ESCOLA, ESCola, Escola, escola…

A Rêde Globo, através seu Jornal Nacional, iniciou ontem uma série de reportagens sobre a importância da Educação Física no sistema escolar em vários países. O primeiro país focado foi a China, e hoje foi a vez dos Estados Unidos. Em ambos, o que não será muito diferente nas demais reportagens, a importância da escola, como fator irradiador de progresso para qualquer país que se julgue merecedor de um lugar destacado no concêrto das nações, principalmente para seu próprio povo. A Educação Física sempre estará associada a este progresso, assim como as Artes Plásticas, a Dança, o Teatro e a Música. Estas atividades estarão sempre , e indissolúvelmente ligadas às demais disciplinas de um sério curriculo escolar, como base da educação plena e incluída nos direitos constitucionais básicos dos cidadãos de qualquer nação séria, justa e igualitária. Seus professores são universalmente licenciados por Universidades, Faculdades de Educação, submetidos a rígidos padrões de comportamento em estágios probatórios supervisionados por professores experientes e dedicados. Assim também o é em nosso país, onde podemos encontrar cursos formadores de professores de alta qualidade, e onde a tradição de ensino é mantida.Se os poderes públicos subestimam e desvalorizam os formandos
com baixos salários e propositais ausências de políticas educacionais, não podemos negar que a base existe, porém não coexiste com tais políticas de depreciação do ensino público gratúito e de boa qualidade. Esse é o pungente drama da educação no país. As licenciaturas, que atendem a todas as disciplinas, inclusive a Educação Física, são a função básica de nossos cursos superiores qualificados pelo MEC, mas que sofreram um processo dicotômico na Educação Física com a implantação dos bacharelatos, porta de entrada para o desenvolvimento das atividades desportivas fora do âmbito escolar, dando início à formidável indústria do culto ao corpo, e que
originou os ambigüos e políticos conselhos de ed.física, os famigerados cref’s. Escudados em uma lei que foi implantada obscuramente, estão de algum tempo se entronizando no campo escolar,
fator altamente comprometedor e abusivo. Sua massa crítica e coercitiva de associados foi formada pelos inúmeros cursos de atualização realizados pelo país, “autorizando” todos aqueles que exerciam atividades de ensino desportivo, sem que tivessem formação acadêmica regular.
Milhares foram autorizados, voltando-se agora para os egressos das Escolas de Educação Fisica, e, inclusive se imisqüindo nos concursos públicos em autarquias municipais e estaduais, e já pretendem estabelecer provas de suficiência aos formandos do ensino superior. Esquecem, que não possuem autoridade moral e formal para tal pretenção, pois confrontarão os cursos superiores formadores dos licenciados em todas as disciplinas do curriculo educacional do país.
O Professor de Educação Física não é um profissional bacharel de educação física, ele é um Professor, que atende as exigências de uma licenciatura plena, passaporte inalienável ao magistério de todos os graus de ensino, como é regra geral em todas as nações sérias deste planeta, e que, em hipótese alguma deva se submeter a conselhos normativos à serviço da grande e poderosa indústria do culto ao corpo, seletiva e elitizada, totalmente à margem das necessidades da juventude brasileira. Os próximos programas evidenciarão o supremo papel da Educação Física no âmbito escolar, juntamente com as demais disciplinas, num mutirão qualitativo, que toda nação séria promove para o desenvolvimento de seus jovens. Mostrarão,sem dúvida, que a educação física é parte integrante da formação dos jovens, não só para forjar futuros campeões, mas, e principalmente, para ajudar decisivamente na preparação de cidadãos produtivos e sociabilizados. A Escola é o cerne do processo de cidadania, e não é lugar para orgãos e setores normativos fora de seu âmbito. Nos dois programas até agora apresentados não vimos o envolvimento de profissionais, e sim de Professores de Educação Física, dentro de suas escolas, e não em caras e exclusivas academias, nem sob a batuta de personal trainers, atividades endossadas e controladas pelos cref’s tupiniquins. Que fiquem por aí, e deixem a Escola, a sagrada Escola em paz.

INADVERTIDAMENTE…

“Caras, agora estamos f……., eles ganharam moral!”, esbraveja o técnico(?) de Araraquara. Do outro lado, um americano, empunhando a prancheta tão familiar e conhecida por nós, ao mesmo tempo em que a rabisca, pronuncia um discurso ininteligível para a equipe, mas com uma tradução simultânea medíocre por parte de um dos jogadores, que mais confunde do que esclarece a turma do Guarujá. Inadvertidamente tropecei neste pavoroso espetáculo de como não se deve jogar basquetebol. Mas, com uma boa dose de coragem fui até o final da transmissão, não acreditando, até agora, como foi possível assisti-la. E de repente, um dos jogadores da equipe da casa tenta um arremesso e a bola escapa de suas mãos, caindo aos seus pés, o que provocou um irado e violento soco do técnico isolando a bola para além da linha final, demonstrando todo o equilíbrio próprio a um líder, ausente de sua pessoa. E os pedidos de tempo se sucederam sem que as equipes, nem de longe, acompanhassem o raciocínio de seus formidáveis técnicos. Até o comentarista bonachão da TV começou a perder a paciência ante o espetáculo grotesco que se obrigava a comentar. A quantidade de arremessos de três pontos era espantosa, de todos os lados e distâncias, perpetrados por todos os jogadores (?) envolvidos na pelada de compadres de fim de semana. E de tal maneira se esmeravam na tarefa de “arma que eu chuto”, que me convenci de que os mesmos estavam cumprindo determinações de seus técnicos, pois se assim não fosse, estaria assistindo uma exibição explícita de como dois grupos de jogadores pouco, ou nenhum caso faziam pela presença de dois indivíduos travestidos de técnicos no recinto de jogo. No jargão de minha época, tratava-se de um autêntico e legítimo “barata voa” esportivo.E o mais espantoso, o americano, em uma entrevista no meio tempo, expunha sua pretensão de ser lembrado para dirigir a seleção brasileira, projetando com seriedade sua abalizada consideração de que se não houvesse um bom e avançado preparo, frente ao fato de que americanos, argentinos e canadenses, estariam na corrida pela vaga olímpica a seleção brasileira não se classificaria. Deixou no ar a suposição de que nossa única chance estaria presente em sua atuação à frente da mesma. Um absurdo, ainda mais quando via incrédulo a atuação pífia e ridícula de sua equipe na quadra. É isso que acontece quando se chega ao estágio que chegamos, ao ponto de merecermos que um aventureiro qualquer venha até nós ensinar o que não sabe. Caramba cara, mas ele foi assistente no Charlotte e no Cavaliers! E de tão bom veio parar no Guarujá. E o pior, nem o tradicional ”vamos lá” aprendeu em nossa língua, e parece nem um pouco interessado em fazê-lo, afinal, ele é americano, o máximo para nossos sonhos caipiras.

E para finalizar, o comentarista amigo de todo mundo, num velado, porém intrigante comentário conclama o quarteto de técnicos da seleção nacional, dos quais gosta muito, mas que os considera muito”focados” em si mesmos, imunes à criticas e opiniões, que se permitam ouvir outros técnicos, outras pessoas, mesmo que não gostem, para que haja uma abertura que melhore o nosso basquete. Talvez, o triste espetáculo que presenciava, o tenha induzido no entendimento que tudo aquilo que se desenrolava sob suas vistas, bem, ou mal representava a dura realidade por que passamos, muito, ou totalmente contrária á sua outrora e brilhante realidade de anos atrás, quando foi um lídimo representante do que tivemos de melhor em nossas quadras. Creio, que no seu íntimo de grande vencedor, como atleta e cidadão, uma grande dose de tristeza exista ante tanta mediocridade que presencia nos dias atuais, e que faria um bem enorme se a expusesse com veemência e decisão. Mas sinto que sua enorme amizade por todos o impeça de prestar esse inestimável serviço à modalidade. Sua indignação seria um sopro que nos ajudaria a emergir desse lodaçal de vaidades e egos criminosos. Ainda em tempo, apesar do técnico achar que estavam todos f………, Araraquara ganhou por 85×80. A juventude do país agradece penhorada os exemplos educativos que testemunharam ao vivo e à cores, e prometem aplicá-los ad perpetuum.

CAMINHOS À SEGUIR

http://www.nytimes.com/2006/11/04/sports/ncaafootball/04ncaa.html?_r=2&th=&adxnnl=1&oref=slogin&emc=th&adxnnlx=1162783056-3rUr1xQQiN7y5hyoSUyoCA

Esse endereço acima deveria ser acessado por todo aquele que queira entender o que venha a ser desporto de ponta, onde o atleta, apesar de algumas deficiências e limitações, recebe educação e segurança para exercer seu talento, para mais tarde, ao sobressair-se sobre os muitos milhares de concorrentes, ter alguma chance no mundo do esporte profissional. Mas, se não tiver a tão sonhada oportunidade, uma graduação universitária abrirá oportunidades futuras para que exerça uma profissão. O exemplo do futebol americano universitário, vale para as demais modalidades esportivas, pois fazem parte de um contexto tradicional nas universidades americanas.O exemplo mostrando um dia de vida do estudante-atleta, vem corroborar o fato de que ambas as atividades podem ser conciliadas, apesar das grandes dificuldades que se apresentam na rotina de um jovem atleta. Entre nós, tornou-se quase regra geral o entendimento de que as duas atividades não se coadunam, em nome de uma pseudo-especialização esportiva que exige tempo integral. No entanto, algumas parcerias com universidades particulares vem tentando demonstrar que algo pode ser mudado, e deveria ser mudado para o bem e o progresso do desporto nacional, mesmo que somente no âmbito do 3º grau, já que ainda demorará algumas décadas o mesmo entendimento para o 2º grau de escolaridade. Se nas grandes cidades do país, parcerias com as universidades, mesmo com clubes de tradição, e apoio logístico das municipalidades, e que envolvesse seriedade e exigências escolares dos atletas envolvidos com os programas acadêmicos e desportivos, daríamos um grande passo para o futuro desportivo do país, e serviria de exemplo para que projetos semelhantes pudessem ser desenvolvidos no 2º grau, ainda mais quando tais atividades desportivas, ao fazerem parte do currículo escolar, garantiriam sua continuidade, sem as exigências de títulos e alta performance. Sua função básica seria de formação, tanto do atleta, como do cidadão. No caso do Rio de Janeiro, bastaria que quatro ou cinco clubes de tradição no basquetebol, desenvolvessem parcerias com um igual número de universidades, das muitas existentes, obedecendo um critério de bolsas de estudo com rigoroso acompanhamento, e uma cota de manutenção que poderia vir do comércio ou indústria, para que déssemos um enorme salto qualitativo. Ademais, provar-se-ia o quanto seria possível aliar estudo e esporte, ocupando a faixa etária dos 18 aos 24 anos, na qual as formações acadêmica e desportiva mais se desenvolvem. Os grandes talentos, que serviriam as seleções nacionais, ao estarem de posse de um grau acadêmico e situados na faixa dos 25 anos, quando começa a maturação esportiva, estariam prontos para seguirem o caminho da alta performance, ou, se assim optarem, prontos para iniciarem sua caminhada no campo profissional que escolheram. Por outro lado, a renovação permanente estaria garantida, gerando o fator competitivo, salutar, e desejável, para a formação de nossas seleções. Jogadores educados e esclarecidos, substituiriam jogos virtuais, vestimentas e penteados tribais, leituras inconseqüentes, badalações contraproducentes e outras atividades fúteis, por objetivos que visassem seu futuro nas quadras ou fora delas, e com a garantia de que ao se afastarem do esporte competitivo, teriam um razoável suporte profissional para mantê-los condignamente na luta pela vida.

Mas para que isso fosse possível, seria de fundamental importância o estabelecimento de regras e conceitos a serem seguidos por todos os envolvidos no projeto, principalmente os técnicos, que teriam, de uma vez por todas, de se afastarem do terrível princípio que propugna o treinamento em tempo integral, como ponto de honra em suas lideranças. Sem dúvida nenhuma, um jogador envolvido em ambiente universitário, com todas as suas conotações sócio-politicas, além das exigências curriculares, dificilmente aceitariam certos ditames absolutistas, comuns a muitos técnicos. Quanto à formação de base, escolas e clubes, manteriam suas funções de a muito implantadas, mas que ainda carecem de um apoio mais objetivo e determinante, principalmente na manutenção de bons professores e técnicos junto à nossa ávida e talentosa juventude. Um programa que os patrocinassem, e associações regionais de técnicos, organizadas dentro das necessidades locais, e coordenadas por uma associação nacional, seriam as armas vitais para o soerguimento do basquete em nosso país. E o primeiro passo é exatamente aquele que estabeleceria a fundação e organização das associações estaduais, que em conjunto com as respectivas federações dariam partida à grande reforma pedagógica e técnico-tática, que nos alavancaria do fundo do poço em que nos encontramos. É trabalhoso? Sem dúvida nenhuma, mas é o único caminho viável para alcançarmos um patamar compatível com as nossas tradições vencedoras.

Sair do limbo em que nos encontramos é fator de sobrevivência para o basquete brasileiro, e que passa muito ao largo do verdadeiro inferno astral que uma maligna turma nos lançou nos últimos vinte anos. Já se faz urgente tal mudança, antes que nos lancem num caminho sem volta.

ANATOMIA DE UM ARREMESSO

Fala-se muito na precisão nos arremessos de lance-livre, no de dois pontos, e principalmente nos de três pontos. Desde que Mortimer( 1951 ) provou em seu estudo clássico que um desvio de 2 º no momento de um lançamento de lance-livre fazia com que a bola sequer tocasse no aro, que técnicos e estudiosos do mundo inteiro fizessem pesquisas sobre o controle de direção de um arremesso à cesta, mas quase sempre focados nos movimentos, estilos, alavancas, força e equilíbrio por parte do jogador que lançava. Muitos raros são os estudos que analisam o comportamento da bola em sua trajetória após serem aplicados em sua superfície as variáveis acima enumeradas, e quase sempre sob um simples exercício de observação visual, sem correlações associadas ao desempenho do arremessador.

Em 1992, Iracema, em seu trabalho “Estudo sobre um efetivo controle da direção do lançamento com uma das mãos no basquetebol”, defendeu a tese de que o correto direcionamento da bola em sua trajetória à cesta, dependia basicamente das ações exercidas pela mão impulsionadora em sua superfície, no momento final da soltura, fazendo com que o giro inverso da mesma em torno de um eixo diametral determinado ao final do movimento impulsionador, o mantivesse o mais paralelo possível ao nível do aro, e o mais eqüidistante possível dos bordos externos do mesmo.

Claro que os tipos de “pegas” efetuados das mais diversas maneiras pelos jogadores, influenciariam decisivamente no direcionamento final da bola. Dedos, como o indicador, médio e anular, sozinhos ou agrupados, ao ser(em) o(s) último(s) a tocar(em) na superfície da bola determinaria sua direção final, tendo a complementariedade dos dedos polegar e mínimo, responsáveis pelo paralelismo do eixo diametral da bola gerado ao final do arremesso, com o nível do aro. Como vemos, o ato de arremessar vai muito além do aspecto estético e dos alinhamentos nos diversos segmentos de alavancas do corpo e dos membros, assim como o “instinto matador” que muitos se auto-determinam na arte de arremessar.

Para exemplificar reproduzo uma foto publicada no site Rebote do jogador Marcelinho, excelente arremessador de três pontos, mas que poderia ser bem melhor se fossem corrigidos alguns aspectos em sua empunhadura, principalmente no momento final da soltura da bola.

Nas imagens 1 e 2 abaixo, observemos que o posicionamento final dos dedos polegar e mínimo provocam um segmento de reta ( cd ) desalinhado com o eixo diametral ( ab ), o que provocou uma aplicação de força na aceleração da bola mais intensa no dedo indicador, mesmo que os outros dedos se mantivessem em contato com a bola, fato dedutível pela maior largura do ponto( e )com relação ao ponto( f ), provocado pela distorção de uma das ranhuras na superfície da bola naquele ponto em que a aceleração se fez mais presente. Certamente o direcionamento desse arremesso sofreu desvios consideráveis, o que não ocorreria se ambos os segmentos de reta estivessem em plano paralelo, fazendo com que os dedos impulsionadores aplicassem uma força conjunta e bem distribuídana superfície da bola., o que exigiria um estudo de caso aprimorado, provocando algumas mudanças anatômicas na pega costumeira.

Infelizmente, essas correções não são levadas em considerações mais profundas e detalhadas, provocando o sempre crescente aparecimento de “gênios dos arremessos de três pontos”, incluindo-se até mesmo os pivôs, como vem acontecendo ultimamente.

A precariedade técnico-tática de nosso basquetebol, preso na camisa de força de um único sistema de jogo, adiam os tão necessários estudos dos fundamentos, já que a panacéia do sistema padronizado e globalizado parece que satisfaz tanto a técnicos, como jogadores, lançando para trás as verdadeiras bases do jogo, os fundamentos.O que hoje aqui foi exposto, é uma mínima, porém importante, faceta desse apaixonante, difícil e extraordinário jogo, o grande jogo, e que exige muita dedicação e estudo. Então minha gente, estudem.

Bibliografia:

Mortimer, Elizabeth M., “Basketball Shooting”, Research Quarterly,XXII May, 1951.

Iracema, Paulo M.A., “Estudo sobre um efetivo controle da direção do Lançamento com uma das mãos no basquetebol”, Dissertação apresentada Com vista à obtenção do grau de Doutor em Ciências do Desporto, na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, Em 1992.

A ARTE DE ENGANAR

Uma notícia postada no Databasket de ontem(27/10), advinda da Comissão Técnica Executiva dos Clubes-CNB 06/07, e com hora de sua expedição(09:47 h), comunica que no próximo dia 30/10,na Sala de Conferências do Esporte Clube Pinheiros em São Paulo, será realizada uma reunião com as equipes que participarão do Campeonato Nacional, para a qual estão convidados os 14 técnicos e respectivas comissões técnicas das mesmas, assim como todos os profissionais envolvidos com basquete no país. O encontro se iniciará às 10:00 com uma palestra sobre arbitragem com Geraldo Fontana. Pausa para almoço às 13:00, e reinicio às 14:30 com um discurso(?) do Professor Alberto Bial sobre a união dos técnicos com término às 18:00 horas! A nota segue com assuntos que estarão em pauta, assim como expectativas e sugestões esperadas no evento. Vale à pena ler tal documento, que prima em seu convite aos profissionais envolvidos com basquete no país, com um prazo de 3 dias para se deslocarem até São Paulo, prazo este exíguo até para àqueles incautos residentes em estados limítrofes a SP, quiçá para os demais nesse país de dimensões continentais. Mas o que impressiona de verdade é a pauta de sugestões a serem discutidas, inacreditáveis em seus teores voltados a interesses que raiam o absurdo, e que lá estão. Cito algumas: “Tentativa de padronização na conduta de quadra e ética entre todos os técnicos”. Se não bastasse a imposição de padronização no sistema de jogo, tentada, divulgada e sedimentada nos últimos vinte anos, e que nos levou ao fundo do poço técnico-tático
em que nos encontramos, querem estabelecer uma padronização de conduta de quadra! Incrível a presunção dessa gente, e que ainda vem falar em ética entre todos os técnicos. Ética é o respeito ao livre arbítrio, ao livre pensamento, à dualidade, ao exercício da criatividade, antítese do pacote técnico-tático criminoso e colonizado, a serviço de culturas que nada têm com a nossa realidade. Mais adiante um paradoxo: “Padronizar e combinar para que todas as equipes defendam do lado do próprio banco no segundo tempo de jogo, ao invés de seguir recomendação da FIBA para que os bancos sejam trocados”. Está lá escrito, mas não mencionam o porque de tal padronização. Simplesmente querem manter o controle total e abusivo sobre a movimentação defensiva de seus jogadores,”padronizando” o ridículo balé ao lado da quadra, como se fosse tal intervenção a chave para a performance vencedora de suas equipes. Estudar, adequar, treinar exaustivamente suas defesas é que deveria ser incentivado no comportamento de todos os técnicos, e não se renderem à síndrome da luz vermelha, aquela que estabelece estar uma câmera de TV em funcionamento. Finalmente, abordarão a Associação de Técnicos APROBAS. Sugerem a filiação de todos os técnicos que queiram seguir carreira, independente da categoria que queira dirigir(Ué, não poderão fazê-lo se não se filiarem?…), e que seja feito um rank(?) para melhor podermos trabalhar nossos atletas e futuro da modalidade.Comunicam que em dezembro haverá uma nova eleição na APROBAS e ficou sugerido que o novo presidente possa reativar a Associação visando dar maior importância a encontros, fóruns e eventos envolvendo o basquete. Somente omitem o fato de que seu atual presidente é o recordista de clinicas para técnicos patrocinadas pela CBB nas federações que compõem seus votos vencedores, e técnico de seleções brasileiras de base, e por conseguinte, sem tempo para se submeter às exigências de um presidente de associação representativa de classe. Lamentável agenda, sob todo e qualquer aspecto que se queira analisar como de real interesse para os técnicos espalhados por esse imenso país, a não ser para aqueles poucos, porém bem ancorados nas atrativas e atraentes tetas da CBB. Quanto ao prometido “Link dos técnicos na página da CBB e/ou APROBAS para nele serem discutidos e divulgados eventos, palestras, clinicas e artigos escritos e postados por todos os interessados”, creio ser dispensável, e até indesejável, pois temos em nosso país excelentes páginas na internet que deram, dão e darão banhos memoráveis a qualquer canhestra tentativa de concorrência estabelecida por uma entidade desprovida da mais primária das qualidades, a confiabilidade. Ao término da nota um lembrete elucidativo:”Convidados, informar na Portaria do EC Pinheiros que irão participar da reunião técnica da comissão executiva de clubes, favor irem ao evento portando documento de identidade que será exigido na entrada do clube”. Creio que não é preciso dizer mais nada, a não ser, INACREDITÁVEL!

QUARTO CRESCENTE

Sentado na varanda, uma suave brisa refrescando a noite quente, e por entre nuvens emergindo uma lua em quarto crescente, antevendo a bela imagem, quando cheia, para daqui a alguns dias.
Sem querer, traço um paralelo com o nosso querido basquete, em quarto minguante a longo tempo,tempo demais, nos privando, ao menos, de um quarto crescente. Mas, uns pequenos acontecimentos nos trás algumas esperanças, como, e pela primeira vez em muitos anos, a participação menor de equipes paulistas para o campeonato nacional, somente três, em contrapartida com os quatro participantes cariocas. São Paulo, de a muito é a base política da CBB, e quando da criação da NLB foram seus clubes, em grande número, o estéio da liga. Mas aos poucos, foram os mais influentes e melhor patrocinados,se bandeando para as hostes cebebianas, e tiveram o desgosto de verem o campeonato passado terminar sem vencedores, fator que desmontou a estrutura do mais bem patrocinado deles. Com as barbas de molho, a maioria dos clubes paulistas preferiu a competição regional, deixando de lado a nacional. Este acontecimento marcante, demonstra que o apôio maciço de antes começa a fraquejar para os lados da CBB, e que para as próximas eleições muitas concessões deverão fazer parte do ról de exigências para que a CBB mantenha o apôio estratégico dos paulistas. Se estes resolverem mudar o status quo
vigente no nosso basquetebol, apoiando uma mudança na CBB, sem dúvida alguma arrastarão em suas pegadas outras federações, principalmente aquelas sempre ávidas de estarem ao lado dos donos das chaves dos cofres. Juntando-se às nove federações que votaram contra a atual administração da CBB nas eleições passadas, um movimento liderado pelos clubes paulistas fazendo chegar à direção de sua federação uma liderança contrária ao que aí está, sem dúvida nenhuma novos rumos poderão ocorrer no seio da CBB, oportunizando uma administração que nos soerga do fundo do poço em que nos encontramos. Esta é a única solução que antevejo para a resolução do retrógrado estágio em que se encontra o basquetebol brasileiro, a ascenção democrática de novos lideres no comando da CBB nas próximas eleições. Federações opositoras,
entre as quais a do Rio de Janeiro, vem demonstrando vitalidade e novos rumos em seus campeonatos e em suas administrações, provando ser possivel trilharmos caminhos menos dolorosos do que os que viemos trilhando nos últimos vinte anos. Torna-se de capital importância a substituição dos atuais dirigentes, fracos e altamente incompetentes, porém fortes
politicamente, pela distribuição de benesses por federações e seus apaniguados dirigentes, assim
como junto a políticos travestidos de desportistas, interessados em projeção às custas do grande jogo. Esse é, repito, o único caminho a ser trilhado, a tomada da CBB pelo voto, pelos trâmites legais, o que denota imenso trabalho e planejamento, sem garantias de sucesso, mas que sempre valerá à pena ser acalentado, sonhado, e por que não? Alcançado. Mas enquanto esse ansiado
dia não chega, um outro movimento poderia, e deveria ser desencadeado, com extremada urgência, a organização das associações regionais de técnicos, que culminaria para mais adiante, na associação nacional, fator determinante para o progresso técnico de nossos jogadores e de nossas equipes, em todas as divisões, principalmente às de formação, que são a base crítica onde se fundamenta a divisão principal, e as seleções nacionais. Se essa unidade não for alcançada, de nada adiantarão novos dirigentes, novas concepções administrativas, pois no fim das contas quem prepara jogadores e equipes são os técnicos, e não os dirigentes, gostem ou não dessa insofismável verdade.

JÁ VÍ ESSE FILME…

Passadas as emoções dos mundiais, volto à realidade do nosso basquete. Pela TV assisto ao jogo das equipes invíctas do campeonato paulista, considerado o melhor do país, entre Franca e Limeira. Escolho uma boa poltrona, um café bem quente, e estou pronto para o espetáculo.De saída um tremendo passeio de Limeira ante uma inexistente defesa de Franca.Um primeiro quarto em que só uma equipe atuou.Dai para diante as situações de jogo primaram pelo equilibrio, com diferenças nunca superiores a 10 pontos. No entanto, ambas as equipes primavam em um aspecto, os contundentes erros nos fundamentos. Atuando com idênticos sistemas de jogo, até nos sinais que os armadores usavam para definir as jogadas, como espelhos frontais, somente uma ou outra tentativa esporádica de utilização de defesas, ora individual, ora por zona, alteravam um pouco a mesmice tática na quadra. Numa situação de tal similitude tática, somente aqueles poucos jogadores que se encontrassem em melhor momento físico, seriam capazes de buscar resultados benéficos à sua equipe. E esse pormenor é que fez a diferença, para pior, pelos seguidos e constrangedores erros de fundamentos que cometeram assiduamente. Muitos foram cometidos, sendo que alguns deles primários, à saber: Armadores
contra-atacando pelas laterais da quadra; armadores executando sistematicamente o passe paralelo à linha final, inclusive em progressão à cesta(um passe desses retirou da equipe de Limeira a possibilidade de vitória ao final do tempo normal de jogo, assim como num momento crucial da prorrogação) ; alas trombando com a bola em tentativas de penetração driblando em
direção à cesta ; arremessos precipitados e desequilibrados da zona dos três pontos, numa quantidade inimaginável, executados por armadores, alas, e até pivôs! ; posicionamentos defensivos absolutamente equivocados, principalmente pelos alas; ausência absoluta de posicionamento defensivo à frente, na marcação dos pivôs; quando acionados ofensivamente, os
pivôs agiam solitariamente, ficando seus companheiros estáticos, somente observando sua ação;
o total desconhecimento dos jogadores no posicionamento corporal nos corta-luzes ; o total
desconhecimento dos posicionamentos corporais nos rebotes, defensivos e ofensivos. Enfim, um
corolário de erros dos fundamentos básicos do jogo, cometidos ano após ano, numa repetição
monocórdica lamentável. E se não bastasse tal panorama, fomos todos brindados com algo que vem se tornando corriqueiro entre nós, as mudanças comportamentais dos sempre disciplinados
jogadores americanos, quando em seu país, e que aqui começam a adquirir o hábito tupiniquim
de se insurgirem ostensivamente contra atitudes e decisões de alguns técnicos, useiros e veseiros
em discutirem e até xingarem seus jogadores, numa demonstração nada educativa para os jovens que assistem os jogos. A desculpa é que na divisão de elite essas atitudes “fazem parte” do
jogo, o que caracterizo de absolutamente reprovável e inverídico. Porém, verdade seja dita, a utilização de dois armadores conotam novos e benvindos ares ao nosso combalido basquete, mas que pouco virão a somar se não acontecerem profundas mudanças técnico-táticas que possam
vir a dinamizar a produção dos mesmos, pois na atual situação de utilização de um único sistema
de jogo, o passig game, pouco ou quase nada poderão produzir de evolutivo para o aperfeiçoamento do basquete entre nós. Voltando ao jogo, por causa do entrevero entre o americano e o técnico, a equipe de Limeira se desarvorou na prorrogação, e perdeu um jogo que deveria ter vencido no tempo normal, não fosse também os sucessivos erros de fundamentos da
equipe, e que culminou no último tempo pedido por seu técnico, onde o maior de todos os erros foi cometido, quando ante o baloiçar negativo de cabeça do americano, motivado pela instrução
de quantas faltas fossem necessárias( na terra dele geralmente os jogadores são exaustivamente
treinados para tenterem a posse de bola, sem faltas…) para ganho de tempo, recebeu como ríspida resposta, ao vivo e à cores -“tem de ser assim mesmo, para ganhar o jogo”. Desliguei a TV, e fui lavar a chícara de café, pois, e por muitas vezes, já ví esse filme…

O CONTRAFLUXO

Anos atrás,quando fui cursar o mestrado na USP, me deparei num cruzamento com a seguinte advertência-“Atenção, elétricos no contrafluxo”- Confesso que fiquei meio inerte naquele cruzamento até entender o significado da placa. Queria dizer, contramão. Semana passada, lí nos jornais que a CBB apresenta como desculpa ao não pagamento das diárias de jogadores e jogadoras de suas seleções nos dois mundiais e sulamericanos, assim como seus normais e obrigatórios seguros, a falta de fluxo de caixa. Mas no contrafluxo das despesas com seu próprio pessoal, seus terceirizados, as benesses em hotéis e resorts que viabilizam os votos federativos, garantia de perpetuação no poder, na publicidade, nas estatísticas, e sabe-se lá mais quantas e não auditadas despesas, os pagamentos estão em dia, porque se não estiverem, adeus cargos de sacrifício, nomenclatura dada às suas dedicadas horas, semanas,meses, anos, e possivelmente década de trabalho desinteressado e altruísta. Com que direito, no fluxo de suas vidas, vertem lágimas de desesperança e dor as consagradas Janeth e Alessandra, quando no contrafluxo da política desportiva de baixo nível, sorriem os dirigentes donos das chaves dos cofres? Lágrimas são inócuas ante a frieza glacial de felpudas raposas, sempre na tocáia para o decisivo bote, ou a oportuna fuga, ambos nos obscuros meandros de seus porões. No profuso fluxo de idéias e sugestões para um soerguimento do nosso infeliz e estuprado basquete, se antepõe o contrafluxo
criminoso de um bando incapaz e incompetente, para os quais lágrimas são sinônimo de fraqueza,
que devem ser desprezadas e convenientemente omitidas. E no fluxo pela luta do poder entre CBB e NLB, nada se apresenta como factível, como evolutivo, como esperançoso em dias melhores, no contrafluxo das verdadeiras acões e reações que deveriam ser tomadas para a emancipação do grande jogo entre nós. Faltam-nos líderes, preferencialmente aqueles que obtiveram na prática do basquetebol ensinamentos básicos para suas vidas, e que hoje, em postos de mando e importância técnica e política, poderiam participar ativamente em pról da atividade desportiva que tanto somou em suas vidas. Fluxos e contrafluxos, são movimentos antagônicos em suas funções, porém indissoluvelmente coligados ao processo evolutivo de qualquer manifestação humana. Que as lágrimas de nossas brilhantes atletas gerem o fluxo emancipativo do basquetebol, se antepondo ao contrafluxo das forças negativas que o dirigem e aviltam.Amém.

SOU UM PROFESSOR

Dias atrás, amparado por uma campanha de mídia poderosa, e cara, comemorou-se o que designaram de “Dia do Profissional de Educação Física”. Ontem, sem qualquer alarde, a não ser uma oportunista menção por parte de um dos candidatos à presidência do país, foi lembrado ser o “Dia do Professor”, no qual orgulhosamente me incluo, em conjunto com todos aqueles que utilizam o magistério como força educacional e fonte de cultura. Minha formação e especialidade? Educação Física, que somada às demais disciplinas forjam cidadãos para o país. Nas escolas de primeiro e segundo graus, e nas universidades, propugnamos por mais e melhores ações na difícil arte de educar gerações. Também junto à associações e entidades públicas damos o nosso contributo sedimentado em muitos anos de estudo, pesquisa e dedicação missionária. E todos somos sindicalizados, unidos pelo ideal conjunto e amplo de princípios éticos que regem o sagrado dever de ensinar, perpetuando o saber e as conquistas sociais. Honrosamente me situo como um Professor, e não um profissional de educação física, atrelado e subjugado por um conselho que se acha no direito de manipular o trabalho, e pasmem, até a formação universitária de seus futuros e incáutos agregados. A nação brasileira, através suas Universidades e Faculdades de Educação e Ed.Física, preparam os futuros mestres, aráutos do sistema educacional, licenciando-os para o magistério, e que de forma alguma podem ser questionadas por um grupo de oportunistas que se apoderaram dos crefs da vida para imporem atitudes lastimáveis e condenáveis pelo país afora. Recentemente, invadiram, isso mesmo, invadiram o sagrado solo da UFRJ na Praia Vermelha, para, acintosamente prenderem e conduzirem sob escolta policial uma professora de Ed.Física que ministrava aula na piscina do campus, numa atitude torpe, covarde e destituida de qualquer amparo legal, já que em próprio autônomo universitário. Não vemos a mesma atitude tomada pelos valentes e corajosos crefianos, para não permitirem o trabalho ilegal, segundo seus princípios pseudamente legais, de um técnico de seleção brasileira de futebol, que em publicação na imprensa tem garantido seu trabalho por ser outro, formado, que assina por ele, garantindo a irregularidade. Cadê a coragem de enfrentar uma CBF, ou mesmo uma CBV cujo técnico, justamente laureado e competente, é formado em Economia? Mas uma professora, igual a muitas que labutam honestamente pela sobrevivência do dia a dia, pode ser humilhada e levada a uma delegacia de polícia, como se criminosa fosse, por se negar a pagar a soma que sustenta as benesses da corajosa horda, que ousa se imiscuir em um campo em que são incapazes? Urge que a sociedade brasileira atente para a perigosa escalada de um conselho que, sob a égide de uma lei conquistada nos bastidores do poder, se insinua, agora também no campo político, para perpetrarem um dos maiores crimes contra o sistema educacional do país, dicotomizando do mesmo um dos seus pilares, a educação fisica, que em conjunto com as artes, a musica e as matérias teóricas e práticas, formam a base da formação integral do cidadão, formação esta garantida pela constituição vigente. Que os milhares de leigos, autorizados e sem formação universitária, pelos cursos bem pagos pelos crefs regionais, e que formam sua massa crítica de associados, sejam por eles monitorados ainda pode-se entender, mas quererem controlar e dirigir a formação dada pelo ensino superior do país, é audácia demais. Para ganharem respeitabilidade, comecem pelos gramados dos grandes estádios, perante milhares de assistentes
no país afora, sob as lentes das cameras de televisão, coibindo o trabalho irregular sob sua ótica celetista, para aí sim, se situarem sob os artigos da lei que sorrateiramente impuseram ao país.
Prender uma honesta e desconhecida professora é papel de covardes e despreparados para exercerem o sagrado papel de professor. Por tudo isso me sinto honrado em comemorar(?) na data de ontem o Dia do Professor, junto aos milhares de colegas e companheiros que trabalham o dia a dia da nação. Não fui, não sou, e nunca serei um profissional de educação física, e sim um
orgulhoso PROFESSOR.

Como Organizar Basquetebol (COB)

Fico imaginando como será possível um homem,que se diz pacificador(vide exemplo incensado pela mídia no caso do judô em 2000), vir em socorro do basquete, com alguns pequenos e insignificantes detalhes ainda por serem resolvidos para a realização dos Jogos Panamericanos do próximo ano, tais como: O imbróglio criado com as obras da Marina da Glória; o significativo atraso nas obras no complexo do autódromo; a dragagem e término das obras no estádio de remo; as obras na Vila Militar; a morosidade nas obras do complexo do Maracanã; a infra- estrutura ao redor do Estádio Olímpico João Havelange; as pistas de cross e montainbyke; a imundice das raias de vela na Baía da Guanabara; a não exeqüibilização das vias e dos transportes de massa na Baixada de Jacarepaguá; a despoluição das lagôas ao lado da Vila Olímpica; a montagem das arenas no Riocentro; o delicado problema da segurança durante os Jogos; o transporte das delegações; a pequena capacidade hoteleira; o enígma das vias amarela e vermelha; a pobreza explícita nas praias e cruzamentos desta abandonada e despoliciada cidade; enfim, um corolário de pequenos problemas que, pasmem, conotam o Sr.Nuzman como o personagem que poderá vir a resolver o impasse no basquetebol, da mesma forma como está
administrando os da organização do Pan, a não ser pelo aspecto puramente político, atividade em que é mestre e doutor de inamovível qualificação. O problema do grande jogo tem de ser resolvido pelos basqueteiros, e somente por eles, tanto no campo político, como, e principalmente no campo técnico, e por isso lanço a sugestão de um movimento, o de Como Organizar o Basquetebol, o nosso COB, sem a intromissão política de quem quer que seja que não esteja comprometido com a modalidade, tecnicamente falando. O que ocorre com o basquete é a perniciosa, e já longa presença, de um grupo incompetente na direção da CBB, situação que só poderá ser resolvida com a substituição do mesmo, através um bem articulado projeto junto às federações, visando as próximas eleições naquela entidade diretiva. Fora esta solução o que resta é golpe político, ou virada de mesa, ou intromissão indevida de quem tem outras e importantes tarefas a executar, a não ser que queira, mais uma vez, se projetar como o salvador e pacificador do esporte nacional, conquistas importantes para futuras escaladas no âmbito internacional. Como organizar o nosso basquetebol? Eis um belo ponto de partida para profícuas discussões, bons e exeqüíveis projetos, bom-senso e determinação em encontrar o melhor caminho a ser trilhado, e tudo isso envolvendo basqueteiros, e não importando políticos, com suas políticas disfarçadas em projetos não muito esportivos, que se aceitas e desenvolvidas traçarão um caminho sem volta para o futuro da modalidade. Basquete é com os basqueteiros, e ninguém mais. Logo, tratem de se organizar, discutir e encontrar soluções viáveis, pois ao contrário estarão todos de pázinhas nas mãos lançando areia na cova que ajudaram a cavar.