O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 2/10.

Quando o jogador dribla a bola,fazendo-a quicar no solo e voltando a dominá-la,
acontecem alguns pequenos movimentos que detalho:1-Como a impulsão é realizada pelos dedos,ao flexioná-los em direção ao solo forçam a articulação do pulso a um movimento similar,além,é claro das articulações do braço,movimentos estes que incutem uma rotação inversa na bola,que variará de intensidade na medida que aumente a velocidade de deslocamento do jogador. 2-Ao retornar de encontro à mão essa rotação estará revertida,pois no inicio do movimento a bola ao se chocar no solo em rotação inversa mudará de rotação,já que toda força num sentido gera outra em sentido contrario de igual ou maior intensidade.3-Se o jogador não adequar a posição dos dedos na tentativa de anular a rotação para frente,perderá o controle da bola,dai a extrema necessidade de estudar e observar sempre seus comportamentos.4-Todas essas ações devem ser estabelecidas sobre o hemisfério superior da bola,pois se o fizer no inferior interferirá,e até interromperá a livre trajetória da mesma,o que caracterizará a infração dos dois dribles.5-Por esses motivos,todo jogador que na volta da bola do solo dominá-la pelo hemisfério inferior estará cometendo uma infração,além de se utilizar indevidamente da interrupção da livre trajetória para se
beneficiar em uma mudança de direção com a bola paralizada em sua mão.Muitos jogadores se utilizam dessa manobra,pois não desenvolveram a técnica de dominio das rotações,e com o beneplácito de muitos juízes se beneficiam inadequadamente em ações
de finta.6-Um outro fator deve ser acrescentado,o quanto a bola se mantém em contato com a mão,tanto na impulsão,quanto na recepção.É um tempo de contato que varia com a estatura do jogador,e é um dos componentes do binômio rítmo-passada,ou seja,para cada passada efetuada o jogador manterá o contato com a bola o tempo necessário às ações de impulsão e recepção,sintonizados em cada passo dado.6-Para cada jogador em particular existe uma medida uniforme para esse contato,o qual deverá ser mantido,
tanto nas progressôes,como nas mudanças de direção.Para que isso ocorra em ambos os movimentos,o cotovêlo deverá estar sempre próximo ao corpo,o que garantirá o binômio
acima exposto,tanto para o drible linear,como para o drible com mudança de direção.
Muitos jogadores efetuam a mudança de direção nesse drible com o cotovêlo afastado do corpo,movimento esse facilitado quando os mesmos dominam a bola pelo hemisferio inferior,fazendo com que ela se mantenha por um longo e extendido tempo em contato com a mão,quebrando a ritmia da passada e cometendo a infração de andar com a bola,
tendo antes cometido os dois dribles ao interromper sua trajetória,dominando-a por
baixo.Duas infrações ao mesmo tempo,e que são raramente marcadas,prejudicando seriamente seu desenvolvimento técnico,principalmente nas divisões de base.Muito bem,
compreendidas essas questões,omitidas,esquecidas ou desconhecidas por muitos que se arvoram em formadores de atletas(para que perder tempo com bobagens se existem as pranchetas mágicas?),observemos algumas implicações práticas a serem utilizadas no drible.A primeira e mais importante tem muito a ver com o primeiro artigo dessa serie,ou seja,a chave do bom driblador se situa na fronteira do equilibrio instável,
território onde o dominio das rotações da bola driblada se confunde com o controle do
centro de gravidade do corpo em movimentos lentos ou acelerados,à frente,atrás,para
os lados nas trocas de direção,nas paradas e partidas.A segunda,quando as distâncias
com o marcador(es)se torna critica e urge a criação de um espaço de fuga.Eis a chave
do bom driblador,criar os espaços onde não existem.Para tal,dois movimentos se tornam
trancedentais:1-O passo atrás com simultânea(simultânea mesmo!)troca de mãos e direção.É um movimento dificil,e somente possivel com o cotovêlo junto ao corpo e total dominio do centro de gravidade,para mantê-lo em equilibrio instável.Jogador que
se afeiçoou ao dominio da bola por baixo do hemisferio inferior da mesma e com o cotovêlo afastado do corpo jamais o conseguirá,já que perderá o dominio do centro de gravidade.2- A reversão com obrigatória troca de mãos,pois se não o fizer exporá a bola ao marcador,facilitando-o na retomada.Esse movimento,mantidas as exigências do item anterior,será tão ou mais veloz,quanto maior for a velocidade em torno de um eixo imaginário projetado dentro da área da base que o jogador ocupar.Mas o que vemos
comumente em nossas quadras? Jogadores,que em fase de armação de jogadas se perdem em
seguidos dribles por entre as pernas,num exibicionismo barato e perigoso.Pena que a
maioria dos marcadores pouco saibam sobre equilibrio e centro de gravidade em si mesmos,quiça dos dribladores à sua frente.Se soubessem algo atacariam a bola no momento que estivesse sendo driblada entre as pernas,pois nesses momentos ela encontrará o solo DENTRO da área da base ocupada pelo atacante tornando-o réfem de uma escolha se atacado,ou a interrupção do drible,ou o retrocesso,pois estando em equilibrio estável se torna inabilitado às mudanças de direção.Outra bobagem é a utilização do drible pelas costas vizando uma mudança de direção, estando
na parte central da quadra. Como se trata de um drible de grande amplitude ele fatalmente levará o jogador para um dos lados da mesma,tornando-o vulnerável a uma dobra defensiva.Trata-se de um drible para ser executado da lateral para o centro da quadra,pois dessa forma estará habilitado a uma penetração,um lançamento frontal à cesta,ou um passe.Com pudemos observar,principios de equilibrio e centro de gravidade
estão indissoluvelmente ligados à arte do drible,fatores básicos a todo jogador que se proponha ao dominio do mesmo.Para finalizar,sugiro que à partir do drible o jogador passe a se interessar em conhecer o comportamento de um eixo,em torno do qual
a bola girará toda vez que for impusionada ao solo,e de lá retornar à sua mão,e que
é denominado eixo diametral.Ele será muito importante nos artigos que se sucederão.
Por ora,vamos à quadra praticar o drible como deve ser praticado.

ROGERIO NOEL.

Ontem assisti na TVE do Rio a uma sessão de cinema brasileiro onde foi exibido o filme”A Culpa”, dirigido por Domingos de Oliveira e fotografado por Rogerio Noel,cujo trabalho foi premiado no Festival de Brasilia.O programa se encerrava com uma mesa de debates,onde psicalistas e criticos de arte e cinema analizavam a obra tida como uma das jóias da filmografia brasileira.Mas o que tem a ver um filme nacional,feito em 1970 com o nosso basquete?A resposta chama-se Rogerio Noel,ótimo atleta e jogador que dirigi na Seleção Juvenil de Brasilia no Campeonato da categoria em 1968 em B.Horizonte,e que assinou a direção de fotografia do filme.Rogerio foi um exemplo de luta para se firmar na equipe,pois apesar de não possuir uma técnica refinada,contribuia para o grupo através um inesgotável espirito guerreiro e grande força mental.Bom estudante e bom músico,era normal comparecer aos treinos sobraçando seu violão,e sempre na companhia de um bom livro.Tinha um grande amor pelo pai,e sofria enormemente por vê-lo afastado da Força Aérea por um ato institucional emanado do governo da revolução.No esporte estravasava toda sua emoção e tristeza pelo que acontecia com o pai e sua familia.Mas seguia em frente em sua luta desportiva,a ponto de se colocar como um dos efetivos da equipe.Em B.Horizonte jogou magnificamente,
sendo um dos responsáveis pela 5ªcolocação da equipe no campeonato.Em 1970,já de
volta ao Rio de Janeiro,estava eu na Praia Vermelha dando uma das aulas de Prática de Ensino para alunos da EEFD/UFRJ,quando recebo a visita do Rogério.Alí,naquele campo
de esportes,por umas duas horas pudemos conversar sobre o que faziamos e ainda
sonhavamos.Rogerio agora se dedicava ao cinema,interesse que comunhavamos em diferentes campos.Ele,no cinema de arte e no comercial,eu,no cinema educativo e desportivo.Naquela manhã ele tinha estado no Laboratório Lider,ali perto,na Rua Alvaro Ramos,onde se aborrecera bastante na tentativa de ver seus negativos revelados
da maneira que ele idealizara para o filme,com claros-escuros e cenas soturnas e pouco reveladoras.Era assim que ela planejara para A Culpa,com a aprovação de seu diretor.Sei que ao fim da luta,a qual era sua marca registrada,conseguiu terminar a obra,e com ela recebeu o premio no festival da cidade onde se firmara como ótimo jogador de basquete,Brasilia.Nos despedimos,sem antes tecer alguns comentarios que fiz pela aparência bastante abatida que ele apresentava.Tive como respostas o grande esforço que despendia com os filmes que vinha realizando,e uma promessa de novo encontro para dali alguns dias.E ele não aconteceu,pois dois dias depois Rogerio faleceu vitimado por drogas.Ao ler a noticia fiquei bastante abatido,pois não pude me furtar à evidência de que o bravo e sensivel Rogerio,de certa forma foi se despedir
de uma pessoa que deu a ele todo o apôio necessário à sua performance esportiva e pessoal,confiando em seu potencial humano e artístico.No debate que sucedeu a exibição do filme,uma critica de cinema levantou a tese de que o clima intimo e soturno retratado na fotografia do filme,se deveria ao fato de ter havido uma falha na escolha de filtros corretivos da película utilizada,mas que o efeito foi bem aproveitado para o sucesso da obra,e que no fundo se tratava de uma feliz e bem vinda coincidência.Que brutal injustiça,e da qual fui testemunha da revolta que se apossou do Rogerio pelas discussões travadas no Laboratório Lider,em defesa da cromaticidade
de seu filme.Assim como se impôs à equipe por sua bravura,também se impôs aos laboratoristas por sua sensibilidade.Venceu as duas lutas,mas perdeu a da vida.Ficou a perene saudade de um técnico e professor que confiou naquele jovem e culto artista,
tanto da bola,como da camera.Saudades.

O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 1/10.

Independendo se armador, ala ou pivô, publico à partir de agora uma série de 10 artigos sobre alguns aspectos dos fundamentos, aqueles detalhes que passam muitas vezes despercebidos, tanto por iniciantes, como muitos dos considerados craques, que erram muitas vezes mais do que aqueles. E inicio com um tema que a maioria minimiza, ou simplesmente desconhece – O EQUILÍBRIO – Para que fique claro e bem visualizado o que proponho, sugiro inicialmente que tentem o seguinte: amarre na ponta de um barbante, ou algo similar (um dos cadarços do tênis já serve) um pequeno peso, uma pedrinha por exemplo, tal como um fio de prumo daqueles utilizados pelos mestres de obras para aferir o alinhamento dos tijolos. Na outra ponta do fio, que deverá ter aproximadamente uns 60cm, fixe um pregador de roupa, ou um alfinete de segurança daqueles usados em fraldas. Fixe o fio no cós entre as pernas do calção ou de um short curto (os calções tipo fraldões utilizados por muitos jogadores não se prestam, pois têm o seu cós próximo ao meio das coxas). Feito isso, coloque-se em posição defensiva, e com um giz desenhe a área que está ocupando no solo, marcando duas linhas retas que unirão as pontas dos pés e seus calcanhares. Terá então um retângulo desenhado no solo, tendo como limite os próprios pés. Agora, tente movimentar os quadris de tal forma que o peso do fio de prumo percorra toda a área delimitada pelas linhas de giz e pelos pés. Enquanto o peso se mantiver dentro da área você estará em equilíbrio estável, já que o fio de prumo projeta seu centro de gravidade, que se situa na zona pubiana, para dentro daquela. Aos poucos você compreenderá o porque de se manter em equilíbrio estável, e que este será tanto maior, quanto maior for a área da base que venha a ocupar. A seguir, tente colocar o fio de prumo sobre qualquer ponto que limite a área da base, e constatará o que vem a ser estar em equilíbrio instável. Exercite-se transferindo os equilíbrios, ao mesmo tempo que altera a área da base, preparando-se para passar ao terceiro estágio, ou seja, transferindo o prumo para fora da área que ocupa, entrando em desequilíbrio. Todo jogador tem a obrigação de conhecer os princípios que regem o equilíbrio, pois a compreensão e o consequente domínio do mesmo pautará sua performance na utilização de todos os fundamentos do jogo, à começar pelas partidas e paradas, ou seja, as ações mais comuns ao jogador de basquete: ir de encontro à bola; parar equilibrado seja qual for a velocidade que esteja exercendo na quadra; as mudanças de direção, tanto no ataque, e principalmente no ato defensivo; nas fintas com e sem a bola; no drible progressivo ou regressivo; nos arremessos; nos saltos e basicamente na preparação dos rebotes. Vejamos no caso das paradas. Todo iniciante tende ao desequilíbrio no ato de parar em velocidade de deslocamento. Se tiver conhecimento dos princípios que regem seu centro de gravidade, ele saberá manter o mesmo projetado dentro da área que ocupa mantendo-o em equilíbrio estável, assim como saberá deslocá-lo para equilíbrio instável e consequente desequilíbrio quando quiser partir em maior velocidade que seu oponente. Todo bom fintador levará maior vantagem sobre o defensor se souber se manter em equilíbrio instável no momento da finta, pois sempre sairá em maior velocidade, tanto sem a bola, como, e principalmente se estiver no ato do drible. O manejo do corpo sofrerá menor desgaste se for acionado dentro destes princípios, pois o fator inercial poupa energia e necessita de menor força para desencadeá-lo. Defendendo-se de um driblador, ou de um atacante sem a bola, entenderá o
porque da importância de estar sobre uma ampla e equilibrada base, e como ganhará em eficiência nas anteposições ao saber deslocar com eficiência e presteza seu centro de gravidade. Voltando ao exercício inicial, perca-se por uns momentos nos deslocamentos do CG, para os lados, para frente, em bases amplas ou menores, entrando e saindo dos estados de equilíbrio, com os olhos abertos e fechados, para aos poucos, sem pressa,
entender, sentir e empregar toda uma gama de possibilidades que um bom jogador, independendo de sua posição poderá utilizar para a melhoria de sua performance nos fundamentos, já que o equilíbrio é a base de todos eles. Vamos ao trabalho!

A QUE PONTO CHEGAMOS.

No momento final da peça Roda Viva a que assistí no Canecão,Paulo Gracindo olhando a platéia nos olhos brada- Se todos dizem para que eu siga aquele caminho,afirmo, que não vou por alí!- Pois é,ao final do jogo COCxLibertad, o técnico vencedor, olhando firmemente a camera afirma- É o ano do Campeonato Mundial,temos de caminhar todos numa única direção,para a conquista da medalha!- Depois de vermos e constatarmos a quanto de mediocridade anda o nosso basquete,seria justo e oportuno plagiarmos aquela grande peça ao afirmarmos veementemente-Só sei que não iremos por ali!- Ah,se pudessemos realmente traçar outros caminhos para as nossas seleções,cruelmente engessadas num sistema de jogo onde as maiores estrelas,por imposição do mesmo,passaram a ser os técnicos,com suas coreografias impostas nas pranchetas,e também exercidas nos grotescos balés ao lado das quadras,acrescidas de pressões estaparfúdias e infundadas aos árbitros,aos mesários e até aos delegados da CBB.Dá acessos de riso vermos o comentarista campeão mundial passar o tempo todo contemporizando tais atitudes na presença indefectível e irrecorrivel dos tapes da tv,que desvendam o quanto de absurdas,a maioria,são as interferências daqueles técnicos.-Mas é um bom técnico- É o calor da partida- Creio que ele está muito nervoso- É o jeitão dele- Conheço-o bem,não é nada disso fora das quadras- Etc,etc,etc…Diga logo,do alto de sua importância para o nosso basquetebol que estão profundamente errados,que agindo dessa forma só prejudicam a todos, que não é esse o exemplo que deva ser dados aos jovens atletas,aos jovens técnicos, aos jovens espectadores.Tudo isso sem contar o palavreado chulo e muitas vezes de baixo calão.
Some-se a tudo a mesmice empregada e defendida por quase TODOS os nossos luminares técnicos,que segundo a conclamação do técnico da seleção brasileira e seus
assistentes coesos e unânimes,deverão caminhar juntos para a conquista da medalha e da classificação para as olimpíadas.Que padronizam tal sistema desde as categorias de base,que é a norma propugnada e difundida nas clinicas patrocinadas pela CBB em muitos pontos do país.Que cada vez mais desviam o fóco das quadras,onde estão os verdadeiros vetores do jogo,para as laterais das mesmas,onde evoluem como mestre-
salas as falsas e fajurtas estrelas dos espetáculos.Agora mesmo,imaginando estar olhando firmemente nos olhos dos leitores,não temo,mais uma vez, repetir o final da extaordinária Roda Viva- Sei que não vou por alí- Que não devemos ir por ali,para o caminho da mesmice e da absoluta falta de criatividade.Que nossaa únicas chances serão a audácia em inovar,a velocidade inteligente no lugar da força e do choque,o crédito no jogo de 2 pontos com seus 60% de acertos no lugar do de 3 com 40%, se tanto,a coragem de marcar à frente,TODOS marcando à frente,flutuando lateralmente e não perpendicularmente à cesta.A propriedade e dominio da bola no jogo de 2 armadores
evoluindo no perímetro,próximos e atuantes nos “dá e segues”(pick and…uma ova!),nos corta-luzes juntos aos alas e nunca aos pivôs,promovendo uma rotação e troca de posições permanentes entre os 3 homens altos DENTRO do perímetro,onde melhor trabalharão nos bloqueios,nas penetrações com poucos dribles e fintas,e principalmente nos rebotes,onde teremos sempre 3 homens colocados.Todos alimentados pelos armadores,arrietes poderosos e arremessadores opcionais,porém efetivos,pois terão espaços suficientes a bons e equilibrados lançamentos.Para que treinemos nossos
reboteadores a girarem 180° no ar após o dominio da bola,colocando-os de frente para a quadra ,propiciando um inicio rápido de contra-ataque quando dos rebotes defensivos
e fazendo com que os mesmos possam contar com as 3 hipóteses possiveis:um novo arremesso,o passe ou o drible,quando do rebote ofensivo.NENHUM de nossos pivôs sabem
usar tal habilidade.Que TODOS os jogadores somente recebam a bola em movimento,pois
em qualquer situação as defesas reajem aos ataques,ou seja,estão uma sinápse atrás,
fator que bem treinado e aplicado dá ampla vantagem aos atacantes,principalmente em pequenos e exíguos espaços,por exemplo,o garrafão.Enfim,são tantas as possibilidades
de se montar um sistema,ou sistemas,que sempre estarão diretamente proporcionais ao preparo que a equipe tiver nos fundamentos básicos do jogo.Mas,sacrilégio dos sacrilégios,onde se situarão as estrelas,os técnicos,com seus olhares fixos nas lentes da tv? Como poderão utilizar suas rotas de fuga ante os perigosos meandros de um jogo através suas horripilantes e castradoras pranchetas? Como poderão transformar
perante suas convicções,jogadores das posições 1,2,3,4 e 5 em 12345,que seria o ideal
a ser atingido por aqueles poucos que realmente conhecem o jogo? Por tudo o que vem
ocorrendo de mal em nosso basquetebol,não tenho,mais uma vez,medo em conclamar a todos que o amam e conhecem ,que gritem a plenos pulmões perante essa roda viva em que o transformaram -Sabemos que não iremos por alí!-

MALDADE OU BURRICE?

Em minhas aulas na FE-UFRJ para os alunos da EEFD que cursavam as materias pedagógicas conosco,sempre reservavamos algumas para a discussão sobre a educação no país.Eram efervescentes,tanto pela juventude da turma,como pelo assunto em sí.Mas sempre provocava o debate com uma afirmação que repeti através os anos-O Brasil é o único país no mundo no qual a educação não tem apoio e cobertura nem pela direita,nem pela esquerda politica.Aquela sempre manteve o povo mal-educado para se manter no poder.Esta,mais mal-educado ainda para usá-lo como massa de manobra para tomar o poder.Recentemente,a esquerda assumiu o poder e tem mantido os principios da direita,exatamente para se manter dominante-O que vemos em materia de educação beira a uma catástrofe de dimensões inimagináveis,culminando na tentativa de extirpar o acesso à universidade pelo mérito,substituindo-o por cotas,que beiram ao crime de lesa-pátria.A verdadeira qualificação dos jovens,que em qualquer país desenvolvido se baseia nos ensino de primeiro e segundo graus,é criminosamente esquecido e desqualificado,inclusive com o acesso às series por simples promoção e não por capacitação.No caso do esporte,que é um fator agregador e de larga utilização sócio-
educacional,e que deveria continuar a ser,como o foi um dia,elemento indissociável no
âmbito escolar,e que junto as artes,a musica,o teatro,complementariam a educação integral do cidadão,como prescreve a constituição,o que vemos nos dias atuais é uma
apropriação indébita por parte de órgãos,inclusive governamentais,ong’s,empresas,e um sem numero de individuos dessa atividade apaixonante e profundamente amada pelos jovens,que quanto mais afastada estiver da área,dos curriculos e da influência da escola,maiores serão seus lucros ante a essa que se transformou em uma das mais rentáveis indústrias desse país,o culto ao corpo.Essa apropriação necessitava de um
embasamento jurídico que a criatalizasse,o que foi conseguido com a criação do CONFEF
e seus CREFS regionais,entidades essas que só se materializaram com a retirada da formação dos professores de Ed.Fisica da área das Ciências Humanas,transferindo-a para a área da Saúde.Um negócio de tal magnitude financeira não poderia ficar perdido
em curriculos escolares,onde so existem gastos,não lucros.Acontece que as grandes nações enfrentaram esses gastos e muitos outros mais para chegarem onde chegaram.Nós,
garantimos com nosso despreparo as hordas de políticos e empresários que ainda se manterão no poder até um futuro devastador.Ante tais argumentações os jovens professores se postavam profundamente temerosos quanto ao futuro,e me questionavam no que poderia ser uma solução,ou uma possibilidade de dias melhores.Dizia a eles que,
fora da escola nada poderia vir em auxilio deste infeliz país.Que lutassem o quanto pudessem para que esse ideal não morresse,e que esta seria a grande missão a ser perseguida.Hoje os vejo transformados em paramédicos,funcionários de ministérios que nada têm a ver com a Ed.Fisica,e muito menos com o desporto educacional,pertencendo
a uma área sujeita a controle de conselhos que visam lucros e que não controlam o que deveriam controlar,seus milhares de”autorizados”em cursos pífios de curtíssima duração realizados e patrocinados pelos mesmos em nosso país.Dias atrás testemunhamos
o dia do esporte e cidadania em 27 cidades brasileiras.Foi uma festa,com divulgação
nacional através a midia,como se fosse o projeto de salvação da juventude brasileira.
Quem dera pudessemos atestar não um dia,mas 365 dias,nos quais,no seio da escola,
jovens,seus pais,amigos e vizinhos,pudessem complementar sua educação sem alardes
promocionais,sem fanfarras e promoções politico-comerciais,mas como uma atividade de cunho básico no dia a dia de um país serio e comprometido com as verdadeiras necessidades deste povo sofrido e esquecido.Duas gerações,somente duas,de escolas bem
orientadas e voltadas efetivamente para o bem comum,seriam suficientes para darmos o impulso inicial na construção de um grande país.O esporte e a Ed.Fisica fariam parte
desse esforço,como agentes colimadores da juventude.O contrário somente avalizaria o
que testemunhamos nos dias de hoje,a maldade e a burrice daqueles que negam tal evidência.

CRÍTICAS CRITICÁVEIS

Numa colher de chá da ESPN,eis que consegui assistir um jogo das oitavas de final da NCAA entre UCLA e Memphis.Pela internet as transmissôes eram entrecortadas e de baixa qualidade,culpa talvez de um PC não tão moderno.Como a ESPN não tinha o som original,
tive de dividir um péssimo jogo com comentários piores ainda,proferidos por aquele técnico-comentarista,ou comentarista-técnico,que adora criticar colegas, principalmente quando sem equipe para dirigir.De saída afirma que a platéia,de aproximadamente 15 mil pessoas estava dividida em 50% para cada equipe,o que seria um absurdo em se tratando de um jogo na California,com uma equipe desse mesmo estado,contra outra do Tennessee,a alguns mil quilômetros de distância.Mais adiante menciona as interferências de defensores e atacantes por sobre o cone imaginário acima do aro,quando na verdade a figura geométrica é o cilindro.Mais adiante suspira saudoso pelos arremessos de tres pontos,pródigos em suas equipes ante defesas inóquas,tão ao nosso gosto, inobservando que a proposta de ambas as equipes americanas era exatamente evitarem os arremessos de tres,através defesas rígidas e agressivas.Mais adiante profere loas aos sistemas defensivos que não se permitem agarrar os adversários,como,segundo seu relato é norma entre nos,mas esquecendo o desenfreado corpo a corpo,que nas regras internacionais mandariam a maioria daqueles defensores para o banco com as 5 faltas regulamentares,sendo este fator o maior empecilho técnico das seleções americanas nos campeonatos internacionais.Ficamos também informados,por diversas vezes,que se tratava de um campeonato da NCWA,quando era da NCAA.Foi uma transmissão horrível dentro e fora da quadra,onde a desinformação raiou ao ridículo.Mas algo foi ressaltado,principalmente para àqueles técnicos ávidos em conhecimentos,que descontados à péssima transmissão,poderam aquilatar como um modelo de sistema de jogo,emanado pela influência da NBA,transforma uma tradição de grandes conquistas e novos modelos,em um pastiche do outrora brilhante e inovador basquete universitario.Teremos no próximo sábado o Final Four,com todas as equipes repetindo-se umas as outras,onde a vencedora será aquela que em uma ou duas posições determinadas pelo modelo NBA,apresentarem os melhores e mais técnicos jogadores.É uma verdade que não podem ainda negar,a de que mesmo engessados por um sistema totalmente voltado aos interesses da liga maior,ainda será o talento de alguns poucos o fator determinante para a vitoria.Quanto ao comentário do ilustre técnico-comentarista,ou comentarista-técnico,de que alguns sites na internet só sabem criticar,num”momento em que tudo está mal para o basquete”,e anuncia um outro onde “jovens bem informam o publico”,somente um reparo-Criticar e informar com objetividade e bons argumentos é fator primordial para o estabelecimento de discussões,objetivando o soerguimento do nosso basquetebol,e não promovendo o dos outros,como o site que propagandeou.No mais, vida que segue, e para que aprendamos mais o que se faz de certo e errado nos “states” a ESPN promete transmitir o Final Four,o que nos dá uma excelente oportunidade de reflexão acerca do que vai pelo mundo da bola nem sempre laranja.

LÁ COMO CÁ…

Depois de uma luta intensa,estafante e até certo ponto insana,eis que conseguí acessar as transmissões do Marchmadness da NCAA no PC aqui de casa.Para quem quiser tentar, depois de se inscrever no modo VIP no site da NCAA(www.NCAA.com)regule na janela”opções” o modo cabo 340mps,e o buffer em 60 segundos.Não terá uma transmissão perfeita mas poderá acompanhar trechos das partidas um tanto fracionadas quanto à imagem,mas em tempo real quanto ao som.Deu,até agora,para acompanhar umas partidas interessantes,e inclusive conhecer o nosso J.Batista da Universidade Gonzaga,que já conquistou duas vitorias,e está classificada entre as dezesseis para as oitavas de final.Sistema de jogo comum a TODAS as universidades que vi atuar?Um premio a quem acertar!Isso batuta,o indefectível Passing Game, modelo NBA!Depois vêm reclamar que não vencem nada a nivel internacional.Mas está lá,como cá,para quem acredita ou não,a praga que se instalou na mente obtusa de todas aquelas comissões,desculpem,batalhões de técnicos enfatiotados em torno de grupos engessados de até bons jogadores,alguns realmente ótimos,mas prisioneiros de uma,vamos assim dizer,globalização de um sistema de jogo simplesmente absurdo,em sua proposta de controle extra-quadra dos já mencionados batalhões,e com 35 segundos de posse de bola.E assim como cá,um festival
de arremessos de três pontos(lá é mais perto),com um percentual de erros bem razoável
mas sempre efetuados por determinados jogadores,e nunca pelos pivôs,como cá.Ainda
respeitam os especialistas,nunca os aventureiros.A estes somente as penetrações,não
como cá.Amanhã tem mais,com melhores jogadores,mas na mesmice técnico-tática,todos
agindo como se emanassem de um ser supremo os caminhos a serem seguidos.O que salva
um pouco o espetáculo é a posse de bola de 35 segundos, que afasta os arremessos
desesperados pela premencia de tempo,o oposto de cá.Agora mesmo é iniciada a preparação de nossos juvenis para a Copa America,lá nos Estados Unidos,sob o comando
de um dos membros da comissão da seleção principal,aquela que pensa,raciocina e age
sob um lema comum,no qual todos tem as mesmas prerrogativas.Só que esse foi introduzido na turma por dominar tecnicas audiovisuais utilizadas nos treinamentos da seleção principal.Como premio pelas belas imagens, e por professar os mesmos principios técnicos dos demais,fica com a incumbência de engessar a turma juvenil para que se prepare para não só disputar a Copa,como conquistar o título.Mudanças,ou adaptações de acordo com as características dos convocados? Nem pensar,pois num quantitativo de 26 convocados somente 6 são armadores, alas são 12 e 8 pivôs,o que define o sistema a ser continuado.Se a convocação comportasse 8 armadores, já se poderia vislumbrsr alguma mudança no sistema,como por exemplo, atuar com dois armadores verdadeiros, mas com 6, salta aos olhos que somente 3 irão,e somente um atuará de cada vez,e 2 no desespero de finais de jogos.E pasmem,mais 3 tecnicos para a comissão,que somados aos 4 da principal já são 7,todos unidos pelo mesmo ideário do Passing Game.Aliás,alguns deles estão pelo país dando clinicas sobre o assunto,e o que me assusta é que em seus curriculos de apresentação se assinam-“Fulano de tal,
CREF nº/estado”.Ou seja,dá-se aos cref’s a chancela dos técnicos brasileiros,como se
entendessem algo de basquetebol.Fico imaginando o que poderão fazer se emplacarem as duas metas prioritárias que se propõem no país.Uma de elegerem o máximo de vereadores
e deputados,estaduais e federais,para formarem bancadas que protejam seus interesses.
Outra,que oficializem junto aos poderes publicos o exame de suficiência para os egressos das Licenciaturas e bacharelatos das Escolas de Educação Fisica,
fundamentados na larga experiência que têm em distribuirem às centenas titulos de suficiência a pseudo-professores e instrutores nesse imenso país,através cursos de alguns meses,e de baixissima qualidade,com a justificativa de autorizarem leigos para a função educativa.Mas essa é outra história,tão tenebrosa quanto a que domina o cenário técnico de nosso basquetebol.Enfim,enquanto lá e cá,cerebros luminares mergulham num mar de mediocridade jamais visto,em função dos interesses maiores da liga que se materializa mundo afora,europeus,asiáticos e alguns desgarrados,vide a Argentina,mergulham de cabeça em sistemas soltos e criativos,dando severas lições àqueles que se consideram superiores,assim como a seus seguidores,incluso nos mesmos.
Hoje mesmo,em um mundial que promoveram para vencer e demonstrar sua superioridade perante o mundo,o de basebol,cairam os americanos na fase classificatoria,e verão amanhã uma decisão entre uma equipe asiática e Cuba,dentro de seu quintal,sem dó nem piedade.São mitos que se apagam,mas que,como mitos,muito custarão a ser esquecidos,e
por muito tempo ainda influenciarão mentes prontas à colonização,e suscetíveis aos prazeres dolarificados,como muitos de nos.Educação é algo de muito sério,e o dia que formos convenientemente educados seremos tão ou mais sérios do que eles.Até lá…

A REDENÇÃO…

Finalmente seremos resgatados!Nosso sempre presente prefeito(exceto no Natal e Carnaval,festas inexpressivas…),o grego melhor que um presente,e,pásmem,David Stern, se unem para,enfim,nos colocar no cenário mundial do basquetebol! Em 2008 seremos abonados com uma partida de exibição pré-temporada com duas equipes da NBA,para em 2010,o êxtase dos êxtases,poderemos apreciar uma partida oficial da grande liga.Até lá,contentemo-nos com nossos míseros campeonatos,com as noticias de nossos craques nos campeonatos lá de fora e com as apresentações do helênico-brasileiro Adonis,na expectativa transcedental de sabermos,ou adivinharmos qual o país, Grecia ou o nosso,contará com os serviços deste formidável adolescente,que pelo peso de seu marketing,deve beirar a genialidade.Até lá,aprimoraremos o passing game,pois não poderemos ficar abaixo do que apreciaremos embasbacados naquelas datas mágicas.Criticos,colunistas e marqueteiros,bem forrados com o patrocinio “enebeano”,ficarão desde já insones,pela conquista maior,pois os deuses jogarão aqui,com todo o amor que sentem por esse tôlo e infantil país.Até lá,constataremos que nada deverá ser implementado de novo em técnica,e em técnicos,pois a revolução que nos tirará do limbo só demorará miseros dois anos,que no raciocínio dessa gente não significa nada.Para quem,como nos,que sistematicamente
omitimos o passado,como que envergonhados do mesmo,soaria estranho recepcionarmos os
artistas inigualáveis que nos visitarão com a lembrança,humilde aliás,de que estarão
pisando o solo de um bi-campeão mundial e três vezes finalista olímpico,mas que só daquele momento em diante passaremos a contar no cenário internacional.Afinal,jogarão
em nossa ex-capital,Buenos Aires,tendo ao fundo um melodioso tango.O máximo será quando agradecermos tão magnânima presença com um profundo e sentido”gracias amigos”!
Hoje mesmo,durante um jogo da liga sul-americana,o nosso grego presidente,desfiou toda uma agenda de atividades das seleções pré-mundialistas e de jovens para esse ano
onde mencionou,literalmente,que poriamos mais uma estrela,a terceira,no escudo da CBB
no mundial do Japão,e que todos,repito,todos os jogadores que atuam na Europa e na NBA estariam certos em suas participações,com seguros vultosos garantidos pela estatal patrocinadora.Ou seja,jogou toda a responsabilidade de possiveis ausências nas costas dos jogadores,já que,segundo suas palavras,as condições técnicas e econômicas estavam garantidas desde já.Econômicas,tenho muitas dúvidas,mas técnicas?
Santos deuses,será que ele,que inclusive foi jogador,acredita sinceramente em tais afirmativas? Sinto muito medo pelo que nos espera,e torço para errar retumbantemente
em minhas desconfianças,pois uma entidade que aposta suas fichas na possibilidade de que, dois jogos para daqui a dois anos representarão uma conquista fundamental para o
nosso combalido basquete,gela minhas veias.Reunir técnicos,o máximo que pudessem,
fazê-los relatarem e verem divulgadas suas experiências regionais;destinarem verbas
para a implementação de polos técnicos visando os jovens,preparando-os nos fundamentos,e não em sistemas escravizantes e bitolados,cortando desde sempre as influências de cima para baixo que uma comissão técnica ousa em querer implantar no país como verdade absoluta;implantar um sistema estatístico que privilegiasse as produções individuais e coletivas pelos coeficientes de produção,e não pelo simplista e manipulável sistema percentual;desenvolver na medida dos possíveis as atividades
no âmbito escolar,protegendo e resguardando os jovens das ruas;incentivar o estudo.
São todo um corolário antítese do projeto NBA.Mais ai não aconteceria a nossa tão
esperada,ansiada e definitiva redenção.Que os deuses nos ajudem,e contritamente,amén.

NBA RIDES AGAIN…

Na última semana tivemos NBA de página inteira,NBA de meia página,últimas,trepidantes e profundas análises sobre a convocação da seleção americana para o mundial que se aproxima,e também previsões abalizadas sobre cada um dos convocados,suas habilidades,seus defeitos,e até uma previsão de qual seria o quinteto ideal para ser mandado à quadra com reais chances de sucesso.E tudo isso escrito e divulgado por(americanos?no,no,no…)brasileiros!Se fosse eu o técnico americano sugeriria à AAU o envio urgente do plantel para o Brasil,pediria uma vaga de 4º assistente,e agradeceria aos deuses por tamanha oportunidade de aprender,tal o detalhamento das análises,onde até o gato Lebron James(se ele tem 21 anos, Matusalém sequer nasceu…)seria barrado por um jogador que teria a responsabilidade pelo trabalho sujo na quadra,ou seja,aquele que aniquilaria o melhor jogador adversário,limpando a barra para as vitórias que se seguiriam. Ah!nome da fera humana?Bruce Bowen.Pois é,fiquei eu lá,por um longo tempo lendo as análises,que nem meus mais de 40 anos de experiência,puderam assimilar,ou mesmo entender,tanta presunção no quintal do vizinho.E ainda me via perplexo,pois nunca tinha testemunhado tanta precisão(?)de comentários quanto a equipes nacionais,quando,mais do que de repente,cai na real de
que o inteligente técnico americano poderia ter acertado na mosca com sua tão criticada e exaustivamente analisada convocação.A única ressalva seria exatamente o
cara do trabalho sujo,que trocado em miúdos,seria aquele jogador altamente especializado em defesa individual,do tipo carrapato,conforme descrição do analista
em questão.Esse, o técnico,se for coerente,deverá cortar,pois se aplicar suas habilidades em um torneio da FIBA,como o faz na NBA,não dura um quarto em número de
faltas,que são 5,e não 6 como na mesma.Esse sempre foi o fator restritivo aos grandes
e massudos pivôs americanos,que se penduravam rapidamente nos torneios FIBA.Pela
análise,somente um pivô de choque foi convocado,e mais uma vez,se coerente for,o técnico americano o afastará da seleção final.E sabe o preclaro colunista o porque de tal convocação,de apelo à juventude,e com o projeto de mantê-los juntos por pelo menos 3 anos? Isso!acertou também na mosca!Ou não?Raciocinemos juntos.Ou os americanos aprendem a jogar eficientemente dentro dos rigores das regras internacionais,ou não vencerão mais nada no futuro,pois nenhuma daquelas grandes e vitaminadas personalidades abdicarão de se manterem sempre”em forma”,para abiscoitarem os milhões de dólares em jogo,arriscando perdê-los em torneios patrióticos,com,imaginem o absurdo,rígidos controles de anti-dopagens e
remunerações ridículas.O nosso Nenê está nessa,opinião do articulista.Podemos então
concluir que o técnico americano acerta quando constitui uma seleção de longo prazo,
sem os vícios de marqueting e de preparação pré-temporadas das grandes estrelas,e com um prazo de 3 anos para encarar Pequim com grandes e oportunas chances.Não seria nenhuma surpresa se muitos,ou todos os doze finalistas,viessem a jogar na Europa,para enraizarem o espirito das regras e de um tipo de jogo que não praticam na NBA.O futuro dirá.Mas,e o grande Kobe Bryant,não é uma grande estrela? Não esqueçam que aprendeu a jogar na Alemanha,onde nasceu,e seu ídolo desde sempre foi o grande Oscar em sua fase européia,sendo,inclusive,como o Steve Nash,um grande admirador do soccer,e a maneira de ambos,que são armadores,jogar,tem tudo de perfeitamente alinhado às exigências das regras da FIBA,além de serem,junto com o Iverson,jogadores diferenciados dos maniqueísmos de seus pares na NBA.Se realmente forem essas as propostas americanas para as futuras competições internacionais,terão todos que realmente se preocuparem,pois,com a escola de fundamentos que possuem,aliadas a uma adaptabilidade às regras e aos sistemas das escolas internacionais,tudo têm a lucrar a médio e longo prazo.E em se tratando de planejamento,os caras são feras,sem jogar sujo.Finalmente,sugiro,não só ao colunista especializado em NBA,mas a todos os que entendem,ou pensam entender o jogo,que destinem,daqui por diante,algumas linhas de análise,ou de critica,ou mesmo de incentivo realista,às nossas seleções,que muito se beneficiariam se fossem levadas em consideração por todos.

PARA OS DESLUMBRADOS…

A turma que so tem olhos para a NBA deveria acessar uma página que baixou na rede pela editoria do New York Times no dia de hoje.Ai vai http://www.nytimes.com/2006/02/25/sports/ncaabasketball/25preps. html?th&emc=th E para maiores detalhes uma outra pagina em continuidade a anterior-http://www.nytimes.com/2006/02/24/sports/20060224_SCHOOLS _GRAPHIC.html É um prato cheio para compreendermos um pouco daquele ambiente”profissional”,que muitos gostariam que fosse implantado por estas bandas.Em entrevista aos jornais no ano passado,Leandrinho argumentava que o maior interesse de seus colegas de equipe nos Suns era ouvir música em seus receptores individuais,o uso de muitas jóias,e uma permanente disposição ao divertimento,e que esses motivos em muito afastavam maiores intimidades e até amizades.Essa tendência ao supérfluo e aos deslumbramentos propiciados pelo dinheiro em pencas,já vinha sendo rastreada pela imprensa esportiva e não esportiva americana,desde que,por força de interesses econômicos e de mercado forçaram um relaxamento na tradição que destinava os melhores atletas universitários de ultimo ano,ao draft de acesso à NBA.Aos poucos atletas oriundos diretamente das escolas secundárias,e muitos estrangeiros,foram colocando em segundo plano a grande tradição americana,onde já se tornou comum jogadores serem escolhidos estando nas primeiras séries universitárias.Em torno dessas facilidades se instalou uma verdadeira indústria ,não respeitando inclusive os principios educacionais que somente boas escolas e universidades propiciam e incutem em seus alunos.Hoje,já se identificam indicios de frouxidão em âmbito familiar,onde a presença de dolares imediatos se sobrepõe a um diploma universitário.E por conta disso muitas atitudes anti-sociais,e até de carater policial começaram a pulular no meio das estrelas,não muito afeitas a comportamentos acadêmicos.Nessas matérias acima relacionadas,poderemos entender um pouco daquele mundo dos dolares,no qual a perfeição olímpica se situa muito longe de padrôes que muitos daqui pensam existir.Vale a pena lê-los,pois alguns conceitos de perfeição desportiva poderão,ao menos,serem questionados.Também poderemos começar a entender do porque do fracasso das seleções americanas nos principais campeonatos internacionais,já que para eles o que realmente conta é o Basketball Worldchampionship,como é denominado o torneio da NBA,e que para vencê-lo vale qualquer sacrificio,inclusive detonando suas maiores e melhores tradições,onde o esporte sempre fez parte da formação educacional de seu povo.E as reações já começaram a se fazer presentes,e essas matérias provam isso,se somando às investigações do senado americano no combate às drogas dentro das maiores ligas profissionais desportivas do país.No nosso,onde o desporto dentro das escolas sempre foi negligenciado em nome de um controle empresarial que fatalmente nos levará
a situações tão ou mais caóticas que começam a se manifestar no âmago da sociedade de
nossos irmãos do norte,muito daquelas mazelas poderão,e podem ser evitadas se optarmos pelo caminho da educação,massiva,indiscriminada,democrática,e de muito boa qualidade,para afastarmos de nossa frágil realidade o perigo,presente e fatal,de que
não podemos aliar esporte e educação,performance e estudo,em busca de resultados junto a uma formação acadêmica que garantirá melhores oportunidades ao cidadão,como
prevê a constituição.Já se faz necessária a adoção do treinamento árduo e sacrificado
concomitante ao preparo acadêmico,pois dessa forma não veremos a multiplicação de vitrines ambulantes cheios de penduricalhos,tatuagens,desenhos capilares e uniformes
inadequados,assim como perdas de tempo em video games e atividades que poderiam ser dirigidas a uma formação profissional mais sólida e produtiva para o futuro.Claro,
acompanhados por técnicos e dirigentes realmente interessados no futuro dos atletas,e não temerosos do que poderiam reinvidicar por serem convenientemente educados.Por tudo isso vale a pena tentar acessar as paginas sugeridas,pelo menos como uma curiosidade alienígena.