O QUE REALMENTE INCOMODA…
(…) Deixamos muito de marcar. É muito difícil jogar contra uma equipe como o Bauru sem defesa – disse Neto ao site oficial do Flamengo (…) em 10/3
(…) Não me preocupo com a quantidade e sim com a qualidade. O dia que tivermos dois arremessos de três e 500 de dois forçados, aí sim, vou ficar incomodado. Temos ótimos arremessadores de fora e procuramos explorar bem isso” (…) em 8/3.
Pois bem, teve 6/17 de três e 23/47 de dois e perdeu um jogo em que seu adversário conseguiu 13/24 e 20/42 respectivamente, tendo suas bolinhas contestadas em sua maioria e permitiu livre ação do oponente lá de fora, e o pior, “dentro” também, e decisivamente.
A equipe paulista tanto contestou os arremessos de três dos cariocas, principalmente os do decisivo Marcos, que mesmo marcado por um Larry com a metade de seu tamanho, aproximando-se ao máximo de seu drible antecedente ao arremesso, tirando seu notório enquadramento (ação esta mantida pelo Gui mais adiante), que optou junto aos seus companheiros pelo jogo interno, onde a lentidão do Caio, frente aos velozes pivôs teve bloqueadas diversas tentativas de cesta pelas seguidas dobras que sofreu, permitindo os decisivos contra ataques que definiram a partida.
A equipe do Flamengo não soube explorar e concluir seus ataques interiores (confiando em sua artilharia externa…), ao contrario de Bauru, que imprimindo grande velocidade sobre a lentidão defensiva do Caio, e mais adiante a fraqueza posicional do Shilton, viu o placar se estender a seu favor sem maiores contestações, mesmo nas conclusões exteriores, que eram executadas na mais absoluta liberdade, como as do Gui, com seus longos, elevados e ousados arremessos de três, demonstrando que se encaminha celeremente para se tornar um especialista nessa difícil e eletiva forma de arremessar.
Enfim, provou a equipe carioca que encontra enormes dificuldades no jogo ofensivo interno, quando enfrenta dobras sobre o lento, apesar de muito técnico, Caio, e a pobreza fundamental do Shilton, tendo somente no Alexandre sua válvula de escape naquela zona restritiva, além dos contra ataques motivados pelas falhas ofensivas de seus adversários e lampejos do Benite e do Kojo nas esparsas penetrações.
A direção técnica do Flamengo deveria se preocupar, e muito, com a substancial melhoria de seu jogo interior, mesmo que custe “500 forçados arremessos de dois”, em vez de apostar suas fichas nos seus quantitativos e qualitativos (?) arremessos de três, que como pudemos ontem atestar, podem ser efetivamente contestados por quem se determinar a fazê-lo. Bauru topou, e venceu, muito bem, aliás…
No outro jogo, entre o Tijuca e a Liga Sorocabana, que só consegui assistir o primeiro tempo, algo de muito grave chamou a atenção dos poucos torcedores que lá continuaram, a triste e inacreditável atuação do técnico (?), ou gerente, ou proprietário da equipe paulista, sempre dentro da quadra sob os olhares compassivos dos juízes, gritando, vociferando e ofendendo publicamente seus próprios jogadores, como o americano Dawkins, pequeno e mirrado armador americano, retirado da quadra embaixo de impropérios e dedos na cara pelo enorme e musculoso trei…sei lá que definição dar. Gostaria de vê-lo agir daquela lamentável forma com um cara do seu tamanho, como um daqueles fracos (tecnicamente) jogadores de sua equipe, tão massudos como ele. Aliás, não acredito que os mesmos se equiparassem em grosseria e mau exemplo ao seu, vamos assim dizer, técnico…Simplesmente lamentável.
Amém.
Em tempo – Foram 30 erros de fundamentos no jogo entre o Flamengo (17) e Bauru (13). Incomoda, ou não?
Fotos – Divulgação da LNB e reprodução da Tv. Clique nas mesmas para ampliá-las.