QUEM TEM PINNOCK…

Ficou parecendo que o jogo do CEUB ficou na aduana de Caracas, pois não o vimos na quadra de jogo, principalmente no aspecto defensivo que foi simplesmente ridículo. Cansaço, alimentação, estratégia (?), acomodação, não importam os motivos para tanta passividade, mas sim os “por quês…”

Os argentinos jogaram o tempo todo academicamente, sem pressa, e priorizando o jogo interno, no básico intuito de “pendurar” nas faltas o maior número possível de oponentes, principalmente os reboteiros. Some-se a isto a ausência absoluta da mais simples anteposição aos arremessos exteriores dos hermanos, e pronto, o retrato de uma derrota para lá de contundente. Não esqueçamos de relembrar o inexplicável comportamento de uma equipe da elite sul americana, ao se postar ante uma defesa por zona clássica, a 2-3, na aplicação repetitiva de passes de contorno e concludentes arremessos de três, repetindo o esquema contra uma individual, da forma mais absurda possível, já que possuidora de três bons pivôs, que sem dúvida alguma, se bem lançados, dariam enorme trabalho aos pivôs argentinos. Ficou parecendo que a equipe de Brasília perdeu um jogo que não se esforçou, de verdade, em vencer. Dá o que pensar…

Ah, não esquecendo que a equipe não possui um plantel confiável, e sim um time básico de no máximo seis jogadores, e nada mais.

E lá pelos lados do jogo final, honestamente, quem tem como adversário um tresloucado “talento” como o Pinnock, só não vence no tempo normal por ter em seu plantel um outro “talentosíssimo”, porém exclusivista jogador, como o Martinez, ambos disputando ponto a ponto quem cometeria o maior número possível de erros simplesmente inacreditáveis. Nas duas prorrogações, as duas equipes atingiram o número incrível de 38 erros com perdas de bola (19 para cada lado), com os dois citados liderando a planilha.

Para hoje, prevejo uma equipe argentina, contida, coletivista, e com dois excelentes armadores e um pivô de 38 anos dando aulas de posicionamento nos dois garrafões (é um mestre na defesa por traz…), enfrentar um Cocrodillos anárquico liderado pelo Pinnock. Se o apertarem com vontade ele entrega o jogo. De muito não via um jogador tão instável como esse na armação de uma equipe. Mas Paulo, ele deu 16 assistências! Mas o que entregou, não conta?…

Quanto ao CEUB frente aos costarriquenhos? Sei não… Se não pegarem urgente a mala de defesa que esqueceram na aduana…

Amém.

Foto-Divulgação FIBA Américas. Clique na mesma para ampliá-la.

SEMANA BRABA…

Com relação às duas semanas anteriores, esta foi de amargar, com um nervo ciático travando minha locomoção natural, filho com dengue séria, e alguns jogos difíceis de agüentar passivamente, tal a pobreza técnica e tática dos mesmos.

Mas alguns pequenos assuntos vieram à baila, como a decisão do Juiz da 11ª Vara Federal, Vigdor Teitel, decidindo que os técnicos de futebol não têm que prestar contas aos Conselhos Regionais de Educação Física, matéria esta publicada na coluna Do Anselmo Góis, no O Globo.

Muito bem, e os demais técnicos, inclusive os de basquetebol, que para freqüentarem os cursos da ENTB/CBB têm de postar seus registros nos termos de matricula, que tem o CONFEF como um dos avalistas dos mesmos? Creio que é chegada a hora de se dar um freio nessa turma do arromba, já que a justiça federal está fazendo a parte constitucional dela.

Mais adiante, entrevista do Delfin sobre sua incontida vontade de participar da Olimpíada de Londres, vontade esta sucedânea à sua “promoção” a uma dos piores times da NBA, quando, a exemplo dos grandes “nomes” daquela mega liga, quer usar a maior vitrine desportiva da terra, para situar e valorizar uma imagem e alguns milhões? “Profissionalismo” (segundo crença e certeza próprias…) é isso ai, para gáudio dos curibocas tupiniquins, que professam serem os meios, não importando quais, fundamentais para chegarmos aos fins pretendidos, onde nacionalismos, patriotismos e que tais, perdem a razão de ser frente ao poderio(?) técnico que teremos(?) na grande competição. Quanto aos que ralaram pela classificação, ora, o que importam? Afinal, o argentino também tem um nome olímpico a zelar…

Jogo do Limeira com Joinville, duríssimo de se assistir, tantas as falhas nos fundamentos, inclusive do pivô Shilton, que no entanto foi premiado com uma justificativa dada pelo comentarista do jogo, no seguinte teor: “É uma questão da base, onde, certamente, pelo físico e altura, foi deslocado para a posição, e que mais adiante, no limite dos seus 1,98m, encontrou dificuldades na liga superior. O remédio é fazê-lo alternar com os outros pivôs…”

Ou seja, o que assimilou de técnica individual até o momento é notoriamente insuficiente, cujo remédio é fazê-lo parte de um rodízio reparador? Meus Deuses, quer dizer que como adulto nada mais poderá ser feito, ou mesmo atenuado? Que tal ensiná-lo e treiná-lo nos caminhos dos fundamentos, exaustivamente, reforçando seus conhecimentos e otimizando-o na arte do grande jogo? Por que não o fazem, ou não sabem, ou não têm competência para fazê-lo? Perdoem-me, esqueci que são “estrategistas”, falha minha de simples professor e técnico…

Culminamos com o jogo pela Liga das Américas, entre o Crocodillos da Venezuela e o CEUB de Brasília, jogo que teve um momento no terceiro quarto em que a equipe venezuelana teve o jogo praticamente nas mãos, quando impôs uma defesa zonal que os candangos simplesmente não aprenderam a atacar, perdendo-se em passes laterais e arremessos de três (4/27), bem ao estilo da grande parte de nossos equipes, além de manter um placar razoavelmente confortável, quando, e aí a catástrofe, o pivô dominicano, o posudo e marrento Martinez, resolveu dar o seu show de solista que estreava na equipe, levando suas ações para baixo do aro, desafiando os pesados e experientes Cipriano e Alirio, perdendo nas dobras quatro ataques seguidos, propiciando os contra ataques de Alex e Cia. Equilibrado o jogo, o Giovanonni se colocou no pivô, pedindo os passes, distribuindo-os ou finalizando de média distância, levando o jogo para uma definição que, contrário ao que vinha acontecendo se deu num contra ataque após mais uma falha do Martinez, e que o Nezinho soube muito bem aproveitar.

No jogo de hoje, contra a equipe argentina, sem dúvida alguma a possibilidade dos candangos enfrentarem uma forte defesa zonal torna-se redundante, já que a equipe do planalto central torna-se muito frágil ofensivamente quando se depara com uma.

Enfim, para uma semana tão atribulada, assuntos não faltaram, talvez jogo bem jogado. Mas isso é outra história.

Amém.

Foto-Divulgação FIBA Américas.Clique na mesma para ampliá-la.

A NOVA POSTURA…

Comecemos pelos números:

 

KENTUCKY     67   x   59     KANSAS

23/56                      2                22/62

6/14                        3                 5/11

15/21                     LL              10/15

43                           R                  35

11                            E                    9

Números que deixam a grande maioria de nossos técnicos, comentaristas e jornalistas de cabelos em pé. Onde já se viu um time ser campeão arremessando somente 14 bolinhas de três? Inadmissível. E pior ainda, Kansas arremessando 11 bolinhas? Mereceu perder…

Aliás, um dos comentaristas passou o jogo inteiro “pedindo”as ditas cujas, como numa prece. Somente não viram, acredito que sequer notaram, que ambas as equipes jogaram no 2 em 2, seguros, pensados e acima de tudo preciso jogo de aproximação, onde os erros diminuem substancialmente se comparados às famigeradas “bolinhas”, não tão livres assim pela intensa defesa exterior, por todo o tempo necessário, mesmo que no limite dos 35seg. permitidos pelo basquete de formação americano, fator que eleva em alta escala o aprendizado defensivo, marca registrada de um basquete compromissado pela defesa, sendo inclusive, permanentemente cobrado pelas torcidas de ambas as equipes.

Foram 118 tentativas de dois pontos, com 45 acertos (38,1%), contra 11/25 (44%) nas de três pontos, tentativas estas somente concretizadas pelos especialistas das duas equipes, e somente eles, sem arroubos ou aventuras fúteis, concentrando todos os esforços no jogo interior, onde os grandes e talentosos jogadores de ambas as equipes estabeleceram um duelo de alta categoria, onde a velocidade, agilidade e flexibilidade das ações, em tudo e por tudo contrastavam com o basquete jogado até bem pouco tempo pelos cincões vitaminados, natural ou artificialmente, tendência que os americanos começaram a abandonar desde a ascendência do Coach K nas seleções nacionais de seu país.

Mas que tipo de jogo interior desenvolveu Kentucky, senão aquele baseado em três homens bem altos e velozes, alas pivôs autênticos, deslocando-se ininterruptamente próximos à cesta, e alimentados por dois armadores de qualidade, numa avalanche de jogadas muitas vezes concluídas praticamente dentro do aro da cesta, e cujo poder defensivo, exatamente fundamentado na destreza atlética e de alta velocidade, complementavam um sistema de jogo audacioso e inovador, a tal ponto, que num determinado momento do jogo um dos comentaristas sugeria que o Anthony Davis precisaria “perder uns quilinhos” para emplacar na NBA, numa afirmação totalmente antagônica a seu posicionamento anterior, quando defendia os cincões pesadoe e intimidadores, hoje figuras anacrônicas quando em confronto com a velocidade e a destreza desses jovens gigantes.

Kansas jogou com um pivozão também rápido, mas sozinho contra a trinca do Kentucky, num confronto desigual e estafante. Mesmo assim, sua equipe lutou com bravura, mas não conseguiu equilibrar a desvantagem posicional, praticamente durante todo o jogo.

Mas Paulo, 38,1% de acerto nos arremessos de dois pontos não é uma marca das melhores, não acha?  Num basquete como o nosso, onde a liberdade nos arremessos chega a ser redundante, concordo, mas ante sistemas defensivos de tal intensidade empregados por ambas as equipes, torna-se um número compreensível, afinal, ninguém ali “pagava para ver”…

Que jogos como este, pertencente a uma das maiores ligas do planeta, onde um público fiel participa de todas as etapas que a fazem responsável pela permanente renovação do seu basquete, sirva de inspiração a todos aqueles que ainda, teimosa e corajosamente, lutam pelo soerguimento do grande jogo em nosso enorme, injusto e desigual país.

Amém.

 

Algumas oportunas notas/fotos:

Foto 1- Foi um tsunami de novas posturas técnico táticas que varreram o Astrodome em New Orleans.

Fotos 2 e 3 – Claro posicionamento dos homens altos de Kentucky dentro do perímetro,

Foto 4 – O técnico John Calipari, que ao dirigir a seleção da República Dominicana no Pré Olímpico de Mar del Plata, declarou que seu aprendizado no mundo FIBA não tinha preço, e que muitos princípios de ataque e de defesa lá observados, seriam de grande importância para o seu futuro como técnico de basquetebol, o que provou agora na direção de Kentucky.

Clique nas fotos para ampliá-las.

Fotos – Divulgação NCAA.

UM BOM PROJETO…

Enviado pelo Prof.Pedro Rodrigues de Brasilia, um excelente artigo do Técnico portoriquenho

Victor Ojeda, sobre a constituição de equipes nacionais. Vale a leitura.

PROYECTO EQUIPOS NACIONALES”

Los Equipos Nacionales representativos de un país no nacen, ni se hacen de un día para otro.

Esto surge a través de una estructura y una organización bien planificada y diseñada por un personal competente y de experiencia.

Cada Federación Nacional tiene la responsabilidad de establecer una estructura que le ofrezca visión, control y dirección al programa de  los Equipos Nacionales.

Tener una organización del  cual todos debamos sentir orgullo es una prioridad para fomentar equipos que sean nuestra máxima representación nacional en competencias nacionales.

El programa de los Equipos Nacionales debe ser establecido y desarrollado utilizando las experiencias vividas en las pasadas décadas y competencias internacionales como recursos para fortalecer el desarrollo del  mismo. La historia debe estar ahí para que no se repitan los errores del pasado y para que podamos aprender de ellos.

El objetivo es poder seleccionar un grupo de jugadores que nos represente en competencias internacionales sobre los más altos valores éticos y principios competitivos.

Todo este proceso, guiado bajo una filosofía y metas dirigidas por un cuerpo de hombres  profesionales comprometidos a fortalecer la programación competitiva internacional para ganar y ser ejemplo  dentro y fuera de la cancha.
Se debe entender que es posible desarrollar una gran estructura de alto nivel en conocimiento de sus limitaciones y fortalezas. Pero es necesario reconocer que sin una estructura, sin recursos humanos, económicos y sin los administradores competentes se  haría muy difícil transformar el deseo de ver un baloncesto moderno de corte profesional en cualquier país.

Entrar en la planificación y adiestramiento del  baloncesto moderno implica grandes cambios estructurales, con todas sus implicaciones físicas, mentales y administrativas para construir   equipos nacionales con verdaderos expertos en la materia.

Los Equipos Nacionales deben  funcionar como una unidad de negocio, con varios departamentos que se enfoquen en los diferentes aspectos específicos del Programa de los Equipos Nacionales.

La responsabilidad de cada  Federación Nacional es proporcionar un plan de desarrollo para seleccionar y darle  la dirección un grupo de jugadores prometedores, para invertir en su juego y habilidades competitivas para desarrollarlo en un jugador de primera.

La atención al desarrollo es parte esencial del  programa.

Introducir un proceso sistemático, de seguimiento y programado que lleve al descubrimiento y fortalecimiento de las habilidades físicas y técnico-tácticas de los jugadores talentosos en  servicios de los equipos nacionales, debe ser una prioridad en este proceso de evolución.

Es importante señalar y establecer un listado de requisitos o criterios para seleccionar a futuros jugadores a ser parte de los Equipos Nacionales. Desde el  principio, el foco principal debe ser la selección del equipo y el trabajo en equipo.

En cuantos a los jugadores, en el baloncesto moderno no solo se tiene los requisitos estrictos para su formación de los equipos nacionales, inclusive características y habilidades físicas, pero  también requisitos del desempeño técnico con respecto a la personalidad de los jugadores, el  status de su salud, la posición  social, así como el conocimiento psicológico y los aspectos éticos del ser humano.

El Entrenador Nacional

El entrenador  nacional es la persona clave en el desarrollo del  plan de equipos nacionales.

Es un ejemplo a seguir por sus conocimientos y credibilidad personal. Debe  jugar el papel de guía, organizador, planificador y coordinador  del  equipo.

El entrenador, con la ayuda de sus asistentes expertos, necesita hacer la selección final y las decisiones finales del equipo, pues él  conoce sus necesidades. Esto significa que para lograr los resultados  positivos, un entrenador  exitoso debe tener la calidad de un director comercial exitoso.

Debe rodearse de buenos asistentes y competentes, que deben ser leales, creer en su filosofía, trabajadores, comprometidos y que conozcan el juego. Su meta debe ser desarrollar un programa que tenga continuidad en su filosofía y unos estilos de juego que provean metas desarrolladas  para todo el programa de equipos nacionales.

Además, deben desarrollar un sentido de trabajo en equipo, enfatizar que los jugadores necesitan  ser ejemplo en los dos lados, dentro y fuera de la cancha.

Deben saber que vestir la camiseta de su país es defender y respetar la institución del baloncesto a través de sus ejemplos.


Disciplina y las Reglas

El entrenador del  Equipo Nacional debe anticipar y planear sus acciones en caso de que problemas ocurran con jugadores individuales y grupos dentro y fuera del  equipo.

En su deber está establecer una serie de normas disciplinarias para lograr canalizar una buena actitud y un comportamiento adecuado hacia el logro de buenos resultados.

Debe  haber  reglas que sirvan de base y esqueleto del  equipo.

El Entrenador del Equipo  Nacional debe ser firme, justo y consistente.

Su deber es establecer las reglas desde el  primer día  de práctica.

La práctica debe servir para establecer su visión, metas y estrategias a seguir, acompañada de su  filosofía técnica a seguir. El  entrenador debe planear para ganar, mientras asegura el  mejoramiento máximo de los jugadores más prometedores y la calidad del desarrollo del  equipo.

El entrenador debe tener  su propia filosofía de entrenador, que representa las ideas del  entrenador de cómo jugar baloncesto, basado en  los principios del  deporte.

Desde el primer día, los esfuerzos del entrenador deben estár enfocados en los siguientes  logros:

– Los planes a largo  plazo para que los jugadores prometedores alcancen su nivel máximo  de responsabilidad en la preparación física y mental del equipo y de los jugadores individuales.

– El  conocimiento del experto y su preparación para la enseñanza diaria.

– La motivación de los jugadores para el partido.

– Plan  de juego y estrategia

– Evaluación y recomendaciones.
No debe haber espacio para la improvisación, ni tampoco espacio para el desconocimiento en la implementación del Proyecto de los Equipos Nacionales.

Todo se planifica y se estructura con responsabilidad profesional para ser un  ejemplo a esa sociedad que les respalda.

Sobre el autor:

Uno de los entrenadores de mayor trascendencia tanto en el baloncesto puertorriqueño como a nivel internacional, propulsor de un nuevo baloncesto y la voz de los entrenadores de América ante la plana mayor del baloncesto mundial, el Sr. Víctor “Vitito” Ojeda fue entrenador del Equipo Nacional de Puerto Rico en el 1978 y posee uno de los porcientos de victorias más alto en la historia del baloncesto puertorriqueño.

MAIS UMA SEMANA…

E mais uma semana recheada de basquete limítrofe, acima e abaixo do que deve ser esperado do grande jogo.

Acima, o previsto Final Four com aquelas equipes magistralmente postadas dentro do perímetro em seus ataques, e com defesas sólidas e incansáveis ante 35seg. de posse de bola de cada ataque sofrido em todo o transcurso dos jogos, numa lição que, obrigatoriamente, deveríamos implantar em nossas divisões formativas, onde o posicionamento defensivo, árduo e insistente, prepara os jogadores para os embates adultos quando os 24seg. fizerem parte de suas realidades.

Nesta segunda feira teremos o privilégio de assistir a grande final, entre Kentucky e Kansas, com alguns dos pré draftados para a NBA, dois sistemas voltados ao interior do perímetro, arremessos comedidos dos três pontos, realizados por quem realmente os dominam, e uma aula de defesa, seja de que tipo optarem, pois todas elas se referendam nos sólidos e exaustivos fundamentos  que fizeram, fazem, e sempre farão parte do dia a dia de suas existências como jogadores de elite que são.

Na média, já que sedimentada na mesmice endêmica do sistema único, que ao final da classificação aos playoffs, propicia pela enfática repetição o “equilíbrio” apregoado pela imprensa especializada, nosso NBB alcança aquele estágio, onde um mínimo de engenharia reversa propiciaria,  através aqueles mais atentos e inteligentes defensores, as retomadas antecipativas de bolas, exatamente por conhecerem com sobras os trajetos que as mesmas tomarão, que são os mesmos que se utilizam quando atacantes, numa forma padronizada e formatada pelos estrategistas que os orientam nesse previsível sistema de jogo, já que comum a todas as equipes intervenientes no campeonato.

No jogo entre São José e Paulistano, essa tendência ao “equilíbrio” ficou patente, exatamente quando a equipe sanjoanense adaptou seu modo de defender e pressionar a bola nos dois quartos finais, antecipando-se às jogadas óbvias de seu opositor, cujo técnico aos brados de “antecipa, antecipa”, tentava equilibrar as ações, e obrigando-o a um jogo externo inócuo e escandalosamente previsível, fator este que a levou a vitoria inquestionável.

Mais e maiores exemplos advindos desse “equilíbrio” festeiramente divulgado pelos analistas, se farão presentes nos playoffs, pois mudar a forma de jogar em absoluto passa pela cabeça daqueles que, se pudessem, se soubessem, e se quisessem, mudariam de uma vez por todas a mesmice endêmica que nos esmaga e minimiza, principalmente quando em embates internacionais, e os argentinos sabem muito bem do que falamos.

Abaixo, a constatação em Cancun do que vem a ser jogar dentro do rígido padrão do 1 ao 5, onde narradores, comentaristas, técnicos e jogadores se irmanam na jornada do “todos por um pensamento”, onde enterradas e hemorragias de três alcançam o patamar de uma autofagia suicida e acima de tudo indesculpável a um basquete que se pretende nivelar ao âmbito internacional.

E mais abaixo ainda, a triste constatação de equipes que alcançam duas ou uma única vitória numa competição profissional de 28 jogos, numa demonstração tácita de ausência do  mais absoluto preparo técnico tático mínimo, para um campeonato do nível que ambiciona soerguer o grande jogo em nosso país

Foi uma semana de intensas contradições, principalmente pelo fato inquestionável do quanto teimamos em não produzir algo de diferente, inusitado, corajoso, inovador.

Amém.

Fotos, Divulgação LNB, NCAA, Globo com. Clique nas mesmas para ampliá-las.

BLOOD SUNDAY…

Na edição de domingo (25/3/12), o jornal O Globo enfim assumiu o MMA como campanha prioritária na implantação desse “esporte” no país, com 4 matérias dispostas em vários cadernos da mesma:
– No primeiro caderno, uma publicidade em duas páginas do reality show The Ultimate Fight Brasil (foto).

– No segundo caderno, uma reportagem de página inteira sobre o lutador Minotauro (foto).

– No caderno Saúde & Bem Estar, testes médicos para melhoria cardiorrespiratória dos praticantes de artes marciais (foto).

– Na Revista de TV a reportagem “Eles não fogem à luta” (foto).

Fazendo coro à declaração do lutador Anderson Silva em entrevista na TV, de que seu maior sonho é ser considerado referência dos jovens brasileiros, alinha-se a grande organização na busca desse objetivo, para em breve futuro tornar e sedimentar a população jovem desse infeliz país, praticante e entusiasta da violência como objetivo de vida, tendo como exemplos os “gladiadores do terceiro milênio”, definição dada pelo divulgador máximo do outro “esporte” maciçamente patrocinado pela organização, a F-1.
Então, o que poderemos esperar de preparação desportiva de nossa juventude, nas escolas, nos clubes, nas universidades, visando uma educação plena em saúde, nas artes, nas disciplinas acadêmicas, até mesmo nas representações em 2016, indo além dessa etapa, visando um futuro melhor, fruto de uma educação plena e justa, e não sob a sombra de uma era onde homens eram lançados em arenas para se degladiarem em combates cuja única finalidade era a da submissão pela força e contundência física, hoje recriada sob a máscara de uma deformada visão do esporte, de uma mais deformada ainda visão de vida?
Por que não abrir espaços para colunas de basquete, vôlei, futsal, natação, handebol, atletismo, ginástica, judô, em vez de atividades mascaradas de esporte, com toda sua cruel realidade? Por que?
Blood Sunday, triste assim…
Amém.

Fotos-Reproduções. Clique duplamente nas mesmas para ampliá-las, e acione Ctrl-Shift-+ para ampliá-las ao máximo.

MAIS UMA…

Mais uma semana de basquetebol com grandes jogos, muita emoção e ponderáveis equivocos.

Na NCAA, como estava mais do que previsto, somente aquelas equipes que privilegiaram o jogo interno, após um tsunami de arremessos de três jamais visto num torneio daquela magnitude, onde o equilíbrio entre ações dentro e fora do perímetro delineou os reais e mais lógicos finalistas, Lousville, Ohio State, Kentucky e Kansas, determinando novos rumos preconizados pelo Coach K, que infelizmente não conseguiu ir em frente com a sua Duke, mas que pode aquilatar o quanto de respeito às suas idéias, postas a prova no último Mundial, obtiveram respaldo em algumas das grandes equipes participantes, entre as quais as quatro finalistas. Vimos tornar-se realidade o fim da era dos mastodontes, dando lugar a pivôs muito rápidos, ágeis, inclusive nos dribles e nas fintas, e participantes ativos dos sistemas de jogo próximos às cestas, assim como armadores (sempre em duplas) já começarem a romper a barreira dos 2m de altura, e onde alas e pivôs trabalham em conjunto, como se fossem iguais em suas funções, amparados e lastreados em sólidos conhecimentos dos fundamentos do jogo.

Enquanto isso, em plagas argentinas, nossos representantes continuaram a teimar nas bolinhas (o Paulistano contra o Obras Sanitárias arremessou 7/28 de três pontos com 25%, e o Obras 10/15 com 67%), como que afirmando “ser assim que se joga o grande jogo”, e não é… E o Bauru, deixa de treinar, para receber uma aula teórica do técnico do Peñarol, Sérgio Hernandez, pois segundo seu técnico “Uma reunião dessa representa uma dinâmica diferente para a nossa equipe. Um técnico olímpico como o Sérgio (Hernandez) falando para nossos jogadores ajuda muito nessa idéia nossa de agregar mais valores e experiência para todos. Uma dinâmica dessa vale muito mais do que ir para quadra arremessar”. Sei não, deixar de treinar dentro de um torneio de tal importância, para ouvir o técnico adversário, ainda mais com uma equipe seriamente desfalcada, teria sido a melhor medida?

No planalto central, com direito a um público de 14000 espectadores, a equipe do Flamengo sem o Marcelo machucado, perdeu para o Brasília por 93 x 74, num jogo em que mesmo sem o seu especialista de três, arremessou um estonteante 7/27 … de três, em vez de explorar seus bons pivôs, Caio, Kammerichs e Átila, numa clara opção pelo jogo externo com Duda (3/9), Jackson (1/6), Helio (1/6), Fred (1/3) e Hayes (1/3), bombando de fora, e o pior, não defendendo os 10/26 de três dos candangos. Enfim, uma orgia de 53 bolinhas para 17 acertos! Realmente um absurdo, e à margem de um Olimpíada daqui a 3 meses.

Finalmente, assistimos uma verdadeira epopéia patrocinada pelas organizações O Globo no lançamento definitivo do MMA no país que pretende ser olímpico, numa prova inconteste de que a máxima do Anderson Silva que sonha em ser o referencial dos jovens brasileiros vai a cada dia se tornando realidade…

Pobre e infeliz país com lideranças desse quilate. Mais adiante escreverei mais a respeito, pois me sinto enojado agora só em pensar no assunto.

Mas quem sabe, dias melhores virão…

Amém.

Fotos – Divulgação NCAA, LNB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

QUE SEMANA…

Foi uma semana desgastante, com uma tonelagem de jogos, na maioria das vezes decepcionantes. Mas antes de falar um pouco dos mesmos, algo tem de ser dito sobre a nossa irrefreável tendência (?) de transformarmos noviços em cardeais da noite para o dia, colocando-os na restrita faixa da genialidade, senão vejamos essa declaração:

(…)“Para mim isso é um motivo de muito orgulho e muita responsabilidade. Apesar da minha idade, me considero um técnico preparado para assumir o cargo porque só trabalhei com bons técnicos no Paulistano e nas seleções que estive. O Paulistano me deu todas as condições de fazer cursos, clínicas e me preparar para esse momento. Isso tudo é fruto de um trabalho”, disse o técnico ao site da CBB(…)

Como vemos, sua escolha ao cargo máximo que um técnico pode almejar, não foi o resultado de anos e anos de prática e reconhecimento majoritário nas mais diversas divisões, e sim pelos argumentos que ele próprio menciona na declaração acima, e o mais emblemático, indicado pelo técnico Magnano e pelo diretor técnico Vanderlei, onde um, estrangeiro contratado para dirigir a seleção olímpica, e outro, recente ex-jogador, numa função que revelou estar lá para aprender (declaração feita em sua posse no cargo), definem e decidem o quem é quem no basquete brasileiro, ante a passividade e silêncio dos demais técnicos , enclausurados em suas zonas de conforto e descompromissados do associativismo básico e fundamental para o soerguimento do grande jogo no país, posicionamento chave, se assumido, e bem ao contrário dos técnicos do país que nos tomou a dianteira  e primazia na America do Sul, onde, em hipótese alguma, um técnico brasileiro poderia agir como o campeão olímpico o faz em terras tupiniquins.

Somente espero que a tendência convergente da equipe que dirige no NBB4( no recente jogo contra Bauru, entre outros tantos, o Paulistano cometeu um 17/26 nos arremessos de dois pontos, e 13/33 nos de três…), não seja transposta à seleção, no que seria mais um capítulo da tragicomédia em que vem sendo transformado o basquete nacional.

E para deixar muitos de nossos técnicos de água na boca, alguns inclusive se sentindo redimidos de seus “conceitos” de jogo, assistimos incrédulos o maior (já que compresso num mata-mata devastador) desfile de bolinhas de três visto e assistido em cadeias nacionais dos irmãos do norte, pela maioria esmagadora das 64 equipes intervenientes no célebre March Madnesss da NCAA. No entanto, classificaram-se para as quartas de finais, o Sweet Sixteen, aquelas equipes que jogaram preferencialmente dentro do perímetro interno, com um, dois e até três homens transitando velozmente junto às cestas, provando de forma definitiva que bolinhas de três, midiáticas, empolgantes e endeusadas, não levam as verdadeiras equipes às finais, pois ainda veremos no Final Four aquelas que salomonicamente transitarão entre o jogo externo e interno, e que de uma forma geral, se aplicarão defensivamente, fora do perímetro. À partir de quinta feira aferiremos a veracidade desse posicionamento.

Finalmente, num jogo que nos foi privado após alguns minutos de iniciado, entre as equipes de Uberlândia e Flamengo, por um de tênis, onde dois estrangeiros se pulverizavam a golpes de tacape, bem a gosto de quem não ama jogos coletivos, mas adora a “gemeção orgástica” de alguns e muitas jogadoras, num desrespeito acintoso e desleal a muitos e muitos pagantes de um canal a cabo, que de forma alguma poderia agir como agiu pelo fato de ter chovido em Indian Wells, e somente retomando o basquete nos minutos finais de uma prorrogação, na qual, e por mais uma vez, ante uma diferença contra de dois pontos, preferiu o jogador Collun de Uberlândia afetuar dois dos três arremessos sucessivos e finais dos três pontos, quando havia tempo suficiente para uma escolha junto à cesta, através uma penetração sua, ou um passe a seus pivôs, levando o jogo para uma segunda prorrogação. Mas não, a “filosofia” implantada que contradiz a conceituação científica e matemática de que arremessos de dois são mais precisos que os de três, tem de ser prioritária junto a um basquete aventureiro e descompromissado com a precisão e a técnica.

Nada pude ver sobre a Liga América porque não tenho a Fox Sports, assim como a Liga Feminina, que desisti por enquanto para não me estressar de raiva.

Mas lá no fundo, ainda guardo uns rasgos de esperanças em dias melhores para o grande jogo, não só entre eles, mas entre elas também…

Amém.

Fotos-Sites UOL, NCAA, CBB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

DE NOVO?…

Era para ter sido uma competição de habilidades técnicas (drible, fintas, passes e arremessos), mas que se transformou, pelo segundo ano seguido, em uma competição de habilidades oportunistas…

Se nas etapas de arremessos e passes os alvos delimitavam acertos e erros dentro de uma margem controlável e sem maiores dificuldades, eram nos dribles e fintas que os fatores “oportunistas” poderiam se manifestar de forma discutível, já que alguns artifícios às regras do jogo poderiam ser manipulados em busca de um decréscimo nos tempos de execução, definindo ai os mais rápidos naquelas etapas. Apesar da primeira etapa de dribles e fintas oferecer menos oportunidades de ações ilegais, pois as trocas de mãos pelas costas e entre as pernas desfavoreciam conduções de bola, na segunda etapa, de cortes longitudinais com trocas frontais de mãos, os pequenos, porém eficientes artifícios fora das regras se destacaram nas conquistas dos menores tempos de execução que classificaram os dois finalistas, o Fúlvio e o Pena.

Observem que à exceção daqueles dois participantes, os demais primaram na etapa dos dribles longitudinais, pela correta manipulação da bola no ato de driblar, quando nunca a dominavam abaixo de seu hemisfério superior  (vide fotos do Larry, Gegê, Matheus e Diego), determinando dessa forma que suas trajetórias descendentes e ascendentes a cada drible, não sofressem qualquer tipo de interrupção,( como determinam as regras do jogo), ao contrário das ações dos dois outros, que ao interromperem claramente as trajetórias da bola, paralisando-a em suas mãos (vide fotos), e por conseguinte, permitindo que seus corpos fossem impelidos à frente em velocidade ao cometerem a violação de andar com a bola, já que não limitados pelo drible, retomando-o mais à frente, e por isso sendo beneficiados por importantes décimos de segundos, suficientes para vencerem a competição, não esquecendo que foram somente 0.4seg que separaram o Diego (o verdadeiro vencedor) do Pena na fase classificatória.

O interessante, e esclarecedor aspecto, é que na fase final, quando o Fúlvio perdeu um enorme tempo ao errar todas as cinco tentativas nos arremessos, o Pena fechou a competição sem cometer erros, principalmente aquele que o beneficiou neste e no ano passado, o de andar com a bola, já que a mesma paralisada em sua mão, permitia a quebra do binômio ritmo-passada, que caracteriza o movimento correto do drible, afinal, o macete não se justificaria àquela altura de uma  competição já ganha, fator este que atesta a intencionalidade da ação.

Porém, o mais inquisidor e injustificável detalhe presente na competição de habilidades, foi a presença arbitral de “qualidade olímpica”, que com sua omissão (deveriam obrigar a repetição correta da etapa, ou desqualificação), prejudicou aqueles jogadores que cumpriram os ditames das regras dos fundamentos bem executados e do jogo, beneficiando aqueles outros que as transgrediram, propositalmente, ou não, desqualificando uma competição que poderia ter sido exemplar, e pautadora para os futuros jovens praticantes.

Mas Paulo, aquilo tudo foi uma festa, onde casmurros e “sérios” juízes cirandaram pela quadra, arremessaram de três,  na “capital do basquete” do país, e que segundo um dos narradores alguns “princípios” do basquete americano, como o de permitir o afrouxamento das regras nos minutos finais dos jogos (meus deuses, onde ele teria lido tal absurdo), a fim de que os mesmos fossem “decididos”pelos jogadores, deveriam ser adotados por aqui, num desconhecimento atroz do que vem a ser o grande jogo, mas não para eles.

Então, se as regras eram essas, onde a seriedade de uma competição tem de ceder espaço à galhofa, que se deifique o bi campeão.

Amém.

NOTA- Para maiores detalhes da competição de habilidades, o blog Lance Livre, do jornalista Byra Bello, veiculou todos os vídeos sobre a competição, nos quais, e com muita atenção, os detalhes de execução mencionados neste artigo, são magnificamente mostrados.

 

FOTOS- Reproduções da Internet. Clique nas mesmas pra ampliá-las.

O REINADO DAS “BOLINHAS”…

Já são dez dias de apreensão e muito desconforto, provocado por um calculo renal que resolveu brincar carnaval no meu rim esquerdo, o que posso garantir anular qualquer tentativa de escrever algo sobre…qualquer coisa, muito menos sobre o basquete que assisti nesse período.

E o que assisti, mesmo que estivesse pleno de saúde, me preocupou sobremaneira, pois algo que publiquei meses atrás sobre convergência ofensiva, mais do que nunca ressurge em pleno no NBB, como um vírus, ou um calculo doloroso às vésperas de nossa tão esperada participação olímpica, no âmago de importantes equipes, como num contraponto à mensagem coletivista e seletiva do Magnano em sua excelente direção no pré olímpico.

Num jogo entre Uberlândia e Liga Sorocabana, algo inédito aconteceu, pois ambos convergiram de forma absoluta, numa participação tão absurda, que mesmo perante somente os números, um alerta soou, ante algo muito longe de ser considerado um jogo de uma liga superior. Uberlândia arremessou 13/31 (22%) de dois pontos, e 11/31 (35%) de três, enquanto A Liga Sorocabana arremessou 7/22 (32%) de dois e 11/32 (34%) de três, bem acima de uma convergência, perpetrando ambas as equipes um jogo de 63 arremessos de três e 53 de dois, determinando a falência, ou mesmo, o consentimento explícito pela inexistência defensiva, ou seja, que vença quem faturar a última…

Mais adiante, Limeira e Brasília repetiram o feito. Vejamos: Limeira arremessou 13/25 de dois pontos e 11/26 de três, ao passo que Brasília arremessou 18/28 e 9/30 respectivamente.

O Tijuca em seu jogo contra  Joinville arremessou 20/32 de dois e 10/29 de três, dando continuidade à nova tendência convergente. Finalmente, São José vence o Flamengo com 15/27 de dois e 11/27 de três.

A grande questão se restringe a um inegável aspecto, o da solene negação à defesa fora do perímetro, como num acordo inter pares, originando, pelas enormes facilidades espaciais, a orgia hemorrágica dos arremessos de três, as inefáveis “bolinhas”, tendência esta que vem se robustecendo a longos anos, e o pior, desde as divisões de base.

Muito do trabalho do Magnano foi calcado num sistema defensivo forte e enérgico, tanto dentro como fora do perímetro, aspecto este que embasou seu sistema de ataque, vide o sucesso pela classificação para Londres.

No entanto, com a ampliação tendenciosa dos longos, imprecisos, aventureiros, e muitas vezes, irresponsáveis arremessos de três, frutos da generalizada inércia defensiva, principalmente nas equipes de ponta da Liga, muito do trabalho do argentino estará comprometido, pois da mesma é que emergirão os jogadores que, juntos aos que atuam fora do país, constituirão a seleção olímpica, ainda mais se forem confirmadas as usuais e mais do que conhecidas deserções, além  das eventuais contusões motivadas pelas exaustivas competições a que são submetidos todos aqueles jogadores.

Sem dúvida alguma, o exemplo dado e emanado da seleção em Mar del Plata deveria ter encontrado eco em nossos técnicos, basicamente no aspecto defensivo, fator este, que se levado à sério, limitaria em muito a feérica farra de “bolinhas”que estamos assistindo progressivamente a cada rodada do NBB4, numa convergência galopante e absurda.

Trata-se de algo determinante, pois a seleção deveria refletir em todo seu potencial ofensivo e defensivo, os resultados alcançados pelas equipes da Liga, fatores estes que solidificariam os sistemas de jogo propostos pelo Magnano, ao invés de fazê-lo recomeçar de onde parou após a classificação, numa patética e constrangedora prova de pouco, ou nenhum apreço ao que incutiu na seleção naquele detalhe fundamental de uma grande equipe, a vontade de defender, a vontade de contestar arremessos, das distâncias que forem, não só na seleção, mas, e principalmente, em suas equipes, acenando aos jovens o como defender, base sustentável dos sistemas ofensivos.

E uma pergunta permanece – Até quando o reinado impune das “bolinhas” permanecerá? Até quando meus deuses?

Amém.

Nota- Jogo LSB x Uberlândia- Foto de Fabiano Rodrigues(Globoesporte.com)