ERROS NO ATACADO E NO VAREJO…

Foram duas peladas descompromissadas contra a Argentina e o Paraguai, equipes muito fracas e de baixa estatura, fazendo com que as brasileiras atuassem dentro do garrafão com absoluta tranquilidade, apesar de abusarem na tradicional e enraizada chutação de três (5/15 com as platinas e 14/35 contra as paraguaias), num desperdício de energia física, que muito bem poderia ter sido canalizada para acertarem um sistema qualquer de ataque, que por inexistente, descambou para a correria que estas jogadores praticam desde sempre. Defensivamente nem comentar, pela mais completa ausência ofensiva de suas adversárias, e que mesmo assim propiciaram 31 erros de fundamentos em cada uma dessas partidas, que garantiram a passagem da equipe para as semifinais, e a classificação para o Torneio Pré Olímpico. Com a classificação garantida, os jogos finais terão as doses de expectativa e tensão atenuadas, fazendo com os dois jogos se situem na zona de “estudos” para os futuros embates decisivos no Pré, conotando um excelente álibi em caso de derrotas mais severas, o da não assimilação do “processo” inovador por que passa e passará a seleção daqui para diante, o qual aguardarei com ansiedade e curiosidade, pois, pela alta qualificação e profunda experiência na formação, preparação e treinamento alardeadas por seus mentores, será de se pressupor algo de inovador, criativo, e revolucionário para o basquetebol feminino tupiniquim. Logo, seja qual for o resultado de logo mais contra os Estados Unidos, todo um “processo de ponta” estará sendo estabelecido visando o soerguimento da modalidade feminina no país, e que aqui bem para nós, tenho sérias e bem embasadas dúvidas de que dê certo, até mesmo a longo prazo, pelo simples fato de ser uma modalidade especialíssima, e que exige pessoal altamente qualificado em suas especificidades, principalmente na formação de base, onde nenhum destes componentes e patrocinadores do tal processo são possuidores de fundamentação qualificada, a não ser seus monumentais e midiáticos currículos…no masculino.

Em tempo – Ao recomeçar a LDB em sua fase final, até o momento em que escrevo esse artigo, nove jogos foram realizados, com a média de erros de fundamentos no incrível, inadmissível e assustador patamar de 36 por partida, na porta de entrada destes jovens no NBB, fato nada recomendável para suas admissões na liga maior, e muito, muito menos como prospectos a seleção e ao sonho dourado de seus agentes, e boa parte da ufanista mídia dita especializada, a NBA…

No mais, continuamos na ferrenha torcida para que dias melhores arrefeça tanta incompetência…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV.



4 comentários

  1. Alex 28.09.2019

    O Brasil jogou contra duas seleções da América do Norte nessa
    Copa América, desta vez completas, ou quase completas, o que não
    ocorreu no Pan.

    Perdeu as duas partidas.

    As vitórias foram contra seleções sul-americanas de 2º e 3º
    escalão a nível mundial.

    A única função que desempenham as armadoras do Brasil é conduzir
    a bola e chutar de 3.

    Não tem o drible e a infiltração.

    Mas o nosso basquete (escola de basquete) está no caminho certo.

  2. Alex 28.09.2019

    Obs: É evidente que eu não preciso dizer que a inabilidade das nossas
    armadoras em fazer uma finta e infiltrar no garrafão, advém de um
    processo de formação totalmente equivocado que prioriza os
    arremessos bonitos de média e longa distância que fazem o delírio
    da torcida com o chuáaaaaaaaaaaaa.

    Assim como da ausência de um programa sério de massificação como
    existe nos EUA (escolas e universidade) e na Espanha
    (Minibasket).

    Como já dizia o blogueiro:

    “Que os deuses nos protejam…”

  3. Basquete Brasil 29.09.2019

    Prezado Alex, creio que no artigo de hoje complemento suas pertinentes observações, que aos poucos se estendem na direção de um tempo em que teremos radicalmente de mudar a dura realidade em que nos encontramos. Anseio por esse tempo, convicto de que o alcançaremos. Um abraço.
    Paulo Murilo.

  4. Alex 30.09.2019

    Infelizmente eu não tenho essa expectativa.

    Se o trabalho da nova gestão da CBB é bom em algumas áreas
    (o marketing, por exemplo), em outras, como o fomento da base
    é mais do mesmo (o mesmo modelo de “massificaçãO” que as gestões
    anteriores aplicavam e comprovadamente não dá resultados).

    Dos órgãos federais (MEC e ME) que poderiam trabalhar em conjunto
    com a CBB pra apresentar alguma coisa nova, eu nem perco o tempo
    mais comentando.

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