O REINADO DAS “BOLINHAS” IV…

24seg  para o término do jogo, Brasília vencendo por 3 pontos, bola de posse do Pinheiros, que parte para o ataque com seu armador Figueroa, que até aquele momento havia arremessado 1/4 bolinhas de três, e que executa uma outra com 4seg de ataque, errando frente a uma forte contestação, quando poderia, como armador que é, ter trabalhado a bola um pouco mais, a fim de liberar um seu companheiro melhor colocado, e que por essa precipitação, deu a vitoria aos candangos.

No entanto, como conceituar uma partida decisiva de playoff com 55 arremessos de três pontos, sendo que a equipe paulista cometeu um inacreditável 11/32 de três, e um 13/28 de dois, optando por um jogo externo com a mais absoluta incompetência convergente? Simplesmente inaceitável.

A equipe candanga, que desta vez resolveu jogar, apertou a defesa interna, e um pouco também a externa, suficiente para elevar o nível de imprecisão das bolinhas paulistas, e levou para Brasília a condição impar de poder fechar a série na próxima sexta feira.

Mas o espetáculo não poderia estar completo sem mais uma feérica participação da arbitragem antenada, que, fugindo de uma atribuição administrativa que deveria ter sido tomada muito antes do inicio da partida, retardou-a para que os nomes das equipes constassem do placar, pois os tradicionais “Local” e “Visitante” não poderiam lá estar. Depois, durante todo o transcurso do jogo travou diálogos didáticos com o jogadores, como se tratassem de infantos ou juvenis, e não experientes e calejados participantes, inclusive de seleções nacionais, tendo inclusive, marcado uma reversão de posse de bola pela inobservância do limite de 8seg  para a transposição da defesa para o ataque pela equipe de Brasília, e num momento chave do jogo, mas em momento algum interferiu nos 9seg em média de todos os lances livres executados pelo Alex. Infelizmente nossa arbitragem está se transformando num espetáculo de lastimável mau gosto, retirando em muito a seriedade de uma função de pouco papo e ação pura na aplicação das regras do jogo. Não bastassem as exibições espalhafatosas de muitos técnicos, temos agora a presença verborragicamente didáticas nas arbitragens.

Mas, legal mesmo foi a entrevista inicial do técnico de Brasília ao ser perguntado do porque o pivô Alírio sairia no quinteto titular. “Como a defesa do Pinheiros poderia repetir com sucesso o fechamento do garrafão aos seus pivôs, o Alírio, que também é bom de três pontos, tentaria com seus arremessos “abrir” a defesa dos paulistas”. Sim, sua equipe perpetrou um 8/23 arremessos de três, mas frente aos 11/32 de seus oponentes venceu o jogo por dois pontos, que poderiam ter sido muito mais se seus pivôs jogassem como devem jogar os pivôs, lá dentro, e não aqui fora fazendo o que não sabem, ou melhor, pensando que sabem.

Enfim, de hemorragia em hemorragia de três, lá vai a barca de resultados singrando um basquete equivocado e absolutamente pobre. O Magnano que lá estava deve, por mais uma vez, colocar sua barba rala de molho, pois as feras das bolinhas já já estarão em suas mãos, que não são de um mago ou mágico, mas de um técnico com a função ingrata de domá-las e educá-las para executarem um basquete, pelo menos aceitável , solidário, e acima de tudo responsável. Torçamos para que consiga.

Amém.

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.

OBVIEDADES…

Vai prosseguindo o NBB4 e seus playoffs, onde pudemos ver pela TV três jogos, dois do Flamengo com São José, e um do Pinheiros com Brasília, e pela primeira vez aqui no blog me recuso a comentá-los como sempre fiz, pois o que testemunhamos não merece maiores análises técnico táticas, e muito menos estatísticas.

Mas Paulo, pelo menos o segundo jogo do Flamengo foi empolgante, com um São José arrancando uma vitória na prorrogação, e isso não conta? Claro que conta, e o efeito de tal vitória se estendeu ao terceiro jogo de forma contundente.

Então o que faltou acontecer para que um comentário mais abrangente pudesse ser feito? Vejamos:

– No segundo jogo da serie, o Flamengo que iniciou com uma excelente opção de jogo interior, comandou a partida, que teria tudo para ser facilitada, dada a inconsistência defensiva do Pinheiros ante um jogo próximo à sua cesta eficiente e objetivo, além de se defrontar com uma defesa disposta às contestações fora do perímetro, ponto fortíssimo dos paulistas. De repente, numa prevista recaída a partir do terceiro quarto, os cariocas voltaram ao seu jogo tradicional, e deu no que deu.

– No terceiro jogo, inicio carioca com o jogo interior, mas com um Caio visivelmente lesionado, sendo repetidamente substituído por um oscilante Vagner, e tendo um Kammerichs se desgastando progressivamente, sem que os outros dois bons pivôs da equipe, o Teichmann e o Átila fossem acionados na rotação. Resultado? Voltaram ao jogo tradicional centrado no Marcelo, dando a grande brecha por onde os paulistas penetraram com competência, virando a série em 2 x 1. Até agora não consegui entender o não acionamento de todos os pivôs da equipe carioca, ainda mais num momento decisivo do campeonato, assim como a quebra de um sistema que provava ser  eficiente, pela teimosia de alguns jogadores voltados às suas performances, e não as da equipe  num todo. Os resultados ai estão.

– No segundo jogo entre Pinheiros e Brasília, a equipe candanga, por ter perdido o vôo, não apareceu para jogar. Espero que no terceiro apareça, afinal, trata-se de um playoff, e a mesma tem um título a defender.

Espero poder contar um pouco mais na próxima rodada, por que estas duas somente refletiram a mesmice endêmica que teimosa e persistentemente nos assola desde sempre. Fortes emoções, prorrogações, ginásios transbordantes, velam sutilmente a dura verdade do nosso momento técnico tático, no umbral de uma decisiva competição olímpica. Temos de evoluir.

Amém.

Foto – Divulgação GloboEsporte

O QUE DIZER HELENO?…

CLIPPING DO BASQUETE

 

———- Mensagem encaminhada ———-
De: heleno lima <helenolima@hotmail.com>
Data: 19 de maio de 2012 13:57
Assunto: RE: BASQUETE ARGENTINO DA UM SACODE NA SELEÇÃO BRASILEIRA SUB-15 MASCULINA
Para: clippingdobasquete02@gmail.com

 

Trabalhei muito nestas categorias. A diferença de um ou dois anos é muito grande. Diferenças que desaparecem com o tempo à medida que ficam mais velhos. Nós levamos uma equipe com quatro jogadores de 15 anos, sete jogadores de 14 anos e um de 13 anos.
Podem ter certeza isto explica tudo. Se foi estratégia foi errada. Não é possível que tenhamos somente quatro jogadores de 15 anos em condições de defender nossa seleção da categoria. Tem que haver uma explicação coerente a respeito disto. Levar uma diferença dos portenhos (Uruguai e Argentina) de 64 pontos não tem cabimento. Existe algo errado nisto. Gostaria de ouvir o Prof. Paulo Murilo que entende disto mais do que eu.  Prof. Heleno Lima

 

 

 

O Clipping do Basquete do Alcir Magalhães veiculou a matéria acima, que culmina com o pedido do técnico Heleno Lima para ouvir minha opinião à respeito. Trabalhamos juntos no vencedor projeto do Olaria AC nos anos oitenta, com praticamente todas as categorias, do infantil à primeira divisão, com muita seriedade e competência, num tempo em que a formação de base, não só no Rio, como em muitos estados brasileiros, fluía e se desenvolvia, abastecendo as divisões superiores com jogadores bem treinados nos fundamentos e nos sistemas de jogo, com ótimos técnicos e professores, até o momento em que a modalidade se viu afastada dos clubes pela falta de incentivos e investimentos, até alcançar o estado de penúria em se encontra.

 

Some-se a esta realidade, outra mais perversa ainda, a decadência do ensino do basquete nas escolas superiores de educação física, que deixaram de oferecer três semestres da modalidade, assim como em outras, como o vôlei, o handebol, o futebol, a natação, o atletismo, passando-as a um mínimo insignificante, substituído-as por disciplinas voltadas às áreas médicas, como as fisiologias, biomecânicas, psicologias, etc., que passaram a ocupar as grades horárias prioritariamente, numa formação voltada à saúde, como resultado das anexações das escolas aos centros de ciências da saúde, em vez dos centros de formação de professores, onde estavam historicamente sediadas. A realidade é que hoje a maioria destas escolas formam paramédicos de terceira categoria, fornecendo pessoal a academias e consultórios, como força de trabalho explorada pelas holdings do culto ao corpo que se espalham velozmente por todo o país, e com uma agravante a mais, com uma formação mais voltada aos cursos de bacharelato do que os de licenciatura, numa inversão absoluta de valores voltados ao processo educacional do país, com o abandono das escolas para a educação física e os desportos.

 

Claro que a formação de base se ressente profundamente dessa formação nas universidades, refletindo tal despreparo didático pedagógica nas formações de base de todas as modalidades, que não encontram na maioria dos clubes os subsídios mínimos para suprirem tão vasta deficiência de ensino.

 

Por conta de tal situação, ex-jogadores e até leigos são transformados em técnicos formadores, deficientes em tudo o que se refere ao processo educacional de jovens, mas sempre prontos ao sucesso rápido que os catapultem às divisões superiores e melhores salários, situações estas que os poucos convenientemente bem formados não conseguem equiparar, não só por serem minoria, como, e principalmente, por se tornarem onerosos por suas qualificações legais. Por conta desta distorção, a maior parte dos jovens iniciantes ficam pelo caminho, e aqueles poucos que conseguem prosseguir o fazem eivados de defeitos e limitações, basicamente no instrumental mais precioso para a pratica e o domínio do grande jogo, seus fundamentos.

 

Outro e incisivo fator define tal situação com grande precisão, a padronização formatada de cima para baixo no preparo daqueles poucos egressos de uma formação altamente deficiente, por parte de federações alinhadas com uma confederação mentora de um único sistema de jogo, cuja maciça divulgação se faz através de clinicas e de cursos patrocinados por uma ENTB totalmente voltada ao mesmo, onde o planejamento, a aprendizagem e fixação do sistema suplanta em muito o ensino, que deveria ser maciço, dos fundamentos,  no que deveria ser o objetivo central a ser alcançado, pois nivelaria todos os jovens jogadores, independendo de funções, estaturas e posições, no pleno conhecimento das técnicas individuais e coletivas que os tornariam aptos aos sistemas de jogo que mais adiante conheceriam e treinariam, sempre respeitando suas individualidades e amadurecimento físico e emocional, variantes que oscilam de individuo para individuo.

 

Por tudo isso caro Heleno, é que sempre me insurgi contra esta situação altamente irresponsável, e muitas vezes criminosa, por parte daqueles que ousam querer implantar formatações e padronizações em crianças e adolescentes, da forma mais absurda e, torno a afirmar, irresponsável possível.

 

Os 64 pontos acumulados por nuestros hermanos, refletem esssa catástrofe, com a mais séria das conseqüências, por se tratar do futuro do grande jogo, da categoria competitiva inicial, e que não merece ser tratada de forma tão abjeta. Se mudanças têm de ser feitas, é por ai que deverão começar, pela entrega da formação a pessoas qualificadas, altamente qualificadas, as mais qualificadas que possamos recrutar, de uma comunidade que pertencemos, eu e você num passado não tão distante assim, a comunidade daqueles que real e responsavelmente conhecem, estudam, pesquisam, divulgam e ensinam o basquete como deve ser ensinado. E você, como eu, sabemos que existem esses profissionais, só que nunca lembrados, sequer consultados, por quem deveria fazê-lo.

 

Heleno, frente a esta realidade, o que mais dizer?

 

Amém.

Fotos- Divulgação CBB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

DE DELFIN E CARDEAIS…

A convocação saiu, a segunda, pois outra já havia vindo a público, visando o Sul Americano, com jogadores que, segundo o Magnano, poderão ser pinçados para a equipe que vai à Londres, num luxo sequer comparado às grandes nações líderes na modalidade, onde duas seleções máster soam inverossímeis.

Mas algo por trás dessa pródiga safra de talentos, justificando as duas seleções convocadas, deveria ser interpretado, não fosse o técnico hermano, além de excelente na quadra, sagaz, e muito, fora dela, senão vejamos:

– Desde o Pré-Olímpico de Porto Rico, que o relacionamento do delfin com os cardeais não era dos melhores, extensivo ao Marcos também, e mais recentemente com o Leandro e seu pulso malandro, fatos estes mencionados pela mídia e de completo conhecimento do técnico argentino, e mesmo pelo seu antecessor espanhol.

– Em Mar del Plata, a seleção houve-se relativamente bem sob o comando (ainda meio claudicante com relação aos cardeais, mas sem o delfin…) do argentino, classificando-a para Londres, depois de 16 anos de abstinência olímpica, e exatamente nesse ponto que uma grande dúvida começou a assombrar o inteligente técnico, pois estaria mais do que claro que, frente aos problemas que o delfin começou a enfrentar na NBA, entre outros, com uma indesejável troca de equipes, e conseqüente desprestigio técnico na rica e poderosa liga, e sabedor da grande vitrine constituída pela mega promovida Olimpíada, marketing que nem as grandes estrelas americanas esnobam, viu na seleção a oportunidade real de valorização e exposição profissional na mais emblemática competição do planeta.

– Então, como convocá-lo depois de tantas idas e vindas, profissionais, políticas ou mesmo pessoais, não ferindo suscetibilidades daqueles que deram a “cara a tapa” em Mar del Plata, e liderados pelos cardeais? Difícil, muito difícil, ainda mais para um estrangeiro que em sua terra natal jamais passou por semelhantes problemas, haja vista a verdadeira irmandade constituída pela formidável geração campeã olímpica e vice mundial, da qual foi o técnico, e que agora se despedirá em Londres, sempre unida.

– Mas, sagaz como ele só, convocou um jogador daquela saga pré olímpica, onde teve brilhante participação, além de relacionar outros mais na seleção para o Sul Americano, que poderão, inclusive, recompor a equipe para Londres, já sabedor que somente por um milagre da medicina, o Rafael Hettsheimeir poderia ser aproveitado, originando dessa forma a brecha para o delfin se encaixar sem maiores contestações, já que bem superior na posição que o indigitado Rafael, e mais, garantindo um Leandro, inquestionavelmente superior tecnicamente que um dos jovens presentes em Mar del Plata, o Luz e o Raul.

– Claro, que um discurso mencionando que os mesmos terão de brigar por uma vaga na equipe, cai no vazio, pois na ausência de um surpreendente Rafael, ninguém mais contestaria a posição de um delfin profundamente interessado na rentável vitrine olímpica. Logo, o caminho para definir a equipe para Londres estaria pavimentado para um técnico que, face ao sucesso, não só profissional, mas político também, viu seu belo contrato estendido até 2016, numa façanha difícil até para um Coach K.

O engraçado nessa indesejável novela, é que os outros dois jogadores da grande Liga, o Varejão e o Spliter, nunca encontraram, pelos seus coerentes posicionamentos frente às convocações, quaisquer oposições cardinalícias, constituindo-se um caso à parte no relacionamento inter pares no âmago da seleção.

Concluindo, daqui para frente, o Magnano terá que se ater a um problema a mais, além do técnico tático, o de liderança, pois cisões existiram, estarão latentes ou não, mas existiram, e num ambiente de alta competição, tais óbices podem corroer um bom trabalho, podem salientar que entre delfin e cardeais, nem só promessas de união resolvem, e sim certezas.

Finalmente, num artigo maravilhoso do Marcel, Adeus às armas em seu site Databasket, muito do que aqui prevejo, é objetiva e magistralmente descrito pelo grande desportista em seus parágrafos finais, ao qual deposito o meu respeito incondicional, a quem muito deve o basquete nacional, o”bom basquete” para ele, o “grande jogo” para mim, ambas as definições que merecem um tratamento melhor por parte de todo aquele que o ama, o respeita, e que deseja o melhor para ele, pois tanto o Marcel, como eu, professamos diferentes formas de jogar, frontalmente em oposição à mesmice em que nos encontramos, desejando ao Magnano que mude tal situação, talvez a única forma de nos fazermos realmente presentes e competitivos em Londres, lançando uma providencial base para o futuro, para 2016, num esforço conjunto que é vedado, mesmo que minimamente a nos dois, por propugnarmos diferentes formas de jogar, por sermos, realmente  diferentes no pensar, agir e divulgar o “bom basquete”, o “grande jogo”, como bem lembrou o jornalista Giancarlo Gianpietro com o artigo O preço de ser diferente em seu blog VinteUm no dia de hoje.

Marcel, brindo a diferença.

Que viva a democrática e plural diferença!

Amém.

ESTÃO APRENDENDO…

E não é que estão aprendendo, ou melhor, estão tomando jeito? Defesa existente na maior parte do jogo, ataques centrados no interior do perímetro, contra ataques quando possível, e milagre dos deuses, somente 9/17 arremessos de três, 17/32 de dois, e 23/25 nos lances livres. Foram estes os números do Flamengo, contra um tradicional 9/33 de três da equipe paulista, que praticamente impossibilitada de penetrar a forte defesa rubro negra, fartou-se nas bolinhas de três, quase sempre contestadas, daí o alto numero de arremessos imprecisos e desequilibrados.

Somemos a tudo isso outro importante e determinante fator, a atitude coletivista do Marcelo, que em conjunto com o Helio e o Jackson, formaram uma verdadeira linha de passes para os pivôs, que em troca voltavam bolas em ótimas condições para finalizações precisas e equilibradas dos três, vamos aqui conceituar, armadores.

São José tentou resistir o mais que pode, mas as sucessivas faltas de seu pivô Murilo, a inconstância e flagrante falta de ritmo de um Jefferson retornando de lesão, e uma ciranda de passes lateralizados pela fortíssima defesa interior dos cariocas, impediram qualquer tentativa de reverter um resultado mais do que anunciado pela firmeza do jogo rubro negro.

Foi uma vitoria lapidar, pois expôs uma determinante vontade de modificar um sistema de jogo viciado e escravizado aos longos e imprecisos arremessos, e ao crônico abandono de pivôs talentosos e eficientes, que reencontraram a equipe ao se tornarem participantes ativos da mesma no plano ofensivo, determinando um parâmetro de força que, se repetido nos próximos jogos tornará essa equipe muito difícil de ser batida, principalmente se seu adversário teimar no jogo de entorno, afogado em passes inócuos, arremessos profusos de três pontos, e uma defesa focada nas dobras e pouco participativa e atenta nos rebotes.

Foi um jogo que abre e promete novas perspectivas de jogo, na medida em que perseverem e acreditem que o grande jogo pode ser jogado de formas diferenciadas de um sistema único coercitivo, retrógado, e corporativista. Torço ardentemente que a mudança que tanto aguardamos esteja perto, muito perto de se tornar realidade, uma bem vinda realidade.

Amém.

Fotos de Fernando Azevedo. Clique nas mesmas para ampliá-las.

SIMPLES E OBJETIVO…

O primeiro quarto foi um horror, que nem a desculpa de que em decisões os nervos afloram, convencia, mais ainda quando jogadores mais do que experientes estavam em quadra. Flamengo e Uberlândia são equipes compostas de veteranos, e alguns mais do que veteranos. O engraçado é que ambas se marcavam firmemente, evitando as bolinhas, vigiando as infiltrações, mas…errando a não mais poder.

Veio o segundo quarto e, surpresa das surpresas, a sempre afoita equipe rubro negra postou-se em forte defesa, dentro, e intensamente fora do perímetro, brecando a grande arma do Uberlândia, as bolinhas de três, indo mais além quando resolveu jogar com seus bons pivôs, vencendo ao final dos quartos iniciais por 39 x 28. Nessa fase, a equipe carioca tentou 0/2 arremessos de três pontos, algo surpreendente e inusitado, provando que de 2 em 2 poderiam alcançar os 40 pontos, com mais precisão e segurança, otimizando seus ataques e valorizando seus esforços defensivos.

Mas, veio a recaída no terceiro quarto, quando as equipes desembestaram a chutar de três, como que numa volta a um hábito solidamente enraizado, e perpetraram os cariocas um 0/7 até que conseguiram acertar a primeira bolinha na metade do quarto. A sucessão de erros provocou uma reação mineira bastante perigosa, quando aconteceu o mais inesperado ainda, o Flamengo voltou a jogar com seus pivôs e a evitar os arremessos desnecessários, além de voltar a marcar forte fora do perímetro. Resultado? Venceu um jogo inicialmente difícil por 77 x 62, e classificou-se às semifinais.

Fica no ar uma indagação – Por que não jogam sempre assim, por quê? Mesmo no sistema único, a opção pelo jogo seguro e preciso se torna factível na medida em que a equipe opte pela simplicidade e objetividade das ações ofensivas, abdicando dos arremessos arrivistas e, principalmente, optando pelo jogo de equipe, tornando-a unida e participativa.

Enfim, se for repetida essa atitude técnico tática, poderemos testemunhar uma equipe seriamente candidata ao titulo da liga. Aguardemos então.

Amém.

Foto de Fernando Azevedo. Clique na mesma para ampliá-la.

MALDADES…

Maldade 1 – Inadmissível que um juiz publicamente “cobre uma aula em dobro, por ser particular” (foto 1) a um técnico que não se impõe a tais intimidades, pois nem de brincadeira (sadia e amigável, segundo o comentarista de TV) um juiz de verdade deveria confundir seu trabalho arbitral com amenidades voltadas ao burlesco. Jogo de alta competição não deveria se prestar a tais e constrangedoras “licenças poéticas”.

 

Maldade 2 – Jogo empatado, e a escolha para desempatá-lo foi uma bolinha de três perpetrada pelo atacante do Pinheiros (foto 2), um dos pivôs da equipe, e que errou. Mas o que não foi sequer comentado para valer foi que antecedendo essa bolinha, duas jogadas foram verdadeiramente decisivas. Com três pontos à frente e faltando 28seg a equipe de Joinville tem um lateral a seu favor, cobrado infantilmente pelo armador Kojo com um passe paralelo à linha final (erro básico de fundamentos), e por isso sendo interceptado, originando o arremesso de três do jogador Marcos, empatando o jogo. Coincidentemente, o jogador americano se machuca, não sei bem se no rosto, ou na perna, ou mesmo no tronco. O certo é que não retornou para a prorrogação, um dos motivos da derrota de sua equipe. Pode ser que a contusão tenha sido séria, mas que “apagou” a grotesca falha, com certeza…

 

Maldade 3 – Num jogo ríspido e físico, Brasília derrotou Bauru, se classificando para a semi final. Numa disputa de rebote, o encorpado pivô Jeff de Bauru ao oscilar seus braços em defesa da capturada bola, por pouco não atinge o jogador Alex, que se indispôs com o mesmo. Mais adiante, o cardeal desfere uma bofetada no pivô (só que esta atinge o oponente), sendo punido com falta técnica, quando, pelas regras do jogo deveria ser excluído (nesse caso o juiz não concedeu “aula particular”), e pouco depois um forte encontro de costados (foto 3) entre o Jeff e o Arthur, jogada comum em jogos dessa ordem, quase deflagra um conflito desnecessário e passional. Terminado o jogo, discursos explicativos e eivado de atitudes mal educadas e fora do contexto (foto 4), mas omitindo ter sido beneficiado com 24seg além dos 30seg a que teria direito nos seis lances livres que cobrou seguidamente com média de 9seg para cada(uma falta e duas faltas técnicas), no que não foi penalizado pela “didática arbitragem”. Lamentável.

Maldade 4 – Uma jogadora (foto 5) que foi induzida sistematicamente pelo sistema único em que foi treinada desde sempre, a correr desenfreadamente, como todos os nossos armadores o fazem desde a formação de base, mas uma das poucas realmente ambidestras na condução de bola, se expõe ao doping para, que maldade, correr mais ainda, como forma compensatória à sua pouca estatura. Houvesse outros sistemas de jogo optativos, onde a leitura de jogo propiciasse ações criativas, ousadas, corajosas, pausadas, sem pressa, pensadas, diversificando talentos e cultura desportiva, e dopings dessa forma seriam inexistentes. Pura maldade essa ditadura do sistema único, onde opções cedem todo o espaço às formatações e padronizações que esmagam e atrofiam o livre e democrático pensar, e fazer.

Maldade extra – “Agora chega, tratemos de jogar para que m….. não venham dizer que o time não tem comando, chega, chega. Primeiro vamos ganhar, e ao final…vamos ver”. Instruções do técnico de Brasília em seu último pedido de tempo, quando se deu conta que suas atitudes e de seus jogadores contra a arbitragem, estavam propiciando uma forte reação de seu adversário.

Creio que m….. não são bem os que, por força do ofício, comentam e criticam, e sim aqueles que dão sérios motivos para serem analisados, e por que não, criticados em seus “rompantes” nada profissionais, já que em funções públicas e fartamente divulgadas, e que devem ser respeitosas e educadas.

Amém

Fotos – Reproduções da TV, e divulgação LNB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

O OUTRO JOGO…

Terminado o massacre, tenho em mim a certeza de que vi outro jogo, não aquele transmitido e comentado pela TV, maravilhoso espetáculo, a prova inconteste do grande momento que vive o basquete nacional, a mega expressão do jogo bem jogado (?).

“E agora, vejam que espetáculo, a entrada do 6º jogador em quadra, a torcida”, que ato contínuo entoa um coro “homenageando” os juízes, prontamente justificada como “ardente participação”, e mais adiante lança objeto em quadra, determinando uma falta técnica em sua equipe.

“Vejam o espetáculo de duelo entre os armadores, os armadores do Brasil!”. E tome de bola de três, penetrações suicidas, disparadas incontroláveis, e principalmente erros, muitos erros. Pelo visto, temo, e muito, pela armação brasileira em Londres, a não ser que o argentino apare asas em profusão…

Na realidade, foi uma das maiores peladas que testemunhei nos últimos tempos, onde ninguém em quadra atuou em equipe, em nenhum momento, tendo inclusive um exemplo de auto escalação, quando um dos cardeais se insurgiu contra sua substituição ouvindo um “calma, você volta logo…”, e voltou mesmo, rapidinho…

Mais ainda – “Depois do grande sucesso no vôlei, agora temos um juiz antenado no jogo, para vivermos as emoções de dentro da quadra”. E o que vimos de “muito didático” senão reclamações de jogadores, aulas desnecessárias de regras, perfeitamente dispensáveis numa liga superior, a não ser que lá estejam sem merecimento, será? Mas os mais, muito mais de 5seg previstos para as cobranças de lances livres nunca foram coibidos pelos antenados juízes. Triste, muito triste.

No entanto, justiça seja feita, quando num tempo pedido pelo técnico do Bauru, este discorreu sobre o posicionamento nos rebotes de forma precisa e rara entre seus pares, permanentemente ligados ao ataque. Pena que sua equipe e seu armador ensandecido se perdessem vitimas de uma ciranda descontrolada pelo excesso de velocidade, que os expuseram a uma sequência de erros inimagináveis.

Foi um rachão caprichado, mas nunca sequer parecido com um jogo de uma liga superior, onde o bom senso técnico tático deveria prevalecer por todo o tempo de sua duração, e não o tétrico exemplo de como não jogar o grande jogo, como deveria ser jogado. Espero que na segunda partida possamos ver armadores armando e assistindo, alas fintando e arremessando coerentemente, pivôs sendo devidamente abastecidos, e não ali colocados para simplesmente pegar alguns rebotes e aproveitar algumas sobras, e que todos, rigorosamente todos defendam suas cestas, com técnica e determinação, para no fim de tudo saírem da quadra após atuarem num grande jogo, e não em mais um dos rachões de suas vidas.

No outro jogo, um Flamengo que a cada dia que passa mais desaprende a defender, um Jackson anulado por um Day determinado, e uma equipe vencedora cujo técnico não pediu um tempo sequer, indicio de uma equipe superiormente bem treinada, ou um acerto inter pares para      que não se atrapalhassem mutuamente?  Torço pela primeira hipótese, que como toda hipótese…

Mais do que nunca, se avizinha nosso grande problema para Londres, uma armação de qualidade e de grande confiabilidade, que pelo visto nestes playoffs muito trabalho vai dar ao excelente argentino. Uma dupla armação de verdade, e não adaptada ao sistema único, deveria ser seriamente levada em conta pelo técnico da seleção, pois o ajudaria na montagem de uma defesa mais sólida, e em dupla os armadores se ajudariam no sistema ofensivo, diluindo com sua proximidade aqueles erros que constatamos na armação simples. Seria uma escolha sensata.

Amém.

Foto Galeria (Reproduções da TV, clique nas mesmas para ampliá-las):

1 – Ação padrão – arremessos de três sem rebotes colocados.

2 – Opção sistemática pelo arremesso de três em vez do mais seguro de dois.

3 – Armadores que jogam e deixam jogar…

4 – Unusual explanação sobre posicionamento nos rebotes.

5 – Antenado e “didático”…

6 – Lance livre – Ilegal média de 9seg para concretizá-lo…

JOGANDO A TOALHA…

Foi uma semana pródiga em jogos, bem ou mal jogados, na maioria das vezes bem menos analisados do que deveriam sê-los, frente ao que têm sido apresentado desde muito tempo.

Alguns de nossos analistas, perdidos entre as realidades de uma feérica e milionária NBA, e uma ainda trôpega e inconstante LNB, teimam em comparações sobre algo completamente antagônico, não só pelo aspecto técnico, como, e principalmente, pelo imenso abismo que as separam, o econômico financeiro, que nem uma mediação européia atenua tal distanciamento.

A realidade técnica da LNB é o legitimo retrato do grande jogo no país, perdido entre uma copia ingênua das grandes ligas internacionais, e o descompasso limitativo advindo das mesmas, onde riqueza em investimentos contrasta brutalmente com nossas carências em todos os sentidos, principalmente na formação de base que a alimenta, e em seu conseqüente produto direto, a ausência de uma identidade técnico tática de sua propriedade, e não emulada, e mal, da liga maior, no que designam de “conceito de basquete internacional”.

Nossa maior deficiência, a ineficaz formação de base, dá continuidade a um sistema técnico tático engessado e divulgado maciçamente pelas formatações e padronizações impostas por um grupo de técnicos afinados e alinhados com o sistema único que adotaram e impuseram a mais de duas décadas, calcado na forma de atuar das equipes da NBA, e cujos resultados teimam em nos desfavorecer continuadamente, mesmo sabedores da evolução técnico tática por que passa a grande liga.

E os resultados ai estão escancarados, mas pouco analisados, e com um mínimo de conhecimento realmente técnico, e não guiados por palpites e achismos na maioria das vezes ingênuos, desconexos, e até primários.

Um exemplo bem claro, foi a ausência de uma colocação objetiva sobre a equipe brasiliense na Liga das Américas em seu quadrangular final, quando em seu único jogo vencedor os candangos impuseram uma convergência absoluta (12/28 nos arremessos de 2 pontos, e 9/28 nos de 3, quase o mesmo resultado alcançado pelos mexicanos, 12/50 e 7/24 respectivamente) que os tornaram vencedores por apenas um ponto, quando, se atuassem mais dentro do perímetro, acionando seus pivôs, teriam vencido por uma margem mais tranquila. Mas a avalanche de bolinhas de três, compactuada pelas duas equipes, até mesmo na frouxidão defensiva fora do perímetro, definiu o jogo como numa loteria, onde venceria aquela que fizesse a última cesta. Lamentável.

Claro, que nos outros dois jogos contra as equipes argentinas, tal privilégio das arrivistas bolinhas foi restrito ao máximo, obrigando os candangos a um difícil e bem marcado jogo interior, definindo ai a superioridade defensiva dos hermanos, assim como sua maior eficiência ao atacar a frágil e desconectada defesa brasiliense (ironicamente com uma generosa quantidade de bolinhas…), numa irrefutável prova do quanto a “melhor equipe brasileira” é carente de um plantel, e não seis jogadores que atacam com sofreguidão e defendem com frouxidão, rimas à parte…

Outro exemplo, a drástica (e atá elogiável) diminuição dos arremessos de três na rodada de ontem no NBB4, como que de uma forma combinada, as seis equipes resolvessem defender o perimetro externo com mais vigor, e acertar suas contas under basket, na tradição esquecida dos grandes jogos entre as grandes equipes de um passado não tão distante assim, quando uma equipe mestra nas bolinhas, o Flamengo, vence pela segunda vez o Uberlândia (70 x 63), arremessando somente 6/15 bolas de três pontos (Uberlândia 7/20), e 20/46 (13/36) de dois respectivamente, assim como São José  ( 24/35 de dois e 6/21 de três) vencendo, também pela segunda vez seguida no playoff a Franca ( 29/49 e 2/5) por 96 x 85, provando que de dois em dois podem duas equipes atingir contagens acima dos oitenta pontos.

A mesma coisa podemos afirmar no jogo entre Pinheiros (22/41 e 4/16) perdendo para Joinville (23/41 e 5/21), também pela segunda vez por 74 x 68, mas com algo de inusitado e constrangedor, quando nos dois últimos tempos pedidos pelo técnico do Pinheiros o mesmo praticamente jogou a toalha, primeiro ao ver o jogador argentino de sua equipe se apossar da prancheta para elaborar uma forma de atacar, ante o mutismo do mesmo e sua enorme comissão técnica, e no tempo final, o assistente traçar uma ação rebuscada na prancheta, que na pratica, ambas, não deram em absolutamente nada, para a perplexidade de todos que assistiram e testemunharam o avesso do que venha a ser o comando de uma equipe de alta e complexa competição. Não a toa, corre o sério risco de levar um 3 x 0 de uma equipe muitas vezes menos  valorizada, tanto técnica, como economicamente, provando que em “taba que tem mais pagé do que índio”pouco ou nada pode funcionar, pelo menos em terras tupiniquins…

Enfim, como disse ao inicio, foi uma semana pródiga em jogos, bem ou mal jogados, mas em alguns e pontuais casos, pior dirigidos e liderados, e algumas fotos ilustram com propriedade essas histórias:

1 – Um técnico frente ao alheamento de seus jogadores…

2 – Aos 9.8 seg do final, assumindo (delegada?) a tática…

3 – …que é elaborada no solo…

4 – …perdendo para uma outra clara e transparentemente exposta na imponderável prancheta…

5 – A ira bilíngue (?)…

6 – …e o bode expiatório, again…

Amém.

FOTOS – Reprodução da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

A DERRADEIRA VAGA…

“O Bala certamente vai abordar isso de modo mais apropriado, assim como o professor Paulo Murilo pode fazer, com muito mais autoridade, nesta sexta-feira, então não vale nos precipitar tanto. Sobre os desarranjos de gestão de nossa CBB. Nem em dia de convocação de Sul-Americano o processo fica muito claro.(…)” ( Trecho do artigo Duas listas, algumas dúvidas, publicado no Blog VinteUm do jornalista Giancarlo Giampietro em 25/4/12).

 

Pronto, eis-me perante uma bela encruzilhada, a mesma onde estanquei nos anos anteriores de Basquete Brasil, pelo fato de que, nunca comento convocações sob a ótica do achismo, das preferências pessoais e impessoais, do marketing, do ouvir dizer, das indicações “abalizadas”, das colocações dos que lá dentro estiveram, ou mesmo daqueles que nunca ultrapassaram as laterais de uma quadra, dos aproveitadores de mercado, dos atravessadores de jovens, daqueles que se locupletam através sonhos, projetos e altos ganhos que não lhe dizem respeito, dos oportunistas, dos alpinistas, dos subservientes, dos incautos, dos farsantes, dos mesquinhos, ou mesmo dos que somente…comentam. Enfim, quando muito lembro uma imprecisão, luto por uma lacuna, por um esquecimento, nada mais, pois sendo um professor e um técnico, guardo para mim convocações dentro de conceitos que defendo, e pelos quais luto para serem, ao menos, discutidos pela ótica da coerência, da justa e democrática escolha, jamais por coercitivas formatações e padronizações vindas de exógenas, injustas e quase sempre parciais influências.

Critico, isto sim, a falsa riqueza de talentos, que nos premia com duas seleções adultas, fato inédito no mundo, que sempre se pautou, em se tratando de seleção nacional, por uma seleção sênior,  representativa do país, e uma de novos visando competições preparatórias às necessárias renovações.

Duas convocações, no cenário de carência técnica em que nos encontramos, beira ao ridículo, ainda mais quando o noviço técnico ainda sequer estabeleceu seu caminho e sua influência técnico tática no âmago do grande jogo no país.

Seleção nacional é coisa muito séria, e uma convocação única, orientada e dirigida pelo Técnico Principal Magnano, onde no Sul Americano contaria com os residentes no país e os já liberados de fora, mais alguns jovens talentos, cujos mais efetivos na preparação e na competição se agregariam àqueles ainda envolvidos com suas competições, para, ai sim, complementarem a seleção destinada aos Jogos Olímpicos.

Esse deveria ter sido o projeto Londres, unificado e coerente, e mesmo que um técnico outro, e por vontade do Técnico Principal, tivesse que dirigir no Sul Americano, que fosse um dos assistentes do mesmo, sintonizado com as diretrizes emanadas pelo trabalho conjunto, e não constituir-se uma nova comissão profissional e bem paga, onerando desnecessariamente os cofres da CBB (ou estão tão bem fornidos assim?…), numa Babel de conceitos nada recomendável.

Se tenho comigo uma seleção nacional? Claro, mas utópica e fora de questão, pois proferiria um modo de jogar totalmente inverso ao que ai está nessa mesmice endêmica que nos limita e oprime. Mas fica comigo guardada,  sem que, no entanto, me negue a torcer honestamente para que a seleção de fato faça um excelente torneio, que nos orgulhe e enterneça.

Mas, não querendo parecer total e intransigentemente do contra, e no caso de uma hipotética possibilidade, sugeriria uma indicação, aquela 12ª que a maioria dos entendidos apontam ser a única a completar os 11 já eleitos (o que duvido muito quando o fator NBA está, e sempre esteve presente…), a derradeira porta de entrada ao éden olímpico.

Sem dúvida alguma, pelo conjunto da obra, ninguém seria mais merecedor de tão disputada vaga do que o Vanderlei…

Amém.

 

Foto-Divulgação CBB. Clique na mesma para ampliá-la.