AS DECISÕES DO ARGENTINO…

E o Flamengo aos poucos vai mudando sua forma de jogar, numa hora decisiva do campeonato, onde erros contumazes cobram altos juros, e sem alternativas de correção. Num mata –mata  feroz como os que estão acontecendo, vence aqueles que conseguem diminuir seus erros mais notórios de ataque, já que defensivamente todas as equipes se constituem num erro só, nivelando por baixo tão importante e fundamental elemento do jogo.

Deixando um pouco de lado a sangria dos arremessos de três, e investindo nos de média e curta distâncias, a equipe da Gávea se impôs ao Bauru, apresentando um jogo interior mais intenso, que atingiu a boa marca de 25/45 (55%) nos dois pontos, 7/17 ( 41%) nos três e 11/15 (73%) nos Lances livres, contra os 19/30 (63%) de dois, 10/26 (38.4%) de três e 11/19 (57.8%) nos Lance livres do Bauru, que agindo ao inverso do Flamengo, viu suas chances de continuar na disputa se perder sem contestações. A fórmula de jogar de 2 em 2 se saiu muito melhor do que o tiroteio indiscriminado de três, pois diminuiu substancialmente o número de bolas perdidas pela inquestionável imprecisão dos longos arremessos, se comparados pelos de curta e medias distâncias.

Mas nada desse processo de mudança seria factível, se alguns jogadores chaves não dessem sua cota de colaboração necessária ao sucesso de tais mudanças, principalmente aqueles que se estabeleceram como paradigmas dos longos arremessos, como o Marcelo, o Helio, o Jefferson e o Duda. Desses ,  os dois primeiros realmente se adaptaram, ou pareceram se adaptar à nova conceituação da equipe, ao passo que os outros dois não, daí suas prolongadas estadias na reserva da equipe, que de tal modo os influenciaram negativamente, que ao entrar no jogo no segundo quarto, a primeira atitude tomada pelo Duda foi a de arremessar…de três, acertando, mas colocando em cheque as determinações do técnico, que um pouco mais adiante o retirou, não mais voltando ao jogo, numa ação correlata imposta ao Jefferson, tido até aquele momento como titular absoluto. Ou seja, o técnico argentino esperou até o momento das grandes decisões, para determinar o rumo ofensivo que sempre pretendeu dar a equipe, não o fazendo antes no intuito de dar a todos os jogadores as oportunidades de se enquadrarem às propostas que ia pacientemente incutindo no comportamento técnico tático de todos, e cujas respostas não poderiam sofrer mais protelações numa fase eliminatória da competição. Foi um jogada de quem conhece o grande jogo, e que sabe se arriscar e ousar, mesmo cercado de algumas personalidades teimosas e individualistas. Fica devendo ainda uma interferência mais concreta no sistema defensivo, bastante melhorado, mas ainda insuficiente ante adversários que atuam sob o sistema único, principalmente no perimetro externo.

Mas o mais enfático progresso motivado pela mudança, ou opção do jogo interno, ocorreu entre os homens altos da equipe, que passaram a participar mais e efetivamente das manobras ofensivas, encorpando o sentido coletivista e participativo de todos no processo tático, fatores que conotaram um potencial formidável a uma equipe que se tornará difícil de ser superada se aqueles jogadores ainda ausentes da proposta do hermano, resolverem optar pelo enquadramento ainda timidamente aceito pelos demais.

No entanto, numa rodada tão importante como essa, onde definições se fizeram presentes, ainda pudemos testemunhar resultados simplesmente inacreditáveis, como o de uma equipe repleta de grandes jogadores, como a do Pinheiros, perder para uma outra que simplesmente arremessou 11/34 bolas de três, e 12/32 de dois, numa convergência negativa que fere princípios clássicos do jogo, e que são a prova inconteste da mais total e comezinha ausência defensiva, por mais primaria que fosse. E mais, também colaborando com uma cota de 8/26 arremessos de três e 14/34 de dois, também pouco contestados pela equipe de Joinville, constituindo-se numa partida onde uma uniformidade foi regiamente alcançada, a da quase total ausência defensiva de ambas as equipes, perdendo aquela que praticamente eliminou o “quase”… E não precisava ter assistido o jogo, pois tais números explicam e esclarecem tudo.

Neste domingo os dois últimos semi finalistas serão conhecidos, que juntos às equipes de Franca e Flamengo poderão se constituir no mais ferrenho final de um NBB, com muita emoção e luta, mais ainda muito pobre em sistemas ofensivos de jogo, e ausência quase completa dos defensivos, infelizmente, e às vésperas de um pré olímpico fundamental.

Amém.

PS-Foto LNB.

GUNFIGHTER…

Foi um chá de cadeira, assistindo duas partidas seguidas pelo NBB3, sem qualquer prerrogativa de ver algo de inusitado, de ousado, mas sim uma repetição monocórdia de algo requentado e até certo ponto, sonolento.

No primeiro, em Uberlândia, um inicio fulgurante da equipe de Brasília, utilizando o seu já comentado sistema de quatro jogadores bem abertos, mas que deixa de sê-lo após os primeiros passes, quando seus homens altos começam a se deslocar em cruzamentos pelo perímetro interno, se lançando de fora para dentro do mesmo, em velocidade e com bastante precisão, tornando seu jogo dinâmico e muito eficiente. Mas de repente, no ápice de se distanciar no placar, interrompe a ação, voltando ao rame rame do jogo tradicional, acrescido da enxurrada de arremessos de três, atitude tomada pelo seu adversário desde o inicio do jogo. No segundo e terceiros quartos tentam um enfrentamento mais direto no perímetro interno, onde seus pivôs se sobressaem com eficiência, tornando o jogo bastante equilibrado.

Mas foi no último quarto que algo degringolou na equipe candanga, quando o Nezinho e o Alex desandaram nas tentativas de três, falhando muito, e não retornando ao jogo interior onde se avantajaram no inicio da partida. Também nesse quarto final, a defesa da equipe da casa resolveu contestar as tentativas de arremessos de seus adversários, fossem estas de média ou longa distâncias, numa atitude que ajudou a reverter o jogo a seu favor, levando alguns jogadores de Brasília a focarem no fator arbitragem, concorrendo dessa forma para sua flagrante queda de produção.

Essas atitudes focadas na arbitragem, que foi um dos fatores mais restritivos que encontrei na equipe do Saldanha no NBB2, fez-me compreender e caracterizar uma realidade embutida na mente de alguns jogadores, com larga experiência, a criação inconsciente de um álibi para uma derrota que aparenta inexorável num determinado momento da partida, desencadeado possivelmente pela auto constatação de uma inferioridade física, ou mesmo técnica, passando a serem atribuídas unilateralmente ao fator arbitragem, e não a falhas pessoais e comportamentais que viessem a professar no transcorrer do jogo.

Extirpar e corrigir tais comportamentos foi a grande luta que travei naquela temporada, com razoável sucesso, mais não o suficiente para obtermos resultados ainda mais favoráveis.

E com a equipe campeã da temporada passada perdida num mar de queixas e reclamações contra a arbitragem, sua adversária saiu na frente desse playoff, no qual uma enérgica correção de rumos por parte de seus dirigentes, técnicos e jogadores, ainda poderá determinar sua classificação às finais, tarefa difícil, mas não impossível.

 

No outro jogo, quando a equipe de Joinville recebeu a do Pinheiros, num ginásio abarrotado de torcedores, o que foi exposto pelas mesmas desde o levantar da bola, foi algo constrangedor, pela consciente alternativa de tornar o jogo num duelo de arremessos de três, das distâncias que fossem, onde os pivôs se tornaram, por mais uma vez, platéia de seus companheiros finalizadores, mas tendo direito a uma ou outra bolinha que conseguissem recuperar nos rebotes, mas tendo como prioridade a volta da mesma para outra e outra tentativas de seus companheiros.

Um só pormenor quanto às estatísticas definiria esse jogo, o fato de que bastassem que 1/3 das bolas de três perdidas pela equipe catarinense, fossem tentadas para dois pontos, e venceriam com boa margem, fator esse que a equipe paulista se deu conta nos minutos finais da partida, quando se utilizou do jogo de penetração, assegurando arremessos mais seguros e eficientes.

Foi um jogo muito ruim, e que tem de ser melhorado consubstancialmente para os demais encontros, pois correm o grande risco de se tornarem  a serie mais fraca tecnicamente dos playoffs.

Amém.

Fotos do site da LNB.

IMPACTando…

(…)“A experiência foi muito produtiva e importante dentro do trabalho de qualidade que estamos desenvolvendo com esta seleção. Essa também foi uma ótima oportunidade para muitos dos jogadores que estão tendo a primeira vivência internacional. O trabalho realizado na IMPACT teve o mesmo foco físico e técnico que desenvolvemos em São Sebastião. Fizemos também uma partida amistosa contra o grupo que treina na IMPACT para o draft e conquistamos a vitória. Estou muito contente com o resultado desta viagem”, analisou José Neto”.

Pela primeira vez participando de uma preparação internacional, o pivô mineiro Felipe Braga, de 17 anos e 2,10m, conta como foram os treinos.

“A oportunidade de participamos dessa fase no IMPACT foi muito boa. Além disso, treinar no formato que os americanos atualmente treinam foi fantástico. Os treinamentos foram bem pesados e a experiência foi maravilhosa. Participamos também de um jogo-treino que vencemos. Nosso time foi superior na defesa, e as bolas caíram. Fiquei muito contente com a experiência que tivemos em Las Vegas”, disse Felipe”(…).

( entrevistas publicadas no Databasket de 22/4/11).

 

Muito bem, mas o que me deixa perplexo é o trecho que diz – “O trabalho realizado na IMPACT teve o mesmo foco físico e técnico que desenvolvemos em São Sebastião”.

Então para que ir até lá com um batalhão, se o foco era o mesmo?  E se houvessem dúvidas, por que não enviar somente o técnico, ou um assistente para comprovar isso?

E porque ao acessar o site da IMPACT BASKETBALL, na coluna PROGRAMS, o item PRICING se mantém num branco absolutamente virginal, somente sendo possível o acesso através um cache do Google para os bens iniciados nos assuntos da grande rede? Nele encontramos os reais valores cobrados daqueles que usufruem dos serviços setorizados prestados pela empresa, faltando somente que sejam esclarecidos quais os que foram indicados para a nossa seleção, além dos transportes externos e internos, e as correspondentes estadias, além, é claro, os per diem da douta comissão.

E porque dentre todas as quatro sedes da IB nos Estados Unidos (Los Angeles, CA- Las Vegas,NV-  Saratosa, FL-  Novi, MI ) a de Las Vegas foi a escolhida, uma cidade sem qualquer atrativo cultural, a não ser a industria dos grandes cassinos? Por que não Los Angeles, onde um pequeno roteiro cultural aos grandes museus e vastas bibliotecas poderiam enriquecer um pouco nossos jovens jogadores, dando a eles uma experiência internacional um pouquinho além do que servirem de cobaias em metodologias voltadas ao mundo profissional, onde walkmans são o refúgio preferencial de seus participantes?  Todos eles precisam aprender a observar o mundo que os cercam, também fora de uma quadra de jogo.

Afinal de contas, este é o projeto que visa massificar o basquete em nosso país, investindo em 16 jovens escolhidos a dedo (critérios de escolha à parte…), sabendo todos aqueles que realmente entendem e conhecem o grande jogo, que pelas leis probabilísticas muito poucos, ou nenhum,  ascenderão as equipes seniores, na esperança furada de que venham a servir de exemplos de cima para baixo, a fim de arrebanhar multidões de jovens à pratica da modalidade?  A quem querem enganar pulando sem vergonhosamente as etapas sagradas do desenvolvimento primário do homem? Qualquer país desenvolvido educacional e culturalmente falando sabe muito bem que, somente um trabalho massificado, generalista e democrático pode gerar talentos científicos, literários, artísticos e desportivos que o faça ascender à categoria de desenvolvido, ao contrário daqueles que insistem em chafurdar na lama da incúria, da corrupção e da falta de amor incondicional ao país e seu futuro.

Finalmente, a última indagação? Quando veremos transparentemente os custos de tanta aventura inconseqüente, quando?

Resposta? NUNCA! ( Mas que aqueles monumentais cassinos são um barato, nem discutir…).

Amém.

COMISSÕES & COMISSÕES…

“É um momento importante que estamos vivenciando aqui em Las Vegas. Está sendo muito proveitoso e a nossa pretensão é aproveitar ao máximo a oportunidade de estar aqui para aprimorar a forma de treinamento”

( Declaração do técnico da seleção brasileira masculina sub-19, publicada na matéria Alto-Falante do blog Bala na Cesta, em 16/4/11).

Esclarecendo, a seleção brasileira sub-19, que se prepara para o Mundial da categoria na Estônia, estagia numa organização denominada Impact Basketball (Clique e tome conhecimento da mesma), na cidade americana de Las Vegas, onde seus jovens jogadores são entregues a treinamentos, testes, medições e controles nutricionais a técnicos e especialistas americanos, voltados à técnicas de aprimoramento, tendo como modelo todas as exigências requeridas para o ingresso na NBA( ações estas expostas no folder da organização, e avalizadas por um bom número de jogadores daquela liga), cujos préstimos técnicos, médicos e nutricionais devem custar um bom dinheiro, já que atende desde equipes de várias categorias, até atendimentos personalizados, em programas, tanto para jogadores, como para técnicos( e americanos não fazem benemerência com essas coisas…).

Para entender melhor, vejo que a comissão técnica da equipe, formada pelos melhores, mais atualizados e altamente competentes profissionais na formação de base tupiniquim, entrega seus comandados nas mãos de estrangeiros, a fim de que os mesmos os preparem nos…fundamentos? Na… sistemática de jogo? Na…preparação física? Na… forma de se alimentar e se cuidar? Quem sabe, na forma de se trajar ou rezar…

Ou seja, a CBB está gastando com uma firma particular, fora do país, e em dólares, para fazer o trabalho que é obrigação de uma comissão técnica alta e indiscutívelmente(?) capacitada e competente, fruto da meritocracia que nos é tão comum na realidade do grande jogo? E mais, a equipe feminina também engrena tal programa nessa semana, algo que custo a acreditar esteja ocorrendo com nosso histórico basquetebol.

Deduz-se que, cada vez mais se perpetua e cristaliza a utilização do sistema único de jogo, mola mestra da grande liga americana, agora aprimorado por nós, através a  volúpia escancarada pela hemorragia dos três pontos implantadas na maioria de nossas equipes, vide os recentes playoffs nacionais, onde a convergência entre os arremessos de três se aproxima, e até supera os de dois pontos, como a equipe do nosso técnico nacional da sub-17, que por uma questão de coerência tenderá a implantar esse conceito avançado a nossos jovens, fator catastrófico se consumado, pois é fruto e produto de nossa recusa em implantar e desenvolver sistemas confiáveis de defesa, na maior falha de nossa formação de base, que não será resolvida num estágio turístico.

E o mais trágico, o fato de termos levado para a toca do lobo a única equipe que enfrentou em igualdade de condições a equipe americana na última Copa América, sabendo nós da importância político esportiva que o título no próximo mundial representa para os americanos, que já tinham capitalizado para a sua comissão técnica, na função nada sutíl de “observador das equipes adversárias”, o nosso técnico naquela Copa, e o pior, ele aceitou…( naqueles pagos currículo vale ouro…).

Bem, com tanta fartura de competências estratégicas e técnico táticas, torço para que, pela enésima vez, não fiquemos pendurados na broxa, quando tantos e competentes professores e técnicos são alijados de uma ENTB, que deveria ser formulada para que aberrações dessa ordem inexistissem, desde a formação de técnicos de verdade ( e não em encontros de 4 dias…), ao estabelecimento de centros de treinamento, que mesmo custosos, manteriam nossos suados impostos por aqui mesmo. Mas, desculpem o óbice, pois estava a esquecer as sagradas comissões ( não as técnicas, as outras…claro).

Amém.

UCONN 68 X BUTLER 34…

Este o verdadeiro placar da final da NCAA deste ano, e não os enganosos 53 x 41 que constam da sumula do jogo. Exatamente os 30 anos que separam um técnico veterano (duas vezes campeão da NCAA, e o mais velho a sê-lo desde o surgimento das competições universitárias), e um jovem aspirante a Head Coach, que ainda deveria estagiar por uns bons anos como assistente, para aprender como se deve dirigir uma equipe, para enfrentar com alguma chance, e numa final, uma outra liderada por um velho experiente e rodado.

UConn jogou de forma tradicional, no sistema único, idêntico ao da NBA( alguns de seus formandos estão, ou estiveram na grande liga), acrescentada de uma defesa fortíssima (na extensão de todos os 35seg, e não os 24seg da NBA e da FIBA), principalmente na proximidade da cesta, e com um ataque que privilegiou os curtos e médios arremessos ( 18/44 de um total de 19/55, totalizando 34.5% , em contraste aos seus 1/11 arremessos de três, com um ridículo 09,1% de aproveitamento), numa demonstração de opção tática orientada ao jogo interior, por penetrações ou acionamento persistente de seus pivôs.

Butler, apostou na artilharia de três, tendo complementado em toda a partida somente 3/31 arremessos de curta e media distâncias, num total de 12/64 tentativas de campo (18.8%!!), o que perfazem 9/33 (27.3%) de tentativas nos longos e falhos ( a maioria contestados pela defesa de UConn) arremessos da moda no Brasil, e agora também…nos States!.

Calhoun venceu por ter sido coerente com a realidade da maioria dos técnicos americanos, tradicionalistas, personalistas e altamente comprometidos com a continuidade de um sistema tradicional, algumas vezes contestado por técnicos realmente revolucionários, como Bee, Wood, Dean, Knight, Rupp, Iba, e mais recentemente, o Coach K, com sua proposta radical apresentada no último Mundial, mas suficiente para, pela terceira vez, levantar a taça mais ambicionada do basquete americano, além de acrescentar mais um anel em sua coleção.

Stevens, tentou apostar na aventura juvenil da infalibilidade de seus especialistas de três, que se felizes fossem poriam por terra um século de tradições under table, com seus pivôs (fixos e móveis) eficientes e marcadores. E o grande paradoxo é que também os possuía na sua equipe, mas abandonados pelo canto da sereia de fora do perímetro, onde falharam bisonha e constrangedoramente, tendo em toda a partida somente convertido 3 arremessos de curta distância, e isso exprime tudo.

Foi um jogo triste, em contraste com alguns eletrizantes nas fases classificatórias, principalmente os da Elite 8, deixando os 70 000 mil espectadores meio decepcionados com a técnica apresentada, mas felizes e exultantes pela manutenção da tradição universitária do país, forja de seus futuros líderes, treinados nas salas de aulas, laboratórios e quadras esportivas, reserva intelectual do grande país, igualzinho ao que temos aqui… ou não?

A lamentar somente a incrível quantidade de tempos debitados aos técnicos, que se aproximam velozmente de sua conquista maior, um pedido de tempo por ataque de suas equipes, quando, enfim, reinarão dentro, e não somente fora das quadras.

Amém.

E NÃO É QUE CONVERGIRAM?…

Folheando o jornal, tendo ao fundo a TV ligada num filme do Mel Gibson (O Patriota, se não me engano…), me chamou a atenção uma cena que já tinha visto centenas de vezes, em centenas de filmes de guerras coloniais, quando dois exércitos se encaram (na acepção do termo…), a uns 50-60  metros de distância, e sequencialmente, um de cada vez, disparam seus rifles de tiro único, varrendo a cada salva dezenas de combatentes enfileirados ombro a ombro, quando do recarregamento de suas armas, num ritual de morte anunciada, como num duelo de quantos permanecerão de pé ao fim da carnificina, e onde a ação de se defender inexiste, resumindo-se tudo numa simplória (porém mortal) questão de pontaria.

É o que vemos no nosso atual basquetebol, com duas equipes duelando nos arremessos de três pontos, com defesas também inexistentes (e olha, que em distâncias bem inferiores aos 50-60 metros do exemplo bélico acima…), para contabilizarem ao fim da refrega “quantos” petardos foram encaixados.

Quando do artigo A Temível Convergência, chamava a atenção sobre a galopante tendência que se apresentava nos últimos jogos da NBB3, por conta de algumas equipes que preocupantemente convergiam os arremessos de 3 com os de 2 pontos, caracterizando um desligamento proposital de seus sistemas de jogo, numa teimosa e mais preocupante ainda, atitude de insurgência, nem sempre sutil a seus técnicos, mentores dos referidos sistemas, treinadores dos mesmos, cobradores e penalizadores de suas execuções em quadra,  que por conta da “chutação” desenfreada e aleatória, estariam sendo coniventes(?) com uma situação, para a qual não encontrariam soluções aceitas pelos jogadores.

E a convergência se deu no jogo entre o Flamengo e a equipe de Brasília na rodada passada, quando alguns números deveriam ser seriamente analisados por todos, técnicos, jogadores, analistas e torcedores, pois exibem um momento perigoso e sorrateiro para o grande jogo, já que o minimiza a extremos, que se não corrigidos, nos levarão a um modelo de comportamento em tudo correlato aos confrontos dizimadores das batalhas coloniais. Vejamos esses números:

– O Flamengo arremessou 19/32 bolas de 2 pontos, e 12/32 de 3 pontos,numa convergência absoluta.

– Brasília arremessou 12/29 de 2, e 12/26 de 3 pontos, numa quase total convergência.

– O total de 31/61 arremessos de 2 pontos perfizeram 50,8%, e os 24/58 de 3, 41,3%, ou sejam, foram perdidos 30 arremessos de 2 e 34 de 3 pontos, numa prova altamente preocupante de desprezo pelos sistemas ofensivos, em mais da metade das tentativas perdidas, e tudo isso por ambas as equipes!

A continuar tal tendência, numa divisão referência para os jovens iniciantes, muito em breve assistiremos, não mais um jogo de inteligência e sagazes habilidades em direção às cestas, para arremessos mais precisos pelo menor distanciamento, e sim um duelo em tudo similar aos combates coloniais, onde o aniquilamento sem defesas se tornará o paraíso dos menos capazes, ai incluídos com todas as honras e fanfarras, aqueles omissos técnicos.

E pensar que afastaram a linha de três em 50cm no afã de redimir o jogo técnico e tático, mas não o suficiente para, de uma vez por todas, voltarmos a praticar o grande jogo, através grandes jogadores, e não jogadores que se julgam grandes, e na companhia de técnicos não tão grandes assim…

Temos de encontrar uma, ou varias soluções técnico táticas, a fim de não reduzirmos nosso basquete a um confronto de egos e falsos especialistas, numa hemorragia de arremessos de três inconsequente e suicida.

Amém.

OBS – Clique na foto para ampliá-la.

A TEMÍVEL CONVERGÊNCIA…

Nestas duas últimas rodadas do NBB3, pudemos constatar um aumento na convergência entre os arremessos de 2 e os de 3 pontos, que vem se acentuando a cada rodada do campeonato, numa tendência nem um pouco desejável ao nosso desenvolvimento técnico tático, visando um futuro menos constrangedor nas competições internas, assim como, e principalmente, nas internacionais.

Em seis dos últimos vinte e oito jogos, aconteceram convergências que variaram de um arremesso de diferença ( 28/29 -Pinheiros contra Brasília) a cinco nos demais cinco jogos, com uma equipe, o Vila Velha, se repetindo em duas ocasiões, isso quando mencionamos a convergência crítica de até cinco arremessos, cuja tendência de freqüência cresce a olhos vistos, bastando darmos uma simples revisão nas estatísticas das últimas cinco rodadas.

Casos extremos, como o de pivôs pesados voltarem aos arremessos de três estão se avolumando, como o Tiagão em suas 0/7 tentativas na rodada passada, numa prova inconteste de que sistemas de jogo estão sendo  abandonados em função dos fáceis (assim pensam ser…) arremessos do meio da rua, abandonando seus posicionamentos fundamentais próximos à cesta, indo rivalizar e competir com os lançadores de ofício (que também pensam ser…) de suas equipes, e com o aparente (já que não obstado…) beneplácito de seus técnicos.

E como toda sangria indesejada, o estancamento exige pressões acentuadas por sobre uma ferida que nos está levando a uma gangrena irreversível, cada vez mais nos afastando do bom senso ao jogar o grande jogo. Claro que temos de arremessar, mas não dessa forma irresponsável e suicida.

Como a utilização prolongada (mais de 20 anos…) e globalizada do sistema único já se tornou num concreto ciclópico, e na mais completa ausência de um sistema (ou sistemas…) que o pudessem contrapor, tornou altamente previsível TODAS as movimentações de ataque, facilitando sua contenção primaria de defesa, daí o artifício ( bem vindo pelos medíocres de fora e de dentro das quadras…), dos arremessos de três, com a desculpa singela, mas desprovida de qualquer fundamentação aceitável, de ser a arma letal para abri-la e contestá-la.

Imaginem e se conscientizem neste ponto ( encruzilhada?…) em que nos encontramos, quando desde as divisões de base tal exemplo se estabelece como um vírus indetectável, porém poderoso e maligno, na formação de nossos futuros jogadores, onde arremessos de longa distância cristalizam uma conquista sem os traumas de cansativos treinamentos de dribles, fintas, passes e corta-luzes, assim como os de defesa, já que, a exemplo das divisões de elite, não se antepõem aos mesmos, e sequer tentam fazê-lo?

Assistam, se puderem, o March Madness da NCAA que se inicia amanhã, e verão que dentre as 68 equipes classificadas muitas aderiram à moda dos arremessos de três, algumas de forma irresponsável (creio que já não se produzem técnicos da qualidade dos mais antigos e tradicionais da grande liga universitária americana…), frutos do marketing e da projeção midiática, mas ainda sendo mantido o fenomenal poder defensivo, e jogo interno poderoso e bem formulado, das melhores equipes da competição, aquelas que definirão as finalistas.

Precisamos com urgência estancar essa hemorragia que nos enfraquece aos olhos do mundo, estudando e pesquisando novos sistemas de jogo, que potencializem nossas melhores qualidades, que nos obriguem à volta dos treinamentos dos fundamentos, mostrando e demonstrando aos mais jovens os caminhos pedregosos e difíceis do controle do corpo, da mente e da bola, do sentido de equipe, do valor incomensurável dos arremessos curtos e médios, mais seguros e confiáveis, deixando os de longa distância nas mãos daqueles muito poucos especialistas de verdade, e mesmo assim em condições de liberdade e equilíbrio totais.

Não vejo outra forma de encararmos de frente essa nossa já histórica deficiência, a começar pelos novos técnicos, que deveriam ser instados a novas concepções técnico táticas, a novas formas de ensinar o grande jogo, com eficiência didática e metodológica (jamais alcançadas em cursos de 4 dias de duração…), onde o mérito de cada conquista, de cada etapa, deveria ser a meta a ser atingida, e não a cópia canhestra e o brilho enganoso do ouro dos tolos.

Que essa progressiva convergência seja combatida com vigor e inteligência, pois em caso contrário iremos às quadras para assistirmos constrangidos, desde as divisões de base, até as principais, torneios de arremessos absurdos e mentirosos, e para gáudio de uma certa imprensa, complementados com enterradas fulgurantes e circenses, pois segundo sua distorcida e bem orientada ótica, é disso que o povo gosta…

Honestamente não acredito nisso.

Amém.

OBS-Na foto(clique na mesma para ampliá-la) um  exemplo de arremesso de media distância como resultante de um trabalho no perimetro interno.

ÚLTIMO DIA EM CABO FRIO…

Creio que nada seja mais gratificante do que treinar uma equipe que luta para sobreviver à uma má fase, às derrotas seqüenciais, à baixa continua e inexorável da perda da auto-estima, do respeito a si mesma.

Não sinto qualquer atrativo pela direção de “nomes” e de fachadas, de cardeais e delfins, mas sim aqueles bons e até ótimos jogadores, depreciados e subutilizados no dia a dia de uma equipe de alta competição.

Maravilha, apresentar um projeto onde constam estrelas e candidatos às seleções nacionais, minorias que em muitos casos (as exceções não contam…) não refletem com alguma precisão o quem é quem da realidade técnica de uma modalidade tão complexa como o basquetebol, mas que locupletam uma pseudo elite bem promovida e magnificamente assessorada por marqueteiros profissionais. Por conta de tal distorção, menos técnica, e muito mais política, muitos reais valores se perdem pelos caminhos do ostracismo e da mais absoluta ausência de uma simples vitrine onde pudessem mostrar e demonstrar o que valem (daí o valor incomensurável da postagem de vídeos de jogos pelas LNB e pela CBB na grande rede…), como indivíduos, como jogadores, assim como, muitos e autênticos técnicos e professores, formados ao longo de reais experiências, estudos e pesquisas práticas, e não  provisionados   em cursos de 3 a 4 dias sentados às centenas num auditório da vida.

Coerentemente ligado a estas constatações, é que me comprometi treinar a equipe do Cabo Frio, não encontrando, lamentavelmente, um mínimo suporte econômico administrativo para um trabalho a médio prazo, como fora o combinado e estabelecido, tornando praticamente impossível qualquer resultado positivo contra as equipes que ponteiam a competição.

Mesmo assim, nos preparamos da melhor forma que nos foi possível para o jogo contra o Tijuca, definidor para a continuidade competitiva da equipe, visando sua classificação ao playoff semifinal.

Ao contrário das opiniões de técnicos de arquibancada, em sua total maioria compostos de pusilânimes anônimos (jamais aceitos e postados aqui nesse blog…), foi um jogo onde a predominância técnica e  tática foi centrada na maior das deficiências da esmagadora maioria das equipes brasileiras, de todos os níveis e faixas etárias, a sempre omitida e depreciada, defesa.

Foi uma titânica batalha de defesas, quando imperou, no quarto final, aquela que possuía a melhor reserva de energias, combustível estratégico para seu sucesso final, a equipe tijucana.

Do lado da equipe de Cabo Frio, um posicionamento na linha da bola, e de marcação dos pivôs à frente por todo o tempo, enfrentando o sistema único de jogo utilizado por um adversário superior em estatura e velocidade.

Por outro, uma equipe pressionando forte e energicamente os dois armadores, na tentativa de evitar que os mesmos contatassem os três pivôs móveis que se deslocavam permanentemente em seu perímetro interno, originando arremessos curtos, mais precisos, e sendo beneficiados por lances livres em quantidade, e ambas, enfrentando uma quadra emborrachada e escorregadia com um aumento drástico da umidade ambiental, que levava os jogadores à estafa pelo esforço extra para se manterem em equilíbrio razoavelmente estável.

E com este cenário de luta permanente e estafante, dois ou três arremessos de longa distância determinaram o resultado da partida, demonstrativa da capacidade que temos, sim senhores, que temos de defender, na medida que treinemos a arte de fazê-lo, preferencial e estrategicamente desde as divisões de base, com técnicas específicas e evolutivas, e não explicitadas em ações de cunho físico, onde a força em muito tenta superar as técnicas defensivas, conotando desgaste e exaustão desnecessárias.

Terminado o jogo, me despedi dos coesos jogadores, contrariado pela situação originada pela não definição contratual, mas pleno de certeza do cumprimento da parte a mim reservada, leal e corretamente.

Quem sabe em um outro momento tornemos a nos encontrar?

Amém.

OBS-Clique na foto para ampliá-la.

O SÉTIMO DIA EM CABO FRIO…

Hoje, sétimo dia em Cabo Frio, treinamos para o jogo contra o Tijuca amanhã, quinta feira.

Conversamos muito sobre o jogo de terça com Macaé, quando previsíveis erros foram cometidos, pela premência de tempo, locais e estrutura para evitá-los. Antes, pela tarde, assistimos ao vídeo do jogo, realizado por um de nossos jogadores que não atuou, e editado pela esposa de outro, numa ação entre amigos elogiável, mas que deveria fazer parte de uma pequena equipe de apoio a sustentar um setor técnico indispensável a uma equipe de alta competição.

Dirimimos dúvidas técnicas e posicionamentos táticos, mesmo sabedores que alguns ainda deverão ser repetidos pela ausência de trabalho prático, impossível de serem corrigidos em um único treino antecedente ao jogo de amanhã. Mas todo esforço que pudéssemos despender seria valido em função da diminuição, e mesmo administração dos mesmos.

E assim foi, numa ação intensa, detalhada e disputada com atenção e cuidado. Aproveitamos para reintegrar um jogador ausente dos treinos iniciais, assim como colocar em jogo outro que não participara do jogo de ontem por problemas em sua inscrição na CBB.

Logo, teremos para o jogo cinco opções de banco, que poderá representar uma grande diferença, se comparada com as três do jogo anterior.

Estarei, como ontem, sozinho no banco, o que continuarei a lamentar, mas como o prometido e compromissado junto aos jogadores, me despedirei da equipe cumprindo o estabelecido, mesmo que a recíproca administrativa e econômica jamais pensou em ser verdadeira.

Como bom professor, e melhor aluno que sou, aprendi, e o mais importante, apreendi de forma presente, todo um processo rasteiro que levou o grande jogo de roldão nos últimos 20 anos, compreendendo-o agora, pelo lado de  dentro,  sua pseudo-estrutura,  confirmando em toda sua plenitude o lema constante do MSN do presidente da Liga Cabofriense de Basquete, que solenemente afirma – VENCER NA POLÍTICA NÃO É TUDO. É A ÚNICA COISA.

Bem intencionado, caí e me embaracei numa rede de falsas promessas contratuais,  fato indesculpável,  não tendo nada mais a dizer. Perdoem-me.

Amém.

NO MAN IS A ISLAND (O JOGO)…

Em inúmeros artigos aqui postados, discorri sobre a solidão do comando, de sua imutável e irrecorrível realidade, a da tomada responsável de decisões fundamentadas no conhecimento, na experiência e na irrestrita certeza de ter tomado o caminho mais correto possível, tanto no aspecto técnico, como no aspecto fundamentalmente humano.

Mas nunca a tinha experimentado na acepção do termo, quando na direção de uma equipe adulta, sozinho num banco de reservas acompanhado de três jogadores qualificados, e um impossibilitado de participar do jogo por problemas de inscrição, além de um outro fora da quadra com problemas de visto de trabalho a ser resolvido.

Um assistente técnico, nem pensar, assim como um fisioterapeuta, um estatístico, ou mesmo um mordomo. Do outro lado, uma equipe bem estruturada que ainda reclama melhores condições de trabalho, num flagrante descompasso perante a dura realidade de nosso basquete de elite(?).

Mesmo assim houve um jogo, que poderíamos ter ganho se pudéssemos ter contado com um dos dois armadores impossibilitados administrativamente de participar, fator que já previra quando do treino que antecedeu a partida.

Desculpas?  Falsas explicações? Não, somente uma constatação técnica e tática, pois os cinco pivôs móveis que se revezaram em trincas durante todo o transcorrer do jogo, o fizeram eficiente e consistentemente, ao contrário dos dois armadores de ofício, e do ala adaptado na função, que não puderam manter o equilíbrio linear, já que suas intensas funções ofensivas e defensivas, sem as devidas e fundamentais rotações, os levaram a um grau de exaustão limite, responsável por alguns erros pontuais, importantes no resultado final, além de um fator arbitral de monta, principalmente no quarto final da partida.

Naquele quarto, a imprecisão defensiva por parte da equipe de Macaé sobre os três pivôs  que concluiam dentro do perímetro interno, forçaram seus defensores a um jogo extremamente físico, e em muitos casos faltoso, sem que os juízes interviessem pela marcação das faltas que se fartaram de existir. Compreende-se que perante um sistema compressivo dentro da zona restritiva, onde seis homens se defrontavam, o grau de dificuldade, motivado pela velocidade das ações, confundissem um juiz, ou outro quanto ao descumprimento das regras em vigor, mas nunca os três juntos, que assistiram defensores puxarem, se dependurarem e bloquearem faltosamente os atacantes impunemente, conseguindo com estas ações reverterem o placar em seu favor, somando-se ainda o cansaço dos armadores sem as rotações necessárias.

E mais, naquele quarto final, face aos fatores acima apontados, uma situação conflituosa ia sendo deflagrada, como resultante da ausência das marcações de faltas, ostensivamente expostas, e negligenciadas pela equipe arbitral. O não costume de arbitrar jogos com seis homens lutando na zona restritiva, pode ser até reconhecido, face a total similitude ofensiva da grande maioria das equipes brasileiras, sugerindo com isso uma padronização de critérios de arbitragem. Mas daí, deixarem de aplicar o rigor das regras, quanto a faltas pessoais realmente ocorridas, mesmo fora dos padrões e critérios existentes pela mesmice técnico tática, é outra bem diferente história, e que precisa ser discutida e referenciada, pois, caso contrário, será quase impossível a adoção de novos sistemas onde a participação massiva de jogadores nas zonas restritivas se façam presentes.  Se me for possível, veicularei o vídeo deste jogo, para que todos nós possamos analisá-lo e discuti-lo, inclusive os árbitros.

Enfim, jogamos um bom jogo, parabenizamos os vencedores, e não gesticulei nem me indispus, mesmo revoltado, com qualquer dos juízes, como sempre ajo nos jogos. Finalmente, não me conformo, em hipótese alguma, com a situação de indefinição material e técnica por que passa toda uma equipe composta de bons e dedicados jogadores, e torço, sincera e honestamente, para que encontrem um porto seguro, a fim de darem prosseguimento a sua pungente saga, assim como seguirei meu destino, na initerrupta busca de condições dignas e justas, onde compromissos de trabalho sejam devidamente honrados.

Amém.

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