O VITÓRIA DO ALARICO…

Fiquei muito triste com o relato do Doutor Alarico Duarte sobre a situação da equipe do Vitória para o NBB4. A ausência de patrocínios por parte do empresariado do Espírito Santo põe em risco total a participação, não só do Vitória, como do CETAF, a dois meses do inicio da competição, no que seria um brutal retrocesso naquela modalidade tão querida do simpático e torcedor povo capixaba.

No entanto, gostaria de tecer algumas ponderações a respeito, já que dirigi a equipe no returno do NBB2, num trabalho aqui minuciosamente relatado, e que marcou profundamente todos aqueles jovens técnicos, que ao acompanharem aquela sofrida saga, puderam testemunhar através os relatos do dia a dia da equipe, e mais adiante vídeos de seus principais jogos, os formidáveis progressos técnicos alcançados, assim como a grande contribuição tática com a introdução do sistema de dupla armação e três alas pivôs móveis, cujas influências se fazem sentir até hoje em suas divisões de base, muito bem preparadas e dirigidas pelo professor Washington, meu assistente na época.

Infelizmente, aquele projeto inovador voltado a uma equipe composta por jogadores subvalorizados  pela mídia nacional, foi erradicado quando do NBB3, onde uma falida e improvável parceria com a Metodista de São Paulo, originou uma série de resultados de triste memória, como a última colocação no Campeonato Paulista, a não classificação para os playoffs no NBB, e os recordes negativos de contagem alcançados naquela competição, fatores que certamente colocaram os patrocínios para a equipe numa faixa de rejeição para o próximo NBB4.

Mas algo tem me chamado a atenção, além do impacto promovido por aquela equipe no NBB2, sempre lembrada com admiração, o fato de que aqueles excelentes (apesar de esnobados pelas grandes equipes) jogadores, que não tiveram, assim como eu, a oportunidade de treinar e jogar, com principio, meio e fim, numa competição de tamanha importância, ainda poderem ser reunidos, pois, com a exceção do Casé, não estão ligados a equipes da LNB, e sim disputando campeonatos regionais, que não os impossibilitam de participar da mesma, e tenho quase certeza ( desculpem a ousadia…) de que aceitariam o desafio, após a instigante experiência que tiveram no NBB2 pelo Saldanha da Gama, se seguramente contratados para realizá-la, e em concordância ao projeto técnico tático original. E como as restrições ao meu nome( a começar por esse humilde blog…) são de escalão superior(?), que o Washington pudesse desenvolver o projeto de onde foi interrompido e retroagido à mesmice de amarga memória, pois não conheço mais ninguém que tivesse a coragem de desenvolvê-lo, e com potencial probabilidade de romper com o que ai está sacramentado a mais de 20 anos.

Não seria um projeto caro, talvez bem inferior ao R$ 1,5 milhão, projetados pelo Doutor Alarico, mas rico em possibilidades e empenho, já que preenchido e defendido por excelentes jogadores, que provaram serem unidos e participativos. Amiel, Roberto, De Jesus, Rafael, João, Muñoz, André, quem sabe o Casé e o Gaspar, o Matheus e os mais jovens da terra, formariam um time a ser respeitado, pois proprietários de um sistema de jogo que somente eles professariam e praticariam, logo, diferenciados das restantes equipes. Se provaram isso no pouco que puderam jogar com o mesmo, por que não agora, mais experientes, vividos e calejados, naquela que seria a última tentativa de emergirem dessa terrível mesmice, por que não?

Faço votos para que o Vitoria e o CETAF superem tantas dificuldades, mas indo um pouco mais além do que somente se fazerem presentes na disputa, ao desenvolverem novas formas de jogar o grande jogo, com audácia e coragem, o que duvido muito possa vir a ocorrer nas demais equipes, preocupadas que estão em nomes, ribaltas midiáticas, e o sistema único. Precisamos investir e mudar conceitos, e quem sabe, o modesto Vitoria possa dar o salto providencial, aquele ensaiado com méritos no NBB2. Assim espero, como renitente torcedor que sempre fui, sou e serei do grande jogo.

Amém.

UM TALENTO MVP…

Inicialmente parabenizo as jovens equipes brasileiras por tão honrosos e promissores resultados nos campeonatos Mundial Feminino sub-19 e Sul Americano Masculino sub-17.

Como não tenho por hábito comentar o que não vejo, já que ilações advindas de análises estatísticas passam ao largo da dura realidade dos jogos, seus aspectos táticos e suas minúcias técnicas, é que me proponho tão somente emitir algumas considerações sobre o único jogo transmitido pela TV, onde a seleção brasileira enfrentou a norte americana numa das semifinais do Mundial.

Alguns críticos já vinham apontando, pela análise das estatísticas dos jogos, os altos números de erros de fundamentos, assim como os baixos índices de arremessos e as falhas consecutivas do sistema defensivo, que em síntese, retratam a nossa crua realidade ante a teimosa e já cansativa priorização dos sistemas de jogo e da preparação física, por sobre o ensino e a pratica dos fundamentos.

E a visualização destes pormenores, confirmou pela enésima vez, os repetidos óbices em nossa preparação de base, pois triste se torna a confirmação de que, acima de qualquer prioridade que vise o pleno domínio das técnicas individuais, prevalece desde sempre a imposição tática, advinda de um sistema único de jogo, maciçamente coreografado por técnicos que prezam mais seus coercitivos comandos, do que o domínio absoluto, e por isso mesmo altamente criativo (o que mais temem…), dos fundamentos individuais das jovens jogadoras.

Triste comparar tal domínio por parte das americanas (a maioria ainda com 17 anos), no drible, fintas, passes, arremessos, rebotes, postura defensiva, contra ataques, movimentação ofensiva incisiva, em contraste com nossas gritantes carências nestes mesmos pontos, porém singelamente tentados serem equiparados pela pujança física e enorme talento de nossas jogadoras, frente a uma igualdade  negada às mesmas por uma geração de técnicos voltada para dentro de suas vaidades, suas absurdas pranchetas (e aqui cabe um pormenor, pois pedidos de tempo foram transmitidos pela TV, quando nitidamente a técnica americana situava em sua prancheta aspectos e comportamentos técnicos individuais que deveriam ser tomados por suas jogadoras, ao passo que nosso técnico se estendia permanentemente sobre a movimentação de jogadas, o aspecto coreográfico que tanto menciono, quando as falhas a serem dirimidas seriam de caráter puramente individual, mas como as mesmas não são levadas em conta por nossas comissões desde sempre, sua coerência, apesar de altamente falha, foi mantida), apesar do pouco preparo nos meandros detalhistas dos fundamentos, onde cursos de 4 dias de duração(onde são graduados, classificados, ou mesmo provisionados) jamais os colocarão a par do que representam para o completo conhecimento do grande jogo.

Mas apesar de tantas deficiências, foi uma de nossas jogadoras a MVP da competição, não que se caracterizasse como eximia praticante dos fundamentos (onde tem serias deficiências), mas sim por sua pujança atlética, liderança e espírito guerreiro, e que mesmo com uma importante falha na mecânica do arremesso, ainda terminou a competição como a cestinha e melhor reboteira. Fico imaginando esse esplêndido talento  devidamente corrigido e fortemente preparado nos fundamentos, seria inigualável. E como exemplo de uma de suas carências, observemos alguns detalhes em seu arremesso, belo esteticamente, falho tecnicamente.

Nas fotos acima, comparemos a jogadora americana Hartley com a Damires no ato do arremesso em suspensão. Detalho o posicionamento das mãos no clímax do lançamento, e o que constatamos? Damires empalma a bola com sua longa mão, onde o contato com a mesma vai das falanges até as falangetas, oferecendo uma sucessão de entraves desestabilizadores quando da soltura final, com perda de força e direcionamento (alguns de seus arremessos sequer chegaram ao aro), pelo simples fato de não saber, ou nunca ter sido orientada e ensinada, que o controle tátil de uma esfera tem de ser exercido através pontos referenciais que envolvam a bola com equilíbrio e eqüidistância, ou seja, tocando-a somente com as falangetas dos dedos, como o exemplificado pela americana. E assim como a Damires, nossas outras jogadoras apresentaram falhas nos arremessos, inclusive bandejas, além, muito além de não dominarem a ambidestralidade básica nos dribles, tornando nossas armadoras, alas e pivôs previsíveis em suas esparsas investidas defesa a dentro.

Enfim, pelo seu talento inato e cru, alcançaram um brilhante terceiro lugar, e neste ponto deveríamos nos perguntar – E se nestes seis meses de treinamento, fossem 3/5 dos mesmos dedicados à técnica individual, cerne do futuro coletivismo, já que o nivelamento técnico se faria sentir, para ai sim, irem em busca de um sistema de jogo que realçasse suas habilidades e criatividade, em vez de saírem pelo mundo para  angariar “experiência”, mascarando reais deficiências, sedimentando um sistema anacrônico, pelo simples fato de não funcionar sem o suporte do básico, os fundamentos?

Eis uma instigante pergunta, com resposta favorável na medida em que competência, experiência e conhecimento do grande jogo seja a pedra de toque na orientação e ensino de nossa tão relegada formação de base.

O talento de nossos jovens já se faz merecedor de uma preparação mais cuidadosa, competente e responsável. Assim deve ser, e com o beneplácito dos deuses, o será, um dia…

Amém.

PS- Clique nas fotos para ampliá-las, e Control-Shift ++ para maior detalhamento. (Fotos FIBA)

O ÁLIBI…

O Pré Olímpico bate às portas, e já saberemos se marcaremos, ou não,  os passaportes para Londres, depois de 16 anos de sentida ausência nas quadras olímpicas.

Mas antes, e desde sempre, estabeleceu a CBB um roteiro da mais absoluta e deslavada incompetência, na teimosa e delirante mania de pré definir uma seleção que somente existe no imaginário de seus luminares, especializados numa espécie de álibi às custas de pretensas e conhecidas  ausências de competições desse porte, pois contratos milionários não podem ser postos em risco pela aventura de defender um país onde o basquetebol é mercadoria de terceira categoria, tendo uma administração de quinta.

Viagens aos Estados Unidos, Canadá e Europa levaram nas classes executivas e hotéis de primeira linha, técnicos e dirigentes, com a missão redentora de ouvirem ao vivo e à cores, os testemunhos de tão importantes personalidades, quando um simples e objetivo email, convocando-os à defesa de seu país seria o caminho óbvio a ser tomado, pois ante a presença bajuladora, e a vinda após convocação, um único fator se faria presente, a efetiva vontade e disposição de participar.

No entanto, tais viagens encenaram um pastiche operístico, o de estabelecer para o público torcedor aquela que deveria ser a seleção ideal, real e reconhecidamente capaz (?) de nos levar a Londres, alimentado-o com falsas (porém bem articuladas…) ilusões, quando a realidade dos fatos apontavam na direção contrária,  agora desmascarados, de que tal encenação simplesmente alimentava o álibi de um possível fracasso, perante o qual as culpas e desvios teriam de ser convenientemente justificados pelas ausências agora anunciadas através… email’s, numa desigual contrapartida.

Acredito firmemente que o técnico Magnano tenha se apercebido da situação que se desenhava à frente, e aproveitando o momento sugeriu a convocação do excelente Larry, mesmo sabedor dos prolongados trâmites por que passam aqueles que desejam a naturalização em nosso país (o jogador Shamell já a tenta a anos…), robustecendo o álibi a uma possível desclassificação olímpica, já que quatro jogadores básicos estariam fora da disputa, o Nenê, o Leandro e o Larry, além da impossibilidade médica do Anderson.

Pronto, consciências libertas ante uma possível derrota, já que grande parte do nosso pretenso poderio estará ausente, ficarão expostos à linha de fogo aqueles que atenderam a convocação, e que sei lutarão com a valentia e a técnica de que são possuidores, e que mesmo sub valorizados, sempre honraram a camisa do país, e cujo único álibi é estarem sempre presentes quando convocados.

Então, ficamos assim acordados, temos um substancial álibi se tudo der errado, afinal de contas, estamos “definitivamente” sem nossa força (?) maior, e um maior ainda, se “repentinamente” nos classificarmos.

Sem dúvida alguma é mágica essa palavrinha, álibi, ainda mais nas mãos de profissionais na arte de utilizá-la.

Amém.

 

ALIBI (á), s. m. Presença de uma pessoa em lugar diverso em que se perpetuou o crime de que ele é acusado; (p. ext.) justificativa ou escusa aceitável. (Do lat. Álibi.)

(Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa)

PS-Dirimindo qualquer dúvida, esse artigo foi postado às 0:42 da madrugada de 14/7/11.

OS DETALHES…

Fato é que decididamente nos negamos a aprender.

Fato é que lamentavelmente continuamos a errar.

Fato é que soberbamente insistiremos no erro.

Fato é que arrogantemente culparemos os…detalhes.

 

Detalhe é que os fatos condenam o que implantaram.

Detalhe é que corporativamente não abandonarão o nicho.

Detalhe é que jamais se reconhecerão errados.

Detalhe é que negarão o novo, o ousado, o instigante.

 

Pois, entre fatos e detalhes naufragam gerações de talentos.

Pois, dentre fatos e detalhes, sequer permitem  uma réstia de luz.

Pois, acima dos fatos permeiam detalhes que os pensam absolver.

Pois, ante consumados fatos, quem sabe, o verdadeiro detalhe ressurgirá.

 

O fato maior de que o grande jogo merece, por história e tradição, ser

redimido através o maior dos detalhes, a meritória competência.

 

Amém.

UMA QUESTÃO DE FUNDAMENTOS…

(…) O AIS é uma instituição importante para os jovens do esporte do país (e não só no basquete, mas também na natação, no atletismo, no vôlei etc.). Falando da nossa modalidade, posso te garantir que é o melhor lugar da Austrália para quem quer se desenvolver no basquete, pois os treinos são com os melhores técnicos possíveis e com uma estrutura que assusta de tão boa que é. Para ser sincero, é praticamente impossível você não melhorar por lá como pessoa e como atleta, e é um orgulho imenso para mim representar o trabalho do AIS em competições internacionais. E, sim, como você mencionou, ele é responsável por “produzir” talentos aos montes. A Elizabeth Cambage (que hoje joga na WNBA pelo Tulsa Shock) foi a última da fornada deles.(…)

( Trecho da matéria publicada pelo jornalista Fabio Balassiano no blog Bala na Cesta, em 5/6/11, com o jogador Anthony Drmic da seleção australiana sub-19).

Eis uma robusta pista dos “porquês” de uma equipe solidamente preparada na base, cometer 8 violações num jogo duríssimo de mundial, e nossa equipe o fazer em 20 oportunidades, sendo que nossos armadores foram responsáveis por 9 das perdas de bola, números incompatíveis na posição que ocupam, pois os australianos nos roubaram 15 bolas, perdendo 3 para os nossos, numa desproporção até certo ponto assustadora, e anulando a supremacia que obtivemos através 44 rebotes, contra 37 dos mesmos.

Claro ser impossível uma análise técnico tática do jogo pelo não televisionamento, mas o placar baixo pela média do campeonato até aqui ( 63 x 57), deixa claro ter sido um jogo de fortíssima pegada defensiva, fator determinante na importância vital do pleno domínio dos fundamentos, principalmente o drible, as fintas e os passes, básicos nas progressões e nas articulações de jogadas sob intensas pressões.

Falar dos arremessos então, se torna repetitivo, monocórdio, pois teimar na aventura dos “gatilhaços” de três (2/17), quando bastariam trocar 4 dos 15 perdidos por tentativas de dois pontos para vencer a partida, soa como um solitário grito num deserto de idéias, de bom senso, de liderança enfim.

(…) posso te garantir que é o melhor lugar da Austrália para quem quer se desenvolver no basquete, pois os treinos são com os melhores técnicos possíveis (…), ou seja, lá encontram os melhores formadores, as melhores didáticas de ensino, o melhor acompanhamento técnico prático, aprendem a conviver, dominar e se relacionar com a bola e sua instabilidade esférica, tornando-a extensão de seu corpo, garantindo uma melhor submissão e domínio da mesma em situações extremas, daí resultarem perdas menores, além, muito além de aprenderem a amar o jogo, ao contrário de nossos jogadores, jamais submetidos nos últimos 20 anos aos ensinamentos ( sim senhores, e-n-s-i-n-a-m-e-n-t-o-s…) de nossos melhores mestres na arte dos fundamentos, mas atulhados de sistemas, jogadas marcadas, sinalizadas e coreografadas em minúcias ( vide foto acima do Raul no jogo de hoje…), por uma turma de “estrategistas”, como se comandassem bonecos e seus cordéis, num arremedo de basquete, e não do grande jogo.

Sei que errar faz parte do jogo, mas não em tal quantidade perante defesas mais fortes, que se avolumarão mais adiante quando do afunilamento da competição, quando terá de se fazer presente o domínio dos fundamentos, sem os quais, chifres, punhos, polegares, cabeças, camisas, e todo um corolário de “estratégias” e coreografias se esfacelarão por não driblarmos, fintarmos, passarmos, defendermos e arremessarmos com a mesma eficiência de nossos bem fundamentados adversários. Talvez, quem sabe, possamos até nos medalharmos na competição, afinal de contas ainda nos restam resquícios de nossa tradicional combatividade e capacidade de improvisação, de talento, apesar das limitações básicas, e também porque ainda existe quem acredite que alguns dos deuses torcem por nós, e assim, quem sabe…

Prefiro, como professor e técnico, acreditar e torcer para que os grandes e verdadeiros formadores de jogadores existentes no país sejam resgatados, para que num grande mutirão ajudem eficientemente a soerguer o grande jogo entre nós, pois se assim não agirmos, dificilmente teremos convenientemente preparada uma geração para 2016, que jogue, entenda e ame basquetebol, e não se deixe levar por rabiscos desconexos nas pranchetas da vida.

Amém.

A CRUEL REALIDADE…

Li nesta semana uma matéria de qualidade superior, irrepreensível, magistralmente escrita, que retrata com a máxima fidelidade a agonia por que têm passado as últimas gerações de bons, ótimos, e alguns, excelentes jogadores, praticamente todos relegados a um ostracismo injusto e repugnante, graças ao sistema de jogo adotado pela esmagadora maioria de nossos técnicos ditos de elite, onde a criatividade clara e espontânea dessas gerações, foi esmagada e vilipendiada em nome de um basquete engessado e coreografado por aqueles que se auto intitulam, e até mesmo se consideram as estrelas do espetáculo.

Relegados e escalados em posições de 1 a 5, rotulados numa vitrine de ações óbvias e repetidas à exaustão, se mediocrizaram de tal forma, que o jogar o grande jogo se transformou numa alegoria de mesmices de jogadas de passos marcados, num simulacro de ações de 1 x 1, onde a ausência de fundamentação técnica os expõem a erros grosseiros, desesperadamente sendo levados a uma absurda compensação, através uma hemorragia suicida de arremessos de três, ante a sucedânea evidência da mais completa ausência de um coerente sentido defensivo, a outra vertente do processo.

The Kids ou o sonho cruel da realidade, publicado pelo Giro no Aro, em 28/6/11, é um desses artigos instigantes, crus, autênticos, que desnudam uma verdade no seu âmago, sem retoques, sem contemplações.

Desde o rock inicial (brilhante analogia…), até a analise de cada jogador, seus destinos e atualidade, que podemos sentir em toda a sua cruel realidade, o quanto de daninha e absurda tem sido a continuidade de nossa teimosia técnico tática ao globalizarmos o sistema único, limitador e castrador de talentos, que sem o aval da liberdade criativa levaram, e continuarão a levar promissoras gerações ao ostracismo absoluto, e mesmo ao abandono da pratica do grande jogo.

E num pequeno espaço da brilhante exposição o autor se debruça sobre o Lucas Costa, mencionando o breve momento que viveu no Saldanha no NBB2, sob a minha orientação técnica, quando o liberei, assim como a todos seus companheiros, ao encontro de suas potencialidades criativas, onde alcançou um elevado patamar de performance, possuidor que é de uma refinada técnica nos fundamentos, e no sentido coletivista que insisti para que o  desenvolvesse junto a equipe. Num vídeo que aqui veiculei, podemos observar uma das duas únicas participações do Lucas naquela retomada do campeonato, nesse caso num jogo contra o Pinheiros, a primeira partida da equipe sob meu comando, e logo depois contra o Paulistano, quando teve uma atuação  inovadora e memorável, mas que não me animei na época a veiculá-la aqui no blog, pela pressão em não fazê-lo, mas que  talvez o faça mais adiante.

Assim como o Lucas, muitos bons jogadores se prejudicaram nessa roda viva de uma mesmice endêmica que nos assaltou e judiou enorme e decisivamente, quando afastou a nossa maior qualidade, a coragem criativa, que se bem acompanhada, e, por conseguinte bem treinada nos fundamentos, embasaria sistemas de jogo abertos, responsável e criteriosamente abertos, e não manietados por jogadas coreografadas de fora para dentro das quadras, num rodamoinho que nos tem levado para o fundo lodoso da ignorância e do obscurantismo técnico tático, fator que considero ser o maior entrave na luta pelo soerguimento do grande jogo em nosso injusto país, e que têm como únicos beneficiários todos aqueles que se escondem sob o manto perverso de um corporativismo anacrônico e de profundos interesses pessoais.

O pessoal do Giro no Aro está de parabéns, e espero que continuem a percorrer o caminho das pedras, na busca de dias melhores para o nosso basquetebol.

Amém.

Foto-Lucas Costa em treino de fundamentos no Saldanha-NBB2. Clique para ampliá-la.

 

RESPONDENDO AO CLIPPING DO ALCIR…

Pergunta-me o Alcir Magalhães do Clipping do Basquete – Qual a sua opinião e/ou avaliação sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido nas categorias de base do basquete brasileiro, e o que precisa ser feito para voltarmos a ter a hegemonia no continente sul americano? Resposta – Acabo de assistir um tempo inteiro do jogo Brasil x Argentina na sub-16 em Cancun, e um segundo tempo somente pelas estatísticas, já que o site da Fiba Américas entrou em colapso lá pelas mais de 400 visitas ao mesmo. E o que vi? Primeiro, uma derrota que nos eliminou de mais um Mundial, e sempre por uma equipe hermana. Segundo, a indigência para lá de endêmica de nossos jogadores nos fundamentos do jogo, ante uma gurizada argentina que já dá enormes passos em seu pleno domínio, principalmente seus jogadores mais altos, tanto nos rebotes (pegaram “somente” 49, contra 32 dos nossos), e o pleno domínio ofensivo próximo à cesta, além de todo o grupo marcar com precisão nos dois perímetros, principalmente o externo, somente permitindo 3/4 arremessos de três dos nossos, contra 8/22 deles nos três, obrigando-nos às penetrações, quase sempre bloqueadas por seus altos e ágeis pivôs. Como vemos, desde cedo mantemos nossa incapacidade de defesa fora do perímetro, e eles não, engraçado, não acham?…

Agora, o que realmente impressiona é constatar que, mesmo jogando o sistema único, a diferença abissal no domínio dos fundamentos, explica e define de uma vez por todas onde a desigualdade é mais flagrante, onde a escola argentina é mais determinante, onde eles nos vencem, e continuarão vencendo enquanto nos dedicarmos nas divisões de base nacionais ao preparo físico“científico”, nos testes fajutos de  definição de talentos (um absurdo inominável…), e na preparação quase doentia nos sistemas de jogo, em vez de simplesmente os ensinarem a jogar, a amar o grande jogo, pelo conhecimento, pela descoberta, pelos fundamentos.

Mas para tanto, precisam nossos gênios da técnica “aprenderem a   ensinar”, conhecerem profundamente “o que ensinar”, e dominarem “o como ensinar”, detalhada, profunda e didaticamente, e não atrelados a modelos e formas direcionadas à formatação e padronização de falsos comportamentos, e mais falsas ainda, panacéias técnico táticas, pranchetas inclusas.

E como o padrão emanado de uma tragicamente equivocada coordenação técnica, incide desde as sub-15 até as sub-19, um quadro sombrio se apresenta ao nosso futuro basquetebolistico, ainda mais quando apresentam tal projeto como referencial aos novos técnicos, principalmente através os conteúdos de uma ENTB mais equivocada ainda, em seus cursos de quatro dias, onde o ouvir e anotar substitui o fazer e praticar por um longo tempo, que queiram, ou não, ainda é a única maneira de conhecer e se aprofundar no grande jogo.

Talvez agora comecemos  a compreender a catástrofe que foi a retirada dos cursos de educação física da área das ciências humanas, para a das ciências da saúde, e a correlata criação dos bacharelatos, todo um plano magistralmente elaborado para que a implantação do culto ao corpo se tornasse na mega indústria que movimenta hoje cerca de 15 bilhões anuais, e que de forma alguma poderia ter como concorrente natural e constitucional a futura massa clientelista de suas holdings, os jovens atendidos por uma educação física escolar de qualidade. Confef/Crefs, hoje avalizam essa industria, utilitária de seus registrados bacharéis e provisionados, e de bote pronto aos professores escolares, para transformá-los em idefectiveis profissionais de ed.física a serviço da mesma.

Mas esse aspecto tem a ver com o basquete Paulo? Sim, pois as escolas de educação física substituíram o ensino dos desportos, que normalmente preenchiam 3 a 4 semestres por modalidade, além das pós graduações de uma ano, substituindo-as por disciplinas biomédicas, a ponto de hoje formarem paramédicos de terceira categoria, em vez de professores e técnicos desportivos, que, como exemplo, têm no máximo 40 horas de basquetebol em sua formação, em vez das 180 quando pertenciam à área das ciências humanas.

Somemos a essa triste evidência, a débâcle econômica dos clubes, onde o aperfeiçoamento dos jovens provindos das escolas era magistralmente concebido, por uma plêiade de formidáveis técnicos, não só nas grandes metrópoles do sudeste, como no país inteiro, e em tal quantidade, que levou o basquete ao nível de segundo desporto nacional, e por extensão, à formação de grandes seleções que nos deram títulos mundiais e medalhas olímpicas, além do domínio sul americano irrefutável, hoje perdido para os argentinos, e para o…volei.

Hoje, muito pouco se joga basquete no país, substituído por um vôlei inteligente, e marqueteiramente bem dirigido, substituindo marcas, símbolos e até camisas que marcaram a era do basquete (vide foto acima), direcionando-os à “nova paixão do povo brasileiro”, o vôlei olímpico e mundial, reduzindo o grande jogo a um pálido, descolorido e amorfo uniforme branco, o mesmo que vi hoje na derrota de nossa equipe sub-16, para uma orgulhosa equipe argentina em seu uniforme clássico e intocável.

Todos esses óbices podem ser revertidos? Sim, na medida em que sejam corrigidas tais distorções, onde a meritocracia volte a ocupar o lugar do QI, das ações entre amigos, das padronizações e formatações técnico táticas, do profissionalismo precoce, do faz de contas nos fundamentos, na implantação de conteúdos realmente técnicos numa ENTB coordenada como uma verdadeira escola, e não um cartel de interesses unilaterais, e que, finalmente se dê partida a uma associação de técnicos, séria e determinada, sem a qual nada evolutivo e elucidativo ocorrerá no âmago do grande jogo entre nós.

E para que fique mais claro meu posicionamento, sugiro a leitura do artigo – A ESCOLA,,, , complementando a resposta ao debate promovido pelo Alcir.

Amém.

PS-Clique na foto (reprodução de Tv aberta) para ampliá-la.

O MAGNANO DE ONTEM…

Assunto     Magnano y el Flex Offense
Remetente     gil guadron Add contact
Para     paulomurilo
Data     Hoje 08:59
Sin  pretender  ofender.

Paulo  he  leido  su  ultimo  articulo  y  le  envio  algunas  acotaciones  de  Magnano, publicadas  en  el  libro ”  NBA  COACHES  PLAYBOOK “,, publicado  por  Human Kinetics, 2009.  con  el  aval  de National  Basketball  Coaches  Association,  con  Giorgio Gandolfi  como  Editor.

Ruben Magnano  publica  un articulo  llamado — FLEX OFFENSE– capitulo  8, paginas 135 – 146.

En  esencia  este  tipo  de  ataque  utiliza  dos  pasadores. Magnano  en  dicho  articulo habla  que  su ataque  se  basa  en  su  defensa, insiste  en  el  juego  de  transicion , lease  salida  rapida.

Argumenta  que  le  agrado  este  sistema  de  ataque  cuando  entrenaba  niveles  jovenes  en  Argentina. De  tal  manera  que  cuando  llega  como  entrenador  de la  seleccion  Mayor  continua  utilizando  el  FLEX ( yo  lo  utilize  en  mis  equipos  semi-profesionales  en  El  Salvador  en  1981 -1983  ).

Magnano  menciona  en  dicho  articulo  que  el FLEX  se  adecuaba  mejor  a  las  caracteristicas  de  los  jugadores  argentinos, y  a  la  estructura  del  equipo  en  general,  pues:
1- carecian  de  un  centro  dominante,
2-no  eran  muy  fuertes  en  el  1 x 1, pero  si  en  los  movimientos  sin pelota.
3-aprovechar la  versatilidad  de  los  jugadores.
4-cada  jugador  sea  una  verdadera  amenaza  ofensiva,  y
6-el  FLEX  tiene   movimientos  constantes ( cortes  y  pantallas )  que  a  la  larga  confundia  a  los  rivales.

Gil

Recebi esse email do técnico e amigo Gil Guadron, que lança uma sutil e reveladora faceta do técnico campeão olímpico que nos dirige, Rubén Magnano. E uma faceta das mais favoráveis, pois defende com propriedade a dupla armação, e inclusive enumera suas vantagens na constituição de uma equipe que não possui um pivô dominante, ou mesmo, não pratica com razoável destreza o jogo de 1 x 1, mas que apresenta habilidades no jogo sem a bola. Em miúdos, uma equipe com deficiências nos fundamentos, mas com qualidades outras, como a velocidade, aspectos que muito se assemelham à nossa seleção.

Aliás, em muitos aspectos técnicos, foi esse um dos critérios adotados  pelo excelente técnico quando da direção da formidável equipe argentina campeã olímpica, constituída de pivôs ágeis e técnicos, sem serem dominantes, servidos e municiados pela dupla armação, habilidosa e determinante.

Porém, em alguns e fulcrais pontos, esses critérios tendem a não serem aplicados na seleção, frente a uma equivocada( por mais uma vez…) convocação, onde a presença de muitos pivôs de força, e poucos armadores puros, o levarão irremediavelmente ao sistema único, com o indefectível 1, o armador que todos aqueles que pensam entender e explicar o grande jogo defendem. Talvez nesse ponto, a convocação do Larry encontre sua óbvia explicação, ao ser o mais categorizado ( na opinião maciça dos colunistas…) para a reserva, e conseqüente rotação, do já alçado capitão da equipe, o Huertas, e um outro, não necessariamente um armador de oficio ( como um Alex ou Marcelo) que ficaria de regra três na eventualidade sempre presente de um acúmulo de faltas de um dos dois.

E nesse ponto me pergunto- porque o coerente defensor de longuíssima data ( desde as divisões de base argentinas) da dupla armação, e dos pivôs de alta mobilidade, se deixou levar, por mais uma vez, a uma convocação antítese desse posicionamento técnico, responsável por sua maior conquista? Influências de sua experimentadíssima assessoria técnica, composta, inclusive de gênios abaixo dos 40 anos, um deles com somente 1 ano de profissão? Ou uma leitura personalíssima do jogo que praticamos, ou mesmo da pobreza franciscana de nossos jogadores sobre os fundamentos do mesmo?

Eis ai o grande ponto, o cruzamento de vias que nos levarão ou não, a uma olimpíada depois de 16 anos, quando somente uma quebra da mesmice técnico tática endêmica que nos escraviza pelo cabresto do sistema único, nos daria uma real chance de sucesso, pois se professarmos o mesmo comportamento tático dos demais concorrentes, estaremos correndo o real e palpável perigo de somente participarmos daquela olimpíada da qual já estamos classificados, por sermos os patrocinadores.

Torço energicamente, para que o Magnano retorne aos seus primórdios, e que estabeleça em nossa seleção novos e arejados tempos, e que bem poderiam começar pela dupla armação e pelos pivôs ágeis e velozes sendo abastecidos próximos à cesta, e não apanhadores de rebotes frutos da insânia dos três, nossa até agora, marca registrada. E se preciso for corrigir sérias falhas convocatórias, que corajosamente as faça, pois ainda temos algum e precioso tempo.

Amém.

SIGNIFICATIVAS, PORÉM AINDA PEQUENAS EVIDÊNCIAS…

Duas matérias que foram veiculadas nesta semana pelos blogs Território LNB e Giro no Aro, me chamaram muito a atenção, pois discutiam ações estabelecidas por mim quando da direção do Saldanha da Gama no NBB2.

O que nos dizem estes 50cm, foi a matéria inicial editada pelo jornalista Bernardo Guimarães do Território LNB, englobando um excelente estudo sobre os arremessos de 2 e 3 pontos efetuados por todas as equipes no recém findo NBB3, comparando-os com os dois NBB’s anteriores, num exercício impactante sobre a enorme influência dos arremessos de 3 pontos na nossa cultura basquetebolistica.

Porém, num único ponto o excelente estudo cometia uma quase imperceptível falha, o fato de que no NBB2, a equipe do Saldanha da Gama viveu dois momentos técnico táticos radicalmente diferentes durante o campeonato, quando na terceira rodada do returno daquela competição, teve mudados seus sistemas de jogo, alterando consubstancialmente sua forma de utilização dos arremessos de 2 e 3 pontos, consoantes na forma de atuar da equipe no emprego do sistema único de jogo adotado por todas as equipes participantes. Com a profunda mudança, passou a atuar com 2 armadores e 3 pivôs móveis, priorizando intensamente o jogo interno, reservando os longos arremessos aos dois especialistas da equipe, e em situações únicas e exclusivas de passes advindos de dentro para fora do perímetro interno.

Sugeri ao ótimo jornalista e pesquisador, que avaliasse a possibilidade de um sub estudo de sua matéria prioritária, no que fui entendido e atendido de forma precisa e elucidativa. A matéria Um recorte nos 3 pontos – O Saldanha do Paulo Murilo, fez justiça àquela rápida (foram 11 jogos) participação de uma equipe que inovou sistemas, com coragem e ousadia ante uma mesmice técnico tática endêmica.

Mas foi uma liliputiana vitória de Pirro, pois não foi permitida à mesma ( e a mim em particular…)toda e qualquer continuidade no NBB3, já que ousava transgredir padrões estabelecidos, para a desgraça do grande jogo aqui (sub)desenvolvido.

O Giro no Aro, dos jornalistas Alfredo Lauria e Guilherme Tadeu, teve por este publicada a matéria Rafinha, o próximo grande armador brasileiro, jogador que dirigi naquela mesma equipe do Saldanha, quando das mudanças acima mencionadas, dividindo a armação da equipe com seus companheiros Muñoz e João Gabriel. Naquele sistema de dupla e real armação, onde as funções eram idênticas na forma e na técnica de atuação, a única variável incidente era a do teor de criatividade emanada de cada um dos três especialistas na função de armar e unir coerentemente seus companheiros, em torno de um sistema exclusivo e montado para uma equipe que o treinou, estudou, discutiu e aplicou de forma uníssona e comprometida.

E foi dentro desse sistema que o Rafael se destacou de forma brilhante e consistente, com pouquíssimos erros e uma enorme contribuição na arte de armar uma equipe de basquetebol, além, e o mais importante, exercer uma instigante presença defensiva, que foi a marca daquela inesquecível experiência basquetebolistica que tive a honra de participar.

Enfim, vejo e sinto que aos poucos eclode, ainda que fragilmente, um conceito de reconhecimento a um fato, ou fator, de que podemos jogar o grande jogo de uma (ou várias) formas diferentes de um sistema único, que ainda nos escraviza a posicionamentos exclusivos de 1 a 5, em torno do qual se montam e desmontam equipes ( na esmagadora maioria por dirigentes, e não os técnicos, como deveria obrigatoriamente ser……), escravas de empresários e agentes que marqueteiam falsos astros, e muita gente que se deslocada de suas posições “ especializadas”, sequer domina os fundamentos básicos do jogo.

Que essa triste e comprometedora realidade nos faça pensar e repensar novos caminhos, na perene busca do soerguimento do grande, grandíssimo jogo entre nós.

Amém.

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OS 200 MIL…

Em 25/2/2010 este humilde blog atingiu a marca das 100 mil visitas, numa contagem a partir de 2008, não computadas as visitas anteriores desde 2005.

Ontem, 26/5/2011 atingimos as 200 mil, que para um blog prioritariamente técnico, é uma marca considerável. E mais ainda, se considerarmos que somente pessoas que se identificam responsavelmente assinam os comentários, onde a figura do anônimo sequer é cogitada, quanto mais publicada, fator este que conota responsabilidade opinativa e discursiva nos vários tópicos publicados.

O Basquete Brasil dará continuidade ao seu trabalho de divulgação de todos os aspectos do grande jogo, principalmente dirigidos aos jovens técnicos que se iniciam país afora, única formula para a disseminação da modalidade junto aos jovens na pratica salutar e educativa do basquetebol.

Então, caminhemos para as 300 mil visitas, em muito breve ao lado do blog do CBEB – Centro Brasileiro de Estudos do Basquetebol, somando forças para o soerguimento e desenvolvimento do grande jogo no país.

Amém.

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