O ARY QUE RECORDAREI…

Foi em Brasília, durante o Sul Americano de clubes que tive uma das últimas oportunidades de estar com o Ary, da forma como sempre convivemos nos últimos 50 anos (fizemos este ano cinqüenta anos de formados em Educação Física pela EEFD/UFRJ), em torno de uma farta mesa após jogos e até treinos. O Ary, além do excelente técnico que foi, era um festeiro de mão cheia, sempre pronto a uma conversa sobre o grande jogo sob qualquer pretexto, fizesse sol ou chuva.

Mas além do amor ao basquete, algo nos aproximava sobremaneira, o impulso de descobrirmos novos talentos e encaminhá-los às quadras, preparando-os desde muito cedo. Foi uma época de grande brilho aqui no Rio e no restante do país, onde a formação de base era uma realidade de fato, onde conviviam grandes técnicos formadores, onde vicejavam sistemas e valores dos mais variados matizes, onde a criatividade era a palavra de ordem.

O Ary foi mais longe na busca do basquete de elite, das seleções, das grandes conquistas, mas nunca perdemos o contato e o gosto pela discussão sadia e inteligente, recheadas de “causos” e de reminiscências imorredouras, hoje praticamente varridas para baixo do tapete da história. Um pedaço importante dela se foi com ele, mas os verdadeiros amigos não deixarão que a esqueçam, o que seria, ai sim, uma perda irreparável.

Nas fotos acima, junto ao Alcir Magalhães, o Heleno Lima, o Bruno Lima, o Pedro Rodrigues e a mim, muitas passagens sérias, pitorescas e até brincalhonas, eram desfiadas e sempre relembradas, como um preito às tradições e princípios que sempre nortearam o grande jogo junto àqueles que o amavam de verdade, integralmente, dando a ele mais do que recebíamos, quando recebíamos, mas nunca o renegando, o traindo por outros interesses que não a perene busca de sua grandeza. E foi o que fizemos, o que ele fez, legando um tesouro de inestimável, inesgotável valor.

Logo mais irei me despedir do amigo, e das profundezas do mais absoluto silencio nos comunicaremos através as imorredouras lembranças de um tempo glorioso e gostoso em que vivemos, pela amizade, o respeito, e acima de tudo, pela imensa saudade. Até mais amigo Ary, até.

Amém.

Fotos – Clique nas mesmas para ampliá-las.

UM HUMILDE PRESENTE NATALINO…

  • ·  Rodolpho 22.12.2012

Por que uma equipe tricampeã, que vive convergindo, mudaria o estilo?

Comentando o artigo CORNO ABAJO, CORNO ARRIBA, publicado no dia 12 deste mês, o leitor Rodolpho fez a instigante pergunta acima, que sem dúvida alguma poderá suscitar intensos debates, claro, se colocados frente à realidade do nosso basquete em sua crueza e a nula pretensão a vôos maiores, que não os de  consumo interno, e nada mais.

Vencer por três vezes consecutivas a liga maior, com praticamente a mesma constituição de equipe, convergindo sistematicamente, e praticando um sistema de jogo padrão a todas as equipes, gera uma perplexidade impar, pelo fato inconteste de que nesses três NBB’s nenhum adversário tenha se insurgido contra tal domínio, aceitando as conquistas como algo inexorável e definitivo…

Mas será que foi sempre assim? Afinal a grande equipe sofreu derrotas pontuais, algumas até surpreendentes, e disputou playoffs equilibrados apesar das usuais e corriqueiras convergências, mas sempre se impôs quando sua predominância sofreu contestações, e convergindo desde sempre.

Então, como tirar a incisiva razão contida na pergunta do Rodolpho, como?

Também não se pode negar uma evidência contundente, a de que dentro do cenário do basquete brasileiro, onde todos os seus personagens cultuam um único estilo, ou sistema de jogo, nenhuma equipe o pratica com mais propriedade que a de Brasília, cientes de suas habilidades na forma de atuar e desenvolvê-lo, como algo enraizado e amalgamado em sua forma lapidar de atuar no mesmo, com os jogadores talhados e encaixados em suas posições de forma exemplar.

Jogando, convergindo, e vencendo, por que mudar de estilo?

Se depender da vontade deles, nunca, mas se forem forçados a enfrentar de forma massiva um basquete alternativo e eficiente, cujos caminhos e atalhos dentro da quadra não sejam de seu pleno conhecimento e domínio pela mesmice endêmica implantada na modalidade, ai sim, teriam de mudar e se adaptar a novos conceitos, senão deixariam de reinar absolutos e cardinalícios.

Mas como isso poderia acontecer, se nenhum passo dado na direção de profundas mudanças técnico táticas têm sido tentado e aplicado na consecução de tão necessário objetivo, como?

Bem, esse passo já foi dado, comprovado, valentemente provado na quadra, na bola, no confronto direto e vencedor, mas como toda ação revisionária e corajosa, foi rapidamente abafada como algo a ser evitado, esquecido e jogado para baixo do tapete da história, como extemporâneo, acidental, aventureiro e pontual, afinal de contas não se mexe em time que está ganhando…

Mas neste encontro com a história não ganhou, quis convergir e não conseguiu, pois foi contestado o jogo inteiro, quis impor sistemas de defesa e não conseguiu encaixar nenhum, quis determinar sua forma de jogar no ataque e esbarrou numa linha da bola poderosa e sufocante, enfim, perdeu e perdeu-se em nossa realidade técnico tática a única oportunidade de que algo de realmente novo e instigante pudesse evoluir a partir daquele grande encontro, daquele grande jogo.

Nele, como uma equipe com media de arremessos de três acima das 25 tentativas, convergindo com os de dois pontos em muitas oportunidades na faixa acima das 30 tentativas, somente conseguiu 3/15 nos três pontos, com seu adversário ficando nos 4/11 de três, e um placar de 75 x 76, praticamente 15 pontos abaixo de sua media usual?

Como? Enfrentando algo de realmente novo, instigante, e que se continuado contribuiria para uma mudança de estilo dos tricampeões (dois pontos já estão sendo mudados a partir daquela experiência, a dupla armação e o intenso jogo interior adotado por ainda poucas equipes da liga, mas que fatalmente evoluirá com o passar do tempo…), sugiro a todos que revejam um documento primordial e inspirador, no qual uma defesa contestatória e pressionada, e um ataque de intensa dinâmica interior, alimentado por uma mais intensa ainda dinâmica exterior, e que foi relegado por querer ousar demais, por querer penetrar o corporativismo daqueles que não admitem mudanças, sequer experimentais. Se por um acaso se interessarem por dupla armação, ai está o como realizá-la com pleno conhecimento do que venha a ser leitura de jogo, e se forem mais adiante em seu interesse, constatem o que venha a ser jogar com três pivôs móveis na acepção do termo. E por conta dessa realidade injusta e até cruel para com o grande jogo, a mesmice permanecerá, e com ela as convergências, para que afinal concordemos na manutenção do que ai está. Mudar o estilo, pra que?

Ah, o jogo está AQUI. Vejam como se poderia obrigar um adversário a pelo menos considerar uma mudança de estilo, oferecido como uma humilde lembrança para este natal, honesta e muito bem preparada, e não como um presente antecipado de um outro natal dado pela equipe líder ao último colocado no campeonato daquele NBB2, segundo declaração do jogador Rossi após sua derrota, na bola, no sistema, na convergência e na sua arrogante magoa.

Amém.

Vídeo – Jogo do Saldanha da Gama x Brasília pelo NBB2.

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.

FILHOS…

Ontem foi o Dia Mundial do Musico, e tenho um filho musico, cantor e compositor, que vive em Dublin, Irlanda, basqueteiro e que faz muita falta por aqui, por sua jovialidade, talento e leal amizade. Veiculo um pouco de sua arte, homenageando a significativa data. Um abração Jay Raw, saudades.

Veja também –Late Train

Amém.

 

DO AMIGO PEDRO…

PAULO MURILO,

O MUNDO DO BASQUETEBOL ATUAL APRESENTA UMA HISTÓRIA DE UM CONTEXTO MORAL, E SE ALÉM DESTE CONTEXTO MORAL, AINDA INCLUIRMOS UMA CONCLUSÃO, CORREMOS O RISCO DE SER REPETITIVOS OU ATÉ MESMO, – O QUE CONSIDERO MAIS GRAVE- DE INDUZIR O LEITOR A SOMENTE UM TIPO DE LIÇÃO, VISTO QUE AS PARÁBOLAS PODEM APRESENTAR CONTEXTOS DIFERENTES BASEADOS EM NOSSO ESPÍRITO, MEIO OU MOMENTO.

COM ESTA SUGESTÃO ACREDITO QUE SERÁ UMA CONTRIBUIÇÃO NA DIREÇÃO DE UMA VIDA COM MAIS REFLEXÃO,CONCILIANDO RAZÃO E SENTIMENTO.

PEDRO RODRIGUES

AS PARÁBOLAS E O NOSSO  MUNDO ATUAL DO BASQUETEBOL BRASILEIRO.

PARÁBOLAS,

São breves narrativas, às vezes dramáticas, às vezes cômicas, que possuem contexto moral explícito ou implícito e que além de apresentar um pouco da cultura de um povo, nos ajudam a decidir sobre questões morais do nosso dia a dia.

O MEDO CAUSAD0 PELA INTELIGÊNCIA E PORQUE O TALENTO ASSUSTA

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas.

O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal:

“Meu jovem, você cometeu um grande erro”.

Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável!

Devia ter começado um pouco mais na sombra.

Devia ter gaguejado um pouco.

Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos.

O TALENTO ASSUSTA.

Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava numa carreira difícil.

Isso, na Inglaterra.

Imaginem aqui, no Brasil!…

Não é demais lembrar a famosa trova de António Aleixo, poeta português:

“Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência”.

A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência.

Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder.

Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas, com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.

Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.

É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social.

Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.

Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas…

Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender.

É um paradoxo angustiante

Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: “Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra”.

O problema é que os inteligentes costumam brilhar!

Que Deus os proteja, então, dos medíocres!…

Amém Pedro, amém.

Foto – Pedro e Paulo. Clique na mesma para ampliá-la.

 

MEIO SÉCULO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS…

Em novembro próximo fará 50 anos que me licenciei em Educação Física na ENEFD/UB, hoje EEFD/UFRJ, numa turma que marcou, e ainda marca época por sua qualidade e criatividade, quebrando paradigmas e influenciando decisivamente no progresso da educação física, até o momento que foi decretada a proposital desaceleração da mesma, principalmente na escola.

Foram anos de enormes sacrifícios, luta desigual, mas plenos de entusiasmo e efetivas realizações por parte dos formandos, em todos os setores da educação, do desporto e da administração pública e também na esfera particular.

Com o Prof. Dr. Alfredo Gomes de Faria Jr. a introdução pioneira da didática específica de educação física, divulgada na publicação do premiado livro Introdução à Didática de Educação Física, que definiu os princípios pedagógicos da disciplina, adotado que foi em todos os cursos universitários do país, como o modelo a ser seguido, assim como a implantação do Laboratório de Tecnologia do Ensino da EEFD, da qual participei ativamente, focando as novas técnicas áudio visuais orientadas ao estudo e pesquisa das modalidades desportivas, e que mais adiante implantei na Faculdade de Educação da UFRJ, onde ingressei por concurso, sendo o primeiro professor de educação física a pertencer ao Departamento de Didática daquela prestigiosa instituição, assim como o Prof. Alfredo Gomes de Faria Jr. o fez na Faculdade de Educação da UFF.

Com o Prof. Luis dos Santos, que num espaço de dois anos se formou em medicina, educação física, técnica desportiva e medicina esportiva, e que foi um dos responsáveis pela implantação de métodos avançados de treinamento físico fundamentados na biomecânica e fisiologia do esforço, na UFRJ e UnB.

E o Prof. Ary Ventura Vidal, um dos expoentes do basquetebol nacional, assim como o Prof. Silvio Resende no campo do Xadrez, o Prof. Willian Kepler Santa Rosa, o Esquerdinha, no futebol, que também contou com o Prof. Moisés Abrahão, os professores José Rocha, Belmiro Alves, na administração escolar, e outros mais de igual importância no desenvolvimento da educação física como um todo.

Nessa última quarta feira nos reunimos no gabinete do Diretor da EEFD/UFRJ no Fundão, Prof. Leandro Nogueira, para efetuarmos as datas e os temas que constarão da pauta do Seminário de 50 anos da turma de 62, a ser realizado no auditório do Decanato do CFCH/UFRJ no campus da Praia Vermelha, local originário da EEFD onde nos formamos, e logo que as datas e a programação estiverem determinadas serão veiculadas aqui no blog, a fim de que os interessados possam comparecer.

Na foto, da esquerda para a direita, os professores, Luis dos Santos, Silvio Resende, Leandro Nogueira, Alfredo Gomes e Paulo Murilo.

Espero contar com todos no Seminário, onde abordarei a temática de basquetebol nesses 50 anos de intensa atividade. Até lá então.

Amém.

300 MIL…

Blog Stats Summary Tables

Total views: 300,024

Busiest day: 726 — Thursday, July 12, 2012

Views today: 132

Na data de ontem ultrapassamos os 300 mil acessos ao blog desde que implantamos o seu rastreamento a partir de 2009. Como o blog data de 2004, esse número deveria ser bem maior, mas a real importância dessa marca é a constatação de que o grande jogo ainda viceja na memória dos verdadeiros basqueteiros desse continental país, já que o Basquete Brasil tem leitores constantes em todos os estados brasileiros, e em aproximadamente 35 países, Estamos orgulhosos desse resultado, que nos faz encorajados a continuar batalhando pelo soerguimento ordenado e organizado do grande jogo desde essa humilde trincheira.

Em busca dos 400 mil…

Amém.

DISCUTINDO O GRANDE JOGO…

Mesmo morando longe (sempre digo que não moro, me escondo…), recebo a visita de dois velhos amigos, o Alcir Magalhães, que treinou comigo no Vila Izabel dos anos sessenta, hoje morador de Brasilia, e que edita o importante Clipping do Basquete, e o Carlos Fontenelle, filho do inesquecível amigo Jack Fontenelle, meu diretor de basquete no Fluminense, e irmão do Cesar, que dirigi nos anos oitenta, lá mesmo, nas Laranjeiras, e que ao lado de seus intensos afazeres empresariais, ainda encontra tempo para lutar e discutir basquete. Todos egressos daqueles tempos gloriosos e inesquecíveis do grande jogo.

Foi um encontro evocativo, provocativo, intenso e acima de tudo balizador, amparado por nossas vivências, convivências e imorredouras memórias de um grande tempo, numa grande ode ao desporto de nossas vidas.

Conversamos, discutimos, divergimos e concordamos por sobre uma realidade um tanto coloidal que paira sobre a modalidade, mas que teima em se manter atuante e viva, o suficiente para como Fênix, se soerguer das cinzas e buscar alçar novos e extensos vôos.

Foi muita lembrança junta, dos que ai ainda estão e dos que se foram, mas jamais esquecidos. Adorei o encontro, e torço para que outros se tornem realidade, mesmo me escondendo, não da vida ou das pessoas, mas sim de uma insidiosa e escorregadia realidade, aquela que combatemos desde sempre junto àqueles que realmente amam e lutam pelo grande jogo.

Obrigado aos dois pela intensa alegria que me proporcionaram.

Amém.

Foto – Carlos, Paulo e Alcir. Clique na mesma para ampliá-la.

OCTAGON, UM PROGRAMA PARA TODA A FAMILIA 4 …

‘Spider’ perde a paciência, xinga Sonnen e garante: ‘Ele vai apanhar como nunca’

Rio –  A paciência de Anderson Silva parece ter acabado. Depois de ouvir muitas provocações do rival Chael Sonnen, o campeão dos médios perdeu a compostura e criticou fortemente o americano. Os dois disputam o cinturão no UFC 148, no dia 7 de julho.

Demonstrando estar cansado das provocações, ‘Spider’ decretou: “A falação acabou, a brincadeira acabou. Esse cara nunca mais falar m… de um lutador“.
O brasileiro continuou e xingou o rival de “marginal” e “imbecil”.

“Esse cara é um marginal, é uma escória do esporte. Esse cara não merece estar no UFC. É um cara que teve problema com doping, com a Justiça. Esse cara é um imbecil, e no dia 7 eu vou acabar com ele”, gritou durante conferência por telefone.

Sonnen escutava os insultos e surpreendentemente não reagiu. Sobre a luta do próximo dia 7, ‘Spider’ prometeu a vitória e garantiu que “vai quebrar o Sonnen por inteiro”.

“Eu vou bater nele de novo. Não tem muito o que ficar falando. Acabou a brincadeira. Ele vai apanhar como nunca apanhou. Tudo o que ele não apanhou da mamãe e do papai, ele vai apanhar de mim para aprender a respeitar o país dos outros. Por baixo, por cima, de lado, de pé, ele vai apanhar de novo. Ele vai engolir todos os dentes da boca dele. Muita gente vai ficar assustada com o que vai acontecer. Estou dedicado, preparado e designado a fazer algo que ninguém nunca fez no UFC: quebrar o Sonnen inteiro. Ele vai ficar com os braços quebrados, as pernas quebradas. Não vai conseguir sair sozinho do octógono”, atacou. (O DIA, em 25/6/2012).

Com um portfólio desse nível, todos ligados na TV, pois melhor programa para a família, impossível, ainda mais quando o nosso ícone campeão sugere a inclusão da disciplina MMA nas escolas, e como aula prática de como quebrar um adversário por inteiro, testemunharemos o enorme alcance deste exemplo na educação de nossos jovens, num espetáculo edificante e exemplar.

No fundo, no fundo, creio que merecemos tudo isso

Amém.

Foto – EFE. Clique na mesma para ampliá-la.

A DURA E CRUEL REALIDADE…

Creio com convicção que muito do que se diz e se fala da educação em nosso país aí está retratada no mais definitivo argumento dessa realidade, a falência e conseqüente dilapidação de uma profissão sustentáculo das grandes nações deste desigual e injusto planeta, que encontra em nosso país o mais baixo índice salarial na escala de todas as carreiras básicas.

Nos últimos três anos que antecederam minha aposentadoria na Faculdade de Educação da UFRJ, lecionei Didática, Prática de Ensino e Tecnologia Educacional para alunos da Educação Física e da Pedagogia, sendo que para este segmento a maioria dos alunos era composta daqueles que não conseguiram acesso em cursos de Engenharia, Medicina, Odontologia, Economia e demais bem situados no plano da alta rentabilidade, optando pela Pedagogia como última oportunidade de alcançarem uma graduação universitária. Por conta disso a produtividade acadêmica destes alunos era de baixa qualidade, face ao desinteresse e à baixa estima que os assaltavam durante o curso. Era extremamente difícil mantê-los interessados e motivados a continuar os estudos, frente à alta incidência de reprovações e desistências.

Hoje acredito que aquele triste quadro tenha se avolumado, e que, face ao desestímulo de ordem salarial tenda a se agravar de forma definitiva tal realidade.

Hoje, quando nos deparamos com o acintoso despreparo de nossos técnicos desportivos advindos da universidade, e agravado por aqueles que a ela não pertenceram, e ao olharmos detidamente os gráficos que ilustram a reportagem, podemos de pronto avaliar o porquê da baixa qualidade do ensino no país, o mesmo país que ousa promover suntuosos e vultosos empreendimentos desportivos, sem ao menos ter e promover uma política nacional voltada a Educação, e conseqüente valorização das suas reservas intelectuais, seus professores.

Mantê-los na mais baixa escala salarial do país, confirma uma perversa política direcionada à manutenção de seu povo também abaixo de uma escala, na qual sua manipulação sócio política atende os mais altos interesses de uma classe política alinhada com outros interesses hegemônicos que nos esmagam e espoliam.

Em minhas turmas de Educação Física e da Pedagogia lembrava  que éramos o único país ocidental onde nem a esquerda e nem a direita desejavam o país educado. A direita, garantindo o poder pela ignorância do povo, a esquerda querendo-o mais ignorante ainda para usá-lo como massa de manobra para assumir o poder. E é exatamente o que vem ocorrendo com a ascensão da esquerda em nosso país, que após sua vitória adotou o lema direitista para se manter no poder. Um povo educado não se submeteria a uma escala de valores enumerada nessa reportagem, pois sequer elegeria esse tipo de governantes que se estabeleceram de forma tão rasteira. Duas gerações bem educadas e preparadas nos dariam uma outra dimensão de nacionalidade auto sustentável, e não escrava de bolsas disto e daquilo, pois não se deveria dar peixes a ninguém, e sim ensiná-los a pescar.

No microcosmo do desporto, situações que estamos vivendo em nosso basquetebol são o reflexo direto de tão dramática situação em que se encontra a educação no país, o preparo de nossos professores e o progressivo desinteresse dos alunos, fruto da vergonhosa e deprimente classificação postada na reportagem.

Fico muito triste com tudo isso, pois num dia do passado me senti um predestinado pela opção conscientemente tomada, a de ser um professor, um professor do meu país.

Amém.

Reproduções – Clique duas vezes nas mesmas para ampliá-las.

A ARTE DE INFORMAR…

Começou a decisão tão aguardada entre Kentucky, jogando de branco, e Kansas de azul. Mas antes, quero agradecer ao Mario de Pelotas a sua constante audiência, um abraço pra você.

E também envio meus parabéns à Lucia de Carangola, bela cidade, que se formou em zootecnia, com louvor. Parabéns.

Contamos agora com a audiência do blogueiro Paraná, sempre atento às noticias do basquete sulista. Estamos juntos nessa irmão…

E como esquecer a sobremesa com fios de ovos da Soninha em Patos de Minas. Inesquecível. Guarde um pouco mais pra mim, pois já estou com água na boca…

Envio um abraço ao Seu Laudelino, pela permanente fé em nossas seleções, garantindo que agora vai…

Precisa a equipe de Kansas de um chute de três pra voltar para o jogo…

Mas pera lá, como não lembrar da acolhida e da baita feijoada na casa dos amigos Geny e Alexandre na noite de ontem. Foi ótima pessoal.

Um abraço afetuoso ao nosso permanente ouvinte e telespectador, o Rochinha, roxo ( Ih, desculpem o trocadilho,eheheh…) pelo Curintia, Somos dois os roxinhos…

Insisto que uma bola de três salva o Kansas…

Agora é pra valer, prezado Dagoberto, ai de Guaratinguetá, seu palpite em Kansas parece que vai fazer água, pois a vaca azul tá pendurada pelos chifres…

Isso, chifre, a jogada que falta ao Kansas para endurecer o jogo…

Pessoal, como não lembrar o convite da turma do Arco Iris para uma chopada depois do jogo aqui na vizinha Campinas. Estaremos todos lá…

Kansas reage, mas sem um bola de três não vai dar…

Lembra cara, do Maguito que jogou com a gente muitos e muitos anos atrás em Jacareí? Então? Faleceu. Era um baita jogador e grande sujeito. Pena…

Mudando um pouco de assunto, que tal esse povo todo na festeira New Orleans, Legal…

Um beijão pra Maroquinha, amiga inesquecível na minha adolescência. Grande Maroquinha…

Torno a insistir, sem uma bola de três Kansas não emplaca..

E não emplacou, Kentucky venceu com méritos, mais sem antes constatar o absurdo dos absurdos, somente 6/14 de três para Kentucky, e 5/11 para Kansas!

E mais absurdo ainda, 23/56 de dois para Kentucky e 22/62 para Kansas, ambas não priorizando a essência do jogo, as bolinhas de três. Inacreditável…

Mas não podemos encerrar sem agradecer a recepção calorosa que tivemos em Paragominas quando o pneu do nosso carro furou e…

É pessoal, temos de nos parabenizar por essa bela e formidável transmissão. Foi um incontido prazer participar da mesma…

Pano rápido…

Benza Deus.

 

Nota – Saibam, TV nova e incrementada a tal ponto que não soube acionar o SAP, daí ter testemunhado essa formidável e esclarecedora transmissão. Melhor, impossível.

 

Foto – Divulgação NCAA. Clique na mesma para ampliá-la.