OS CONTÍNUOS E ESTÉREIS DUELOS…

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Fica chato, por repetitivo, comentar jogos iguais, monocórdios taticamente, onde as possíveis variáveis de um bem jogado jogo se restringem a duas, o duelo desenfreado nos chutes de três, e o pagar para vê-los na pratica, sistemática e sofregadamente perpetrados pelos dois  contendores, e talvez uma terceira, quase insignificante, a dura luta dos pivôs pelas sobras do festim vindo lá de fora…

Um dos técnicos pede um tempo, e enfaticamente pede a “mexida” da bola, da jogada, na troca de passes, buscando melhores posicionamentos para arremessos mais equilibrados, livres se possível, para logo na jogada subsequente uma pedrada de fora ser desferida, na maior, como se nada tivesse sido dito e pedido segundos antes, e que caindo ou não, encontra no estrategista a mesma feição de que nada é com ele, e sim de quem está lá dentro, e até esboça um sorriso quando a dita cuja, equilibrada ou não, afunda na rede adversária, e ai sim, por sua conta e graça, vide os aplausos escancarados que executa, na maior, noves fora os air balls e falhas em profusão (18/54 de três, 11/31 para os paulistas e 7/23 para os fluminenses), num jogo, que repito por mais uma vez, contava com bons e fortes pivôs em ambas as equipes, coitados, destinados às sobras e esporádicos duelos 1 x 1, sob a imobilidade presencial dos demais jogadores, numa surda torcida pautada pelo “se vire por ai”…

Claro, que a equipe da casa, mais “acostumada” com as manhas e cantos de seu ginásio, acertava as bolinhas com mais frequência, ainda mais com o pagar para ver de seu adversário, e mesmo agindo na reciprocidade defensiva, viu a turma fluminense se perder em tentativas, não só de fora, como as kamikases infiltrações de um americano mais para presepeiro do que armador de ofício, que deveria ser sua real posição, claro, na existência de um sistema minimamente confiável…

Ao final, o técnico fluminense pede um tempo, muitos pontos atrás no marcador, e ajusta sua equipe para… o jogo seguinte, contra o Pinheiros, numa ação que determina o encerramento dessa analise, pois nada a mais poderia ser dito…

Em tempo – Foram 27 erros de fundamentos entre uma bolinha e outra (11/16).

Amém.

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A CONVERGÊNCIA VITORIOSA…

 

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Bem, caros leitores, tanto insistimos, com afinco e dedicação muito além da média, que, enfim, para gáudio da turma trovejante dos “monstros”, “gatilhaços”, “soberbos tocos”, e da grande, senão maioria, parcela daqueles que se acham doutores no grande jogo, atingimos o topo da evolução técnico tática que tanto defendem e perseguem com sofreguidão, aquela que determina a convergência como o grande padrão a que temos de nos sujeitar daqui para frente, pois nesse emblemático jogo entre Franca e Flamengo, pela primeira vez, de outras vezes que se sucederão, duas equipes da elite do basquetebol tupiniquim conseguem juntas, arremessar mais bolas de três do que de dois pontos, numa façanha digna do “chega e chuta” às mais renhidas peladas do atêrro, claro, sem demerecê-las com tão tosco exemplo perpetrado pelas duas representantes da LNB/NBA…

 

Meus deuses, foram 24/58 arremessos de três (8/26 para Franca e 16/32 para o Flamengo), contra 28/57 de dois pontos (18/33 e 10/24 respectivamente), numa prova irrefutável e indesculpável da falência defensiva externa nesse jogo exemplar às avessas, quando o prenúncio estratégico levava o encontro para baixo das cestas, como deveria ter acontecido, frente aos muitos bons pivôs em confronto, mas que por indesculpável omissão dentro, e por que não, fora da quadra também, optaram pelo desafio ensandecido nas bolinhas, principalmente no quarto final, quando bastaria que uma delas, se bem treinada e dirigida, forçasse o jogo de 2 em 2, ao mesmo tempo que contestasse os longos arremessos do adversário, sem temer as penetrações (que valem 2 pontos, às vezes 3), levando a partida para um impasse, onde a frieza e o equilíbrio emocional determinaria seu final, que ficou mais do que claro através a potencia pontuadora do Benite e do Marcos, pouco ou nada contestados, principalmente neste quarto final, e que na figura do primeiro nada deixou de saudades do afastado, briguento e veteraníssimo capitão, com vantagens acentuadas, por ser um forte e sempre bem posicionado marcador, ser ambidestro na armação e tão bom, ou melhor nas bolinhas, principalmente as mais rápidas…

 

Franca se deixou cair na armadilha de um duelo insano nas bolinhas, quando possuidor de um sólido jogo interior com seus pivôs e alas pivôs habilidosos e cheios da energia dos 21/23 anos, apta a defender fora e dentro do perímetro, porém ainda muito suscetível na aceitação da blindagem interna, que exige dobras sucessivas, quando o forte de seu adversário se estabeleceu externamente, como sempre vem fazendo na liga…

 

Então, como definir este jogo como brilhante frente a 33 erros de fundamentos (19/14) e a dolorosa realidade do abandono defensivo externo, propiciando a “liberdade” ansiada pelos gatilhos em confronto, como?…

 

Quem sabe, aceitando, como os estrategistas parecem aceitar nas bolinhas o seu éden existencial, simbólico fator que justificaria o corporativismo que os une, profissional e tecnicamente, onde a mesmice endêmica se torna garantidora de um status inamovível e refém da nossa conquista de ontem, a convergência mais do que nunca real e vitoriosa, fruto da dolorosa omissão defensiva, que mais lá na frente, nos irá cobrar altos juros quando no enfrentamento internacional, a começar pelo olímpico em nosso quintal, onde esses torneios da Fiba Americas e ABAUSA, com a maioria das equipes formadas em aeroportos, nada somam técnica e taticamente, a começar pela também inexistência defensiva lá fora do perímetro…

 

Porém, o mais impactante nesta semana foi a declaração do técnico do São José sobre a derrota para Limeira no Globoesporte– –(…)” Vejo essa irregularidade muito no estado psicológico. Porque tem que ter um ar de energia no time. Esse ar de energia não está transbordando. Ele está interno ou pouco. Esse fator faz a diferença. Às vezes, você sofre uma falta e cai. Com a gente, sofremos uma falta, a bola bate no aro e sai. Isso é fator psicológico. Não é treinamento a mais. Os caras estão se dedicando, mas essas situações são momentos. Momentos de lado psicológico. É muito difícil apontar para outra coisa. Você vê neles que, às vezes, o cara quer e não consegue. Estamos trabalhando com a psicóloga e tentando fortalecer ao máximo os jogadores que estão presentes” – comentou (…) .

 

No entanto, num dos últimos tempos que pediu na partida comentou com os jogadores – “Eles estão tirando o meu armador e não tenho outro para colocar”, isso dito ao lado do “outro” armador, o Rafinha… Sensibilidade psicológica é isso ai…

 

Amém.

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SHILTON, SHILTON, OU A CRONOLOGIA DO DESCASO…

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Foi um jogo que, aparentemente, anunciava algo de novo (?) que se insinuava, ainda de forma débil, na forma de jogarmos o grande jogo, e quando inseri a interrogação acima, é porque a antevi e pratiquei cinco anos atrás no pequeno Saldanha no NBB2, numa ação que não foi bem varrida para baixo do tapete da história, pois um pozinho foi esquecido, e que ameaça se transformar num poeirão, claro, com outros “descobridores e criadores” táticos, para os quais copyrights existem para serem copiados, claro, sem menções de autoria, conceituando melhor, plágios, puros e simples, mas com um fator restritivo muito sério, o de ouvirem (e até gravarem) o galo cantar, sem, no entanto, reconhecerem onde se encontra o poleiro…

Isso posto, vamos aos fatos deste jogo exemplar, onde a equipe carioca resolveu, com acerto, jogar na dupla armação de verdade, com dois especialistas, Laprovittola e Benite, e três homens altos, Meyinsse, Marcos e Alexandre, infiltrados no perímetro interno, em constante movimentação, num entra e sai da bola rápido e incisivo, desmontando a que é considerada a melhor defesa da liga, e implementando uma substancial melhora em seu setor defensivo, face a grande mobilidade e combatividade interior, onde até o Marcos, notório mal defensor, se inseriu no contexto de luta de seus companheiros, aumentando a eficiência defensiva de sua equipe, inclusive, aleluia, nos rebotes, mas que sofreu uma grande queda com as entradas do Marcelo e do Hermann, quem sabe, insatisfeitos com a reserva, ou mesmo, sabe-se lá, com os problemas financeiros da equipe…

A equipe mineira também tentou, mesmo dentro de um rígido sistema único (que o Flamengo também usou, porém agindo mais livre na leitura de jogo) a formula da dupla armação e pivôs transitando no interior, com uma e decisiva diferença, o isolamento e descoordenação dos mesmos, além da inferioridade técnica, se relacionados com os cariocas, além de uma teimosa “obediência tática” que confundia fluidez com passes de contorno, muitos passes, sem a verticalização utilizada com sucesso pelo seu oponente…

Por estas razões, foi um jogo de poucos arremessos de fora (7/17 para os cariocas e 3/17 para os mineiros), que foram menos eficientes nas finalizações interiores (36/32 respectivamente), mas perdendo 10 lances livres contra 4 de seu adversário. e nesse ponto é que devemos ressaltar o fato insólito de toda a torcida rubro negra saldar efusivamente seu ex jogador Shilton pelos 0/7 lances livres perdidos, logo ele um pivô exposto a tal situação em todas as suas atuações na liga, que pela combatividade deveria ser um bom executante de lances livres, e que não o é desde sempre, mesmo passando por três equipes profissionais, fora as que pertenceu na base, sem que, em nenhuma delas tivesse esse problema atenuado, ou mesmo resolvido, exatamente pelo conceito que vigora em nosso basquetebol, de que jogadores da elite não precisam treinar e praticar os fundamentos do jogo, onde os arremessos são a cereja do bolo dos mesmos…

Concluindo, vimos um jogo priorizando o jogo interno, com homens altos transitando continuamente dentro do perímetro, e uma dupla e eficiente armação, que já se tornou uma bem vinda evolução de nosso jogo, somente aguardando que novos sistemas superem o “único”, desgastado pelos polegares, punhos, chifres e outras mais jogadas, que no frigir dos ovos, sempre foram as mesmas, dentro das quadras, ou rabiscadas freneticamente em pranchetas midiáticas e absolutamente estéreis…

Espero que evoluemos, um tanto tardiamente, confesso, porém muito triste e decepcionado por não ter tido a oportunidade de acelerar esse processo do qual fui o introdutor na liga, com todo o conhecimento didático e pedagógico de tê-lo desenvolvido e aplicado por quase 40 anos, não encontrando nesse imposto e coercitivo afastamento, nenhum movimento que o explicasse no âmbito dos técnicos, mas quem sabe agora com a anunciada, já pronta e deliberada ATBB – Associação de Técnicos Brasileiros de Basquetebol (pela sigla, técnicos extrangeiros estarão de fora? Pois se assim for, não se tratará de uma associação voltada prioritariamente à técnica, e sim um pseudo sindicato orientado às garantias empregatícias, o que seria uma pena, um grande desperdício, pois visaria a manutenção do corporativismo existente, vide os 15 magníficos do “mais alto escalão da modalidade no país” que a organizaram, onde a garantia de mercado priorizaria todo seu esforço e interesse, que tenho a mais absoluta certeza dezenas, ou centenas, de técnicos amariam participar de sua formação…), quem sabe poderia explicar “os porquês” de meu silencioso afastamento da profissão, da qual sou, talvez e academicamente, dos mais graduados no país, e uma das provas ai está, transparente e clara na utilização de sistemas de jogo por mim desenvolvidos, e somente lembrados através os artigos e videos deste humilde blog e de um Giancarlo Giampetro do blog Vinte Um, em seu solitário reconhecimento do quem é quem no grande jogo neste imenso, desigual e injusto país…

Mas como muitos dizem e afirmam – vamo que vamo, deixando a memória, o reconhecimento e o mérito para trás, onde devem sempre estar, não importando neste processo a negativa de exercício profissional (por conta de contra partidas?…) a que todos tem direito, se graduados e competentes, mesmo exercendo o contraditório, assim como eu…

Amém.

Fotos – Paulo Murilo. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

 

CONVERGÊNCIAS…

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Faltavam poucos minutos para o final do jogo, quando o técnico de Bauru pediu um tempo para alertar a equipe da reação do Flamengo, e orientar uma cadenciação do jogo dali para diante, a fim de refrear o ímpeto do forte adversário. O lateral é batido e na investida a seguir, e com mais de 15seg de posse de bola, seu melhor finalizador queima um arremesso de três, erra, propiciando o temido contra ataque carioca. Pede um novo tempo para advertir o jogador, quando deveria tê-lo sacado da equipe, dando aos demais o recado direto, e fazendo com que o mesmo, no banco, refletisse sobre a importância da obediência tática, quando essa se faz estrategicamente necessária. Algumas vezes agi dessa forma em equipes que dirigi, e somente uma vez fui levemente contestado, quando o caminho do jogador foi mudado do banco para o vestiário, sem maiores debates…

Menciono esse fato como o fator que definiu o jogo, quando a equipe paulista optou priorizar o jogo interno (26/44), apesar dos 9/27 arremessos de três, que é a sua marca nessa competição, tendo convergido muitas vezes, e de forma maciça, enquanto seu adversário, também agindo fortemente dentro do perímetro em três quartos da partida (18/37 de 2 e 24/29 lances livres), optou equivocadamente no quarto final pelas bolinhas (8/26), não exercendo o paciente e mais preciso jogo dos 2 em 2, originando, frente a forte contestação de Bauru, muitas falhas de arremessos, permitindo os contra ataques que selaram seu destino no jogo…

Neste jogo em particular, Bauru mudou bastante sua habitual característica pontuadora de fora, utilizou mais seus bons pivôs, otimizando seus ataques, que mesmo frente às 18 bolas perdidas de 3, soube compensá-las com uma forte defesa interna e também externa frente aos bons e técnicos jogadores cariocas, que em vez de seguirem o exemplo dos paulistas, preferiram retornar ao habitual jogo de fora, errando em demasia e perdendo justamente o jogo, testemunhado por um técnico, que não soube (ou não quis) refrear as desesperadas bolinhas, que foi o mérito maior do técnico adversário…

Foi um jogo bastante didático, provando mais uma vez que, com boa vontade e bom senso, pode-se mudar um pouco essa medonha realidade que vem prejudicando nossa forma de jogar o grande jogo, bastando desenvolver um misto de coragem e audacia, para atingirmos um outro patamar, uma nova e promissora realidade…

No jogo do Paulistano na Argentina, pela Liga das Américas contra os mexicanos do Halcones, somente uma observação anexada à imagem postada – Equipe convergente (18/31 de 2 e 11/32 de 3) não vence grandes torneios, pois trata-se de uma simples questão aritmética, onde seu adversário efetuou 27/44 e 5/11 nas mesmas conclusões- Nada mais poderá ser dito…

Amém.

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AD INFINITUM…

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Prezados, estou prestes a não comentar mais jogos neste linear NBB7, não só pela mesmice técnico tática estabelecida pelo corporativismo existente, e refratário a qualquer iniciativa, ou tentativa de subvertê-lo, pois até os novos técnicos incorporados já o aceitam na sua forma mais estrutural, agora acrescida da convergência mais explicita possível, quantificando e qualificando o “chega e chuta” como a mais “inovadora” estratégia de jogo, não fosse a mesma um trágico vestibular do que nos aguarda, num futuro que está logo alí, ano que vem, nas olimpíadas caseiras…

 

Que por serem caseiras, tudo do melhor planejamento e preparo da base a elite deveria ter sido desenvolvido e implementado para nossas formações desportivas, três ciclos olímpicos atrás, hoje enganadas e aviltadas por um bando de aventureiros que anteviram, previram e reagiram no sentido do enriquecimento rápido e indolor para seus bolsos e dos que se abasteceram, e ainda se abastecerão da cornucópia financeira, incontrolavelmente voltada a tudo aquilo que passe longe dos verdadeiros artífices da grande competição, os jovens atletas de ontem, hoje e amanhã…

 

Por conta deste desastre com dia e hora marcada para acontecer, menos, é claro, para os mega construtores, industrias do lazer, turismo e outros mais, que já contabilizam seus enormes lucros, como executores de uma festança para os que nos visitarão, fora ou dentro das arenas desportivas, reservando caríssimos legados que serão, e por muito tempo, pagos pelos impostos de um povo generoso e bom, porém mal educado e ainda arraigado a bolsas-felicidade, de triste e injusta realidade…

 

Então, ao assistirmos jogos e mais jogos da LDB e do NBB, nos damos conta da estratificação e solidificação de uma maneira de jogar absurdamente imposta coercitivamente à formação de base, jovens e veteranos jogadores, técnicos e professores iniciantes e experientes (?) também, através um sutil viés técnico administrativo, comandado por uma elite (?) de técnicos, dirigentes, e de uma ENTB, em torno de verbas oficiais com suas obrigatórias contra partidas, algumas das quais poderiam explicar os porquês de tanto atraso na modalidade…

 

Enfim, fatores outros também poderiam ser apontados, no entanto, e em se tratando do grande jogo, sérios aspectos o vem ferindo de morte, onde o sistema único e a inestancada hemorragia das bolinhas se sobrepõem nesse triste momento por que ele passa, onde além de tudo, técnicos primam por altamente discutíveis intervenções técnicas, onde ficam demonstradas carências básicas de treinamento e planejamento de jogo, de equipe, dando a entender que dentro da globalização do sistema dos polegares, chifres e punhos, todos deveriam estar aptos a torná-lo vencedor, e quando não, mais aptos ainda para conquistar vitórias através a chutação de três, onde são incentivados  a se considerar “especialistas”, num crasso e monumental erro de raciocínio e presteza técnica…

 

Vide estes dois recentes jogos, Uberlândia e Brasília (91 x 74), e  Pinheiros e Mogi (81 x 88), quando no primeiro, os mineiros, corretamente priorizaram seu forte jogo interior, onde alcançaram 26/49 nos 2 pontos, 9/22 nos 3 e 12/16 nos lances livres, enquanto os candangos conseguiram 12/29, 8/29 e 26/31 respectivamente, numa convergência teimosa e perdedora frente a uma equipe de seu nível…

 

Pinheiros e Mogi foi outro exemplo dessa “nova” tendência convergente, onde os 15/29 de 2, 10/31 de 3, e 21/29 nos lances livres, não foram suficientes para a equipe paulistana levar de vencida o Mogi, que converteu 10/38, 7/15 e 29/34 (exatamente por insistir no jogo interno) respectivamente, vencendo a partida merecidamente, e que não encontrou em seu adversário uma organização uniforme e coletiva de jogo, como sempre preconizou seu técnico, que está encontrando sérios problemas para exequibilizá-la, e por isso apostando no jogo externo de alguns de seus jogadores, que, no entanto, vêem suas habilidades finalizadoras obstadas quando contestados de perto, como agiu a equipe de Mogi em muitas ocasiões dentro da partida…

 

 

Portanto, como toda seleção nacional reflete firmemente a realidade da modalidade em seu país, comecemos a por as barbas de molho desde já, pois a continuar essa brutal derrama de inconsequentes e até, irresponsáveis arremessos do meio da rua, onde jogadores, técnicos, agentes, diretores e mídia especializada os incentivam acaloradamente como a “arte do jogo”, junto aos tocos e enterradas, lembro aqui dessa humilde trincheira que, até estudos e pesquisas venham provar que tais “habilidades” se sobrepõem aos clássicos fundamentos do jogo, do grande jogo, todos direcionando os jogadores à precisão e domínio técnico, e consequentemente tático do mesmo, desde a formação de base a elite, pouco ou nada alcançaremos ad infinitum no campo pátrio, muito menos internacional, nos reservando o papel de pseudos “especialistas de fora” (e talvez nem isso se contestados, e o serão, de perto), já que incompetentes para “lá dentro jogarem”, por não termos técnica e técnicos atuantes que os habilitem a fazê-lo, pois coercitivamente afastados e marginalizados, conheço alguns que o fariam, e como, mas…

 

Amém.

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AS NUANCES DO GRANDE JOGO…

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Semana de muito NBB e a LDA com o Flamengo em Cancun defendendo seu título de campeão, numa campanha que poderia ter sido esmagadora, mas por conta de seu vício nas bolinhas chegou até a perder o jogo final de forma para lá de bisonha…

Trata-se de uma equipe que detém, talvez, o mais forte jogo interior da liga, mas por conta da volúpia de fora de alguns de seus jogadores, normalmente torna difícil jogos que venceria folgadamente se…

 

Se tomasse uma boa ducha de humildade ao reconhecer que lá dentro, onde são imbatíveis, venceriam quase tudo, claro, se os “especialistas” consentissem, e seu técnico se impusesse…

 

Vale a pena mencionar a substancial melhora coletivista da equipe, ao ter de volta na base, o Alexandre, defensor mais gabaritado que o Marcos, e presença determinante nos rebotes e no jogo interno, sendo por essas razões o jogador mais regular da equipe, assim como o acerto do Laprovittola na serventia aos pivôs e nos seus eficientes DPJ’s…

 

Por outro lado, pudemos testemunhar, por mais uma vez, o quanto de caótico se tornam os sistemas de jogo das demais equipes, centradas em americanos ¼ de bomba, e determinados a aparecer no mercado, e que para tanto, nem o sistema único de jogo que praticam desde sempre, obedecem…

 

No NBB, muitos foram os jogos apresentados nas mídias,  porém, para não cansar o leitor, e a mim mesmo, desde que a mesmice endêmica se encontra solidamente mantida, somente destaco o fato de que, aos poucos, a convergência vem cedendo espaço aos arremessos de 2 pontos na maioria das equipes, o que não deixa de ser uma boa noticia, ainda mais se levarmos em conta o fato de que se não mudarmos essa evidência, pouco ou quase nada alcançaremos na busca do soerguimento  do grande jogo em nosso país, refém que se encontra de uma mesmice técnico tática endêmica, e de dolorosa existência…

Mesmice esta, que também vem existindo na meca do grande jogo, os Estados Unidos, e numa escala em muitos valores superiores à nossa, mas, que encontrou num técnico revolucionário, a resposta que se faz necessária, não só no no gigantesco mundo universitário, como nas seleções nacionais, onde conceitos e princípios técnicos e táticos estão sendo quebrados por ele, o Coach K, que agora alcança a incrível marca de 1000 vitórias em sua carreira, feito inédito em seu país, e respeitado por todos aqueles que ainda se encantam e amam o grande jogo…

 

Finalmente, uma grande alegria, na presença de dois dos três jovens advogados num almoço por mim oferecido a eles, como reconhecimento da ajuda que me ofereceram quando do processo de perda de minha casa, aqui relatado no blog, um dos quais, o Frederico Martins (Fred), ex jogador por mim dirigido no Barra da Tijuca, passando às minhas mãos o convite para a sua posse no próximo dia 29 em Brasília, como juiz federal, numa atitude que me deixa orgulhoso e absolutamente convicto do valor dos desportos na formação do caráter e da força motriz dos jovens a eles dedicados, fatores reconhecidos por ele num momento tão importante de sua vida profissional. Parabéns Fred.

 

Amém.

 

 

OS HÍBRIDOS SISTEMAS…

 

 

 

 

 

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O basquetebol é um jogo eminentemente tático, no aspecto coletivo e no individual também,que se bem estruturado estrategicamente, talvez não encontre comportamentos similares dentre os desportos coletivos, pelo dinamismo e complexidade de suas ações…

 

E por ser dinâmico e complexo, suscita estudos, pesquisas e discussões sem fim sobre como praticá-lo com um minimo de lucidez e bom senso, fatores aqueles, que são falseados na medida em que estes dois básicos ítens sejam negligenciados, transformando o grande jogo num pastiche do que deveria ser executado dentro de uma quadra…

 

Neste NBB7, temos 16 equipes que professam ardentemente o sistema único, pois a maioria esmagadora de seus técnicos e jogadores o praticam desde as divisões de base, e mesmo aqueles que vem de fora, brasileiros ou não, também o praticam, por ser o mesmo o grande, gigantesco legado herdado da NBA, com sua profunda penetração midiática global, que nem mesmo uma competente contrafação liderada pelo Coach K na direção das últimas seleções americanas, conseguiu ainda abalar sua monolítica concepção de privilegiar os embates de 1 x 1, a mola mestra do espirito competitivo e comercial da mega liga, onde o estrelismo quase sempre supera o coletivismo, vide aqueles grandes astros que quebram e superam recordes, enquanto suas equipes perdem jogos e campeonatos, mas claro, onde as pouquíssimas exceções não contam, como deveriam contar…

 

Então, perante este pouco discutido quadro, podemos avaliar com bastante precisão, o quanto de dificuldades encontram todos aqueles muito poucos técnicos, aqui e acolá, quando decidem mudar, reformular o grande jogo, quando se deparam e passam a lidar com jogadores, analistas e mídia especializada, onde todos professam (por não conhecer, ou não se interessarem por outros caminhos), o sistema único universalizado pela NBA…

 

Dificuldades estas que entravam, por exemplo, a ação transformadora de um Marcel, na tentativa de inclusão do Sistema de Triângulos, sistema de jogo onde o dinamismo e constante movimentação dos jogadores se torna ação básica e fundamental, mas encontra graves vícios técnicos arraigados nos mesmos, por conta de anos e anos de sistema único, com seus chifres, punhos, camisas,etc, e muito pouco apreço pelos fundamentos, a não ser aqueles que os fascinam pelo reconhecimento midiático, as enterradas, os tocos (ambos que não devem ser considerados fundamentos, e sim recursos), e o nirvana de todos, as bolinhas de três, facilitadas e incentivadas pela ausência contestadora e defensiva, outro óbice respeitável de nossas alienadoras contradições…

 

Neste jogo, Pinheiros e Limeira, somaram-se todos os aspectos acima abordados, onde Limeira, fugindo de sua habitual artilharia de fora (5/13), encontrou em seu adversário a frágil contra partida de 4/23 nos três pontos, deixando de lado um promissor jogo interno (20/41, com 28 pontos no garrafão), pela qualidade de seus pivôs (onde mais se evidenciam os princípios dos triângulos), enquanto seu adversário concluía 27/49, com 32 pontos “lá dentro”, vencendo o jogo, com direito a assistir seu oponente se perder em sucessivas tentativas de três, em vez de aplicar o sistema proposto por seu técnico, para de 2 em 2 se aproximar no placar…

 

Quando nos deparamos com um resultado, como no jogo Ceará e Bauru (109 x 67 para os paulistas), no qual 70 arremessos de 3 foram perpetrados, com somente 28 acertos por ambas as equipes, e onde Bauru superou a convergência com 18/29 arremessos de 2 e 21/38 de 3, sendo incensado pela mídia pelo recorde de 21 bolinhas num jogo, numa prova contundente da nulidade de um dos mais, se não o mais, importante dos fundamentos individuais e coletivos, a defesa, fica no ar um questionamento transcendental – Que basquetebol estamos praticando?…

 

Fundamental se torna que o “nosso” basquetebol evolua para sistemas de jogo realmente inovadores, audaciosos, corajosos, frutos de muito estudo e experiências práticas, em todas as categorias, da base a elite, e profundamente ligados ao ensino profundo e permanente dos fundamentos, que são a amalgama do grande jogo, e domínio dos técnicos de verdade, que são aqueles com a capacidade adquirida na teoria e na pratica de mudarem conceitos, até paradigmas, na busca da verdadeira essência do jogo, e não superficiais adaptações da mesmice endêmica que viemos atravessando desde sempre, as quais, perante a dura realidade de nossa deficiente formação, dentro e fora das quadras, nos fazem reféns da mesma…

 

Porém, jamais nos esqueçamos que nosso basquete de elite reflete a nossa formação de base, muito diferente da verdadeira linha produtiva baseada no desporto colegial e universitário  americano e de muitas outras nações, onde professores e técnicos encontram a matéria prima básica a ser trabalhada, não só para a competição, como para a vida cidadã, que é um direito de todos, direito este inserido, inclusive, em nossa Constituição Federal…

 

Até lá, continuaremos a exercer sistemas híbridos, com um pé cá e outro acolá frente a nossa realidade, na qual maiores voos sempre serão “adaptados”, nunca reformulados e reprogramados de verdade, que deveriam ser os caminhos percorridos, mas claro, pelos que sabem, e não pelos que pensam saber, nunca esquecendo que só improvisa quem sabe, quem domina com presteza e sabedoria os instrumentos do ensino e da consequente aprendizagem, que não sendo assim, se transforma em “chutação”, na mais plena acepção do termo, midiático, ou não…

 

Amém.

Fotos – Reproduções da WEB (LNB). Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

 

 

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O PIVÔ DE TRÊS…

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Aguardo com curiosidade os próximos embates na Liga das Americas, para ver se, contra as melhores equipes desse torneio (as montadas em saguões de aeroportos não contam…), a hemorragia funcionará como aqui tem funcionado, para ai sim, concluir do acerto dessa escolha por parte de nossos estrategistas, que desde já vem condenando, por mais uma geração, nossos jovens e talentosos pivôs a meros pegadores de rebotes e sobras junto às cestas, para gáudio da turma que apóia a midiática realidade das bolinhas, das enterradas monstros, e dos tocos monumentais, esquecendo que, no basquete sério e vencedor, são as bolas de media e curta distâncias que definem os campeonatos, incluso os lances livres e a menor incidência possível nos erros de fundamentos. Mas ai é exigir demais dessa turma analfabeta do que venha a ser o grande jogo…

Vejamos um lídimo exemplo neste jogo na figura da equipe paulista, que converteu 36 pontos de 2 e 36 de 3, em 35 tentativas para ambas, numa pequena diferença de 6 pontos entre elas, deixando no ar uma questão aritmética, se levarmos em conta serem os arremessos curtos e médios muito mais precisos que os longos, a de que bastariam concluir a metade dos 23 erros nas longas bolas, ou 22/23 pontos possiveis pela proximidade, para vencerem por mais larga margem de pontos, o mesmo valendo para seu adversário com seus 19 arremessos falhos de 3 pontos. Mas como ser isso possível no âmago do raciocínio rasteiro e imediatista dessa turma que se apossou do grande jogo, apequenando-o ao triste papel de uma equivocada competição de tiro aos pombos?…

Fico realmente pesaroso com o destino dessa geração muito alta, ágil e veloz, refém de uma artilharia insana e estúpida, privando a ela e as que se sucederão, o desenvolvimento de suas habilidades, a não ser que, como alguns vem se insurgindo, aderindo ao que todos fazem, incentivados ou por conta própria, abrindo para participar do festim, dando surgimento a uma nova opção de jogador, ou o da posição 6, o pivô de três…

Mas voltando ao jogo, fico me perguntando onde os candangos foram pescar um armador absolutamente anárquico como o La Monte, que posta na internet seu treino de 25 bolas de três, e no jogo para valer erra 6 fundamentos de passes e drible, e que foi o cestinha de sua equipe, ao preço do seu desmonte tático, que já não era dos melhores (vide a dualidade de comando em seu banco…) agora também dividido dentro da quadra pelo mesmo, com os também tradicionais esgares contra a arbitragem, que mais para frente poderão custar muitas técnicas fatais em jogos decisivos. O cara realmente é impressionante, não pelo que fez ou fará, mas pelo que pensa ser, e absolutamente, não é…

Amém.

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A ARTE DE PERDER…

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Foram iguais nos rebotes, 34 para cada um, e erraram bastante 14/11, num jogo que poderia pender para qualquer um dos dois, um pouco mais para os candangos, se não se atirassem de cabeça nos 3 pontos, abrindo mão de um jogo interior onde era mais forte, ágil e dominador. Mas, a estratégia das bolinhas ainda se ressente dos dois que de lá saíram, deixando o Guilherme meio solitário nas mesmas, porém cercado de novos “especialistas”, ou pelo menos,os que se julgam ser…

Mais difícil ainda tentar entender um erro repetido à exaustão, não só pelos candangos, mas por muitas outras equipes quando no quarto final, com poucos pontos à frente, ou atrás no placar, desandam nas bolas de três, visando ampliar ou reduzir diferenças, que perante o baixo percentual de acerto desses arremessos, tendem fortemente ao erro, quando tentativas de 2 pontos, mais próximas à cesta qualificariam os ataques pela maior precisão e eficiência dos mesmos, que se paciente e inteligentemente exercidos, alcançariam resultados bem mais consistentes…

Mais não, e mesmo com a conivência dos técnicos, continuam a tentar um tipo de arremesso altamente crítico quanto à direcionalidade, que diminui na medida do distanciamento, equilíbrio e contestação sobre o mesmo, sendo por isso uma habilidade para muito, muito poucos jogadores…

Temos melhorado aos poucos nas técnicas do grande jogo, quando já atuamos com dupla armação ( sofri críticas e mais críticas ao preconizar e praticar sua utilização…), pivôs mais ágeis, rápidos e flexíveis (também uma luta solitária aqui dessa humilde trincheira…), e técnicas defensivas individuais e coletivas mais sofisticadas (pelas quais pago o preço da marginalização…), porém ainda bem distantes das melhores escolas de basquetebol de outras nações, aspectos esses que necessitam ser trabalhados por professores e técnicos mais qualificados e melhor ainda, formados em cursos de conteúdo mais específico, dentro ou fora das universidades, e não diplomados ou provisionados da forma mais superficial ora existente…

Enfim, pouco a pouco estamos nos reencontrando com nossa histórica tradição no grande jogo, quando ainda teremos um longo caminho pela frente, faltando mais uma batalha a ser vencida, a de melhores técnicas e estratégias a serem introduzidas no preparo de jogadores desde a base, e de sistemas de jogo, ofensivos e defensivos diferenciados e voltados à criatividade e permanente leitura de jogo, lastreados pela pratica constante e intensa dos fundamentos do jogo, em todos os segmentos, da base a elite, indistintamente,  sendo toda essa empreitada liderada por técnicos de verdade, advindos do mérito, e não do institucionalizado Q.I…

Amém.

 

“FILHO DA P…”, P.Q.P”, “SAPATÃO”, E TUDO COM DIREITO A ECO…

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Dentre os duzentos e poucos convidados, fora os quatrocentos pagantes (eu e meu filho fomos dois deles), a maioria era de torcidas organizadas (quem sabe fazendo parte dos convidados…), que com a vastidão deserta da arena de concreto, encontrou eco poderoso e repetido à exaustão, para suas bem sortidas e educadas mensagens, principalmente junto a muitas crianças presentes ao lado de constrangidos pais, num lastimável coro de ações comuns aos estádios de futebol, nunca  numa quadra sem alambrados de basquetebol…

Lá pelas tantas, quando o jogo endureceu, e os técnicos iniciaram sua tradicional pressão na arbitragem, seletivamente à juiza escalada (não constatei nenhuma peitada no árbitro do jogo, o enorme Pacheco, que não são bestas…), foi dado o sinal para que os altamente qualificados “torcedores” iniciassem seu ofensivo e tronitruante coro de ofensas e palavrões, que ecoavam dominantes naquela deserta caixa de ressonância…

E nesse momento, não aceito a negativa de serem alguns técnicos os responsáveis detonadores desse comportamento, com sua atuação e gesticulação alucinada e desequilibrada fora da quadra, insuflando, por querer ou não, a massa circundante. Não à toa a equipe do Palmeiras cumpre suspensão de público por invasão e agressão a árbitros, não esquecendo  o pedido de seu estreante técnico para que a apaixonada torcida do futebol prestigiasse os jogos, a fim de tornar seu ginásio num caldeirão de emoções, dando o resultado que deu, e continuará dando…

Além do mais, muito engraçado aquele monte de seguranças, em pé e sentados, todos de frente para as torcidas, num espetáculo risível por terem às costas um imenso ginásio, vazio…

Mas Paulo, e o jogo cara?

Bem, aconteceu um jogo altamente previsível, dos muitos que tenho retratado e comentado por aqui, quando empregam o mesmo sistema de jogo, as mesmas jogadas, os mesmos comportamentos, até que num determinado momento uma das equipes inova, para bem ou para mal, no caso o Paulistano, que não sei se por cansaço, ou vicio corriqueiro, abriu mão de defender o perímetro externo, dando ao Marcelo e ao Hermann os espaços para seus longos arremessos, que de certa forma decidiram a partida. Inadmissível permitir que uma notória equipe convergente (19/36 de dois pontos e 13/34 de três) tivesse tanta liberdade externa como teve o Flamengo, que de sua parte teve o mérito de blindar bem seu garrafão aos ataques dos voluntariosos pivôs paulistas. Se calor fez foi para ambos, e a temperatura dentro da arena até que não estava elevada, mas nitidamente os paulistas jogaram a toalha da condição física no terceiro quarto, quando a partida foi decidida…

E por falar em convergência, que tal os 21/32 de 2 e 14/33 de 3 de Bauru em Macaé, dando continuidade na saga que vem “revolucionando” o basquete tupiniquim, “justificadamente”, segundo alguns, numa escalada autofágica que nos arrependeremos lá na frente, quando de nossas seleções nacionais, é só aguardar o desfecho…

Amém.

Fotos – Própria autoria. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.