EXPLIQUEM-ME, POR FAVOR…
O Flamengo venceu um Vasco (89 x 81) que mesmo convergindo violentamente (14/28 nas bolas de 2 pontos e 9/32 nas de 3), não se impôs ante um adversário que priorizou o jogo interno (28/47 nos 2 e 5/17 nos 3), provando a eficiência maior dos arremessos de curta e média distâncias, da permanente dupla armação, e da projeção interna de seus alas dialogando com o pivô, em velocidade com curtas e precisas conversões, mesmo permitindo a avalanche de fora, descalibrada e desconcertante de um adversário que demonstrava passividade defensiva incomum (talvez reflexo de três meses de atraso de salários, vide matéria a respeito no O Globo de 4/1/18), refém de seu confuso e inaudível estrategista, completamente fora do mais comezinho princípio de comunicação humana, necessitada de clareza, objetividade e coerência, e não embotada por um discurso irreal, errático e hermético…
Por outro lado, vimos duas convergências vencedoras, produtos de uma constrangedora ausência de fundamentos defensivos, individuais e coletivos, quando o Paulistano venceu Mogi por 84 x 80, arremessando 14/26 bolas de 2 e inacreditáveis 15/38 de 3 (Mogi arremessou 18/48 e 10/25 respectivamente), e Bauru venceu o Botafogo por 77 x 60, com a equipe paulista arremessando 17/33 de 2, e 12/38 de 3 (o Botafogo lançou 19/51 e 5/18), resultados que atestam com clareza o desastre defensivo do nosso maltratado basquetebol, originando um desastre maior com o sistema “chega e chuta”, sendo vítima praticamente indefesa de um “momento mágico” , como é definido pela esmagadora maioria das mídias especializadas, pagas ou não, para referendar uma falsa realidade técnico tática por que atravessa o grande jogo nacional, produto equivocado do que venha a ser basquetebol de alta qualidade, onde as estrelas mais divulgadas são seus estrategistas e suas pranchetas “que falam”, só que bobagens e irrelevâncias grafadas em garranchos ininteligíveis e altamente suspeitos…
Sim, suspeitos, pois não vemos em nenhuma situação de jogo qualquer resultado de suas explanações recheadas de palavrões e esgares midiáticos, a não ser a prova mais cabal do mais completo desprezo de suas mensagens por parte de jogadores mais comprometidos com seus particulares pontos de vista, do que o que lhes é lançado freneticamente a cada tempo pe(r)dido…
Recentemente, numa entrevista a Folha de São Paulo, o técnico Petrovic abordou com veemência esse aspecto dos lançamentos de 3 pontos, porém nada a mais do que edito neste humilde blog desde sempre, com uma diferença, é uma opinião de fora, logo…
Cabe então uma última, melhor, penúltima pergunta – Expliquem-me, por favor, o que vem a ser o video que publico acima, o que?
Agora mesmo o Balassiano publica uma matéria sobre o jogo das estrelas da NBA, mencionando em um dos parágrafos – (…) Como acontece há anos, no All-Star Games os titulares são eleitos pelo público (dois entre armadores e três entre alas e pivôs), com os reservas sendo selecionados pelos técnicos da liga…. (…), numa clara alusão ao modus operandi técnico que a grande liga vem desenvolvendo, onde a figura dos enormes pivôs perde terreno a cada temporada, assim como as estratificadas posições de 1 a 5 também, formulando um modelo proposto pelo coach K desde que assumiu as seleções nacionais americanas (hoje substituído por um outro veteraníssimo e ultra experiente técnico, como deve ser, o Gregg Popovich ), modelo que estudo e aplico a mais de 40 anos, vide o Saldanha no NBB2, evidência que não podem negar em hipótese alguma, mas tentam, pois humildade e reconhecimento passam a léguas de suas realidades comprometidas e alinhadas com o sólido corporativismo existente no bojo de um restrito mercado de trabalho, que se auto protege de avanços e novidades que possam colocá-lo em risco, gerando e mantendo a mesmice endêmica que grassa e reina absoluta para a desgraça de um grande jogo, apequenado e humilhado técnica, tática e estrategicamente…
Bem, creio que nada a mais deve ser dito, perguntado ou comentado…
Amém.