NO FINALZINHO…

Bem no finalzinho o Magnano deixou esboçado o seu recado, talvez pelo  sentimento que assalta todo técnico que quer vencer jogos, principalmente os difíceis, mas se conteve ao olhar mais à frente, sabedor que ainda resta um embate de preparação contra um forte adversário, e que seu verdadeiro objetivo ainda pode ser contido até a hora da competição à valer, ao estabelecer uma rotatividade exagerada, encobrindo suas verdadeiras intenções.

Foi nos minutos finais que a equipe decididamente jogou lá dentro, com dois e até três pivôs e uma declarada dupla armação, ensaiada na combinação fatorial de três jogadores, Huertas, Larry e um previsível Leandro nas funções de um ainda imaturo Raul, que não entrou hoje, mas pode atuar logo mais, numa derradeira oportunidade de se firmar, o que será sumamente difícil numa árdua e áspera competição como a que se avizinha, e onde os erros têm de ser restringidos ao mínimo permitido.

Interpretando as fotos acima, podemos perceber com clareza esse exercício de mimetismo tático, onde a equipe percorreu toda uma gama de ações ofensivas, desde o sistema único (com a “chifre” em particular…), à disposição aberta e um pivô, o jogo interior com dois, e o instigante final com três, numa progressão somente possível pela surpreendente contenção nos longos arremessos de três, através um econômico (para os padrões tupiniquins…) 5/14, ou seja, 15 pontos para um total de 76, salientando-se o fato dos franceses arremessarem somente 4/9 de três, ou 12 pontos para um total de 78.

Enfim, jogaram as duas equipes de 2 em 2, privilegiando o jogo interior, seus pivôs, os DPJ’s franceses e alguns contra ataques brasileiros, provando por mais uma vez que as finalizações de curta e média distância têm de se constituir no objetivo prioritário, face aos seus altos índices percentuais quando confrontados aos de longa distância, que somente devem ser tentados em ótimas condições de liberdade e equilíbrio, para que sejam precisos e eficientes.

Defensivamente pecou a equipe na sua rotina de trocas, gerando sérios desequilíbrios, já que as coberturas se viam inócuas ante a habilidade dos franceses em provocá-las seguidamente, o que exigirá ajustes radicais para os embates em Londres, mas nada que não possa ser devidamente corrigido.

Nossos jogadores tem de entender e aceitar uma decisiva evidência sobre o fator precisão, quanto aos dribles desprotegidos, aos passes paralelos à linha final (tivemos dois deles interceptados pelos franceses), pelos arremessos apressados ou forçados de três, e pela necessidade crucial de atuarem em movimentação constante no ataque, consolidando aquele decisivo fator.

Finalmente, a desvinculação na grade de ações técnicas e comportamentais do fator arbitragem em uma competição do mais alto nível, se constitui também uma prioridade, já que pode fazer pender um resultado favorável para o adversário em face de indesejáveis e comprometedoras faltas técnicas como a de hoje contra o Huertas, que contabilizaram 3 pontos para os franceses numa vitoria de 4.

Acredito que a seleção tende a encontrar na fase inicial do torneio olímpico um planejamento estratégico razoavelmente bem estruturado, pois se tratando de um torneio de tiro curto, pouca ou quase nenhuma margem de ações equivocadas poderá ser corrigida em tempo hábil.

O jogo de logo mais contra a Austrália, sem dúvida alguma se conota da mais alta importância, por se tratar de um contumaz e duro adversário, e pelo fato maior de que a seleção precisa sedimentar seu jogo coletivo ofensiva e defensivamente, se pretende avançar nas fases da grande competição.

Amém.

 

Foto 1 – Armação do Leandro e Larry numa disposição aberta apesar de dois

pivôs.

Foto 2 – Formação inicial do sistema único.

Foto 3 – Jogo externo com arremesso de três.

Foto 4 – Jogo interior com dois pivôs.

Foto 5 – Jogo interior com dois pivôs e um ala.

Foto 6 – Jogo aberto de contorno.

Foto 7 – Um pivô dentro e dois fora.

Foto 8 – Três pivôs dentro e dois armadores fora.

Foto 9 – Bola decisiva com má opção do Larry ao enfrentar uma tripla defesa,

não tentando o passe.

Foto 10- Fechando o jogo.

 

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.



16 comentários

  1. Thiago Martins de Melo 23.07.2012

    É sempre um grande prazer ler este blog! São aulas incríveis! uma pérola não só para os experientes como para nós jovens amantes deste esporte!
    Obrigado Paulo Murilo!

    Thiago

  2. Basquete Brasil 23.07.2012

    Obrigado, prezado Thiago, sua audiência comprova a intenção básica deste humilde blog, a de disponibilizar o máximo de informações técnicas que forem possíveis, principalmente a vocês, jovens técnicos desse imenso país. Anseio poder dar continuidade a esse trabalho, enquanto puder.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  3. Alexandre 24.07.2012

    Faço das palavras do Thiago as minhas com certeza !!

    Abraço a todos…

  4. Basquete Brasil 24.07.2012

    Sinto-me honrado e lisonjeado pelo reconhecimento de vocês. Obrigado de coração. Paulo Murilo.

  5. Rodolpho 24.07.2012

    Professor,

    Já que o assunto é o de ensino, que tal uma opinião sobre o modelo ideal da tão esquecida base do basketball nacional?

    Andei pensando no assunto.

    Aqui no Brasil a aliança esporte + educação deu errado, sempre. Bom atleta e bom aluno não é algo que o esporte competitivo admite pela ignorância dos que acham que estudo toma tempo de treinamento.

    Clubes são muito mais vulneráveis a política e economia do que as universidades, na maioria dos casos, e por isso a base fica comprometida com muita frequência, já que é um trabalho a longo prazo. Franca é nossa única exceção. Pra um Flamengo da vida desmanchar seu departamento de basketball não custa muito, já que é um departamento secundário (politica e financeiramente) pro clube.

    A LDO é um fiasco.

    O que o senhor acha da LNB obrigar cada clube a associar-se a uma universidade da mesma unidade da federação para a disputa da LDO?

    Assim sendo, pegar um garoto ingressando na faculdade, por volta dos 18 e o lançá-lo no profissional, entre 22 e 23, daria tempo de uma comissão técnica de um bom programa de trabalhar com paciência e sabedoria, não!? E assim o jogador universitário também teria incentivo, podendo servir o time principal, se tivesse qualidade, mas não deixando de estudar, por motivos óbvios.

    Me parece um modelo relativamente simples e barato. Não adianta copiar o modelo americano pois não é de nossa cultura, muito menos o nosso modelo futebolístico, cheio de vícios e ineficiente. O basquete é um esporte que paga muito pouco. Não vale a pena ser jogador de basquete (largando os estudos) pra quem tem oportunidade de fazer uma faculdade, que dá um futuro muito mais certo e duradouro. Quantos % dos jogadores do NBB ganham mais do que uns 3 mil reais mensais por 15 anos!?

    Tem muita gente de talento que para de jogar aos 18 anos de idade para estudar pois o futuro do atleta de basketball no Brasil é tenebroso pra quem está acostumado com uma classe média (B e C), “sobrando” o emprego pra quem não tem algo mais viável pra ganhar dinheiro.

    Exagero meu ou o senhor concorda?

    Um grande abraço e faço os mesmos elogios do Thiago e do Alexandre! Esse espaço é um oásis na mesmice da internet basketeira!

  6. Zacha Silva 24.07.2012

    Paulo,
    Fiz um post em que cito seu nome. Dá uma olhada lá no http://esporteeminhaamante.blogspot.com.br/
    Abraços
    Zacha

  7. Zacha Silva 24.07.2012

    “Esporte é minha amante”. Rs

  8. Douglas Gaiga 24.07.2012

    Olá, senhores.

    Rodolpho,

    O questionamento foi feito ao professor, mas como participante de outros debates, creio que também possa meter o bedelho nesse. No meu ponto de vista, a ideia é boa, mas inexequível. Os projetos de basquetebol no Brasil são poucos, mesmo com o NBB ingressando no seu quinto ano. Vemos que são completamente dependentes dos patrocinadores, que se baseiam nos resultados pontuais e imediatos das equipes para postergar, ou não, a continuidade do projeto. Além dessa base fraca que alicerça nosso principal campeonato, o desmanche de equipes é algo bem corriqueiro. Os jogadores passam pouco tempo em suas equipes, em busca de uma oportunidade de se firmarem (principalmente os jovens, aqueles que seriam os maiores alvos da sua ideia), e um curso de faculdade, como todos sabem, dura de 3 a 6 anos, em média. Outro grande problema está em nossa cultura, de vencer a vida rapidamente. Cada dia mais somos forçados a assumirmos responsabilidades mais jovens e buscar “vencer na vida” mais rápido, e a melhor forma de vencer na vida é estudando. Como, no Brasil, estudar e jogar são coisas antagônicas, o resultado é esse êxodo das quadras aos 17, 18 anos. Creio que com a estrutura atual, não seja possível colocar em prática tudo que foi exposto por você.

    Abraços!

  9. Zacha Silva 24.07.2012

    Ah, e o post trata justamente da mesmice nas análises esportivas no jornalismo atual…

  10. Rodolpho 24.07.2012

    Douglas,

    Não entendo isso como meter o bedelho. Acredito que o próprio editor do blog goste da interação entre todos.

    Entendo o que você argumenta, mas, por isso mesmo a entrada das faculdades no LDO (não no NBB) fosse interessante.

    Assim o atleta não se aposentaria aos 18 anos de idade. Além de estudar, teria uma chance real de um intercâmbio, participando (se merecesse) pela franquia do NBB “conveniada” com sua faculdade.

    Quantos jogadores o LDO revelou? Por onde anda o MVP da última LDO (Varejinho)? A liga é fraquíssima.

    Mesmo a equipe do NBB sendo desmontada a faculdade ainda teria um time, e a LDO também. Haveria mais tempo para uma transição.

    O que não pode é ficarmos nessa bagunça do esporte ser interessante somente à camada mais pobre da população. O basquete precisa se massificar.

    Abraço!

  11. Claudio Carvalhaes 24.07.2012

    Prezados,

    Rodolpho, respondendo a sua pergunta, que não sei se foi retórica ou não, mas Varejinho foi tentar sorte, vejam que ironia, no basquete universitário Norte-americano.
    Adiante, acho sua idéia boa, porém, se me desculpe, utópica. Creio que seja praticamente impossível a entrada de universidades tanto no NBB, quanto na LDO. Primeiro pelo fato de que se se forem as universidades estatais, esse projeto não iria pra frente, visto que a situação do ensino público no Brasil é caótica, com greves de professores, instalações precárias. Já as universidades particulares fariam com que o ciclo permanecesse o mesmo, uma vez que, sendo bem sincero, o que interessa à seus donos é dinheiro, e um eventual fracasso do projeto causaria desvalorização da marca, perda de dinheiro e consequentemente o fim do projeto.
    Penso que a vontade de fazermos uma LDO forte, deva vir dos clubes, já que são eles os criadores da LNB, e consequentemente do NBB. Um começo dessa intenção, talvez tenha sido o projeto do Pinheiros (que sinceramente nem sei se foi pra frente) de fazer uma equipe sub-21 permanente. Fazendo isso, evitamos a disputa de, quem não se lembra, “equipes de aluguel” na LDO. Os campeões e os vices, por exemplo, eram compostos em sua maioria de jogadores de outros clubes, o Fluminense e o Regatas de Campinas, respectivamente. Que benefício trouxe para a Liga ou para o clube a longo prazo, senão o título da LDO.
    Precisa-se criar uma LDO maior, e não apenas aquelas 2 semaninhas e os clubes precisam abraçá-las com seriedade. Talvez equipes sub-21 sejam um bom caminho tanto para os clubes quanto para os próprios jogadores: assim sua transição do juvenil para o adulto não será tão “covarde” ao atleta e não perderemos varios jogadores após o término de sua idade permitida na categoria de base.

    Um abraço a todos,

    Claudio

  12. Basquete Brasil 24.07.2012

    Prezado Zacha, li o artigo e o apreciei bastante. Obrigado pela menção. Um abraço, Paulo Murilo.

  13. Basquete Brasil 24.07.2012

    Prezados Douglas, Rodolpho e Claudio, sem dúvida um assunto instigante e até certo ponto complexo, pois involve um segmento que dificilmente viabilizará propostas e sugestões, quiça realizações para que o mesmo vingue em nosso país, a ausência de uma politica governamental de educação e desportos voltada ao povo, aos jovens em particular. Enquanto inexistir tal politica não avançaremos em direção ao progresso sustentável, democrático e justo. Por isso, vicejam os aventureiros, os oportunistas, os aproveitadores. E uma politica desse quilate somente nascerá através o envolvimento dos professores, técnicos e autoridades realmente capazes pelo mérito e jamais pela politica rasteira do Q.I.
    Prossigamos os debates, pois são saudáveis, oportunos e incentivadores. Parabéns a todos.
    Paulo Murilo.

  14. Rodolpho 25.07.2012

    Claudio,

    O Pinheiros praticamente desmontou sua equipe principal. Acho que só ficou o Shamel porque tá machucado, senão teria zarpado também. Mas é clube enorme, não depende diretamente do basketball. Isso faz com que o sub-21 (se ainda existir) se desvalorize, afinal a equipe principal já não tem o mesmo status.

    Num convênio Franquia-Universidade o investimento da universidade seria mínimo. Nada mais justo, pois o objetivo final seria colhido pelo clube. O clube já tem comissões técnicas, que poderia ser auxiliadas pelos profissionais da universidade, que com seus departamentos de Ed. Física, fisioterapia, nutrição, medicina, etc. teria inclusive onde qualificar seus estudantes.

    Tenho certeza que, ao menos no caso do meu estado (ES), 3 anos bastariam pra não termos uma campanha vergonhosa de 1 vitória e trocentas derrotas como no NBB4 e outra equipe que sequer conseguiu botar uma equipe em quadra (fez até bem).

    Um grupo de jogadores talentosos na faixa dos 18, com estrutura universitária já existente, aliados à perspectiva de chegar ao NBB sem largar os estudos certamente teria conseguido muito mais do que a histórica e vexatória campanha do CETAF no NBB. O mesmo se aplicaria ao Vitória (ex-Saldanha da Gama), que sequer tinha onde treinar não fossem as tetas do governo. E, pra isso, a Federação local gastou cerca de 600 mil reais, sustentando essas 2 vergonhas. Dá pra fazer coisa muito melhor com essa grana. Aliás, com metade dela.

    Vejo agora que o responsável do Mini basquete brasileiro é o filho do Carlos Nunes. Nepotismo absurdo no CETAF, no Pinheiros, agora na CBB. Se for esse o argumento, além da corrupção, falta de vontade e coisas do gênero aceito (e concordo) com os argumentos. Mas viabilidade não é problema, nem financeira, muito menos logística.

    Mais importante do que nos conformarmos com vícios é a capacidade de nos indignarmos com situações nocivas e vexatórias, “pois sempre foi assim”. Existem várias medidas simples e baratas, não há necessidade de nada faraônico para que o basketball dê certo de novo.

    Não sugiro uma revolução esportiva. Se dá certo no Volleyball por que não no nosso esporte!?

  15. Douglas Gaiga 25.07.2012

    Olá!

    Rodolpho,

    O maior problema que eu vejo realmente é a instabilidade que baseia este seu modelo. Por exemplo, o projeto de Assis perdeu seus patrocinadores e mudou-se para Suzano. Se tivéssemos uma faculdade de Assis atrelada à franquia, Suzano a herdaria? Se sim, como os atletas jogariam/treinariam em Suzano e estudariam em Assis? E se os novos dirigentes de Suzano tivessem outros planos com relação a faculdade atrelada, colocando uma faculdade de Suzano como nova parceira, mudariam todos os atletas para essa nova faculdade? Como ficaria a situação da antiga parceira, que investiu (mesmo que pouco), mas que agora tem sua marca desvalorizada pela mudança, entre outros problemas de marketing que essa mudança acarretaria? E se não houvessem os cursos que os atletas cursavam anteriormente na antiga instituição de ensino nessa nova parceira, os atletas teriam que mudar seus cursos por algum mais semelhante, ou o que fosse uma segunda (terceira, quarta, quinta…) opção (creio que muitos não gostariam de mudar seus cursos)? Se houvessem os cursos, começariam novamente, quase do zero, já que não existem regras claras para as grades curriculares (cada faculdade faz a grade que melhor lhe interessar, de acordo com as disciplinas obrigatórias, não havendo uma ordem síncrona entre elas)? Nossa, são tantos problemas que eu não consigo imaginar todos…

    Enfim, não é a nossa cultura, mas creio que o modelo norte-americano é o melhor implementado no sentido de relacionar estudo/esporte, e se quisermos fazer algo decente, teremos que nos adaptarmos e praticarmos o mesmo modelo, envolvendo também tudo que o cerca política, social, econômica, culturalmente, etc…

    Abraços!

  16. Rodolpho 25.07.2012

    Douglas, não vejo o modelo americano funcionar no Brasil. O modelo do Draft não se aplicaria aqui e o fim da universidade significaria a aposentadoria do atleta. Há uma enorme disparidade financeira entre as franquias, o que provoca ainda mais desequilíbrio na hora de contratações de destaques.

    Pra usar o exemplo supracitado por você, Assis poderia ter um convênio com uma universidade local, que “emprestaria” seu nome para os jogadores novos, assim como poderia usar o elenco com sua equipe de estagiários e pesquisadores. Nada de inviável. O atleta jogaria pela universidade os torneios universitários e não somente uma LDO de duas semanas. Isso atrairia estudantes-atletas pois estudar num faculdade que te encaminha para uma franquia do NBB (no caso, Assis) é mais interessante pro estudante. Doze bolsas de estudos é um investimento mínimo, ainda mais para o nome ser divulgado no NBB, nacionalmente.

    Se a franquia se muda pra Suzano, o estudante ainda permanece na universidade de Assis até que se resolva a transferência pra Suzano. Ai é que quero bater na tecla do estudo. O investimento da universidade foi mínimo, o aluno está matriculado e a franquia só mudaria de cidade se oferecesse a MÉDIO prazo (1 ou 2 semestres) uma transição humanamente respeitadora, não isso que encontramos na nossa base atual, com jogadores morando amontoados em buracos de ratos. A exigência de um impacto a curto prazo é uma das piores coisas para essa estagnação da nossa base, por isso a profissionalização do iniciante deve ser abominada, respeitando o aspecto acadêmico, financeiro e humano.

    A transferência de alunos já me parece bem mais avançada hoje em dia no Brasil. Com uma LNB intercedendo certamente o processo seria mais rápido e menos prejudicial na parte acadêmica. A mudança de faculdade – convenhamos – é bem menos arrasadora do que a condenação ao direito de estudar a um jovem de 18 anos, e esse direito é absolutamente vetado a quem quer seguir carreira de atleta profissional de alto nível. Uma vez em Suzano o projeto continuaria e haveria um legado importante em Assis, a estrutura, experiência e modelo a ser seguido num nível universitário, local, estadual e nacional, mas sem o foco num franquia específica.

    Repito, o que falta é solução simples e barata. Não existe necessidade de projetos mirabolantes, mas não podemos nos conformar com esse nível baixíssimo dos nossos atletas. Só estamos em Londres graças aos esforços de aberrações em talento, que NADA tem a ver com o trabalho de base feito por seus clubes, federações e confederação, mérito somente para eles mesmo, suas famílias, técnicos e companheiros. Estamos em Londres por sorte de termos atletas talentosos que venceram, mesmo abandonados.

    Abraço!

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