O FATOR TÉCNICO…

Técnica, táticas, sistemas, estratégias, jogadas, todo um mar de (des) conhecimento que cercam atitudes, discursos, posicionamentos, omissões, vazios testemunhos, vazias conclusões…

A CBB tem um antigo/novo presidente, que não seria mais novo/antigo do que seu oponente perdedor, iguais, xipófagos da mesmice administrativa que nos vem esmagando nos últimos 20 anos, e com uma resultante técnica que dificilmente será ultrapassada, o continuísmo técnico tático que ai está,  formatado e padronizado desde sempre, da formação de base às seleções, expurgando qualquer resquício de algo novo, instigante, ousado, corajoso, que o confronte e rivalize…

A LNB, com sua LDB recém finda, projeta um futuro mais amplo para os jovens abaixo dos 22 anos, porém um fator tem de ser encarado com rigor, ou seja, a proibição de todo aquele jogador, independendo de idade, que fazendo parte de equipes da LNB em seus NBB’s façam parte das equipes da LDB, quando ai sim, estaremos promovendo o desenvolvimento daqueles que aspiram lá chegar, e não utilizando os já graduados na liga superior, para auferirem títulos que perdem em valor se comparados com a verdadeira finalidade de uma liga de desenvolvimento, a de propiciar o amadurecimento de novos valores, que é o fator técnico que realmente importa para o soerguimento do grande jogo…

Mas algo tem de mudar, tem de ser redimensionado no cenário da técnica formativa da base, e das equipes ranqueadas, onde declarações equivocadas podem rapidamente desencadear o fator técnico agora exposto, senão avaliemos o testemunho do técnico do Flamengo após a fácil vitoria de sua equipe contra a Liga Sorocabana, numa matéria de Fernando H.Lopes para o blog Bala na Cesta de 8/3/13, comentando o fato de sua equipe ter arremessado mais bolas de três pontos do que de dois, numa convergência de arremessos que grassa célere e perigosamente em algumas equipes da liga maior:

(…) O técnico José Neto, por sua vez, disse que não se preocupa muito com a quantidade excessiva de chutes de fora da equipe (para se ter uma ideia, só o ala Duda tentou 10 bolas longas, acertando três). “Tivemos uma quantidade grande de arremessos de três, mas todos foram bem trabalhados. Não me preocupo com a quantidade e sim com a qualidade. O dia que tivermos dois arremessos de três e 500 de dois forçados, aí sim, vou ficar incomodado. Temos ótimos arremessadores de fora e procuramos explorar bem isso”, afirmou o comandante rubro-negro (…).

Convenhamos ser um argumento completamente destituído da mais ínfima lógica, já que todo o trabalho para que os longos arremessos eclodissem se restringiram ao “chegar e chutar”, ou simplesmente trocar dois ou três passes circundantes e arremessarem, ante a mais completa ausência defensiva externa, em vez de aproveitarem a circunstância da maciça presença defensiva no perímetro interno, para desenvolverem um eficiente jogo de pivôs, mesmo como preparação para embates mais fortes no futuro, quando realmente precisarão desse tipo de ação, frente a defesas bem postadas (…) O dia que tivermos dois arremessos de três e 500 de dois forçados, aí sim, vou ficar incomodado (…)

Bem, nesse caso, incomodada e de forma grave deverá ficar sua equipe, que se privada dos longos arremessos ante defesas de verdade, tiver de atuar no âmago do perímetro interno sem o domínio e o conhecimento técnico e tático necessários, como ocorre, não só com a sua, mas na grande maioria das equipes da liga, que absolutamente pouco sabem como jogar “lá dentro”, e que pensam saber jogar “lá de fora”…

O fator técnico é o grande enigma que teremos de solucionar para que nosso basquetebol volte às grandes competições com boas margens de sucesso, tanto as nacionais, como, e principalmente, as internacionais. Até lá, seria prudente e de bom senso que certas declarações ficassem presas ao sábio e inteligente mutismo…

Amém.

Fotos – O Presidente reeleito da CBB e a reunião da Comissão Técnica da LDB discutindo a nova forma de competição .

I OFICINA – INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Pessoal basqueteiro que vêm para a I Oficina, atentem para o seguinte:

– Não retardem suas inscrições, remetendo seus dados para o email oficinabasquetebrasil@gmail.com , afim de que possamos organizar o grupo de forma antecipada, projetando os materiais necessários para o perfeito desenrolar da mesma.

– A inscrição também poderá ser feita no local da Oficina, que estará aberta à partir de 8hs do dia 28/3.

– O pagamento antecipado até o dia 20/3 terá um desconto de 10%.

– Os pagamentos poderão ser feitos por depósito bancário (Favorecido – Arteducação Empreendimentos Artísticos e educacionais – Banco do Brasil  Agência 1579-2  Conta Corrente 36016-3  CNPJ 13.299.910/0001-69) ou cartão de débito/crédito no próprio local da Oficina.

– Se o pagamento for feito por depósito bancário, envie por scaner a copia do recibo de depósito, assim como seus dados de endereço, telefone para contato, para o email acima.

– Para os que vierem de fora do Rio, uma boa solução é pesquisar hotéis, pousadas e hosteis baratos nos sites abaixo:

hotelurbano.com.br

booking.com

logitravel.com

Tentem escolher hotéis no trajeto da linha 1 do Metro, nos bairros de Botafogo, Flamengo, Laranjeiras, Catete, Glória, Centro e Tijuca. Copacabana já atinge valores mais altos, assim como Ipanema e Leblon.

Na cantina do ginásio do IEFD/UERJ, poderão adquirir uma boa alimentação caseira ao preço nunca superior a R$ 9,00 (Nove reais), e no Self Service no nono andar da UERJ, onde se encontra o IEFD, a refeição é cobrada a R$29,90 o Kg. No entorno da UERJ existem muitos outros locais onde são servidas refeições de boa qualidade e bom preço.

Como a Oficina transcorrerá na Semana Santa, os deslocamentos nos transportes públicos não enfrentarão grandes transtornos, mesmo com a grande quantidade de obras pela cidade, principalmente no entorno do Estádio do Maracanã, onde se encontra a UERJ.

Enfim, poderemos projetar um grande sucesso para a I Oficina, e aguardamos a presença de todos aqueles que acima de tudo amam o grande jogo. Até lá então.

Amém.

Panfleto – Clique no mesmo para ampliá-lo.

A I OFICINA À CAMINHO…

Faltam 24 dias para a nossa I Oficina de Aprimoramento do Ensino de Basquetebol, e as inscrições começam a chegar, principalmente de outros estados, o que nos deixa otimista com a repercussão da mesma junto aos jovens técnicos, e os veteranos também, todos aqueles que ainda continuam a acreditar que o grande jogo possa se soerguer da situação falimentar em que se encontra. Vamos todos discutir, estudar e aprimorar o ensino dos fundamentos, dos drills, dos sistemas, dos conceitos, para que ao final do quarto dia possamos nos posicionar positivamente frente aos enormes desafios que teremos, todos, de enfrentar, humilde e corajosamente, numa pequena, porém honesta participação e muito trabalho, para que o grande jogo retorne ao seu lugar de direito no cenário do desporto nacional.

Nos encontraremos no próximo dia 28, na UERJ, se inscrevam, e leiam os detalhes aqui.

Um abraço a todos.

Amém.

 

Fotos – Clique nas mesmas para ampliá-las.

O MOTO CONTÍNUO…

Enfim vi um jogo, e não gostei nem um pouco do que vi, ou melhor, testemunhei constrangido. Claro que tenho de considerar o valor do titulo conquistado pela equipe de Bauru, que foi justo dentro das proporções e proposta técnica apresentada pela mesma, principalmente no aspecto defensivo no interior do perímetro, mas mantenho a impressão inicial, cujas fotos aqui incluídas caracterizam a triste realidade que nos asfixia determinantemente. São quatro fotos de uma sequência que foi mantida durante todo o jogo, não, durante todo o torneio, onde um ataque de branco arremessa de três, outro de azul responde na mesma moeda, voltando o branco à faina dos três, respondido pelo azul, branco, azul, bran… num moto contínuo, que nem a ciência conseguiu exequibilizar, mas nós, na hemorragia dos três, estamos conseguindo…

E com tudo isso, porque técnicos de pé, sentados ou ajoelhados em frente a uma indefectível e estelar prancheta, apõem traços, rabiscos e borrões, num moto contínuo às avessas para nada, quando conscientes ou inconscientemente aceitam uma realidade que poderiam rigorosamente evitar em nome do bem jogar o grande jogo, fora e dentro do perímetro, com sólidos fundamentos incutidos nos jogadores, quando os arremessos de três seriam, e através daqueles pouquíssimos especialistas, uma opção tática, e não um conceito, quase um dogma que nos auto-impusemos irresponsável e obtusamente…

Numa continha bem primaria e simplificada, contém os 40 minutos de um jogo normal exatos 2400 segundos a serem disputados, que num mais simplificado ainda exemplo constituiriam 100 posses de bola de 24 segundos, 50 para cada equipe. Quando num jogo, não só de adultos, mas de jovens também, 61 posses de bola geram o mesmo número de arremessos de três (na decisão de hoje foram 18/61), pela continha simplificada sobrariam 39 posses para os de dois, confirmando que algo de muito sério e perigoso está ocorrendo no nosso basquete, mas que para uma determinada mídia, se complementados com enterradas magistrais, constituiriam a essência do jogo, a rota que deveríamos seguir para 2016, o exemplo maior para nossos jovens, abandonados à própria sorte de um basquete destituído de sua estrutura mater, os fundamentos.

A contagem final desse torneio em Brasília atingiu números estarrecedores:

`- 56/206 arremessos de três em 4 jogos (27,1%), ou 14/51,5 na média.

– 135 erros de fundamentos, media de 33,7 por jogo (inadmissível).

Logo, o que teria pensado o Magnano lá presente, frente a essa realidade, principalmente na defesa exterior (foram arremessadas 206 bolinhas em quatro jogos) para as próximas seleções, e mais adiante 2016 (?)…

Que fique o alerta, a luz vermelha que deve ser levada seriamente em consideração, não aquela que sinaliza uma câmera de TV ligada, tão ao gosto de performáticos técnicos, mais preocupados com suas imagens de estrategistas, do que formadores de jogadores, papel inferior voltado àqueles simplórios abnegados que persistem na luta pelo grande jogo…

Mas estes, se acionados estrategicamente na busca do nosso soerguimento, jamais permitiriam essa realidade que aí está dissimulada em projetos elitistas e restritos a uns poucos e corporativados estrategistas, simples assim…

Concluindo, mais triste ainda é ver uma final jogada num ginásio para 15000 pessoas, literalmente vazio, quando poderia ser em um local mais realista e adequado, liberado a outros jovens escolares para terem como exemplo o basquete que apresentaram (?)…

Melhor não, seria uma covardia…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

A FRAUDE (PELA TERCEIRA VEZ) CONSENTIDA…

 

Não sei bem porque, talvez por gostar de basquete, que ainda teimo em dar uma espiada no tal Desafio de Habilidades que antecede o Jogo das Estrelas do NBB.

Mas algo me despertou a curiosidade, naquele aspecto que mais prezo no grande jogo, seus fundamentos, e o drible em particular. Anotei aqui no blog a forma irregular que levou o jogador Fernando ao bi campeonato nos desafios anteriores ao de hoje, e inclusive o Sportv, através seu comentarista de arbitragens, o Renatinho, veicula nos intervalos dos jogos que transmite, pequenos vídeos onde explica detalhes das regras, e um dos primeiros versa exatamente sobre a colocação da mão impulsionadora por baixo da bola durante a ação do drible, constituindo a infração de conduzir a bola, não permitido pelas regras do jogo, mas que também caracteriza a infração de andar com a bola, pois ao imobilizá-la em sua mão interrompe sua trajetória descendente de encontro ao solo, quebrando o binômio ritmo/passada exigido durante o deslocamento do jogador driblando a bola.

E de novo aconteceu a irregularidade, dando o tricampeonato ao jogador Fernando Pena, que voltou a se utilizar desse estratagema que por suas características de supressão de um ou mais dribles, conota um ganho precioso de segundos, garantindo um menor tempo de execução do movimento (vejam os dois artigos anteriores aqui e aqui).

Assim como nas duas vezes anteriores, a penalidade de recomeçar o movimento do ponto de partida daquele trecho do circuito, não foi sequer cogitado, e o pior, tendo um juiz de categoria internacional a dois metros de distância da infração, sem tomar qualquer atitude corretiva, prejudicando em muito aqueles jogadores que cumpriram o circuito dentro das regras do jogo.

Na sequência de fotos, podemos observar que o jogador Dawkins ultrapassa o obstáculo com perfeição no controle da bola, mantendo o cotovelo junto ao corpo, a mão ao lado e acima do hemisfério superior da bola, como determina a boa execução desse fundamento (foto 1), seguindo-se as tentativas dos jogadores Gustavo e Fernando (que foram os finalistas), claramente interrompendo a trajetória da bola ao posicionar sua mão abaixo da mesma (fotos 2 e 3), a uma distancia mínima da arbitragem controladora do circuito (foto 4).

Então, o vencedor pela terceira vez, vê recompensada uma infração às regras, que mesmo se tratando de uma “festa” não poderia ser admitida uma fraude dessa dimensão, pois afinal de contas, três taças e um cheque deveriam ser disputados em condições iguais para todos, e não da forma diferenciada como ocorreram os desafios. O que teria a dizer o Sr. Maranho?

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

OBS – O blog Lance Livre do comentarista Byra Bello do Sportv veiculou o video do Desafio de Habilidades. Paralizando as imagens nos 00;20, 00;51, e 01;12 seg do mesmo poderemos atestar as infrações cometidas. Clique aqui.

RANZINZA CONCLUSÃO…

Serei conciso e direto, mas com uma ressalva, não, com um protesto, aqui repetido à exaustão, objetivando nosso progresso técnico e tático junto a todos aqueles que realmente se interessam pelo soerguimento do grande jogo. Impossível negar a quase secreta disputa dessa LDB, tão longe dos interessados em assisti-la, como o vazio dos ginásios em que é realizada. Porque um pouco da verba liberada pelo ME não pode ser alocada para a transmissão em stream, sem narrações e comentários profissionais, mesmo com uma imagem de pouca qualidade, mas levando todo país de encontro à sua nova geração de jogadores, conhecendo-os, avaliando-os, torcendo pelo seu sucesso. Qualquer curso de comunicação abraçaria este projeto com satisfação, pois qualificaria seus futuros formandos no campo sempre fértil da pratica e da análise.

Sem tais e fundamentais documentos de imagem, ficam todos aqueles que amam o basquete atrelados aos frios números de uma estatística percentual, que passa bem longe de uma análise técnica e tática, a não ser para aqueles poucos que detêm o conhecimento das suas entrelinhas, e mesmo assim falíveis e não muito confiáveis. Vejo os números, e só me considero capaz de interpretá-los à luz dos fundamentos básicos, e um pouco sobre defesas frente a enxurradas de arremessos fora do perímetro, e um pouco da produtividade no jogo interior, e mais nada, infelizmente.

Fica então a pergunta – Por que não transmitir todos os jogos em stream, e não só os que finalizarão a competição em Brasília pelo canal pago? Por acaso não existirão outros bons jogadores nas equipes não classificadas? Desde o NBB2 que reinvidico esta forma de transmissão, barata, factível e altamente benéfica para a modalidade, mesmo nos mais distantes pontos deste imenso e desigual país. O que impede o conhecimento de jogadores e jogos tão bons e até melhores que muitos “nominados” midiaticamente, o que, ou quem?

Se hoje demonstro ser possível se jogar o grande jogo de uma forma diferenciada da mesmice endêmica que nos tem sufocado, deva-se a veiculação dos jogos do Saldanha no NBB2 neste blog (na categoria Multimídia) , e cujo sucesso é inquestionável, e que vem inspirando muitos técnicos e equipes a uma salutar e bem vinda mudança, ou não?

Enfim, como não possuímos os dados básicos e fundamentais para uma análise dos jogos desta LDB, aqui vão os últimos números da rodada final em São José dos Campos, que somados em suas três rodadas retratam um quadro realmente preocupante, senão vejamos:

– Flamengo e São José arremessaram 16/56 de três pontos, com a perda brutal de tempo e esforço em 40 oportunidades, e cometeram juntos 25 erros de fundamentos.

– Suzano e Brasília arremessaram 14/44 de três pontos (30 ataques desperdiçados…) e cometeram 30 erros de fundamentos.

– Balanço final de todos os jogos:

– Arremessos de três – 82/277 (29.6%)

– Erros de fundamentos – 198 (49,5 por jogo, 24,7 por equipe em média)

– Conclusão – Uma geração cuja maioria segue a norma do “chegar e chutar”, e que pouco domina os fundamentos do jogo.

– E a conclusão definitiva – Seus técnicos deixam…

Aguardemos o Happy End neste fim de semana e no próximo, para estabelecermos e conhecermos a verdadeira extensão do desastre…

Amém.

Fotos – Divulgação LNB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

I OFICINA DE APRIMORAMENTO DO ENSINO DE BASQUETEBOL

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MAIS RANZINZICES…

Puxa Paulo, a LDB se esforçando para promover a turma mais jovem, e você apontando erros de fundamentos? Não dava para elogiar um pouquinho que fosse?

Não, definitivamente, não, e sabe por quê? Porque nosso futuro dentro dos quadros profissionais da LNB e das nossas seleções se insere direta e decisivamente na produtividade desses jovens, que a essa altura de suas vidas não deveriam estar cometendo os erros crassos que ainda e teimosamente cometem, e o pior, de forma repetitiva, demonstrando não estarem sendo devidamente corrigidos por quem de direito, ciosos que estão na formatação e padronização de conceitos táticos ofensivos, que no frigir dos ovos se reduzem a um único sistema de jogo para defesas individuais, e outro para as zonais, todos eles rabiscados a não mais poder em suas irredutíveis e onipresentes pranchetas, e que já deixaram de ser eficientes faz tempo…

Ontem mesmo, a jovem e inexperiente equipe de São José, simples e candidamente convergiu nos arremessos de quadra, a exemplo do corriqueiro comportamento da equipe principal, da qual se espelha e imita, arremessando  14/29 bolas de dois e 13/33 de três, o que é de arrepiar, ainda mais se tratando de jogadores ainda muito longe de se tornarem especialistas nas bolas longas, cenário para muito poucos, muito poucos mesmo, e o mais instigante, sob o manto permissivo de seu técnico, cuja inação se redime(?) pelo resultado vitorioso, isentando a equipe de um erro básico, o de perpetrar 20 desperdícios ofensivos nas bolinhas, mesmo que na presença de uma inoperante defesa (aspecto dedutível pela enorme quantidade de tentativas), oferecendo aos seus comandados uma falsa e tênue ilusão de superioridade, que esvanecerá na medida que se confrontarem com defesas de verdade, como por exemplo, as argentinas…

`           E mais, somemos os números de erros de fundamentos, 15 contra 11 de Suzano, para termos um retrato sem retoques da fragilidade formativa desses jovens que desde já, são colocados como o nosso amanhã, a caminho de 2016…

No outro jogo, o Flamengo derrotou Brasília com um retumbante 78 x 53, cometendo ambas as equipes 32 erros de fundamentos e arremessando 9/45 bolas de três, dando seguimento a uma rotina que está muito longe de ser interrompida, e que  as levarão a um desenlace previsto e inexorável.

Nos quatro jogos até agora realizados 143 erros de fundamentos foram cometidos pelas quatro equipes, numa média de 17,8 por cada uma, o que é muito alto e preocupante, sem contar com o caudal hemorrágico dos arremessos de três, num direto recado enviado pelos que as dirigem, solidificando cada vez mais suas posições de “estrategistas”, para os quais fundamentos é papo furado de saudosos veteranos do grande jogo.

Fico curioso para saber no que tudo isso vai dar, sabendo de antemão no que vai dar…infelizmente.

Mesmo assim, jamais perderei a esperança em dias melhores para as futuras gerações, inclusive a que ai está, errando, errando, errando…

Amém.

Fotos – Divulgação LNB. Em ambas, um único e solitário torcedor. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

Não esqueçam a I Oficina de Aprimoramento do Ensino do Basquetebol.

Inscrições a pleno vapor…

Não percam!

DESCULPEM A RANZINZINSE (EM 3 ATOS)…

Ato 1 – Vila Velha e Paulistano jogaram três prorrogações para definir um vencedor, no caso os paulistas, por 126 x 120.

Até ai tudo bem, pois não faltaram altas doses de emoção e calafrios na espinha de quem lá esteve, eu não, já que pela TV só jogos determinados pelo Sportv…

Então, como técnico ranzinza que acham que sou, fui aos números, principalmente aqueles que tanto empobrecem o basquete brasileiro, e o que constatei? Vejamos:

– Foram arremessadas 66/119 bolas de dois pontos (35/62 para o Vila Velha, e 31/57 para o Paulistano), sendo perdidos 53 arremessos para ambos.

– Nas tentativas de três, 20/73 (9/35 para o Vila Velha e 11/38 para o Paulistano) ambas as equipes erraram 53 arremessos num total de 73, igual número de erros nas de dois pontos, para um total de 119 tentativas. Mesmo não indo de encontro aos percentuais, constata-se que bastaria que uma das equipes economizasse, vamos somente imaginar, 10 bolinhas de três, trocando-as pelas de dois, para vencer o jogo no tempo normal, sem atropelos e fortes emoções.

Agora, ir a um ginásio calorento, para assistir uma absurda sequência de 53 arremessos de três perdidos, alguns inclusive em contra ataques, realmente torna-se tragicômico, senão, simplesmente…trágico.

Mas há quem goste, e como…

 

Ato 2 – Que números, minha gente, vejam só:

– 4/8 (50%) nos arremessos de dois;

– 8/15 (53%) nos de três;

– 8/8 (100%) nos lances livres;

– 5 assistências;

– 5 rebotes;

Foram os números do jogador Nezinho do Brasília, quando anotou 40 pontos no jogo contra o Ceará, em que a equipe do planalto central venceu por 104 x 100, após uma prorrogação.

Sem dúvida uma excelente participação, agora, deixarem-no arremessar 15 bolas de três, livre e solto, e naquele estilo com a bola na altura do peito (e olha que ele não é alto…) beira ao ridículo defensivo (na foto não se vê nem um resquício de defesa pressionando-o), ante os 24 pontos conquistados num estilo defensável pelo ângulo em que é executado.

Mas o próprio jogador esclarece as criticas que recebe, numa matéria do GloboEsporte – (…)- Eu não jogo para esses caras que acham que entendem de basquete. Eu não jogo para eles. Eu jogo para manter esse sorriso. Eles nunca vão tirar minha alegria – pontuou (…)

A não ser quando marcado severamente, sumindo o sorriso e seu jogo, substituídos pela pressão na arbitragem, no que é, inquestionavelmente, um dos três mestres de sua vencedora equipe.

Mas como entendo muito pouco do grande jogo, fico por aqui…

Ato 3 – Primeira rodada das quartas de final da LDB, com a presença do Rúben Magnano, em sua busca hercúlea de novos valores para a seleção.

Jogos disputados, suados, emocionantes, pegados, e decididos nos “detalhes”, os célebres e sempre lembrados “detalhes”…

Mas nenhum deles transcendeu os números de erros nos fundamentos do jogo, que atingiram as seguintes marcas:

– Flamengo (12) e Suzano (26), num total de 38!

– Brasília (31) e São José (16), num total de 47!!!

– Total geral da rodada – 85 erros, isso mesmo, 85!

Fico imaginando as anotações do Magnano em sua prancheta, e como tenta analisar o futuro de nossa seleção…

Só vejo uma alternativa, mudar tudo, rigorosamente tudo na formação de base, começando pela realista e objetiva formação de nossos técnicos, das escolas de educação física, até a ENTB. Sem esse alto investimento técnico e cultural, não iremos a lugar nenhum, nenhum mesmo.

Amém.

Fotos – GloboEsporte(Arthur Costa) e Divulgação LNB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

Já começaram a chegar as primeiras inscrições Para a I Oficina de Aprimoramento do Ensino do Basquetebol (Detalhes aqui), todas de fora do estado do Rio. Legal, não?

AMPLITUDE, REFERÊNCIAS E EQUILIBRIO…

Foi como tivéssemos visto dois jogos distintos em um só, quando oito jogadores disparavam na pista e dois outros apenas caminhassem na mesma, sendo que um deles ainda trotava na ponta dos pés, e o outro nos calcanhares, ação típica de defesa das articulações tíbiotarsicas ao excesso de peso sobre elas. Foi triste assistir um filme com dois enredos díspares, quando deveria existir somente um, claro, guardadas as particularidades de cada uma das  equipes

Brasília, com um pivosão um pouco mais rápido que o do Flamengo, se situava melhor no esquema adotado por seus companheiros, que ao transitarem permanentemente pelo perímetro interno, o colocava sempre de frente para a cesta, facilitando suas conclusões e rebotes ofensivos, ao passo que a turma carioca, enfiava a bola para o Caio e ficavam apreciando de camarote suas evoluções de costas para a cesta, quase sempre cercado por três ou mais defensores, sem que nenhum de seus companheiros se deslocasse para ajudá-lo (fotos). Esse foi o mais grave (e vem sendo durante o campeonato…) defeito de sua ofensiva, largamente compensado pela artilharia de fora perpetrada pelo Marcos, pelo Alexandre, o Benite, o Duda, e às vezes o próprio Caio. Como declarou o Marcos após o jogo, de que foi mal e as bolas não caíram, assim como as de seus companheiros, pensando ter explicado a derrota, no que não deve ter concordado o seu técnico, claramente desorientado nos pedidos de tempo, onde, inclusive, jogadores discutiam suas colocações por sobre a prancheta. Aliás, deveria ter sido a mesma arremessada para fora do ginásio, em um jogo onde detalhes defensivos, prioritariamente defensivos, não só de sua equipe, como de seu adversário também, deveriam ter sido discutidos e orientados olho no olho, e não coreografias ofensivas fadadas ao fracasso, ante as prioridades esquecidas, numa quadra sem limites e referências, perdida na imensidão de um ginásio gigantesco, vide a ineficiência nos seus longos arremessos direcionados a uma cesta pendurada no espaço infinito…Numa área dessa dimensão o contrair e expandir defensivo tem de ser permanente, monocórdio, repetitivo, sempre.

Taticamente, se é que existiu tal principio nesse jogo, a turma do planalto se houve bem melhor, pois soube se adequar à lentidão de seu grandão, e aumentar a velocidade quando da entrada dos outros dois gigantes da equipe, o Alirio e o Cipriano, assim como a manteve através seus armadores reservas, o Eric e o Isaac, todos muito velozes e ágeis, apesar da equipe em seu todo errar muito nos fundamentos. As duas equipes erraram 23 vezes, muito para essa categoria.

Mas, algo de muito específico sobressaiu no jogo, a marcação do Alex sobre o Marcos, que mesmo sendo um palmo mais alto, não conseguia sobrepujar a força e velocidade de seu insistente marcador, pelo simples fato de o enfrentar sempre em equilíbrio estável (vide foto), ou seja, com seu centro de gravidade projetado na área por ele ocupada, num artifício bem claro de que efetuaria um arremesso a seu bel prazer, mas esquecendo que seu tique de dar um pequeno saltito de pés juntos (atenção senhores e versados juízes, se o mesmo for executado após definido o pé de apoio, pelo espaço que for, mesmo ínfimo, ele terá cometido a infração de andar, ou não?…) não encontrava espaço suficiente pela eficiente  aproximação do Alex para junto de seu corpo ao pressentir a ação. Logo, o Marcos deveria desde o inicio enfrentá-lo em constante movimento, quando em equilíbrio instável o dotaria da velocidade inicial e antecipativa necessária para transpor aquela precisa barreira. Não o fez, ou não sabe, ou não foi instruído a fazê-lo, e perdeu, porque segundo ele as bolinhas não caíram…E pensar que um jogador de sua estatura seria letal se desenvolvesse o DPJ justo, preciso e eficiente a cada dois pontos tentados, em vez do desperdício endêmico dos três pontos. Foram 50 tentativas para 12 acertos pelas duas equipes, numa lamentável ausência de bom senso, dentro, e principalmente fora da quadra…

Mas como a festa foi bonita, e a grande torcida saiu satisfeita, valeu a noitada no planalto, e fico pensando como seria se voltássemos ao maracanãnzinho, ginásio eterno do basquetebol carioca e brasileiro, construído para o Mundial de 54 e onde conquistamos o Bicampeonato Mundial de 63.

Enfim, nunca se sabe o dia de amanhã…

Amém.

Fotos-Reprodução da TV e Divulgação LNB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

E NÃO ESQUEÇAM DA I OFICINA DE APRIMORAMENTO DE ENSINO DO BASQUETEBOL

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UMA TÊNUE BRISA DE AR…

Desculpe os leitores, mas a organização da I Oficina está tomando um tempo muito além do que estimava, daí atrasos nos artigos e comentários. Mas sou um só no blog, por isso mais adiante vou pedir ajuda ao Gil e ao Walter, a fim de que o Basquete Brasil conquiste mais leitores e cultores do grande jogo em nosso país, e por que não, lá fora também, onde temos muitos e antigos seguidores que se espalham em mais de 25 países, legal não?

Dito isto, vamos ao que interessa sobre o NBB, mais propriamente na rodada passada quando o Flamengo derrotou um Uberlândia jogando no limite extremo da rotação, face às contusões de seus armadores Helio e Collum, e o ainda claudicante Valter, que mesmo atuando por quase todo o tempo do jogo, mostrou evidente falta de ritmo, apesar de sua inegável classe naquela estratégica posição.

No lado oposto, também um sério desfalque na armação, com seu americano, o Kojo, contundido, levando o Flamengo ao jogo de contorno, já que o Gegê ainda oscila muito entre o apoio ao jogo interior e os arremessos de fora, obrigando o Benite ao toreio interior, onde levava desvantagem ante a forte e rápida oposição da defesa mineira. Criado os impasses, o jogo descambou para o intenso individualismo, principalmente pela turma carioca, gerando um equilíbrio inicial, pela similitude das ações.

Mas o cansaço não pede licença, simplesmente se impõe, principalmente numa fornalha em forma de ginásio como o do Tijuca, onde as correntes das poucas brisas de ar circundante, ainda encontravam barreiras absurdas na forma de faixas de torcidas de futebol fixadas no caminho das mesmas, como as que margeavam o setor das cadeiras, a tal ponto, que me insurgi contra uma delas, afastando-a do caminho de uma tênue lufada vinda de fora, atenuando em muito o pesado e aquecido ar que nos “fritava” na acepção do termo.

Mas eis que se apresentam dois “soldados” da torcida organizada para impor seu mando de área, ordenando que eu não afastasse a enorme faixa de guerra da grade onde se fixava, e que nem a presença de um cabo da PM a quem expliquei a barbárie de privação de uma arejada brisa o convenceu, dando razão aos formidáveis e importantes salvaguardas ambientais ali presentes, ele próprio incluído, e a absurda faixa lá continuou…

Voltando ao jogo, que aquela altura se tornara numa competição de quem “pregaria” primeiro, coube a turma carioca, mais afeita ao calor, manter um ritmo mais cadenciado, levando de vencida uma partida atípica, jogada em alta temperatura num ginásio abafado, e contra uma equipe seriamente desfalcada em seu mais importante setor, a armação.

Uberlândia completa, e acrescida de um pivô mais jovem e aguerrido do que o veterano Estevam (sei não, mas acredito que num sistema de jogo onde sua mobilidade fosse mais requerida, ainda seria de enorme utilidade, pois como um cincão nada mais tem a somar…), sem dúvida alguma é um sério concorrente às finais da Liga, bastando lá chegar inteira…

Jogo bom poderá ser o de hoje à noite em Brasília, onde poderemos atestar e conferir a quantas andam os progressos do nosso jogo interior, onde a partida poderá ser definida, apesar de reconhecer que na impossibilidade proposital, ou não, dele ser esnobado por ambas ou uma das equipes, trocando-o pela tsunami dos três, vencerá aquela que se impor lá dentro, ofensiva e defensivamente, e/ou souber competentemente contestar os longos arremessos, ainda mais quando os aros estarão “pendurados” solitariamente naquela imensidão do Nilson Nelson, sem as referências perceptuais que garantem bons enquadramentos direcionais, e que são do domínio daqueles poucos que realmente podem ser definidos como especialistas.

Enfim, um bom programa para ser discutido depois.

Amém.

 

Fotos – Ginásio do Tijuca TC. Clique nas mesmas para ampliá-las.

Folheto de divulgação da I Oficina – Clique no mesmo para ampliá-lo.

 

Não esqueçam da I Oficina de Aprimoramento do Ensino de Basquetebol.

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