PITONISMOS E ACHISMOS…

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Vai começa a briga, e das boas, já que se trata de um Mundial, de um Mundial, e não de um NBB administrativamente em positiva evolução, porém técnica e taticamente estratificado e profundamente equivocado…

Nossa seleção, falando franca e honestamente, é deficiente em muitos aspectos de técnica individual, e equivocada em concepção de equipe, apesar do ufanismo torcedor que posta, anonimamente em sua maioria, comentários na mídia especializada, corroborando, ou não, matérias publicadas por seus editores, muitas vezes raiando o limite de conhecimentos do grande jogo, aspecto este, que mesmo sendo professor e técnico a mais de cinco décadas, não ouso, sequer penso, ultrapassar…

Mas outra é a nossa realidade, ainda mais com a cornucópia ilimitada de informações, pareceres, estudos e análises soltas, até em nuvens, pela galáctica rede, à disposição de todos, cultos ou neófitos, explanarem e divulgarem opiniões e relatos da mais alta complexidade técnica e tática, porém ao largo de uma realidade, a do âmago das quadras, da formação a elite, na travessia de anos e anos dedicados a arte de ensinar, educar e ajudar no desenvolvimento humano no contar das horas, dias, meses anos décadas, necessárias para atingir objetivos, muitas vezes inatingíveis, pela precariedade de uma realidade longe, muito longe, de se dedicar social, política e humanamente pela educação de nossos jovens, e que é o fator primal de todo o processo, onde pitonismos e achismos se tornam anacrônicos em si mesmos…

Nossa seleção tem graves problemas, deficiências crônicas que em tempo algum foram corrigidas, fora ou dentro de seleções, seguindo um principio quase dogmático, de que jogadores adultos nada mais devem acrescentar ao que conhecem de técnicas individuais e coletivas, a não ser levá-las ao grau de excelência dentro da realidade tática que lhes é exigida, que sendo padronizada os formatam, ou mesmo modelam, adequando-os às filosofias dos estrategistas que os dirigirão…

Por tudo isso, poucos são aqueles que dominam o epicentro de seus corpos, defendendo em equilíbrio estável e instável; atacando em desequilíbrio controlável, única forma de aliar velocidade e alternância direcional; correr e parar com controle similar; saltar sem se projetar lateralmente; girar espacialmente após rebotes; pivotear e mudar de direção alternando velocidades; bloquear antecipadamente e não no momento da ação; coordenar saltos e deslocamentos com as visões verticais e periféricas, fundamentais para o domínio temporal e espacial; arremessar sob controle preciso do eixo diametral da bola, base crítica para seu correto direcionamento, e que independe do posicionamento estético ou não de seu corpo; domínio ambidestro da bola no drible e suas vertentes direcionais e rítmicas, fatores inerentes às fintas e mudanças de direção, quanto ao conhecimento e pleno domínio dos fundamentos do jogo…

Portanto, sem esses conhecimentos, sistema tático nenhum, por mais simples e primário que seja, obterá sucesso, já que as exigências necessárias para sua execução não serão atendidas pela fragilidade no domínio e controle dos fundamentos, tornando-o estéril e equivocado…

Nosso pretenso poder defensivo, frente a equipes de maior peso, correrá o risco de rompimentos decisivos, pois o Marcos, Marcelo, Huertas, Raul, Leandro e Guilherme, são inconstantes e frágeis no trabalho de pés e controle posicional defensivo, acarretando uma grande carga de cobertura interna dos grandes pivôs, que correm o sério risco de se pendurarem de faltas por isso, gerando também um acumulo externo por parte do Alex e do Larry, notoriamente melhores defensores do que aqueles…

Ofensivamente, frente a um cenário compensatório, ou não, relacionado às nossas opções defensivas, um outro fator se revela preocupante, a localização posicional dos homens dentro do perímetro interno, nitidamente atuando de costas para a cesta, em posições altas e baixas, e vindo sistematicamente fora do perímetro para bloqueios, sem trocarem de posições entre si, e muito menos tendo  um outro alto ala participando dessas trocas internas, quando muito em pontuais deslocamentos paralelos a linha final, ou mesmo bem fora do mesmo, que é o que parece virá a ser tentado pelo Rafael para os longos arremessos, quando ele seria primordial no diálogo direto com os dois pivôs, todos próximos a cesta, para de 2 em 2 pontuarem com mais segurança e precisão, e inclusive e fundamental, estarem no foco dos rebotes, e em vantagem numérica, fator que desencadearia muito trabalho e preocupação com as faltas para nossos adversários, principalmente os europeus…

Também ofensivamente, a falta de um diálogo eficaz e tático entre armadores e pivôs em movimento (se assim se mantivessem todo o tempo de jogo…) torna nosso ataque, na maioria das ações, altamente previsível e marcado com relativa facilidade, onde as dobras se tornam decorrentes pela obviedade de atitudes destituídas de criação coletiva, voltadas que são, teimosamente, de caráter individualista, principalmente através o Leandro, Larry e Raul, sem contar com o mais do que provável aperto por que passarão na vinda da defesa ao ataque em armação única, prato apetitoso para as fortes defesas europeias e americana com que nos defrontaremos…

Logo, podemos concluir com duas ponderações, a de que neste complexo jogo, pitonismos perdem sua fantasiosa relevância, pelo simples fato de não conterem qualquer embasamento técnico e tático, frente a nossa proverbial fragilidade na formação de base, e ante escolas que privilegiam desde sempre esse fator, propositalmente escamoteado, já que formatado, padronizado e implantado por uma geração de estrategistas de produtos prontos, estejam deficientes ou não na fundamentação do jogo, onde o tempo a ser “perdido” em correções não compensa nem enriquece  currículos forjados pelo corporativismo que os unem em grande maioria…

Outra, a de que a insidiosa e escorregadia indústria do achismo técnico e tático, fruto de uma patética ignorância do que venha a ser o profundo e verdadeiro conhecimento do grande jogo, sequer se interesse pelo longo e sofrido caminho das pedras do estudar, pesquisar, ensinar e desenvolver, com seu acidentado e inóspito cenário de certezas e incertezas, avanços e retrocessos, pequenas vitórias e grandes derrotas, apêgo e desapêgo a idéias e sonhos, mas decisivo em seu percurso para o progresso e sedimentação de um processo de vida, onde o mérito é a chave para um corajoso e alentador trajeto.

Enfim, teremos nossa auto convidada seleção em mais um Mundial, fruto de uma realidade da qual não podemos fugir e omitir suas carências, e bem representar o que atualmente somos, mas que infelizmente não representa o que deveríamos ser, de verdade…

Amém.

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.

 

 

PROJETANDO…

 

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Está perto, muito perto de iniciar a Copa na Espanha, com as equipes mais categorizadas em final de preparação para uma competição onde paradigmas deverão ser ultrapassados, principalmente quanto ao indefectível sistema único, sendo vencido pelo jogo livre, intuitivo, lógico, e formalmente definido pelo absoluto domínio dos fundamentos do jogo, que aliados ao poder físico e atlético, à velocidade, e à fluidez permanente e incansável de todos os jogadores envolvidos, decretarão o fim de uma era de um jogo setorizado, voltado aos duelos 1 x 1, dos mastodontes lentos e previsíveis, do imobilismo tático, e quem sabe e pelo qual torço enfaticamente, pelo decisivo decréscimo da ditadura de fora para dentro das quadras, centradas no exibicionismo desenfreado de divas estrategistas com suas midiáticas pranchetas grafando nadas colossais e indecifráveis hieróglifos, em nome de uma auto importância mais imposta do que real, fictícia e equivocada. Aliás, alguém viu prancheta nas mãos do grande técnico americano?

Dentro de nossa rinha, uma equipe com a mais do que anunciada, pois sedimentada, rotação de oito jogadores, já que os quatro restantes jamais deveriam lá estar, frente a fragilidade técnica e física de que são possuidores, mas lobisticamente fortes e poderosos, deixando pela estrada outros jogadores mais qualificados, principalmente quanto aos sistemas adotados pelo hermano, voltados para a defesa forte e intenso jogo interior, que ainda fica a dever, em parte pelo pouco entrosamento entre armador (es) e os homens altos dentro do perímetro, prejudicando em muito a tão desejada fluidez ofensiva.

Mas esse é o carma que teremos de enfrentar, onde os maiores adversários não serão nossos oponentes, e sim nós mesmos, por vícios adquiridos em anos de incúria e falsas lideranças. Mesmo assim, e quem sabe, algum milagre possa vir a ocorrer, apesar de particularmente não acreditar que ocorra, infelizmente…

Mas Paulo, nada sobre o jogo contra o Irã? Mas que jogo cara, ainda mais contra um bando de neófitos em torno de uma montanha carente dos mínimos requisitos técnicos para atuar nesse nível, concedendo a ilusão, ou o ouro dos tolos, pela diferença de 40 pontos no placar, a uma seleção profundamente equivocada? Foi um rachão que amam de montão, só isso…

Por essas razões oremos aos deuses, torcendo para que estejam de bom humor, senão…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV.Clique nas mesmas para ampliá-la.

 

TRÊS PARÁGRAFOS…

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Fizemos um primeiro tempo bastante intenso e com muita qualidade, no qual colocamos em prática um basquete bastante coletivo. Como o Brasil é uma equipe mais baixa, não conseguimos manter o mesmo ritmo no segundo tempo e demos uma caída na condição física e na tática do jogo. Mas conseguimos fazer um trabalho de revezamento da equipe e foi uma experiência maravilhosa – analisou Zanon.(Globoesporte.com).

Jogando contra a seleção da Turquia hoje, a equipe feminina brasileira, que se prepara para o Mundial, perdeu por 66 x 48 (19 x 18, 14 x 13, 18 x 6 e 15 x 11, perdendo todos os quartos) convertendo 31 pontos no primeiro tempo e 17 no segundo, ou sejam, 48 pontos em uma partida internacional, e o técnico ainda o classifica como “uma experiência maravilhosa”? Só pode estar brincando, e o pior, com coisa muito séria, uma seleção nacional, onde divide sua genialidade com a equipe masculina do S.José, numa dualidade de competências inimaginável a um trabalho sério e responsável. Como vemos e atestamos, mérito (ou QI) é isso ai…

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No torneio da Eslovênia, a equipe brasileira masculina venceu a equipe da casa na prorrogação, por 88 x 84, num jogo eivado de oscilações, bem ao estilo de uma equipe sem personalidade coletiva, mas que apesar de tudo tenta manter seu forte jogo interno no ataque, e lampejos defensivos de boa qualidade. Rodando seus três pivôs nebebianos, em conjunto com os alas Marcos e Marcelo, e eventualmente o Alex, dentro do perímetro interno, que apesar do frágil apoio de armadores que pouco se entendem fora do mesmo, quando se perdem em infindáveis dribles e sinalizações desconexas, ainda conseguem se impor pela voluntariedade e presença física nos rebotes, hoje presentes (14/28), superando os eslovenos que conseguiram 33 (5/28), num embate que decidiu a partida onde deveria ser decidida, lá dentro, embaixo da cesta apesar de um lastimável 14/31 nos lances livres e 6/16 nos três pontos, em tudo compensados pelos 28/56 dentro do perímetro nas bolas de dois. E nesse ponto é que residem as chances da equipe na Copa Mundial, que seriam reforçadas se uma dinâmica e permanente movimentação dentro do perímetro fosse implementada, assessorada por uma dupla armação de verdade, trabalhando em proximidade, principalmente nas levadas de bola vindas da defesa, ponto em que as equipes mais categorizadas explorarão no caso de usarmos um único armador, com certeza. O fato de baixarmos um pouco a estatura da equipe, seria bastante compensada pelo maior e mais eficiente confronto defensivo, o que ocorreu hoje, principalmente no segundo quarto, mas que não foi levado adiante, pelo simples fato de não termos levado, ou convocado, jogadores melhores e mais aptos para essa função, prejudicando em muito a rotação nesse importante e fundamental setor. Enfim, uma réstia de luz apareceu no fim do túnel, não como uma esperança campeã, mas sim, uma busca de encontro ao bom senso técnico e tático, tão esquecidos ultimamente.

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Finalmente, após o jogo da seleção americana contra o Porto Rico, fica no ar uma pergunta que direciono aos “estrategistas” do grande jogo do país – Qual, ou quais, os sistemas de jogo adotados pelo técnico americano em sua impactante equipe? Sistema Único, Motion Offense, ou simplesmente Fundamentos individuais e coletivos? Acertou quem apontou esse último, base de tudo no grande jogo, e suficiente para vencer e derrubar qualquer sistema que não conte com o pleno conhecimento e domínio dos mesmos, e que nos é vetado por um significativo número de prancheteiros e patéticos performáticos midiáticos de beira de quadra, onde as poucas exceções não contam…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV e do Globoesporte.com. Clique nas mesmas para ampliá=las.

 

 

 

 

 

A CLÁUSULA PÉTREA…

Não percamos mais tempo analisando o óbvio, que aliás, foi muito bem exposto pelo Giancarlo Gianpetro em seu Vinte Um, num artigo penetrante e lúcido, ao qual poderia somente agregar a cláusula pétrea que dá nome a esse complementar artigo.

E qual seria, prezado Paulo?

Observem detidamente as fotos aqui postadas, e confiram, ou mesmo contestem a dita cláusula, mas não omitam ou esqueçam que, a dias do inicio da Copa Mundial, a terra de ninguém em que foi transformada a perene distância que separa, oblitera e divide armação e movimentação interna, somadas a um exasperante imobilismo, criador de uma desabitada zona ofensiva (?), se petrifica, imutável em sua existência a cada dia mais presente, como numa realidade sem volta, pois carece de um mínimo de correção, aquela que poderia exequibilizar a tão almejada fluidez entre jogadores permanentemente conectados e calibrados em seus deslocamentos, bloqueios, cruzamentos, trocas de direção, paradas e partidas, dribles, fintas e arremessos bem escolhidos, equilibrados e amparados por um posicionamento estratégico nos possíveis rebotes, preenchendo com suas presenças aquela grotesca terra em que vem sendo transformada e dicotomizada as ações externas das internas, como que um enorme abismo sendo aberto entre esses dois espaços, que deveriam ser, na realidade, um só, indivisível, correlato e interdependente.

O preenchimento do mesmo, através a dinâmica e permanente movimentação técnica e tática, é o óbice, talvez o maior em que nos deparamos, pois situa em dois polos distintos e afastados o elemento mais crucial relacionado à fluidez de uma equipe, a ocupação permanente do espaço, trazendo para o mesmo, e também em constante movimentação, a defesa adversária, que somente poderá ser batida e contestada se deslocada, e não tê-la permanentemente como assistente privilegiada de nossa fraca e estéril realidade ofensiva.

Creio que defensivamente a seleção compromete bem menos do que seu tatibitati ataque, distante, desintegrado e comprometido pela cláusula pétrea de sua formação, o imobilismo…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e ter acesso às legendas.

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O GIL ESTEVE LÁ…

 

O Gil Guadron esteve no jogo do Brasil contra os Estados Unidos em Chicago, e a meu pedido fez algumas considerações a respeito do que considera ser básico na pratica do grande jogo, mesmo a nivel de seleções nacionais. Ei-las:


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La  importancia  de  los  fundamentos.

 

Asisti  al  ” United  Center ” con  mi  nieto

 de  13  años  de  edad,  y  la  pasamos   muy  bien.

 

Me  llamo  poderosamente  la  atencion   la   explosividad  en  los  movimientos ,  y  dominio  de  los  fundamentos  del  equipo  de  USA .

 

Sobre  los  fundamentos  , me  atrevere  a  mencionar   algunas  ideas  para  fortalecerlos  sin  importar  el  nivel  de  basquetbol  en  el  que  usted  entrene :

 

1  –  Los  fundamentos  no  son  parte  del  basquetbol….  son  el  basquetbol !!

 

Solamente  atraves  del  dominio  del  tiro, el  drible, la  vision  perisferica, los  deslizamientos  defensivos , equilibrio  etc.  se  puede  llegar  a  tener  un  buen  equipo  de  basquetbol.

2  –  Haga  que  todos  los  jugadores  entrenen / dominen   los  fundamentos  del  basquetbol.

Como  entrenador  debe  hacer  que  sus  jugadores  trabajen / entrenen  en  todos  los  fundamentos  ;  pues  si  un  jugador puede  hacer  solo  una  cosa  excelente…  es  apenas  un  jugador  de  basquetbol  incompleto.  Ese  joven  jugador  alto  un  tanto  descoordinado, haga  que  practique  el  drible  y  demas  fundamentos.

 

 

3  –   Que  los  ejercicios  tengan  aplicacion  en  un  partido.

 

Tan  pronto  el  jugador  pueda  ejecutar  un  movimiento, vaya  a  ejercicios  que  combinen  varias  destrezas  que  reproduzcan  realidades  del  partido.

 

4  –   Corrija  inmediatemente..  mantenga  la  calma, ofrezca  informacion  de  como  hacer  las  cosas !!! .

 

Jamas  permita la  ejecucion  equivocada  de  un  fundamento   y  utilize las  tecnicas  de  correccion  inmediatamente; para  ellos  es  sugerido .

 

No  pierda  el  tiempo enojandose  con  el  jugador !!!…  en  lugar  de  eso :

 

1  –  Felicite  al  jugador  por  lo  que  hizo  bien, por  el   esfuerzo ,

 

2  –  Digale  al  jugador  como

debe  de  ejecutar  el  movimiento, y

 

3  –  Despidalo  con  palabras  de  aliento.

5  –  Practica  continuada.

 

La  destrezas  motoras  se  aprenden  practica

ndo  y  no  escuchando  largos  discursos .  Sea  breve  en  sus  intervenciones  de  retroalimentacion…  no  trasforme  un  entreno  de  60  min.  en  uno  de 35  min.

 

6  –  Practiquelos  a  la  velocidad  del  partido.

 

La  rapidez, la  explosividad  en  la  ejecucion  de  los  ejercicios  debera  ser  parte  de  estos , y  usted  como  entrenador  deben  estar  atento  a  que  los  ejecuten  con  la  correcta  postura  corporal …  pieza  fundamental  en  la  explosividad  /  rapidez  de   los  movimientos.

Respetuosamente.

 

Gil  Guadron

Bastante sintomático, não?

Amém.

Foto – Divulgação LNB.

 

O DISCURSO COLETIVISTA…

Num jogo em que o Marcelo e o Guilherme entraram e saíram da quadra sem que ninguém no ginásio os notassem; que os armadores perdessem todos os duelos 1 x 1 com os americanos e atuassem pifiamente no apoio logístico ao jogo interno; que o Marcos em momento algum disputou uma bola sequer embaixo das cestas, ou tivesse chance de disparar suas bolinhas de fora; que por mais uma vez os grandes pivôs viessem jogar fora do perímetro, atuando isolados, e mesmo assim pontuassem com relevância, e que nossa defesa se situasse abaixo do mínimo permitido em um jogo de tal importância, é que podemos aquilatar o quanto de problemas enfrentará o hermano para tentar equacionar, principalmente quanto a uma rotação seriamente comprometida pela falha convocação, ao deixar para trás jogadores que, ao menos, poderiam somar para a equipe no plano físico, frente a fragilidade nesse aspecto por parte de alguns veteranos, nitidamente convocados pelos nomes e pressões midiáticas.

O tão decantado discurso de que o confronto se situaria entre o coletivismo brasileiro e a individualidade americana, ruiu exatamente pela coletividade americana, onde seus jogadores se complementavam através o enorme domínio que ostentam nos fundamentos do jogo, os individuais e coletivos, enquanto os nossos se perdiam em individualizações equivocadas e premidas pelo baixíssimo conhecimento daqueles mesmos fundamentos ostentados por seus oponentes, que se atuassem em pleno, como o farão certamente na Espanha, teriam levado o placar para muito mais do que os 20 pontos de diferença alcançados…

Enfim, creio que tenham ficado bem expostas as grandes dificuldades da seleção, a ausência de uma fluidez ofensiva que una e torne interdependente as ações fora e dentro do perímetro, através uma constante e dinâmica movimentação de todos os jogadores, e o sentido de cobertura defensiva, somente possível a esse nível, com a execução de flutuações lateralizadas à linha da bola, nunca longitudinais a cesta, propiciando as ajudas fundamentais ao sucesso de um sistema defensivo de qualidade, ainda mais com a presença de bons pivôs, ainda muito dispersos no jogo de rebotes, onde as mútuas ajudas os tornariam verdadeiramente eficientes.

No entanto, como imagens explicam mais do que palavras, acompanhem as aqui postadas para compreenderem o quanto de trabalho terá de ser dispendido em treinamento (e não rachões…) até o inicio da grande competição mundial. Assim torço e espero…

Amém.

 

Fotos – Reproduções da TV. Cloque nas mesmas para ampliá-las e acessarem as legendas.

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MUDAR É PRECISO, E RÁPIDO (ARTIGO 1200)…

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Gostaria imenso que nesse artigo 1200 pudesse discorrer sobre algo de muito positivo para o nosso basquetebol, mas acredito honestamente que, dificilmente, superaremos a má fase em que nos encontramos se, de uma forma até certo ponto radical, não nos unirmos em prol de seu soerguimento em bases firmes e pensadas, em oposição à mixórdia que ai está escancarada à frente de todos, infelizmente.

Em 2009 publiquei dois artigos muito pouco comentados, pelo simples fato de se reportarem a evidências mais do que reais, palpáveis, irretocáveis, mas que ao não serem contestados como deveriam ser, indicavam duas possibilidades, a de não serem considerados factíveis, ou produtos de uma teoria conspiratória, mas que ao longo do tempo se caracterizaram fielmente pelo que ocorre tragicamente hoje no âmago da modalidade, precisa e cirurgicamente falando.

Dou um espaço agora para que os leiam, pois em caso contrario a leitura deve ser encerrada por aqui mesmo, apesar de sua marca de 1200 artigos publicados ininterruptamente. Leia-os aqui e aqui.

Muito bem, o que poderemos então apreciar sobre os assuntos expostos, senão o fato a muito defendido nessa humilde trincheira, de que o maior problema existente em nosso mal tratado basquetebol, é o técnico, pois o administrativo foi, é, e será por um longo tempo crônico, enraizado e  ciclópicamente concretado através décadas de continuísmo político, de interesses escusos e convenientemente velados e protegidos.

A derrama de recursos públicos lá está anunciada pela promessa, hoje cumprida, de um profissionalismo caboclo, eivado de apadrinhamentos e ações entre amigos, e conhecidos também, desde que alinhados à politica da terra arrasada com os recursos públicos abundantes em vésperas de um insidioso e insensível 2016…

Técnico, pelo fato, também irrespondível, de que omitimos da cena brasileira os verdadeiros professores e técnicos, imolados por uma geração que se apossou do grande jogo, exatamente  na esteira dos conchavos e escambos propiciados pela nova realidade “profissional” daqueles que, antes destes, se apossaram do poder federativo e confederativo, tornando-os executores do que aí está criminosamente estabelecido, e quase impossível de ser arraigado…

Mais técnico ainda, pela simplicidade de uma, não, da maior de todas as evidências, a derrocada na formação de professores e técnicos desportivos no país, a partir do momento em que a grande maioria das escolas de educação física se transferiram dos centros de formação de professores, para os de formação da área da saúde, culminando na drástica diminuição curricular específica ao magistério e a técnicas desportivas, substituídas em massa pelas de foco médico, culminando com a triste realidade de estarmos hoje formando, não professores e técnicos plenos de conhecimentos didático pedagógicos, e sim paramédicos de terceira categoria, utilizados pela indústria do corpo a preço vil, aquela que movimenta cerca de 25 bilhões anualmente, e para a qual, atividades educacionais e desportivas na escola jamais serão bem vindas, pois retirariam de seus lucros toda uma formidável parcela de jovens utentes, frequentadores de suas holdings espalhadas pelo país e em fenomenal e imparável desenvolvimento…

Mais técnica ainda, quando vemos uma boa ideia como a ENTB ser parte integrante da mesmice endêmica e cruel do que está estabelecido em nossa realidade basquetebolistica, onde os vícios corporativistas e as padronizações e formatações dão as cartas, sedimentando uma visão unilateral do que deveria ser democraticamente universal, sobre técnicas, táticas, e acima de tudo, formação de base.

Fala-se agora em associação de técnicos, objetivo que defendemos e pelo qual lutamos a mais de 40 anos, desde 1991, quando em São Paulo durante o Mundial Feminino, sugerimos e participamos na criação da primeira associação de técnicos, a ANATEBA, segunda no mundo, atrás da americana que já existia desde 1925, mas à frente das hoje vitoriosas associações espanhola e argentina, e depois em 1995 a BRASTEBA, ambas afogadas pelo poderio político e econômico da CBB, pois foram fundadas com a premissa da participação de todos aqueles professores e técnicos interessados em suas existências, em debates e encontros públicos, e não como hoje se apresenta, como iniciativa de um fechado grupo ligado a LNB, ou seja, fazendo parte do corporativismo que não abre mão do território e mercado de trabalho conquistado, nem sempre de forma meritória, onde o contraditório é omitido e convenientemente expurgado…

Mas como nem tudo é desilusão e tristeza, um pequeno vídeo do jornalista Alexandre Garcia no programa Bom Dia Brasil coloca o professor ante a maior de todas as evidências, esta sim, irretocável e estratégica para o país, onde o fator educacional acadêmico, artístico e desportivo, teria de ser o grande fundamento da nação, basicamente quando aspira um lugar de destaque internacional através sua maior riqueza, seu povo, seus velhos e principalmente, seus jovens, tão esquecidos e mal tratados.

Amém.

Vídeo – Programa Bom Dia Brasil da Rede Globo.

 

QUE O ÚLTIMO APAGUE A LUZ…

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O pivô que entra livre de frente para a cesta, um espaço enorme à sua frente para tentar algo mais seguro e eficiente, faltando ainda 6seg, nem pisca e manda o seu recado de fora, e erra…

 

Esse é o espírito coletivista de uma seleção que enfrentará os americanos em casa no próximo dia 16, com uma semana de treinos a realizar, para que se encontrem, se ajudem, se agrupem, e acima de tudo, que tentem jogar como uma verdadeira equipe, mesmo a segundos de um jogo ganho, mas em equipe, sempre…

 

Conseguirão? Torço para que sim, senão…

 

Amém.

Foto – Reprodução da TV. Clique na mesma para ampliá-la.

 

 

 

FALANDO DE FLUIDEZ…

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Não me parece ser tão difícil, ou complexo assim, analisar o jogo em Buenos Aires, se nos pautarmos por um argumento, ou melhor, uma evidência que salta aos olhos de quem entende, ou procura entender, minúcias técnico táticas do grande jogo, a começar pelo aspecto consistência de equipe…

 

Que honestamente falando, pouco existe, e que varia brutalmente conforme são escalados alguns jogadores, que ora ou não se entendem, mesmo sob a égide de um sistema de jogo, que creio fortemente treinado, porém, fraca e convincentemente entendido e aceito…

 

São armadores que fogem sistematicamente do foco das ações ofensivas, se perdendo em passes lateralizados ou se escondendo atrás da defesa oponente, assim como pivôs indo ao perímetro externo armar jogadas, numa inversão de valores preocupante, pelo primário fator de que a existência de um sistema organizado peca pelo básico, a inconsistência, gerando por conseguinte, uma ausência de fluidez que precede o imobilismo tático…

 

Escolhi cinco, das muitas fotos que captei da transmissão televisiva, que demonstra tal imobilismo, preocupante às vésperas da grande competição, e que não poderá ser sanado somente pela disputa sequencial de amistosos, nem sempre favoráveis, e sim pelo forte e dinâmico treinamento em busca da fluidez desejada.

 

Poderia também discorrer sobre os platinos, sua forma harmônica de atacar e defender em massa no garrafão, assim como sua constância e firmeza no jogo externo, principalmente na precisão de seus arremessadores, mas creio ser o mais importante nos reportarmos aos nossos óbices, pois será na correção dos mesmos que poderemos alcançar o patamar de lídimo concorrente a um bom posicionamento em um torneio mundial, mesmo que se autoconvidando a um preço elevado, fora os seguros nebebianos…

 

No entanto, ao considerarmos que agora temos na equipe os jogadores longamente reclamados pelos aficionados do grande jogo, principalmente seus grandes pivôs, mesmo não relacionando outros bons jogadores esquecidos na convocação, e mantendo outros que já não ostentam condições técnicas para lá se encontrarem, podemos avaliar o quanto de trabalho ainda deverá ser estabelecido e praticado, a fim de que a equipe, num todo, consiga chegar na Espanha com uma razoável margem de coletivismo, necessário e vital para os enfrentamentos que se deparará em escala crescente e sem volta, se desejar estabelecer uma continuidade até onde puder, ou tiver competência para ir…

 

E se fluidez tática é o nosso objetivo primal, reporto-me a uma entrevista que o jornalista Fabio Balassiano do Bala na Cesta fez comigo em 3/3/2010, por conta de minha ida para a direção da equipe do Saldanha da Gama no NBB2, onde justifico o sistema de jogo utilizado, com dupla armação e três pivôs móveis, respondendo, inclusive, a uma questão colocada sobre os atuais pivôs que defendem a seleção para esse mundial, deixando no ar uma idéia, agora bem real, do que poderia  ser adaptado, ou utilizado pela mesma, em se tratando de fluidez sistêmica, que sugiro ser vista e analisada através o video que apresentei na época, de um dos jogos daquela equipe, e o quanto poderia inspirar a seleção sobre o fator que tanto vem sendo discutido, o da fluidez ofensiva, conseguida através um sistema proprietário e até agora único, já que coercitivamente esquecido…

 

Nele, podemos aquilatar como o comportamento entrosado e de mútua ajuda de armadores, pode influenciar decisivamente no municiamento de pivôs em constante movimentação, ora abrindo, ora se infiltrando no âmago defensivo de seu adversário, complementando arremessos seguros, pois de curta distância, e uns poucos de longa, e sem limitar as ações vindas do perímetro externo (nesse jogo, contra Joinville, o armador Muñoz fez 28 pontos, sem deixar em nenhum momento de exercer sua função armadora…), e onde a característica de unidade se materializa na fluidez de um sistema bem treinado, assimilado, discutido e aceito por todos, indistintamente (e só foram 49 dias…), através jogadores de pouca projeção midiática, deixando no ar a seguinte pergunta – Como seria com os nominados e talentosos jogadores que aí estão vestindo nossa outrora gloriosa camisa, como?…

 

Colocada a questão, que tal responderem ao desafio que fiz no artigo 1000 desse humilde blog?…

 

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e terem acesso às legendas.

 

 

 

O COLETIVISMO CAPENGA…

Chego ao Maracanãzinho depois de 12 anos de ausência, cruzo na entrada com o Bial que me cumprimenta e menciona o mar de gente que nos lembrava os tempos antigos, lá mesmo, no atual “Templo do volei”, que um dia foi o do basquete…

Ficou bonito e confortável, ficando eu e meu filho prontos para o espetáculo prometido…

Que não aconteceu, e o pior, por pouco não terminava em derrota para uma desfalcada e muito nova equipe argentina, que se perdeu ironicamente pela ação intempestiva de seu mais veterano e graduado jogador, o Nocioni, que a poucos minutos do término do quarto final, propiciou seis lances livres seguidos do Leandro (converteu 5) motivados por duas técnicas suas, além da falta pessoal. Estabelecida a diferença crucial, bastou a equipe nacional administrar o ritmo para vencer o confronto, que…

Meus deuses, ainda vai custar muito para ocorrer um arremedo de coletivismo, principalmente por parte da turma que atua no perímetro externo, totalmente comprometida pelo individualismo (e sem a fundamentação exigida pelo mesmo), e equivocada na leitura e escolha dos arremessos mais precisos, quase sempre optando pelas bolinhas, que não caíram como desejavam (foram 3/18)…

Dentro do perímetro, perdemos a enorme e rara chance de fazer deslanchar efetiva e decisivamente os bons pivôs que temos, e inclusive preparar aqueles mais novos (como fizeram os hermanos) num confronto bastante intenso e duro, mesmo com a ausência do Scola, por dois e contundentes motivos. Um, pelo individualismo exacerbado do Larry, Leandro e Raul, tendo somente o Huertas como foco das poucas assistências dadas aos pivôs, vide as inúmeras vezes em que os mesmos ocupavam a armação bem fora de suas posições no interior do perímetro, para eles mesmos “armarem” situações de ataque. Por outro lado, a trinca de alas, Marcelo, Marcos e Alex, se esbaldou na chutação de fora, quando poderia, ao penetrar mais fundo, propiciar arremessos mais precisos e assistir os pivôs com mais frequência.

Mas para tanto, obrigatoriamente deveria haver uma movimentação de todos, assíncrona ou sincronicamente agindo, obrigando o permanente deslocamento dos defensores argentinos, o que propiciaria espaços mesmo na zona pretensamente congestionada do garrafão, e não alguns se situarem estaticamente como assistentes privilegiados ou corners players, muito em moda hoje em dia, para aqueles que se consideram especialistas nos longos arremessos, e que na realidade não o são, além de não dominarem o drible e as fintas em progressão, o que talvez explique suas opções em sempre se situarem bem lá fora. O pior, é termos jogadores que assim agem com mais de 2 metros, que poderiam ser valiosos nos rebotes ofensivos, além, é claro, de converterem preciosos 2 pontos de cada vez se assim os tentassem, pois de 2 em 2 poderiam esticar o placar, e não se perderem em 15 tentativas de suados ataques aventurando-se nas famigeradas bolinhas…

Somemos a tudo isso, as inúmeras perdas de curtos arremessos por parte, principalmente do Spliter, pelo fato de finalizar suas tentativas com erros de direcionamento motivados por sua falha empunhadura, fator que o diferencia de seu companheiro no Spurs, o Duncan, perfeitamente alinhado no domínio do eixo diametral da bola no momento final que a lança a cesta. O pior, é não vermos dentre os 14 membros do batalhão altamente especializado nas minúcias do grande jogo que envolve a seleção, um sequer que corrija tal deficiência, que aliás é de razoavelmente fácil solução…

E poderíamos ir muito mais além nessa análise, mas prefiro que aqueles poucos que prestigiam esse humilde blog, percorram com aguçado interesse as imagens que virão a seguir, as quais mostram muito do que ainda precisamos conquistar para regressarmos a elite do basquete internacional, começando com um melhor critério nas convocações, pois alguns que lá estão irão comprometer seriamente o desenvolvimento da equipe, exatamente pelo seu comprometimento com a mesmice endêmica que nos tem assaltado desde sempre, sustentada muito mais pelos seus nomes, do que pelo real dominio técnico, a começar pelos fundamentos do grande jogo…

Torço enormemente para estar enganado, mas desconfio que não…

Amém.

 

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