O DÉCIMO SÉTIMO DIA…

 

Nesta véspera de embarcarmos para São Paulo de encontro a uma realidade que nos tem sido adversa na taboa classificatória, não podemos nos dar o direito de continuarmos inertes e derrotados antes do derradeiro jogo ser jogado. Podemos e devemos superar esta fase com muito trabalho e a disposição de uma boa equipe querendo provar o seu valor, obscurecido pela ausência de comando e de um sentimento de auto-estima claudicante.

Pela manhã, propus que refizéssemos o circuito de fundamentos que apresentei no primeiro treino, para aferirmos o quanto de melhoria alcançamos na prática dos mesmos. E foi o que constatamos, uma significativa melhora na pratica dos fundamentos, principalmente nos dribles e arremessos em DPJ (drible, parada e jump).

À seguir, uma bem fornida sessão de movimentação defensiva, visando em especial a linha da bola, onde as flutuações lateralizadas se firmam a cada treino realizado. Terminamos com series de arremessos, com ênfase nos lances livres, que aos poucos vai se distanciando como um dos pontos frágeis da equipe.

Por fim, no treino vespertino realizamos o nosso único treino de conjunto, com a utilização integral da quadra de jogo, provando que o sistema de distribuição de camisas na promoção sistemática dos famosos “coletivos”, pratica disseminada pelo país dissimulada em treinamento principal de uma equipe de alto nível, pode ser perfeitamente substituída vantajosamente pelos treinos fracionados e específicos, os quais denomino como fragmentos de um sistema , onde partimos das partes para o todo, numa progressão em tudo facilitadora na aprendizagem, testagem e fixação do sistema proposto.

Finalmente o conjunto, quando seriam buscados o ritmo e a cadência impostas pelos armadores, e o sincronismo dos pivôs móveis em suas contínuas movimentações dentro do perímetro, onde as finalizações em dois pontos reinaram absolutas, qualificando os três únicos arremessos longos com uma eficiência de dois acertos.

Pronto, a primeira fase foi alcançada, talvez não suficiente para garantir vitorias neste fim de semana, mas promissora pelo comprometimento de todos na busca do tempo perdido.

Que os deuses nos ajudem, merecemos uma chance, e a buscaremos com ardor.

Amém.

O DÉCIMO SEXTO DIA…

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Retornamos hoje pela manhã ao trabalho de fundamentos para pivôs móveis, suas fintas e conclusões próximas à cesta, assim como ao trabalho de drible, parada e jump para os armadores, na tentativa válida de resgatar estes dois movimentos tão esquecidos por nossos jogadores e técnicos, voltados ao festival de três pontos que se instaurou no país.

E o fizemos com o máximo empenho, no intuito deliberado de restabelecer a importância vital do jogo de dois pontos, mais preciso do que o de três, menos glamoroso, mais de uma eficiência definitiva se bem administrado. E aos poucos, homeopaticamente, vamos reintroduzindo o salutar hábito de melhor aproveitamento em ataques físico e emocionalmente desgastantes, com conclusões bem mais precisas técnica e estatisticamente do que  a enxurrada de  tentativas de três.

Na parte da tarde, sob uma brisa que se insinuava ginásio adentro, efetuamos um duro e extenuante confronto entre defesa linha da bola e os sistemas de ataque até agora treinados, onde temos alcançado evidentes progressos, principalmente no setor defensivo, que se estabelecido em confiabilidade, servirá de base efetiva ao progresso ofensivo, decorrência natural pela alternância dominante dos sistemas, fator determinante no progresso técnico tático da modalidade.

Concluímos o treino com uma troca de pontos de vista entre mim e os jogadores, que mesmo ainda bastante contidos no exercício salutar da livre  expressão, já ensaiam uma maior participação sobre os problemas que vem afligindo a equipe, desde os técnicos até os administrativos, hábito que pretendo desenvolver ao máximo, para o benefício da equipe como um todo.

Amanhã concluiremos nossos trabalhos antecedentes a ida a São Paulo, terminando o esforço inicial proposto, e dando inicio a outro, o de provarmos a nos mesmos de sermos capazes e competentes para produzirmos resultados superiores aos até agora alcançados, numa tentativa válida que nos faça dignos de dias melhores, que com certeza hão de vir.

Amém.

O DÉCIMO QUINTO DIA…

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Recomeçamos pela manhã com os três jogadores que foram a Uberlândia ausentes, pois depois de um domingo inteiro de viagens, baldeações e longas esperas, chegaram em Vitória pela madrugada e extremamente cansados. Mas mesmo assim realizamos um bom treino, com ênfase nos fundamentos (sempre eles…), nas estruturas de uma defesa de linha da bola, e no correto posicionamento nos rebotes, ofensivos e defensivos.

Pela tarde, com a equipe completa, e sob uma temperatura mais amena no ginásio, trabalhamos os sistemas ofensivos contra defesas individuais e por zona, de forma intensa, procurando sempre situá-los o mais perto possível de verdadeiras situações de jogo, conseguidas com as permanentes instruções e orientações dirigidas ao sistema defensivo que se antepunham aos mesmos. Essa é uma atitude não muito usual na maioria dos técnicos, que em muitos casos e situações de treinamento sugerem um comportamento defensivo mais tolerante a fim de que o sistema ofensivo se beneficie tecnicamente.

Ao incentivarmos e corrigirmos ao máximo as defesas nos treinos, estaremos promovendo uma acentuada melhoria ofensiva, pois sucedendo a um domínio defensivo sempre advêm um ofensivo, e vice-versa, numa troca constante responsável pela evolução técnico tática da modalidade.

Tentaremos ao máximo nos próximos treinos, o sincronismo exigido pelos novos sistemas, fator final e difícil de alcançarmos em tão breve espaço de tempo, mas não impossível de consegui-lo, com empenho e doação integral.

E bem ao final da prática uma pergunta me foi dirigida do por que da minha ausência em Uberlândia para o Jogo das Estrelas, tendo como resposta não ser eu uma delas.

E com uma grande dose de otimismo, emanado do esforço despendido por todos nestas três semanas, seguiremos para São Paulo cônscios do dever cumprido, e prontos para lutar pelo soerguimento da equipe.

Amém.

O DÉCIMO QUARTO DIA…

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Hoje conheci o ginásio do Saldanha da Gama, um belo local, amplo e bem arejado, mas deteriorado pelo tempo e quase nenhuma manutenção. Uma pena, pois se conservado seria bem superior aos ginásios onde treinamos e jogamos. O piso ainda é taqueado, inadequado às modalidades atuais, cujas exigências na absorção de impactos são enormes. Mas mesmo assim se prestou muito bem ao treino exclusivo de arremessos, já que a ausência dos três  jogadores que foram a Uberlândia inviabilizaram a pratica coletiva planejada para hoje.

Tenho recebido inúmeros emails e comentários postados no blog sobre a constituição dos sistemas treinados por nós, em anteposição ao sistema único, utilizado pelas demais equipes. Claro que não os exporei em suas minúcias e detalhes técnicos de imediato, pois um elemento técnico de caráter inédito é um dos  argumentos mais sólidos a ser preservado perante o conhecimento técnico das demais equipes, e cujo elemento surpresa deverá estar sempre presente.

Mais adiante publicarei os sistemas sem restringir quaisquer detalhes de treinamento e preparo, assim como toda sua concepção antagônica ao sistema único. Torna-se de crucial importância para o grande jogo, que outros mais sistemas de ataque e defesa sejam divulgados, a fim de que nossos jovens técnicos alcancem uma cultura técnico tática generalista e democrática, porta de entrada à criatividade e a novos conceitos de jogo.

Segunda feira retomamos os treinamentos já na semana de reinicio dos jogos do segundo turno, onde enfrentaremos o Pinheiros e o Paulistano, em busca de uma reabilitação tão perseguida.

Até lá então.

Amém.

O DÉCIMO TERCEIRO DIA…

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Manhã nebulosa, logo um arrefecimento na temperatura ambiente permitirá uma movimentação mais intensa no abafado ginásio. E assim foi mais um treino matinal totalmente voltado aos fundamentos, com especial relevo nos passes e arremessos de curta e media distancias.

É realmente surpreendente o poder de resistência de um mau hábito técnico adquirido, quando perante a perspectiva de mudança, por mais simples que seja, principalmente quando o arremesso é o foco da questão. A intensidade nos exercícios visando o aprimoramento de sua mecânica de execução é minimizada ante a enorme dificuldade de corrigi-la se necessário for, pela evidência de um erro técnico que inviabiliza sua precisão. Trava-se então a luta desigual entre um hábito adquirido ao longo de anos de pratica intensa, e a necessidade de corrigi-lo em algumas sessões de treinamento. E é neste exato momento que entram em cena a experiência e o conhecimento do técnico, para num processo de desconstrução substituir um hábito adquirido equivocadamente por outro devidamente corrigido. Não é fácil, mas perfeitamente possível, tornando um jogador mais seguro e confiável na arte do arremesso.

Ao final da tarde, com uma temperatura bem mais amena, treinamos intensamente reposições laterais e de fundo bola, com encadeamento no sistema ofensivo contra defesa individual e por zona, numa movimentação bastante semelhante ao jogo real, tal o empenho e dureza empregues pelos jogadores na quadra. Foi um eficiente exercício de doação e comprometimento de todos, quando agora podemos afirmar com segurança estarem abertas as possibilidades reais de um soerguimento técnico tático, consubstanciado a um elevado padrão na auto estima de toda a equipe.

Infelizmente, a uma semana do reinicio da competição, e num momento decisivo de firmarmos os novos padrões duramente adquiridos, três de nossos jogadores se deslocarão até Uberlândia para exibições gratuitas e despidas de ganhos reais de técnica, desfalcando a equipe em treinos de crucial importância para sair da situação de última colocada na liga, assim como do assistente técnico tão necessário nesses treinos, todos deslocados a convite desta mesma liga, convite este que declinei pelo compromisso assumido junto a equipe num momento tão critico por que tem passado.

Mas vamos em frente com os que aqui ficaram, numa escalada que em absoluto pretendo interromper.

Amém.

O DÉCIMO SEGUNDO DIA…

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Trocamos hoje de ginásios para os treinamentos, já que o até agora utilizado, e que é onde jogamos as partidas oficiais, também recebe jogos da liga de vôlei, na qual temos um representante. O novo local, do outro lado da rua, faz parte de um complexo esportivo da prefeitura, muito amplo e bem completo, mas com um aspecto em comum, a pouquíssima ventilação, tornando o ambiente de treino abafado ao extremo.

Este opressivo fator torna os treinos matutinos pouco proveitosos, já que bastante interrompidos para a necessária hidratação dos jogadores, por isso torneio-os mais corretivos e voltados aos fundamentos, principalmente os arremessos, ponto frágil da equipe, que é voltada aos de três pontos, subestimando os de dois pontos, que são aqueles que mais enfoco nesta retomada.

Como em quase todas as equipes que dirigi, alguns jogadores apresentam sérias deficiências nos arremessos, fruto de má iniciação e uma quase completa ausência de correção no passar dos anos, fixando hábitos muito difíceis de tirar. Nessa equipe são dois os casos incluídos nesse lastimável pormenor, mas, como em todo bom desafio, vamos enfrentar e corrigir tais deficiências. Muita observação, trabalho e insistência, temperada com doses maciças de paciência, por certo corrigirão os dois talentosos, e ainda muito jovens jogadores.

No treino da tarde praticamos nossa defesa linha da bola em confronto com o novo sistema que adotaremos para o restante do campeonato, sempre realçando as boas intervenções defensivas, que quanto mais efetivas forem, maiores serão as possibilidades de sucesso de uma ofensiva sob estudos e prática intensa.

De repente sou avisado de que o treino deveria ser encerrado em 15 minutos, pois o local seria utilizado por uma equipe feminina de vôlei, deixando no ar a sensação de que muito ainda teremos de caminhar na direção de um sentido profissional na concepção do termo. Parei um treino que crescia em intensidade, por força de uma claudicante e equivocada hierarquia administrativa. Paciência.

Aos poucos algumas mudanças se fazem sentir no âmago da equipe, e uma das mais importantes é a constante troca de informações entre os componentes dos quintetos que se enfrentam nos exercícios de ataque e defesa propostos, numa demonstração de profunda participação e interação coletiva. Aos poucos o comprometimento do grupo vai se impondo, o que é algo digno de se admirar.

Trabalho que segue, seguro e responsável, digno e irrepreensível.

Amém.

O DÉCIMO PRIMEIRO DIA…

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Que calor infernal, o suor flui abundante e desgastante, o treino tem de ser interrompido amiúde para a necessária hidratação, e todo esse cenário transcorre num ginásio cuja ventilação é seriamente comprometida, multiplicando os efeitos nocivos entre os jogadores.

Claro que a produtividade decresce naturalmente, exigindo que o foco na execução dos movimentos propostos seja otimizado ao máximo naqueles poucos momentos de superação ante uma temperatura elevada. E estão conseguindo, numa doação elogiável e promissora.

Trabalhamos pela manhã o que defino como academia do arremesso, onde através exercícios conjuntos e individuais corrigimos posicionamentos, empunhaduras, controle direcionais, força e trajetória dos arremessos curtos, e de  media e longa distâncias, reservando um tempo apreciável a um dos pontos fragilizados da equipe, os lances livres.

No trabalho vespertino, contando com 14 jogadores pela primeira vez, alguns voltando de contusões, treinamos o novo sistema contra defesas zonais, cuja adaptação é sabidamente lenta, exigindo muita paciência, atenção e sincronismo, fator que define os bons sistemas ofensivos.

E mesmo nestes trabalhos conjuntos, são observadas as acuradas execuções dos fundamentos do jogo, fazendo com que todos os fixem trabalhando e repetindo seus sutis detalhes diariamente e por toda suas vidas de jogadores.

Espero que possamos seguir com todos os jogadores capacitados fisicamente, em direção a um amanhã pleno de reabilitação, de confiança, e de muito trabalho.

Amém.

O DÉCIMO DIA…

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Sem conseguir passagem aérea do Rio para Vitória, tive de viajar de ônibus por toda a madrugada, a fim de estar presente no treino de hoje às 10 hs da manhã no recomeço dos trabalhos, depois do intervalo de três dias para o descanso reivindicado pelos jogadores.

Mas não pudemos treinar, de acordo com uma norma administrativa ( o ginásio pertence a Prefeitura) exigindo a presença de um funcionário graduado no local, o que não ocorreu. Uma lástima, pois apesar da presença da equipe, mais um treino pratico foi desperdiçado, substituído por uma longa exposição técnico tática promovida por mim junto a equipe, detalhando, expondo e discutindo os sistemas defensivos e ofensivos  que empregaremos daqui para diante.

No entanto, dois fatores tendem a colocar algum risco ao progresso do trabalho, algumas contusões, e pequenos desajustes quanto ao cumprimento de horários por parte de alguns jogadores, mas nada que não possamos corrigir no devido tempo, conclamando a todos para o grande esforço comum na busca do soerguimento da equipe, tarefa maior que teremos de enfrentar.

No trabalho da tarde fomos mais fundo na aplicação de alguns princípios defensivos que desenvolvi através muitos anos, baseados nas flutuações lateralizadas, e não as longitudinais à cesta de ampla aceitação entre nós. Esta concepção defensiva depende crucialmente destes dois conceitos contrastantes dentro do principio da linha da bola, exigindo um árduo treinamento e atenção constantes, mas cujos efeitos altamente positivos compensam todos os esforços despendidos em sua aprendizagem.

Logo a seguir trabalhamos com afinco o novo sistema ofensivo, ainda em fase de junção dos fragmentos praticados separadamente, utilizando a técnica das partes para o todo, comprovadamente aquela que melhor se coaduna à uma mudança radical por sobre um sistema enraizado por longos anos de pratica. Trata-se de uma tarefa difícil, mas absolutamente não impossível.

A equipe tem respondido com empenho e interesse, meio caminho andado para seu soerguimento.

Amém.

O NONO DIA…

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Numa reunião de trabalho da comissão técnica, e com um representante dos jogadores participando, um dos temas abordados foi o da folga nos dias carnavalescos, onde o argumento dos jogadores era o da enorme fadiga causada por 19 dias de quatro jogos e treinos intensos, e tudo sem um dia sequer de descanso. Aceitei em acordo com os demais componentes da CT, e pararemos três dias, recomeçando na próxima terça feira.

E fomos para os dois treinos do dia, o nono dia de um projeto desafiador em toda sua conformação técnico tática. Combinamos mudar o modo e a maneira de jogar, e estamos conseguindo levar a razoável termo essa pretensão, que vem exigindo o máximo de esforços da grande maioria da equipe, que só não atinge o total pelas contusões e decorrentes recuperações.

Pela manhã praticamos de forma liberta de cadeiras e obstáculos, e em formação de duplas, toda uma gama de fundamentos previamente treinados, e cujo teor abrangia todos que compõe o grande jogo em seu desenvolvimento.

À tarde, onde por força de algumas forçadas e justificadas ausências só pude contar com nove jogadores, o que forçou uma mudança, e conseqüente adaptação à programada inclusão dos dois fragmentos que faltavam para a complementação do sistema proposto. Mesmo assim o apresentamos em meia quadra e sem marcação, tão somente as poucas regras que o compõe  para o entendimento setorizado do mesmo, e para que durante a folga os jogadores estudem sugestões e plausíveis adaptações baseadas em suas experiências de muitos anos no sistema único de jogo, agora confrontado com um outro de concepção  diametralmente oposta  a ele. Esta confrontação teórico pratica é que definirá os movimentos básicos do novo sistema, que sendo aceito por todos o tornarão factível e democraticamente reconhecido.

Quando um técnico propõe uma ruptura técnico tática a uma equipe adulta contrapondo a um novo sistema os hábitos profundamente adquiridos pela longa pratica de execução de um outro, jamais deverá impor tal mudança sem o desvinculamento de seus jogadores daqueles hábitos, pois corre o risco de ver ruírem ambas as experiências. Cabe então usar o processo de substituição progressiva, lenta e pausadamente, de um habito por outro, mantendo sempre os pontos concordantes, basicamente os fundamentos comuns a ambos, mas diferenciados em sua aplicabilidade especifica.

Ao se atingir tal objetivo, a equipe se situará em um novo patamar técnico tático, sem perder o sentido básico do controle dos fundamentos, mesmo sob a influencia de um novo sistema e os diferenciados hábitos a serem adquiridos.

Trata-se de uma troca sutil e particularíssima, que exige um bom planejamento e aferições e avaliações constantes e detalhadas, e que por certo, auferirão a equipe uma nova postura, um novo recomeço, novas e plausíveis esperanças.

Voltaremos na próxima terça feira.

Amém.

O OITAVO DIA…

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A ordem do dia de hoje é por em prática o pouco que assimilamos até  agora, não importando os resultados em si, mas avaliando melhoras na técnica individual dos fundamentos, principalmente no drible, nos passes, no posicionamento defensivo, nos bloqueios de rebote, nas fintas e nos arremessos de media e curta distâncias.

São fundamentos imprescindíveis ao sistema que pretendemos adotar, com particularidades intrinsecamente ligadas aos mesmos, claro, sem esquecermos da pratica dos demais, num tour de force cansativo e suado. É o tipo de preparo que bem define quais e quem de todos os participantes se comprometeram no progresso da equipe, que até o momento posso afiançar numa simples afirmação, todos.

Todos em tese, pois uma coisa é observarmos o empenho no trabalho técnico, outra é avaliarmos do quanto de aceitação estão realmente imbuídos, pois ainda não tenho a capacidade de ler mentes, apenas constatar reações em mínimos detalhes nas execuções e no desenvolvimento das tarefas propostas.

E essas observações me fazem otimista de que a proposta está sendo convenientemente captada, pelo simples fato da acentuada melhoria coletiva no domínio dos fundamentos tornar-se uma palpável realidade a cada dia que passa, inclusive no reconhecimento deles próprios. E isso é simplesmente encorajador.

Organizei movimentações táticas em meia quadra, sem e com marcação, forma indicada para observações corretivas sem dispêndio de detalhes, que seriam perdidos em movimentações de quadra inteira, inicialmente para o sistema defensivo, e depois para juntar os três fragmentos do ofensivo desenvolvidos anteriormente.

E aos poucos, pacientemente, vamos montando esse sofisticado puzzle, onde nem sempre a peça escolhida é que se encaixará nas primeiras tentativas, e sim mais adiante, quando o esboço da arte final estiver encaminhado e minuciosamente estabelecido.

Observação direta, indireta, objetiva e coerente, são fatores determinantes nessa fase de ajustes e realizações, num trabalho exaustivo e profundo, somente levado a bom termo ã luz da experiência, aquela bem especifica de ser valida, por ter sido integralmente vivida.

Vivamos então nossa instigante experiência.

Amém.