ESSE É O BASQUETE BRASILEIRO MINHA GENTE!!…

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“Fantástico, espetacular, esse é o basquete brasileiro minha gente!!!” bradava o narrador a poucas horas atrás, num jogo entre Mogi e Vitória, onde seis jogadores americanos, três de cada lado, botavam a bola embaixo do braço, desligados dos estrategistas e suas pranchetas indecifráveis, vazias e ridículas, numa orgia desenfreada de bolas de três e algumas penetrações eficientes, garantidas pelos bons fundamentos que possuem, assessorados de longe pelos quatro brasileiros que lá estavam compondo os quintetos, como mandam as regras, auferindo muito pouco da insânia peladeira estabelecida pelos gringos, esfregando na cara de muitos uma verdade irrefutável, a de que pouco importa falar inglês, macarrônico ou não com eles, pois quando resolvem se apossar do jogo, o fazem na maior, sem meias medidas, vão lá, decidem o que e como fazer, e estamos conversados, para gáudio do estrategista vencedor posando de tático magistral, e o muxoxo do outro, carpindo ter perdido um deles para as cinco faltas, no momento crucial que estabeleceram para fechar o duelo na frente do marcador…

Foi um 3 x 3 no melhor estilo da nova modalidade de basquetebol, que até a FIBA reconhece e patrocina, e que aos poucos vai se chegando a outras equipes do NBB, preenchendo o ideário lapidar da turma estrategista em sua maioria, cujo sonho acalentado é se reconhecer “capaz e preparada” para o salto maior, a de liderar americanos, submetendo-os aos seus fantásticos conhecimentos técnicos e táticos, falando ou não seu idioma (quem sabe com um intérprete ao lado…), porém esquecendo um simplório detalhe, o de que eles não ligam a mínima, no máximo disfarçando interesse e atenção, claro, não arriscando seu dolarizado salário…

Basta ver e ouvir as instruções, e com enorme esforço tentar decifrar os garranchos tabulares, para de pronto, observando feições, caras e bocas dos caras, para definir com grande precisão os comportamentos que se sucederão dali para diante na quadra de jogo, ações e atitudes diametralmente opostas ao que viram e ouviram, se é que entenderam alguma coisa, para partirem para o que sabem e adoram fazer, jogar o jogo da maneira deles, descompromissados com sistemas que não lhe dizem respeito, pois tolhem sua criatividade e ousadia, algumas vezes até irresponsáveis, em ações e atitudes equivocadas, vencendo ou perdendo partidas, ao seu jeito, e não em função de pretensiosas pranchetadas de ocasião…

Confrontando toda essa brincadeira com coisa séria, alguns bons jogadores nacionais ainda tentam atuar da melhor forma que compreendem e sabem do grande jogo, mal treinados e pouco ou nada ensinados nos pormenorizados meandros dos fundamentos, porém corajosos e sequiosos de aprendizagem para valer, e não tomando carona nas mesmas pranchetas esnobadas pelos irmãos do norte, que nem mesmo seu idioma natal é capaz de traduzir o que são obrigados a testemunhar, ali, dois passos à frente das mesmas, mas a quilômetros de distância de sua mais razoável compreensão…

A continuar toda essa encenação de saltimbancos de arrabalde, muito em breve teremos narradores e comentaristas aos berros, enfeitiçados pela emoção gritarem – “This is the true basketball NBA in our country, fantástico, espetacular minha gente, great!!!”

Será que é o que queremos e merecemos, será? Já temos as fraquinhas e descoordenadas dançarinas, mascotes que nada agregam, cantores que desafinam, narradores ufanistas e comentaristas pouco ligados ao jogo, mais preocupados com o aspecto comercial e festivo junto a telespectadores mais festivos ainda, americanos que fazem o que bem entendem, juízes e estrategistas microfonados, mas não temos o mais importante, o jogo nas escolas e clubes do país, bons e bem formados professores e técnicos ensinando correta e seriamente nossos jovens, dirigentes que queiram realmente administrar com competência a modalidade,  e o mais importante, a vontade e disposição política de agregar o pouco que ainda dispomos, e não dividir por força de animosidades e divergências pessoais ou não, iniciativas razoavelmente implementadas neste inóspito deserto de idéias que tem se mantido no âmago do nosso infeliz basquetebol por mais de trinta anos. Unir forças, discutir planos e projetos, convergir e divergir democrática e civilizadamente o que de bom subsiste entre nós, creio ser o caminho menos pedregoso que, afinal, teremos de trilhar para o soerguimento do grande jogo.

Em tempo, um fator técnico que não pode ser esquecido, mais um, o de que “nunca na história (ainda bem que do basquetebol…) desse país”, convergimos tanto nos arremessos de 2 e 3 pontos e em erros de fundamentos, como nos jogos desse playoff, provando mais uma vez que, infelizmente, o fundo do poço ainda está bem distante para ser atingido, e sempre na companhia das infames pranchetas em seu eterno e inamovível plantão. Haja paciência, deuses meus…

Amém.

Foto – Divulgação LNB. Clique duplamente na mesma para ampliá-la.

 

O IMPASSE TÉCNICO, TEM SOLUÇÃO?…

Tenho publicado insistentemente artigos sobre a extrema pobreza técnico tática que impera altaneira e irremovível em todas as equipes da elite nacional, espelhando e modelando as divisões de base, e desaguando nas seleções nacionais que nos têm representado por três décadas sem nenhuma perspectiva racional que projete qualquer alteração, por menor que seja, num cenário de mesmice endêmica, onde as minguadas tentativas de mudança, pouco ou nada puderam fazer para conter essa avalanche de mediocridade e absoluta tendência a uma autofagia terminal que aí está, escancarada e cruel para com o grande jogo, onde nem as coberturas midiáticas festivas conseguem mascarar espetáculos com média de 27 erros de fundamentos, e onde 2/3  dos jogos se enquadram numa alucinante convergência entre os arremessos de 2 e 3 pontos, com estes se impondo gradativa e irresponsavelmente cada vez mais, desnudando a mais absoluta aversão defensiva no perímetro externo, num confesso desconhecimento técnico de princípios defensivos individuais e coletivos, por parte de téc…digo, estrategistas, e jogadores que não são ensinados e preparados na primária e básica ação do jogo centenário, defender sua cesta, para depois atacar, e não aplicarem diligente e sistematicamente a cultura da “falta tática”, aval de sua incompetência defensiva…

Sim, a grande maioria desconhece os mais rudimentares princípios defensivos, e isso fica bem claro durante as apresentações festivas, coloridas e absurdas nos rabiscos desconexos apostos em pranchetas midiáticas, nas quais somente garranchos ilustrando ofensivas são designados, num delírio de via única, onde fatores e ações defensivas dos adversários são solenemente descartadas, como se na quadra existisse somente cinco atacantes, que deverão se deslocar para frente, para trás, para os lados, em curva, em retas, em ziguezagues, bloqueando, cortando, mudando de direção, sem que nada e ninguém os impeçam, senhores absolutos que emergem de uma mente embevecida pelo vasto cabedal de conhecimentos que imagina possuir, ali demonstrados e elaborados por estrategistas que sequer opõem um pontinho, um x, um zerinho que seja, ilustrando defensores, que na opinião de todos eles, seriam impotentes para  conter tanta genialidade tática ali desenhada, sabedores de antemão que nada daquela encenação dará certo, pois ações de jogo são irrepetíveis, fugidias, pelo motivo mais primário inerente aos jogos coletivos de contato, a de que movimentos agônicos e antagônicos se contrapõem inversamente, fluindo em direções somente reveladas no momento da ação, daí sua imprevisibilidade, conotando a beleza das ações advindas, tanto das iniciativas ofensivas, como também das defensivas, se antecipativas ao ataque efetuado. Logo, e por definição, ações ofensivas somente serão estabelecidas com razoável precisão se, ao contrário de serem planejadas para utopicamente darem certo, como sonham os estrategistas, devessem ser desenvolvidas para desencadear no adversário comportamentos defensivos que, quanto mais previsíveis forem, maiores serão os benefícios advindos da escolha ofensiva, e isso em hipótese nenhuma emanará de uma prancheta ensandecida, e sim do treino, duro, extensivo, detalhado, esmiuçado e acima de tudo, discutido, aceito e compreendido, tanto por quem ensina,orienta e dirige, como pelos que aprendem, treinam e executam o que consideram ser o correto a realizar, com precisão, dedicação, e total entrega…

No entanto, conceituou-se que a prancheta define a estratégia do jogo, claramente aplicada em jogadas inventadas nos momentos críticos, e não “exaustivamente” treinadas, como afiançam comentaristas, onde o detalhe (os célebres detalhes…) definirão vencedores e perdedores, quando a sapiência do estrategista de plantão se fará presente, brilhante e salvadora, que na realidade dos fatos, somente serve como vitrine de pseudos e parcos conhecimentos, e eficiente biombo separando sutilmente comandante de comandados, ambos cônscios de que nada daquilo funcionará, mas que apregoa e exibe ao mundo midiático e ignorante das realidades do grande jogo, os mais recônditos detalhes  ali inseridos com a arte de um Dali, como passaporte de uma omitida grandeza, na mais crua realidade, que somente se manifesta integralmente no treino, e somente lá, árduo terreno que não perdoa os medíocres, os incompetentes, os arrivistas e aventureiros, mas que premia os professores e técnicos de verdade, que conhecem, estudam, pesquisam para ensinar o que aprenderam, orientar o que experimentaram e dirigir os que, como ele, penaram a dureza do treino, e não o vislumbre colorido do nada, absolutamente nada, exposto nas reluzentes testemunhas do vazio, do absoluto e triste vazio, de uma infame e descerebrada prancheta…

Uma dura realidade se materializou nestes terríveis anos de obscurantismo técnico e tático, a de que hoje praticamos um basquetebol padronizado, formatado, individualizado e engessado por um sistema único de aprender, treinar e jogar campeonatos municipais, estaduais, nacionais e internacionais, desde a formação até a elite, totalmente copiado (e muito mal…) das equipes profissionais americanas, que mesmo apresentando hoje algumas poucas divergências, consumou e cristalizou uma forma de jogar, onde os embates 1 x 1 são priorizados, contando com regras que os potencializam à margem das utilizadas universalmente pela FIBA (e aqui ressalto uma tremenda incoerência da mesma, que se sente competente em intervir na CBB, suspendendo-a das competições por problemas econômicos, administrativos e dívidas com ela, mas jamais teve força e coragem, mesmo sendo absoluta no mundo do basquetebol, de intervir nos Estados Unidos que se mantêm ao largo de todas as diretrizes competitivas e de regras em seu território, permitindo, no entanto, que participem de mundiais e olimpíadas, quando concordam como exceção, jogar com as regras que regem o basquete internacional), numa atitude de subserviência lamentável e altamente comprometedora…

Este é o tremendo impasse com que nos deparamos no caminho do soerguimento do grande jogo entre nós, o equívoco brutal que defronta o que fomos, o que fazíamos, e como atuávamos, chegando no século passado a ser considerado o quarto país mais desenvolvido na modalidade, somente atrás dos Estados Unidos, União Soviética e Iugoslávia, com a atual situação de penúria no preparo técnico e tático de suas equipes e divisões competitivas, pelo fato suicida de tentarmos emular um modo de jogar para o qual não temos estrutura formativa e econômica para mantê-lo minimamente competitivo para os padrões internacionais…

Como ultrapassar tantos obstáculos, que numa época não tão distante assim, vencíamos pela força de uma formação de base altamente competente, gerando jogadores de alta qualidade, que enriqueciam tecnicamente os campeonatos de todas as categorias, e que por força de uma geração equivocada de dirigentes, técnicos e analistas, deslumbrados por uma forma de jogar baseada no espetáculo e na força descomunal de seu poder econômico,  levou-nos pelos caminhos da imitação e divulgação de valores incompatíveis com nossa realidade antítese da deles, corrompendo nossos valores e liquidando nosso posicionamento, arduamente conquistado, no cenário altamente competitivo internacional. Como reverter tal situação, como? Somente vislumbro uma tênue brecha de luz nessa realidade, voltar nossas vistas e parcos recursos para a base formativa, com todas as armas que ainda possuímos, nas figuras de nossos melhores professores e técnicos, que ainda batalham heroicamente por este país à fora, convocando-os para a elaboração de princípios e estruturas didático pedagógicas que nos liberte de tanta mediocridade institucionalizada, de uma mesmice endêmica sufocante, e que liderem as divisões de base e seleções nacionais, apontando para os verdadeiros valores da liderança consciente e competente, fundamentada na larga experiência adquirida ao trilharem o longo e penoso caminho das pedras, onde o mérito supera largamente todo o processo absurdo do QI, do protecionismo, do escambo politiqueiro, e acima de tudo, do engodo midiático, como o que ilustro neste artigo, que de forma alguma pode definir o grande jogo, principalmente o que jogávamos, nos brindando com três campeonatos mundiais, um vice e três terceiras colocações olímpicas, quando pranchetas eram somente utilizadas para relacionar presença de jogadores nos treinos, e nada mais…

Sei que poderemos nos reencontrar com nosso destino vencedor, bastando nos abstermos de incorrer nos erros a que nos impuseram de trinta anos para cá, dispensando aqueles que tiveram todas as oportunidades e as traíram, reconvocando aqueles afastados pela intolerância corporativista e verdadeiramente retrógrada, daqueles que abominam e temem o novo, o ousado, e tudo mais que os obriguem a sair da zona de conforto injustamente contemplados…

Amém.

Vídeo – Reprodução da TV.

ARTIGO 1400 – “BASQUETE BRASIL”…

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Em setembro vindouro esse humilde blog completará 14 anos de ininterrupta presença no cenário um tanto desgastado do grande jogo, e entre todos aqueles que amam incondicionalmente essa incomparável modalidade, rainha de todos os desportos coletivos neste mundo, com seus deuses divididos entre suas preferências esportivas terrenas, ou não…

No início quis denominá-lo “BASQUETEBOL BRASIL”, mas me conscientizei de que não deveria ousar me apossar do teor administrativo e gerencial de uma modalidade organizada e referendada por entidades estaduais e a nacional, a quem cabe organizá-la e difundi-la pelo território deste imenso país, e sim optar por uma terminologia popular como é também conhecida, basquete, que dissociado do sufixo bol, em nada e por nada confrontaria a denominação oficial da modalidade, basquetebol…

Nasceu então o “BASQUETE BRASIL”, o blog da modalidade mais antigo e de continuidade ininterrupta no país, onde conquistou o respeito de muitos  dos adeptos e entusiastas do grande jogo, ´principalmente os jovens técnicos e professores, e que a partir de sua denominação,  jamais feriu o bom senso e o livre pensar por parte de seu autor/editor, e de todos aqueles que privaram e privam do espaço livre e democrático aqui existente desde sempre, respeitando desde seu início o aspecto etimológico de sua denominação, inclusive o perene e inalienável direito de jamais admitir comentários e inserções apócrifas, no mais absoluto respeito ao contraditório, desde que responsavelmente assumido e assinado, pois o Basquete Brasil não é e jamais será solo para anônimos…

Com o tempo, descobri através a incisiva penetração do blog no amplo mundo das discussões e debates aqui travados, que a denominação do mesmo se tornara uma marca de forte apelo, mesmo que não denominasse a modalidade em sua essência etimológica, e a fim de evitar emulações e distorções futuras tentei registrá-la no INPI, no que fui mal sucedido, com a explicação de seus analistas de que não se tratava de uma marca merecedora de patente, corroborando minha decisão de utilizá-la da maneira mais aberta e acessível possível, como sempre planejei, e assim foi feito e continuado, dando forma a uma tradição no mundo blogueiro da modalidade de basquetebol, numa coerência atestada nos 1400 artigos até aqui publicados, onde nos mesmos jamais grafei a terminologia basquete, e sim basquetebol…

Recentemente um dos candidatos a presidência da CBB apôs contíguo a seu nome a denominação Basquete Brasil (Amarildo Rosas Basquete Brasil), talvez querendo sugerir o apoio deste blog autoral à sua candidatura, no que fui incisivo, negando-o veementemente, e agora, numa entrevista ao blog Bala na Cesta do jornalista Fabio Balassiano, o eleito candidato Guy Peixoto, assim se manifestou em um dos parágrafos da mesma:  

– (…) “Esta nova logomarca remete ao período das nossas maiores gerações e enaltece as principais conquistas do basquete brasileiro, os dois mundiais masculinos e um feminino, simbolizadas pelas três estrelas. Além disso, traz o nome ‘Basquete Brasil’, que adotaremos a partir de agora, por sermos o órgão representativo da modalidade no País”, explicou.(…)

Perfeito em sua parte inicial, quando privilegia nossas conquistas e sua grande tradição junto ao povo brasileiro, mas pecando na definição etimológica da modalidade, cuja denominação correta, basquetebol, é substituída pela terminologia basquete, que não a define como modalidade, haja vista todas as denominações internacionais, como pallacanestro, baloncesto, basketball, basquetebol, que a definem através suas denominações confederativas e de ligas por todo o mundo, nas quais o termo basquete sequer é mencionado para fins representativos, fator que também foi determinante na escolha do nome deste blog, por não ferir de forma alguma a identidade oficial da modalidade, basquetebol…

 

– (…) Vale dizer também que em uma primeira análise o ”Basquete Brasil” também é um recado bem claro e que Guy Peixoto faz questão de colocar no centro da discussão. Acuada por uma série de problemas recentes, a CBB perdeu espaço no cenário nacional e passou a representar o que há de pior em termos de gestão graças a anos sombrios de Grego e Carlos Nunes, os dois últimos (terríveis) presidentes. O novo mote tenta resgatar o fato de que, na concepção da Confederação Brasileira, é ela que no final das contas dita as regras sobre a modalidade no país.(…), relata o autor da entrevista.

Se o novo presidente realmente quis dar um recado direto a pretensa divisão de comando na modalidade basquetebol no país, não pode desconhecer o fato de que a própria LNB, grafa em sua denominação o termo basquete, e não basquetebol (Liga Nacional de Basquete), numa atitude complementar muito próxima a minha,  na escolha anterior da denominação do blog, afastando corretamente a ideia de se colocar como o “órgão representativo da modalidade no País” na divisão de elite, lembrada pelo presidente da CBB em seu comentário, e sim uma liga de clubes etimologicamente bem situada em sua inteligente apresentação, que proposital ou não, marcou bem sua posição complementar, e não hegemônica…

Longe de mim lastimar ou não concordar com a menção do “BASQUETE BRASIL” no novo logotipo da CBB, de muito bom gosto aliás, e sim vê-lo preenchido por uma citação etimologicamente equivocada, pois sendo considerada o órgão máximo da modalidade no país, deveria grafá-lo em sua denominação plena, “BASQUETEBOL BRASIL”, sendo ou não uma marca menos impactante, midiática como a que lá está, porém correta e definidora da modalidade que representa oficialmente, a do BASQUETEBOL…

Se for mantida a versão atual, tudo bem, pois assim como afirmou o atual presidente adotá-la “por sermos o órgão representativo da modalidade no País”, continuarei também a mantê-la na designação do blog, não pelo motivo lembrado pelo presidente, e sim em respeito pela primazia autoral coerente à modalidade nos 14 anos de permanente publicação, e que hoje ao atingir seus 1400 artigos, deveria ter abordado um tema especial que havia preparado, porém substituído por este oportuno esclarecimento, se lança rumo aos 1500, quiçá 2000 artigos, na continuidade deste humilde, porém combativo e sempre presente BASQUETE BRASIL, até quando minha mente, meu corpo e os deuses o permitirem…

Amém.

NÃO CAIU? BATE PRA DENTRO, PÔ…

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P1000629-001Ambiente agitado no mundinho do basquete nacional, principalmente no âmbito do corporativismo técnico, onde as estrelas das pranchetas vão sutil, ou na malandragem, se insinuando para cima da conquista suprema, aquela que, inclusive, pode gerar um salário de Magnano, que ao ser multiplicado por seis anos determinou a independência econômica do hermano, a ex gloriosa seleção brasileira, meta dos apaniguados, protegidos e amiguinhos de três das maiores aberrações administrativas que levou o grande jogo a situação falimentar em que se encontra, e o pior, muito mais pelo fator técnico, do que econômico e gerencial, pois equipes representativas foram padronizadas e formatadas desde a base formativa, num sistema perverso, lacrado e fechado a inovações, a fim de garantir o escasso mercado profissional(?), avidamente defendido pela turma osmótica e xipófaga em torno de uma única e padronizada forma de jogar, garantidora da mesmice endêmica, técnica, tática, e por que não, estratégica também, que nos tem esmagado e humilhado por toda a duração das administrações nesses últimos vinte e cinco anos de incúria e pusilanimidade institucionalizada, onde as raríssimas exceções pouco puderam fazer, ante a massiva maioria de falsos e pseudos estrategistas que continuam a imperar absolutos, assim como jogadores em sua esmagadora maioria também, todos marqueteados, endeusados e largamente promovidos por dirigentes, empresários, agentes e uma mídia, em grande parte desprovida dos mais primários conhecimentos do que venha a ser o grande jogo, totalmente voltada a um outro, que nem as regras da FIBA segue, no qual a mola propulsora é a grana, muita grana, a que nos falta oficial e privadamente, logo, implausível para nosso desenvolvimento neste modelo, pela mais absoluta ausência de uma sólida e competente política sócio educativa nacional, onde a educação através as atividades desportivas fossem levadas a sério dentro das escolas e dos clubes neste imenso e injusto país,  com sua negligenciada juventude, futuro de qualquer nação que se considera séria e responsável…

Mas Paulo, você não está exagerando um pouco? Como exagerando, cara, ontem mesmo assisti um “clássico e empolgante” Bauru e Mogi, quando foram arremessadas 12/64 bolinhas de três (foram 43/70 de dois…), aplaudidas desde os bancos, que quando atestam que “punhos, chifres, camisas, picks fajutos e bloqueios primários” falham sistematicamente pela pobreza nos fundamentos da maioria dos jogadores patrícios, incapacitando-os de realizá-los, originando a hemorragia dos três, na óbvia escapatória de quem não os dominam, vide os 34 erros de ações básicas do jogo cometidas, fator este menos presente na enxurrada de americanos nas equipes deste NBB, dando aos estrategistas, após rabiscos desconexos e constrangedores em suas midiáticas pranchetas, a saída gloriosa para as terríveis falhas – Não caiu? Bate pra dentro pô….

É duro você assistir jogos no NBB onde cinco, seis dos jogadores em quadra são americanos, e um ou outro latino, vendo os brasileiros servindo de garçons, de escadas para eles, passando ou recobrando rebotes para recomeçarem tudo de novo, batendo para dentro, espelhados por um Westbrook, que lá em cima, na matriz, corre para quebrar recordes de triplo-duplos, mesmo que sua equipe saia derrotada, como ontem, ao fazer mais um, e ser bloqueado na bola decisiva, permitindo que seu adversário, os Spurs, vencessem uma partida praticamente perdida. A moda a ser seguida então, é quebrar recordes pessoais, como se o grande jogo fosse um desporto individual, o que não é por essência, histórica e técnica, guardada por um punhado de técnicos de verdade, nas escolas primárias e secundárias, universidades e pouquíssimas franquias da grande e poderosa liga, como no mesmo Spurs, com seu quase septuagenário técnico, agora nomeado para a seleção nacional de seu país, e junto ao qual a mídia pena horrores para tentar extrair dele “comentários” a questionamentos óbvios e imbecis, contrastando aqueles que priorizam mais a imagem, do que seu mister básico de ensinar e orientar, e não fazer média com ninguém, ninguém mesmo…

Mas por aqui, em gloriosas terras tupiniquins, preza-se contumazmente a “ nova geração”, que quanto mais teatral for melhor para ser endeusada, promovida e bajulada, não importando quantos palavrões e agressividade expelem pelos microfones televisivos, quanto de coerção exerçam contra as arbitragens, quanto de teatralização desenvolvam ao lado das quadras, afinal, segundo os doutos analistas, agir dessa forma faz parte de suas personalidades, como se fosse normal e corriqueiro tratar jogadores, alunos que são e sempre serão, com tanto despreparo didático e pedagógico, que pensam compensar rabiscando freneticamente suas infelizes pranchetas ( quando aprenderão, meus deuses, que a percepção visual é o mais lento dos sentidos humanos, quando?…), que as utilizam como testemunho e vitrine de seus “monumentais” conhecimentos táticos, que segundo a mídia, são “exaustivamente treinados” entre uma pelada e outra para adquirir “ritmo de jogo”, o que duvido fervorosamente, pois se assim fosse, prancheta nenhuma os substituiriam, pois sua maior serventia é servir de biombo entre eles, estrategistas e jogadores, numa divisão não compreendida e aceita, e que aos poucos, porém inexoravelmente, vem sendo violada cada vez mais por alguns jogadores mais esclarecidos, ou potencialmente interessados em ocupar espaços técnicos ao término de suas carreiras, quem sabe, ocupando o espaço do atual interlocutor, sendo que já tivemos por aqui, exemplos bem práticos dessa anomalia…

Em breve saberemos através a nova administração o quem é quem nas seleções nacionais, da base a elite, e que os deuses a inspire no sentido de quebrar de uma vez por todas essa maldita mesmice endêmica (que vai lutar com tudo para se manter…) e que só nos jogou poço abaixo, o tal que ainda não encontrou seu fundo, mas que somente poderá ser transposto por algo realmente inovador, audacioso, que negue o que aí está com veemência e todas as forças do poder criativo, algo que é tão natural ao  nosso sofrido povo, porém convenientemente esquecido, e que rechace de uma vez por todas a teimosia suicida de querer emular o que vem, e de como vem lá de cima, fator que somente aprendendo, ou reaprendendo a administrar nossos parcos limites materiais, porém repleto de conhecimento e sofisticada técnica, que nos fez campeões mundiais e medalhistas olímpicos, abrindo campo estratégico a novas concepções de jogo, algo que nos dê condições de enfrentar o sistema único implantado em quase todo mundo do grande jogo, e que mesmo na meca já se avolumam mudanças de vulto, principalmente em suas seleções (que jogam sob as regras da FIBA), através visionários como o coach K e agora o Gregg Popovich dos Spurs, a fim de dar continuidade ao seu poder hegemônico, principalmente sob o novo governo que ora se inicia…

Que nossos noviços candidatos se conscientizem de que conhecer e pensar dominar um punhado de jogadas chifres, punhos, polegar, hangs, picks, especiais, etc, gesticular agressivamente, proferir coercitivos palavrões, empunhar soberbamente pranchetas guardadas e dispostas por serviçais assistentes, transmitir instruções em inteligível inglês a americanos que não estão nem aí para o que dizem, afinal são “americanos”, para no fim das contas determinar o famigerado “bate pra dentro”, é muito pouco, muito pouco mesmo, para postular cargos fundamentais, ainda mais quando sequer dominam as defesas adiantadas na linha da bola lateralizada, condição mínima para enfrentar o jogo externo dos três, assim como jogadores anunciarem que não mais servirão as seleções, bem antes de qualquer movimentação convocatória, acostumados que sempre estiveram como proprietários de capitanias hereditárias históricas e de triste memória. Finalmente, que os deuses também nos livrem de estrangeiros nos dirigindo, pois ainda temos aqui entre nós pessoas competentes, estudiosas e prontas para ensinar, ensinar de verdade, orientar e dirigir nossos jogadores (as|) nos grandes campeonatos, e não os tutelarem como marionetes descerebrados, situando-se bem à margem da mesmice que aí está, alguns septuagenários, outros na meia idade, produtivos, atuantes e capazes de voos mais altos e consistentes do que querer demonstrar sapiência e conhecimento através suspeitos e constrangedores hieróglifos, mais parecendo um polígrafo repetidor de interjeições, interrogações e perplexidade perante um vazio brutal que se estende no exíguo espaço entre comandantes(?) e comandados. Não à toa, de uns tempos para cá a maioria deles se levanta bem antes do penúltimo rabisco ser aposto na prancheta medieval, que a essa altura muito explica e desnuda uma situação que precisa, com a máxima urgência ser definitivamente defenestrada para o bem do grande jogo entre nós.

Se assim for, podemos ansiar ter chances nos próximos dois ciclos olímpicos, pois em caso contrário, ao ser mantido o status quo vigente, nem todos os deuses reunidos poderão nos ajudar, quiçá salvar, mesmo sob a égide das melhores intenções gestoras e diretivas, para a gloria do corporativismo vicioso que aí está, escancarado, alerta e profundamente ligado…

Amém.

Fotos – Divulgação CBB e reprodução da TV. Clique nas mesmas duplamente para ampliá-las.

ME DANDO UM TEMPO (FORÇADO)…

Desculpem-me pela longa ausência, mas se analisarem bem as fotos anexas logo compreenderão o motivo, já que fui vítima de uma infelicidade, um incêndio gerado pela explosão do meu carro dentro da garagem aqui de casa, que me custou a perda de um outro carro, do meu filho, e toda a parte lateral da mesma, num sinistro de grande proporção, e que por pouco não causou lesões em mim na tentativa de destravar o carro para afastá-lo da casa e do outro carro, em vão, para assistir consternado a destruição de ambos, da garagem e parte da casa. Os seguros cobrem boa parte do estrago, mas fica a sensação de impotência ante a impossibilidade de lutar contra a descontrolada fúria de um incêndio, um pouco mais tarde debelado pelos bombeiros.

Prometo, no entanto, voltar a publicar artigos à partir de amanhã, se os deuses assim o permitirem. Um abraço a todos.

Amém.

 

Fotos – Clique duplamente nas mesmas para ampliá-las.

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PADRONIZAÇÃO/FORMATAÇÃO, O LASTIMÁVEL EQUÍVOCO…

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DSCN0654-002Aproxima-se a data chave para o basquetebol brasileiro, 10 de março, quando saberemos qual o futuro que aguarda o grande jogo neste imenso, desigual e injusto país…

A chapa vencedora terá pela frente um rol de exigências de assustar, a começar pela imensa dívida acumulada pela administração atual, com todas as inferências advindas da mesma, mas nada que se compare a verdadeira e hercúlea tarefa de soerguer tecnicamente o grande jogo no país, da formação de base a elite, com todas as implicações logísticas inerentes a tão relevante e difícil tarefa…

E nenhuma delas transcende em importância vital como a formação adequada e minuciosa dos técnicos e professores que serão responsáveis pela retomada séria e criteriosa da modalidade, tão mal tratada e minimizada por mais de trinta anos de incúria, compadrio, protecionismo, corporativismo, e ignorância técnico tática…

No momento que atravessamos, em que técnicos brotam do solo, quase como geração espontânea, diretamente na elite, sem a formação primordial e obrigatória nas divisões de base, em um desporto altamente complexo como o basquetebol, me reporto a um artigo remetido pelo professor Gil Guandron, radicado a décadas em Chicago, a fim de tentarmos conceituar da forma mais básica possível o que venha a ser um verdadeiro professor e técnico do grande jogo. Começo pelo email recebido a algum tempo do Gil, o qual transcrevo a seguir:

Paulo,

Me  es  bien  dificil  comprender ,  como  en  Brasil  se  permite  la  formacion  de  tecnicos  de  basquetbol ,  sin  bases  psicopedagogicas  adecuadas,  y  con limitaciones  tecnico / tacticas ….  en  el  basquetbol  el  elemento  tecnico ,  es  el  mas  importante….

Como  professor  ,  me  lastima  que  los  jovenes  estudiantes (  los  jugadores  de  basquetbol  son  estudiantes ), no  reciban  la  capacitacion  adecuada  a  sus  intereses.

Cuente  conmigo  en  su desinteresada   tarea   por  la  superacion  pedagogica  de  los  entrenadores  brasileños.

Si  lo  considera  adecuada, publique  este  articulo,  en  function  del  articulo  de  su  pagina.

Abrazos.

Gil

Mike  Krzyzewski  

Gil  Guadron

Claro  que  es  importante  lo  que  usted  conoce  como  entrenador, pero  lo  que  es  mucho  mas  importante  es  lo  que  sus  jugadores  aprenden  y  como  lo  aplican   en  la  realidad  del  partido , y   al  establecer   esa  conexión   muestra  su  calidad  como  profesor.

Una  de  las  metas  de  los  entrenadores  es  desarrollar  un  sistema  de  juego  sobre  el  que  usted  pueda  construir, entonces  usted  debe  de  evaluar  y  re-evaluar  su  sistema  para  asegurarse  que   esta  ajustado  debidamente  a  las  habilidades  tanto  físicas  como  mentales  de  sus  jugadores.

Claro  que  nosotros  podemos  ir  por  ahí  diciendo   a  los  cuatro   vientos  que  nuestros  jugadores  son  estúpidos, pero  en  la  realidad  podría  ser  que  los  verdaderos  estúpidos  seamos  nosotros  por  no  analizar  nuestros  sistemas  para  saber  si  lo  que  estamos  enseñando  a  nuestros  jugadores  es  demasiado  difícil  para  el  nivel  de  comprensión  de ellos. Es  importante  que  cuando  usted  decide  plantear  un  sistema   de  juego  tiene  que  tomar  en  cuenta  las  habilidades  físicas  y  emocionales  de  sus  jugadores  y  planear  sus  estrategias  metodológicas  basándose  en  esa  realidad.

En  mis  primeros  años  de  mi   carrera  fui  bien  rigido  en  mi  filosofía  y  en  mis  planes  de  entreno. Mis  entrenos  eran  bien  precisos  pero  demasiado  aburridos  para  los  jugadores. He  cambiado  bastante  desde  entonces. claro  que  sigo  utilizando  una  defensa  personal  y  en  el  ataque un  Motion  Offense, pero  ejecuto  dichas  cosas  dentro  de  mi  personalidad. Los  ejercicios  que  practicamos  concuerdan  con  mi  manera  de  pensar. El  éxito  que  hemos  tenido  en  Duke  University  se  debe  a  la  calidad  de  jugadores, pocas  lesiones, y  que  siempre  hemos  sido  consistentes. Algunas  veces  los  entrenadores  practican  un  sistema  enseñando  ciertos  habitos  para  que  el  siguiente  año    o  temporada  lo  cambian  totalmente  y  enseñan  habitos  completamente  diferentes  y  contrarios  a  los  que  habían  enseñado  la  temporada  previa. Los  cambios  que  hemos  hecho  en   Duke  University  de  un  año  para  el  otro  son  bien  sutiles.

Cuando  usted  intenta  desarrollar  un  sistema , usted  debería  de  experimentar, pero  debería  iniciar  con  un  sistema  dominante  sobre  el  que  se  pueda  construir  posteriormente. Un  ejemplo  personal  de  experimentacion  me  ocurrió  cuando  trate  de  tener  una  defensa   secundaria  a  nuestra  defensa  personal  y   me  decidi  por  una  defensa  de  zona  en  Match-Up  que  me  había  impresionado  cuando  se  la  vi  jugar  a  la  Universidad  de  Fresno  State. La  utilize  ese verano  en  nuestra  gira  por  Europa  y  al  inicio  de  nuestra  temporada  regular. Los  resultados  fueron   horribles. Lo  que  encontré  es  que  yo  buscaba  utilizarla  en  5%  del  tiempo  del  partido, pero  yo  esperaba  que  funcionara  tan  bien   como  nuestra  defensa  personal  que  normalmente  la  utilizamos  el  95%  del  tiempo. Las  cosas  estructuradas de  esa  manera  no  funcionan. Bueno  el  siguiente  año  jugamos zona  2 – 3 , realmente  no  la  practicamos  mucho. La  única  vez  que  nuestro  primer  equipo  la  utilizo  fue  cuando  nuestro  segundo  equipo  practico  el  ataque  contra  ella. Claro  que  teníamos   muy  buenos  jugadores  y  les  explique  que  defendieran  al  atacante  en  su  zona  como  si  fuera  defensa  individual. Si  su  atacante  designado  abandona  su  area, avisele  a  alguien  y  no  permita  ninguna  penetración.

Una  de  las  razones  por  la  que  utilize  la  defensa  de  zona  2 – 3  fue  para  cambiar  el  — momentum — . Y  por  esa  razón   estaba  dispuesto  a  aceptar  las  consecuencias  en  el  caso  de  que  algún equipo  ejecutara  el  ataque  de  manera  correcta. No  estoy  vendiéndole  la  defensa  de  hombre  a  hombre  ni  el  Motion  Offense, pues  he  sido  derrotado  por  equipos  jugando  defensa  de  zonas  y  por  formidables  ataques  contra  mis   defensas  zonales. Lo  que  estoy  tratando  de  insistirles  es  en  la  necesidad  de  evaluar  sus  sistema.

Otro  factor  importante  en  desarrollar  su  sistema  es  saber  con  los  recursos  con  los  que   usted  cuenta:  Cuantos  entrenadores  asistentes  tiene ?, Tiene  materiales  como  Toss-Back, Rebounder, cuerdas  pesadas  de  salto  etc.  ?,  Dispone  de  un  Gimnasio  solo  para  su  equipo ?,  Por  cuanto  tiempo  entrena  diariamente ?, Cual  es  el  tiempo  de  entreno    antes  del  inicio  de  la  temporada  ?   Si   tiene  12  jugadores  y  dos  canastas  como  hace  sus  ejercicios  de  Breakdown (  deglosamiento  o parcialización )  ?, Habla  con  un  jugador  y  dejar  a  los  demás  11 jugadores  sin  su  dirección ?,  De  cuantas  pelotas  dispone  ? etc.

Existe  una  idea  generalizada  en  el  cochaje  que  entre  mas  alto  es  el  nivel  , mejor  es  el  nivel  del  cochaje. Discrepo  con  esa  afirmación  pues  he   visto  extraordinarios  cochajes  en  el  nivel  de  High  School  además  de  observar  excelentes  entrenos  en  ese  nivel. La  calidad  del  buen  entreno   es   cuestión  de  enseñar  de  manera  organizada.

Dentro  de  su  sistema, van  algunas  destrezas  que  lo  acompañan  y   la  única  manera  de  lograr  que  esas  destrezas  se  instauren  en  el  vocabulario  motor  del  jugador , que  sean  aprendidas,  dominadas  , automatizadas   por  los  jugadores , practicando   acciones  repetitivas   las  que  paulatinamente  usted  las  va   acercando  a  las  realidades    a  las  que  los  jugadores  se  enfrentaran   en  el   partido. Las  acciones  psicomotores  deben  de  ser  enseñadas  y  practicadas  por  los  jugadores  una  y  otra  vez,  una  y  otra  vez.

Cuando  usted  hace  ejercicios  individuales, usted  desea  que  los  jugadores  ejecuten  la  destreza  10  o  15  veces  pero  al  mismo  tiempo  no  desea  perder  la  atención  del  resto  del  equipo, usted  entonces   hace   que  los  jugadores  no  involucrados  en  el  ejercicio  que usted  supervisa  practiquen  tiros  libres  u  otras  tareas. Si  tiene  un  entrenador  asistente  que  sus  jugadores practiquen  otras  destrezas  con  el, pues  esto  le  permitirá  a  usted  hacer  una  mejor  tarea  de  enseñanza. La  estrategia  de  —  trabajo  por  estaciones  —  constituye  una  buena  opción  metodológica.

Los  entrenos  en  Duke  consisten  de  un  30%  de  ataque, 30%  de  defensa  y  el  10%  de  preparacion  física  y  situaciones  especiales.

Como  entrenador  usted  se plantea  varias  preguntas,  entre  ellas : Tiene  que  tener  su  sistema  ya  implementado  al  inicio  de  la  temporada, o  se  dara  la  oportunidad  de  irlo  mejorando  conforme  la  temporada  de  vaya  desarrollando ?.  Desde  mi  punto  de  vista  usted  tiene  que  construir  un equipo  que  va  mejorando  y  mejorando  conforme  la  temporada  progresa. Yo  no  trato  de  poner  el  sistema  en  su  totalidad  al  comienzo  de  la  temporada. Nosotros  colocamos  nuestra  defensa  básica  de  hombre  a  hombre  y  el  Motion  pero  le  vamos  agregando  cosas  conforme  la  temporada  progresa.  Usted  no  entrena  de  la  misma  manera  en  Febrero  como  los  que  tuvo  en  Noviembre.

En  Febrero  solo  entrenamos  por  45  minutos, claro  que tenemos  pre-entreno  y  post- entreno,  pero  la  duración  del  entreno  regular  es  de  solo 45 minutos. Los  jugadores  no  sienten  los  periodos  de  pre  y  post  entreno  como  si  estuvieran  entrenando  y  eso  es  excelente  pues  muestra  que  están  motivados, por  lo  consiguiente  en  esas  situaciones usted  obtiene  una  mayor  atención  y  mas  trabajo  de  parte  de  los  jugadores, puesto  que   a  ellos  les agradan  las  actividades, principalmente  si   ven  las  conexiones  con  la  realidad  de  un  partido.

Nosotros  no   hacemos  ningún  ejercicio  de  5  contra  5  por  mas  de  10  minutos  de  duración , podríamos  hacer  un   ejercicio  similar    por  10  minutos  en otra  etapa  del  entreno,  pero  no  por  20  minutos  continuados , pues  la  intensidad ,  el  foco   de  la  atención de  jugador  disminuye  poco  a  poco  conforme  la  temporada  avanza.

El  cambiar  de  ejercicios ( drills )  de  manera  constante mantiene  a  sus  jugadores  atentos  y  motivados, partiendo  del  hecho que  sus  entrenos  son  adecuadamente  planificados. Dentro  de  ese  contexto  usted  siempre  necesitara  cierta  flexibilidad  en  sus  entrenos, pues  el  basquetbol  es  un  deporte  en  donde  hay  que  realizar   ajustes  constantes, además  le  sugiero  que  sus  entrenos  deben  tener  algo  que  cambien el  momentum  de  la  situación  por  ejm.  el  entrenar   situaciones  que  podrían  darse  en  un  partido.

Trate  que  sus  entrenos  reproduzcan   lo  mas  cercano  posible las  situaciones  a  las  que  sus  jugadores   se enfrentaran  en  un  partido  oficial, deseo  mencionarles   que  los entrenos  de  Duke  University   son  mas  elaborados  en  los  inicios  de  la  temporada  que  cuando  esta  ya  esta  avanzada.

Agregar  que   hay  que   colocar  a   los   jugadores  en  situaciones  diferentes , cambiantes, y  muchas  veces  desconocidas  para  ver  de  que  manera  ellos  tratan  de  resolverlas . Esto  enmarcado  en  que  el  basquetbol  es  un  juego  cambiante  que  requiere  de  adaptaciones  y  modificaciones  constantes  y  nuestra  tarea  es  preparar   al  equipo  para  enfrentarlas  sin  caer  en  el  desespero.

El  entrenador  constantemente  esta  enseñando, orientando  el  aprendizaje  de  nuestros  jugadores, esa  es  nuestra  tarea  principal.

Este excelente artigo do Gil , que em conjunto dos muitos por mim publicados traçam uma linha expositiva e explicativa do “como” formar professores e técnicos, profissionais altamente capacitados, em contraste da formação de “estrategistas” que tanto empobrecem o desenvolvimento do grande jogo entre nós, sempre na cola da matriz, com seu modo específico e particular de jogar, designando uma modalidade que sequer reconhece a FIBA, inclusive nas regras…

Então, sobre sai uma pergunta, a que não nos permite omitir, sequer calar – O que realmente formamos (ou promovemos, inventamos, criamos, projetamos, incensamos, deificamos, publicamos, adjetivamos…) para a difícil e complexa tarefa de educar, orientar, dirigir e liderar nossos jogadores, desde a formação a elite, os de ascendência meteórica advindos do bojo viciado da mesmice endêmica que oprime e minimiza o grande jogo, sem o aprendizado e a formação básica exigida para tão relevante tarefa, ou aqueles que se propuseram percorrer a longa estrada pedregosa do estudo, do sacrifício em busca do saber, da formação correta e objetiva, pesquisando e trabalhando desde a formação de base, seria e competentemente, progredindo pelo mérito, e não pelo corporativismo exacerbado que aí está, padronizado e formatado a mais de trinta anos?

E nesse momento recebo um telefonema de um amigo de longa data, perguntando na lata – Paulo, vai ficar em cima do muro sobre a eleição de sexta feira na CBB?

Penso rapidamente e respondo – Quatro anos atrás recebi aqui em casa a visita do Carlos Fontenelle e do Alcyr Magalhães, que vieram expor para discussão um esboço de projeto para o basquetebol brasileiro, inclusive publiquei o encontro aqui no blogMais recentemente recebi por email o projeto pronto pela equipe do candidato Gui Peixoto, onde pontifica o Carlos Fontenelle, e constatei que algumas das sugestões discutidas quatro anos atrás aqui em casa foram consideradas, e claro, aprimoradas pela equipe do candidato, que não conheço pessoalmente, mas que bem sei de sua trajetória no grande jogo. Então, como dois são os candidatos na eleição, sendo que um deles foi participante da atual e caótica administração, apoiado por presidentes de federações que comungam com suas idéias, e que inclusive veiculou a seu nome a marca Basquete Brasil (Amarildo Rosas Basquete Brasil), sugerindo minha aquiescência a seu nome, o que é falso, e outro que também é apoiado por presidentes de federações dissidentes, mas que no entanto nunca fez parte da direção da CBB, e que através de um de seus maiores apoiadores apresentou e discutiu comigo soluções técnicas para o soerguimento da modalidade no país, sem que eu jamais soubesse a quem estaria apoiando, nome esse que o próprio Carlos não revelou quando do nosso encontro no meio tempo de uma partida durante a Olimpíada, devo concluir num momento de absoluta franqueza, que gostaria que vencesse um pleito onde meu voto é impossível pela legislação existente, aquele que vem de fora do sistema, mesmo apoiado por alguns de dentro, mas que de uma forma corajosa e inovadora, desejam inverter (assim espero…) os papeis manchados e pardacentos que se acumularam na sede da Rio Branco. Espero que vença e mude algo no grande jogo.

Amém.

Fotos – Gil Guadron, a esquerda, num de seus cursos de aperfeiçoamento na De Paul University, e o encontro aqui em casa com o Carlos Fontenelle e o Alcyr.

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EXPLICAR O QUE?…

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Sento em frente a uma boa TV, neste sábado calorento, para assistir em rede aberta a um dos jogos de maior rivalidade no NBB, Franca e Bauru, ainda mais valendo a quarta colocação. Parodiando a mídia especializada e ufanista, jogo quente, brigado, emocionante, porém com  pobre e sofrível técnica (28 erros de fundamentos), taticamente absurdo e inconcebível por parte de Baurú, e quase lá por parte de Franca, não fosse sua opção acertada em alguns momentos pelo forte jogo interno, suficientemente efetivo (22/48 nos 2 pontos, contra 11/27 de seu oponente), mas que quase foi comprometido pelo excesso de bolas de 3 (8/25), que foi a perdição de Bauru com seus inconcebíveis 10/42  arremessos insanos de fora, numa clara opção de seus jogadores, acompanhada pelo seu estrategista ao determinar o famigerado “jogo com os quatro abertos”, atitude corriqueira na maioria das equipes, quando se sentem impotentes no desenvolvimento do jogo interno, fruto do mais absoluto desconhecimento tático e técnico de como desenvolver, treinar e aplicar tal tipo de ação ofensiva, que é totalmente dependente do pleno domínio dos fundamentos individuais, principalmente os do drible, das fintas e dos passes utilizados em pequenos espaços, daí a opção pela “abertura territorial”, compensando(assim pensam…) pela velocidade, a notória deficiência da grande maioria de nossos jogadores no manejo de seu instrumento básico de trabalho, a bola, que para muitos atrapalha suas decantadas e midiáticas performances…

No próximo fim de semana das estrelas, quando da competição de habilidades, agora no formato de duplas, onde a velocidade será predominante, poderemos atestar o quanto de “arranjos” serão aplicados pelos duelantes a fim de vencer as etapas, quando contornar as sutis exigências dos fundamentos do jogo auferirá ganhos em tempo e distância, principalmente no drible, fintas e mudanças de direção com a bola sob domínio. Se no formato individual que regeu as competições anteriores, muitas foram as irregularidades não coibidas pelos árbitros fiscalizadores, imaginem agora quando a disputa será em duplas com confronto direto? Será a prova contundente do que vemos nos jogos oficiais, onde a má execução, e mesmo desconhecimento das técnicas básicas dos fundamentos será escancarada a todos, e cuja punição será relevada para não comprometer o aspecto festivo do encontro, e quem lá estiver ou acompanhar pela TV testemunhará com um largo sorriso de satisfação em oposição ao que aqui afirmo, sem o menor temor de errar, por saber e conhecer um pouco mais do grande jogo, do que muitos dos que se aventuram no mesmo, mas nada que não possa ser regiamente compensado com um show do Jota Quest, afinal é necessário fidelizar um público específico, que necessariamente não precisa entender de fundamentos, técnicas, táticas, e insignificâncias afins…

Voltando ao jogo, como admitir, aceitar que uma equipe que ponteia a competição, estando entre as quatro primeiras colocações, se permita convergir absurdamente para menos seus arremessos (repetindo, 11/27 de 2 e 10/42 de 3) abdicando do confronto interior defensivo com seu adversário, aceitando a armadilha do “deixa chutar”, onde seu maior arremessador, Jefferson, perpetrou um constrangedor 3/13 nos 3? E como seu estrategista permite tal descalabro, ainda mais sendo um dos pretendentes a seleção nacional, como alguns outros que vem professando tão absurdo sistema de jogar o grande jogo? Como ser isto possível, para onde querem nos levar nesse inqualificável modismo, que bem mais depressa como brotou, se esvairá rapidamente, a começar pelas artilharias ao norte do hemisfério, que começam a perder seu poder do fogo através as cada vez mais presentes contestações fora do perímetro, fator este que, mesmo por cópia pura e simples, como é comum aqui nas terras tupiniquins, ainda demorará um bom tempo para aqui aportar, pois afinal de contas, o estrago ainda não atingiu as metas propostas por todos aqueles que, por não entender a essência do grande jogo, ousam tentar se apoderar de sua grandeza, sendo punidos magistralmente com a negativa ao seu pleno conhecimento, restando os pretensiosos e arrogantes garranchos em midiáticas pranchetas, como testemunho inconteste do nada, do absolutamente…nada, e que rapidamente começam a ser contestados por seus próprios jogadores, quem sabe, na busca de algo que os orientem e ensinem para valer…

Amém.

Foto – Reprodução da TV. Clique duplamente na mesma para ampliá-la e acessar a legenda.

ENFIM, CONSEGUIRAM…

 

7_-_img_1948Custaram, perseveraram, se esmeraram ao máximo, insistiram, batalharam, e por fim…venceram (?), deram o grito primal, urraram de satisfação e orgasmo mental, e mudaram a estética, o modus faciendi de jogar o ex grande jogo (para quase todos eles…), mas que continua grande, grandíssimo para mim, apesar de derrotado frente ao novo tempo, ao Novo Basquete Brasil da convergência definitiva, do reinado absolutista das bolinhas, do abandono defensivo do perímetro, numa aceitação inter pares de uma competição de tiros irresponsáveis, estilosos, desqualificados, aceito por todos dentro de um sistema padronizado e formatado pelo estúpido e boçal corporativismo implantado coercivamente em todas as categorias, num sentido de jogo descerebrado dentro das quadras, e mais descerebrado ainda ao lado das mesmas, nos esgares, caras e bocas, gesticulação circense, coações explícitas, auto presença impositiva nos tempos e nos garranchos pranchetados, sem os quais, no discurso padrão da comunidade de comando, nada aconteceria de importante e decisivo na quadra, numa triste constatação de um falseado poder decisório, somente alcançado única e exclusivamente na arte do treino, quando o mais saber, o preparo, a vivência e a insubstituível experiência sempre dará as cartas nesse jogo específico para quem o domina, não para aquele que julga e pensa dominar, fruto do marketing, da arrogância, da troca, do escambo, jamais pelo mérito, jamais…

Caminhamos celeremente para a convergência dos arremessos de 2 e 3 pontos, não mais por parte de uma das equipes, e sim por ambas a cada jogo disputado, demonstrando a aceitação do que ousam implantar, já implantando nesse estágio inicial da lamentável mudança que se avizinha, solerte, capciosa, impositiva, como nos recentes Ceará x Mogi e Vitória x Mogi, quando no primeiro perpetraram 21/70 arremessos de 3 e 33/66 de 2, e no segundo, 18/65 e 25/60 respectivamente, e mais, a brilhante marca de 30 e 24 erros de fundamentos, mantendo a média da competição que é de 26 erros por jogo, um número realmente lastimável. A cada rodada, a cada partida, com umas poucas exceções, o que assistimos contritos é um desfile pré agônico de uma modalidade outrora brilhante, técnica, tática e sedimentada em bons fundamentos, preparada, orientada e dirigida por técnicos de verdade, e não o que aí está, escancarado, através cada vez mais falsos especialistas de três, arrivistas e oportunistas de ocasião, o mais abertos possíveis no ataque a fim de obterem espaços compensatórios às suas gritantes deficiências nos fundamentos de drible, fintas e passes, a maioria em busca do brilhareco midiático, frutos de exemplos recentes de jogadores individualistas se locupletando de um jogo coletivo, onde os duplos e triplos duplos é a meta pretendida, mesmo a custa dos esforços da equipe, sendo a vitória muitas vezes descartada na medida do brilho individual das  estrelas, para a satisfação máxima dos que as empregam e agenciam…

O fruto dessa irracional busca pela glorificação individual, é manifesta pela explosão no cerne das equipes do desejo da maioria de seus componentes alcançarem o estrelato também, daí a chutação desenfreada de quase todos que as compõem, dolorosamente chancelados pelos permissivos estrategistas que as dirigem, ou pensam dirigir, bem mais torcedores do que aqueles que se encontram nas bancadas, quando uma atuação técnica, racional, estratégica se faria urgente e necessária, pois resultante da observação arguta e precisa, fruto de sua vasta experiência, onde o binômio diagnose/retificação (*) se impõe soberano, ação essa anulada ou minimizada pela cega militância praticada, na pretensa busca da vitória a qualquer preço…

Mas conseguiram o que tanto perseguiam, emular o exemplo da  matriz que, se observarmos bem, chutam de três menos do que aqui, e mesmo assim somente através seus poucos especialistas de verdade, exceto por duas ou três equipes no seu vasto e rico universo de trinta, isso nos profissionais. Mas o que realmente importa por aqui é a busca pela genialidade, principalmente ao lado da quadra, e nesse pormenor somos realmente imbatíveis, ao conseguirmos formar técnicos de “altíssima qualidade” com dois ou três anos de experiência na liga maior, a que incentiva a convergência, a que ignora a defesa exterior, a que se lixa para os fundamentos, porém a que exalta as pranchetas em vez do treino, do treino de verdade, da longa e laboriosa vivência, da larga experiência adquirida nas derrotas e vitórias, da necessária participação na base formadora, das longas estradas de pedras percorridas, base estrutural do mérito, do grande jogo. Mas como todos jogam da mesma forma sistêmica, vence aquele que chuta a última e apaga a luz…

Parabéns a todos, afinal conseguiram implantar o novo conceito convergente de jogar, onde a relação custo/benefício…ora o que isso importa, quando o que passa a valer é a bola de três, a enterrada monstro e o toco fenomenal, ou não?…

Que os deuses nos ajudem, pelo menos, se uma nova administração reabrir a ENTB, reestruturando-a como deve ser uma escola de verdade, numa iniciativa que poderá vir a ser válida na corajosa tentativa de reverter tão triste quadro…

Amém.

(*) – Diagnose/Retificação – A capacidade didática de diagnosticar falhas, erros e omissões técnicas em ações individuais e coletivas e suas decorrentes correções, onde o espaço temporal entre ambas define a maior  ou a menor qualificação do professor/técnico, conceito não muito difundido entre estrategistas, principalmente os menos experientes…

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma duplamente para ampliá-la.

A ANSIADA VOLTA DO BOM SENSO…

P1140569Estamos em plena efervescência pós olímpica, curtindo ao máximo o gigantesco legado a que fizemos jús na contrapartida dos bilhões que nos foram surrupiados por uma máfia desportiva (?) que numa época próxima ou distante terá de se haver com a lei, bandidos que são…

Desde o Pan, passando pelo Mundial de Futebol, e desaguando nos Jogos Olímpicos, muitas são as ruínas que outrora foram estádios, pistas, piscinas,velódromos, arenas, centros de controle disso e daquilo, monumentais, ciclópicas, que fizeram a riqueza de muitos “abnegados desportistas”, e que daqui a bem pouco farão outras fortunas para os especialistas em desmontes e sucatas, onde até as medalhas desbotam e desmancham, tal a precariedade de sua fabricação, claro, a peso de ouro, não o olímpico, mas o dos tolos que acreditaram  e avalizaram o butim histórico, muitos dos quais ainda não viram a devolução dos valores dos ingressos revendidos, se é que verão…

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P1140526E quando o maior dos legados foi a nossa transformação em nação olímpica, praticante em massa dos desportos, nas escolas, clubes e universidades, segundo as afirmativas da bandidagem que perpetrou todo esse desperdício, tripudiando das reais necessidades de um povo ignorante e semi alfabetizado, utente das mais variadas bolsas, que não são Vuitton, mas que adora uma novidade tutelada, vemos agora sendo implantada uma nova realidade importada da matriz, que aos poucos vai nos conquistando, comendo pelas beiradinhas, sem pressa, através do idioma dito “universal”, de sua forma de entender a dimensão política do desporto, da música, das artes, da cultura, exportando-os, porém mantendo e defendendo essa mesma dimensão em suas fronteiras, tendo o apoio pago, e muito bem pago da mídia tupiniquim, vide essas duas páginas inteiras sobre o caviar desportivo deles, o absurdo e medieval football jogado com as mãos, onde a regra é a conquista de espaços em jardas (?), o que sempre fizeram, fazem e farão mundo afora até o fim dos tempos, restando-nos uma pergunta – Afinal, quem é Tom Brady?…

 

NBA, NFL, e outras ligas bilionárias lá de cima, ditando hábitos e caminhos que devemos trilhar, afinal de contas o velocíno de ouro está aqui, na forma da água, do petróleo, dos minérios raros e da floresta, ou não?…

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Aqui entre nós, iniciamos o combate a corrupção, que se os deuses quiserem chegará a educação, aos desportos, já atingindo a saúde, as infraestruturas, aos políticos, aos entreguistas e traidores, as nossas dilapidadas riquezas, e quem sabe, poderemos vislumbrar a salvação de futuras gerações de jovens, abandonados e desorientados nesse mar de crueldade e indiferença…

Mas até que esse dia chegue, continuaremos a lutar pelo que nos toca, aprendendo a administrar nossa injusta pobreza, tentando melhorar o que temos, como o basquetebol, que aí está se debatendo num mar de incertezas, de incúria, afogado pelo corporativismo, pela pétrea mediocridade, pela negação do mérito, mas enlevado pelos oportunistas, sempre prontos aos voos personalistas do “se colar, colou…”, dos “EUs” totalitários, onde conceitos didáticos e pedagógicos inexistem desde sempre:

(…)- Eu acho o seguinte: eu realmente me encontrei como técnico. Isso é fundamental. O prazer que eu tive de ser jogador e o prazer de ser técnico são coisas surreais. E com isso vem o entusiasmo. Quando eu falo hiperativo, eu sou um cara que é entusiasmo puro. E eu gosto do que estou fazendo, principalmente ali. Aquilo ali me mantém no jogo. Tem muita gente que me olha de fora e pensa que é um desespero, mas estou totalmente ciente do que o time precisa fazer. Mas, principalmente no fim do jogo, eu sou o inverso, sou mais cauteloso, mais calmo porque sei que precisa de tranquilidade para fechar o jogo nos minutos finais – explicou Dedé sobre seu jeito peculiar no banco do Vasco da Gama.(…)

( Trecho de uma matéria publicada pelo globoesporte em 7/2/17).

Vendo os vídeos dos pedidos de tempo finais de um jogo “de alto nível  técnico”, onde o primeiro estabelece uma relação impessoal com os jogadores utilizando uma linguagem cifrada e impessoal, e outro, perdendo por um ponto, a nove segundos do final, inventa uma jogada, bastando uma cesta de dois pontos para vencer a partida, concluída brilhante e disciplinadamente pela equipe, se entende bem o porquê de estarmos no fundo de um poço sem fim…

 

Indo mais um pouco além, constatamos a continuidade da mesmice endêmica técnico tática que nos tem sufocado, sem qualquer esperança de uma retomada qualitativa que nos redima, vendo a cada rodada da liga maior nacional crescer o número de erros de fundamentos, hoje na média de 26 por partida, com picos absurdos como os 38 de Brasília x Vitória, e os 36 de Minas x Ceará e Vasco x Macaé, sem contar as convergências entre arremessos de 2 e 3 pontos, cada vez mais presentes no campeonato transformando-o numa competição de tiros de fora e de egos inflados dentro e ao lado das quadras, emulando para bem pior o exemplo da matriz, fartamente veiculada por aqui, com seus Curry’s pontuais, que muito em breve estarão superados pela natural evolução defensiva que já se faz notar no hemisfério lá de cima…

Brevemente, em 10 de março próximo, uma nova (ou não) direção assumirá a CBB, falida e desmoralizada, que exigirá um trabalho hercúleo para soergue-la,  financeira e administrativamente, mas que terá algo maior a realizar, o soerguimento técnico, razão básica  de sua existência confederativa, que precisa ser radical, pontual, cirúrgica em todos os sentidos na sua atual liderança e agregados recursos humanos, sem contemplações, a mínima que seja, pois tiveram mais de vinte anos de “projetos e eficiência” que nos levaram ladeira abaixo, porém abrindo as portas à discussão democrática e plural, na busca de novos caminhos, novas idéias, novos rostos, respeitando o regionalismo deste gigante país continente, buscando líderes pelo mérito de seus sacrificados estudos e trabalhos na educação através do desporto, do grande jogo, afastando de vez o protecionismo, o escambo, o maléfico corporativismo que aí está refestelado na impunidade e no mais dos abjetos descasos junto a nossos jovens, e porque não, na elite também…

Torço, como sempre torci pela volta do bom senso, o que já seria uma grande plataforma de relançamento do verdadeiro basquetebol brasileiro, e não esse pastiche que aí está, e que mesmo assim já se posta na mira dos ladinos e chacais travestidos de basqueteiros, o que nunca sequer pensaram em ser, pedindo aos deuses que nos protejam de todos eles…

Amém.

Fotos – Reproduções de jornais. Clique duplamente nas mesmas para ampliá-las.

COMUNICANDO…

Estaremos fora da mídia por 4 dias, a fim de trocar de provedor. Desculpem, pois é a primeira vez desde 2004 quando iniciei este humilde blog. Obrigado pela paciência e até o dia 18 próximo. Um abraço a todos que prestigiam o Basquete Brasil. Paulo Murilo.