DEPURANDO…

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Antes eram poucos os jogos transmitidos, gerando comentários pontuais e um pouco afastados da realidade técnico tática das equipes, agora, com a profusão de transmissões, pela TV e WEB, um retrato mais nítido da atualidade do grande jogo, pode ser estabelecido, com mais rigor e fidedignidade…

 

Sem dúvida alguma, pouco mudou na forma de jogarmos, onde o sistema único se mantêm absoluto, intocável, como um dogma irrecorrível, estabelecido e corporativado rigidamente, inclusive através os novos técnicos da liga, onde jogadores das cinco posições reconhecidas e aceitas, estabeleceram hierarquias e classificações que qualificam equipes sobre outras, que pela similitude tática se sobrepôem com mais frequência, e onde os tropeços correm por conta do acidental…

 

No entanto, não está sendo uma daquelas equipes de maior investimento nos “nomões” do mercado que está liderando a competição, e sim uma, a de Limeira, que apesar de empregar o mesmo sistema das demais, se diferencia por um único fator, a permanente dinâmica de todos os seus jogadores em quadra, obrigando as defesas oponentes a um deslocamento sequencial e contínuo, gerando espaços e distâncias por onde se infiltram seus dois, e até três armadores, que finalizando ou passando de dentro para fora do perímetro, proporcionam infinitas possibilidades de arremessos livres, equilibrados e mais precisos, mesmo os de três pontos…

 

Um outro fator positivo, se é que de dentro da rigidez tática possa existir algo inovador de verdade, tem sido a importância ofensiva dada aos pivôs, todos atuando de forma mais solta, com muito poucos ainda se comportando estaticamente no ataque, agindo dinamicamente, mesmo quando abrem para os corta luzes, e que estão sendo mais lançados por armadores em duplas, numa evolução que tem mantido o sistema único respirando…

 

Mais um outro, vem somando a esse ensaio evolutivo de um sistema caduco, o empenho contestador às bolas de três pontos, originando resultados surpreendentes em vários jogos, ao revelar sua maior deficiência, o de ter sido criado para os embates de 1 x 1, jamais para o de 5 x 5, dai o sucesso de Limeira ao acionar todos os jogadores dentro da quadra, mesmo que pouco taticamente tenham a oferecer, a não ser o espaçamento para a artilharia de fora…

 

Creio que mais um pouco, e perante estas pequenas, porém importantes evoluções, sistemas melhores, mais estudados e pesquisados venham a se impor entre nós, quando a necessidade de novas cabeças sejam acionadas para exequibilizá-los, pois a maioria dos ai estão se negarão sempre a fazê-lo, por desconhecimento ou corporativismo mesmo, assim como um outro estilo de relacionamento com as arbitragens seja estabelecido, pois o que agora assistimos raia ao ridículo de ambas as partes, onde o estrelismo é disputado no tapa quando a luzinha vermelha das câmeras se acendem, lançando lares a dentro imagens e diálogos constrangedores e de péssimo exemplo para os mais jovens, e por que não, para os adultos também…

 

Finalmente, bem antes de atingirmos as etapas acima descritas, um outro e lamentável fator tem de ser equacionado desde a base, desde o início da carreira de qualquer jogador, o de sua péssima formação nos fundamentos do jogo, atividade que deverá acompanhá-lo por toda sua vida atlética e pessoal, dai a necessidade do mesmo ser ensinado com o maior rigor, por técnicos e professores comprometidos com a qualidade e não com fictícias titulações visando falsos currículos, e sim na formação plena e cidadã dos jovens em suas mãos, para que não se perpetue o que testemunhamos nos dias atuais, como por exemplo neste NBB7, onde nos últimos 12 jogos efetuados, 338 erros de fundamentos aconteceram, numa média de 28.1 por jogo, sendo que em um deles, Pinheiros x Uberlândia, 44 foram cometidos, num continuismo natural do que vem ocorrendo com a LDB, que em suas cinco últimas rodadas (60 jogos), perpetraram 2151 erros (35.8 em média), com jogos alcançando 55, 49, 48, 44 erros, rodada após rodada, numa demonstração exemplar, já que se tratam de jogadores entre os 18/22 anos, cuja formação desde a sub 12/13 os levaram a tão contundentes números, que se estenderão a LNB no futuro…

 

Enfim, gostaria de traçar um retrato mais positivo para o nosso querido basquetebol, mas que apesar de tudo, continua sendo o grande jogo, o grande jogo de nossas vidas, daqueles que realmente o amam, o estudam, o pesquisam, o ensinam, o divulgam desde sempre…

 

Amém.

 

Fotos – Reproduções da TV e WEB. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

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