O REINADO DAS “BOLINHAS” IV…
24seg para o término do jogo, Brasília vencendo por 3 pontos, bola de posse do Pinheiros, que parte para o ataque com seu armador Figueroa, que até aquele momento havia arremessado 1/4 bolinhas de três, e que executa uma outra com 4seg de ataque, errando frente a uma forte contestação, quando poderia, como armador que é, ter trabalhado a bola um pouco mais, a fim de liberar um seu companheiro melhor colocado, e que por essa precipitação, deu a vitoria aos candangos.
No entanto, como conceituar uma partida decisiva de playoff com 55 arremessos de três pontos, sendo que a equipe paulista cometeu um inacreditável 11/32 de três, e um 13/28 de dois, optando por um jogo externo com a mais absoluta incompetência convergente? Simplesmente inaceitável.
A equipe candanga, que desta vez resolveu jogar, apertou a defesa interna, e um pouco também a externa, suficiente para elevar o nível de imprecisão das bolinhas paulistas, e levou para Brasília a condição impar de poder fechar a série na próxima sexta feira.
Mas o espetáculo não poderia estar completo sem mais uma feérica participação da arbitragem antenada, que, fugindo de uma atribuição administrativa que deveria ter sido tomada muito antes do inicio da partida, retardou-a para que os nomes das equipes constassem do placar, pois os tradicionais “Local” e “Visitante” não poderiam lá estar. Depois, durante todo o transcurso do jogo travou diálogos didáticos com o jogadores, como se tratassem de infantos ou juvenis, e não experientes e calejados participantes, inclusive de seleções nacionais, tendo inclusive, marcado uma reversão de posse de bola pela inobservância do limite de 8seg para a transposição da defesa para o ataque pela equipe de Brasília, e num momento chave do jogo, mas em momento algum interferiu nos 9seg em média de todos os lances livres executados pelo Alex. Infelizmente nossa arbitragem está se transformando num espetáculo de lastimável mau gosto, retirando em muito a seriedade de uma função de pouco papo e ação pura na aplicação das regras do jogo. Não bastassem as exibições espalhafatosas de muitos técnicos, temos agora a presença verborragicamente didáticas nas arbitragens.
Mas, legal mesmo foi a entrevista inicial do técnico de Brasília ao ser perguntado do porque o pivô Alírio sairia no quinteto titular. “Como a defesa do Pinheiros poderia repetir com sucesso o fechamento do garrafão aos seus pivôs, o Alírio, que também é bom de três pontos, tentaria com seus arremessos “abrir” a defesa dos paulistas”. Sim, sua equipe perpetrou um 8/23 arremessos de três, mas frente aos 11/32 de seus oponentes venceu o jogo por dois pontos, que poderiam ter sido muito mais se seus pivôs jogassem como devem jogar os pivôs, lá dentro, e não aqui fora fazendo o que não sabem, ou melhor, pensando que sabem.
Enfim, de hemorragia em hemorragia de três, lá vai a barca de resultados singrando um basquete equivocado e absolutamente pobre. O Magnano que lá estava deve, por mais uma vez, colocar sua barba rala de molho, pois as feras das bolinhas já já estarão em suas mãos, que não são de um mago ou mágico, mas de um técnico com a função ingrata de domá-las e educá-las para executarem um basquete, pelo menos aceitável , solidário, e acima de tudo responsável. Torçamos para que consiga.
Amém.
Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.