e equilíbrio, para que sejam precisos e eficientes.

Defensivamente pecou a equipe na sua rotina de trocas, gerando sérios desequilíbrios, já que as coberturas se viam inócuas ante a habilidade dos franceses em provocá-las seguidamente, o que exigirá ajustes radicais para os embates em Londres, mas nada que não possa ser devidamente corrigido.

Nossos jogadores tem de entender e aceitar uma decisiva evidência sobre o fator precisão, quanto aos dribles desprotegidos, aos passes paralelos à linha final (tivemos dois deles interceptados pelos franceses), pelos arremessos apressados ou forçados de três, e pela necessidade crucial de atuarem em movimentação constante no ataque, consolidando aquele decisivo fator.

Finalmente, a desvinculação na grade de ações técnicas e comportamentais do fator arbitragem em uma competição do mais alto nível, se constitui também uma prioridade, já que pode fazer pender um resultado favorável para o adversário em face de indesejáveis e comprometedoras faltas técnicas como a de hoje contra o Huertas, que contabilizaram 3 pontos para os franceses numa vitoria de 4.

Acredito que a seleção tende a encontrar na fase inicial do torneio olímpico um planejamento estratégico razoavelmente bem estruturado, pois se tratando de um torneio de tiro curto, pouca ou quase nenhuma margem de ações equivocadas poderá ser corrigida em tempo hábil.

O jogo de logo mais contra a Austrália, sem dúvida alguma se conota da mais alta importância, por se tratar de um contumaz e duro adversário, e pelo fato maior de que a seleção precisa sedimentar seu jogo coletivo ofensiva e defensivamente, se pretende avançar nas fases da grande competição.

Amém.

 

Foto 1 – Armação do Leandro e Larry numa disposição aberta apesar de dois

pivôs.

Foto 2 – Formação inicial do sistema único.

Foto 3 – Jogo externo com arremesso de três.

Foto 4 – Jogo interior com dois pivôs.

Foto 5 – Jogo interior com dois pivôs e um ala.

Foto 6 – Jogo aberto de contorno.

Foto 7 – Um pivô dentro e dois fora.

Foto 8 – Três pivôs dentro e dois armadores fora.

Foto 9 – Bola decisiva com má opção do Larry ao enfrentar uma tripla defesa,

não tentando o passe.

Foto 10- Fechando o jogo.

 

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.