PENEIRA NA ESCOLA…

PROCESSO SELETIVO NO COLÉGIO MELLO DANTE
22/11/2010 20:50 h

O Colégio Mello Dante, de Mogi das Cruzes (SP), realiza peneira para formação de suas equipes de base, no dia 12 de dezembro, voltadas as categorias descritas abaixo, nos seguintes horários:

pré mini e mini, nascidos em 1999 e 1998, das 09h00 ás 10h30
mirim e infantil, nascidos em 1997 e 1996, das 10h30 ás 12h00
infanto e cadete, nascidos em 1994 e 1995, das 12h00 ás 13h30

Os interessados deverão comparecer no horário relacionado à sua faixa etária, munidos de RG e com trajes esportivos.

O Colégio Mello Dante fica localizado na avenida Francisco Rodrigues Filho, 2070, no Jardim Nova Mogilar, na cidade de Mogi das Cruzes (SP). As dúvidas poderão ser sanadas com o professor Caio, através do telefone (11) 9791-7097 ou ainda pelo e-mail caiobueris@bol.com.br.

O Colégio Mello Dante é reconhecido pela Educação diferenciada, atenção individual e formação integrada dos seus alunos. “A fórmula utilizada pelos educadores pode ser resumida em três aspectos: acompanhamento individualizado, disciplina bem definida e sistema de avaliação quantitativa e qualitativa”.

Veiculado no blog Databasket em 22/11/2010, não acreditei quando li, pois inverte totalmente o principio educacional e formativo do jovem no âmago da escola, em sua função divulgadora e incentivadora dos desportos como parte indissociável do processo educativo, e não a sua utilização como vetor de especialização (e consequente pré profissionalização através bolsas de estudo), nas primeiras fases da maturação infantil, à margem da verdadeira função da atividade sócio desportiva, como objetivo a ser alcançado em conjunto com as demais disciplinas formais.

A proposta de massificação das atividades físicas e desportivas no âmbito escolar, como parte integrante da educação de qualidade, e fomentadora de uma futura geração de talentos egressos da mesma, morre em seu nascedouro se ações desencadeadas e emuladas pelo exemplo acima, transformarem as escolas em destino de peneiras desportivas, negando sua função básica e estratégica de prover uma educação ampla e generalista a todos os alunos a ela relacionados e vinculados, e não agindo como um clube, onde o resultado esportivo em muito supera e suplanta as finalidades da atividade desportiva como integrante do processo educativo de todos, e não de uns poucos, que lá irão se submeter a uma seletiva peneira.

Em sua essência, uma ação totalmente desprovida de lógica e de conceituação educativa, finalidade básica e indissociável da escola, como direito constitucional de todo jovem e futuro cidadão. Uma coisa é formar equipes constituídas dos alunos de uma escola, como evolução natural das aulas de educação física, independendo de títulos e conquistas, outra é a organização de peneiras como a anunciada pelo colégio em pauta, numa flagrante confissão de que o foco a ser explorado é o da competição elitista, e não o da afirmação de um processo educativo formal, igualitário e justo.

Se essa é a proposta de massificação a ser desenvolvida e divulgada pela escola, que os deuses nos ajudem, protegendo-nos dos previsíveis resultados que advirão se ampliado para todas.

Amém.

PS- Numa nota de hoje, 26/11, no mesmo blog, uma outra escola, Colégio Amorim, também em São Paulo, anuncia uma peneira correlata.

CRONOLOGIA DO ESQUECIMENTO (OU, RECORDANDO)…

Pululam na rede comentários anônimos e raros não anônimos sobre as estripulias da administração central do nosso basquete, suas audaciosas manipulações, conluios políticos e parceiramentos excusos, além, muito além de um continuísmo para lá de escancarado, antiético e espúrio.

E os clamores se avolumam em cobranças ante a passividade consentida de federações e seus dirigentes, como se novidade fosse, apontando para a passividade e omissão da imprensa oficial e blogueira, como se todos fossem cúmplices do que ai está, cristalizado, ciclopicamente concretado, indelevelmente incólume.

Mas não é bem assim caros e camuflados críticos, ávidos em enumerar situações e comportamentos “agora descobertos e proclamados” em suas inéditas conclusões, esquecendo que da aceitação à constatação de um fato histórico, um tênue e capilar fio condutor tem de ser levado em prioritária consideração, o pleno conhecimento de seus antecedentes.

E são estes antecedentes, interesseiramente(?) omitidos e escondidos pelos que hoje cobram ações e atitudes, que passo a cronologicamente refrescar seus humores e cobranças, antítese de como sempre se comportaram, sob a proteção velada e pusilânime do anonimato.

Lembremos então:

GREG, CHAK & CARL… (12/11/08)

A ACLAMAÇÃO… (21/11/08)

EMERGINDO DAS TREVAS…(26/11/08)

GREG, CHAK & CARL II…(28/11/08)

A LUTA POSSÍVEL…(9/12/08)

RETORNANDO…(13/12/08)

O ÁS DE MANGA…(16/12/08)

A QUARTA VIA…(14/01/09)

PORQUE A QUARTA VIA?…(18/11/09)

SABE?…(25/01/09)

TROMBETEANDO O DESFECHO…(28/01/09)

RÉQUIEM PARA UMA ELEIÇÃO…(01/02/09)

MERITOCRACIA…(06/03/09)

GREG, CHAK & CARL, A FARSA…(14/04/09)

O PROFISSIONALISMO…(16/04/09)

MESMICE INC, LTDA…(19/04/09)

O CARA…(21/04/09)

É HOJE QUE…(04/05/09)

O PRIMEIRO DIA…(05/05/09)

E não ousem e nem venham mencionar posicionamentos lastreados pelas pérfidas e covardes sombras do anonimato, pois dezenove deles( entre muitos) ai estão acima, devida e lidimamente assinados por mim. Porque não fazem o mesmo, não assumem a luta aberta? O basquete, o nosso triste e mal tratado basquete, agradeceria suas embasadas, comprometidas e responsáveis adesões, se reais e seriamente o são.

Amém.

SER OU NÃO SER CONVENIENTE…

“Oi Paulo, tenho uma má noticia depois que falei com o Alarico pelo telefone. Ele preferiu um outro técnico, e perguntei por que? Respondeu que ele era mais “conveniente  àquela altura da composição da equipe”. Não entramos em detalhes” ( Prof. Pedro Rodrigues, amigo de longa data do Alarico, assim como meu amigo, me comunicando a posição da equipe do Vitória para o NBB3).

Em suma, para o Vitoria a minha presença na continuidade do bom e inovador trabalho no NBB2 pelo Saldanha da Gama não era conveniente, frente a conveniências determinantes por parte de um outro profissional recentemente desempregado. Lastimo, mas não me arrependo, de não ter aceito o convite de uma equipe de ponta, para manter minha palavra e comprometimento a um trabalho cuja continuidade, sem dúvida alguma, levaria a equipe do Espírito Santo aos playoffs do NBB3, caracterizando resquícios de um idealismo não condizente à realidade “profissional” destes novos tempos.

Claro que o novo técnico, manteve-se na ativa dentro da LNB, o que é muito bom, pois competente, além de ter reavido uma dívida da temporada 2008-9, motivo de ação judicial, e ainda levando de bônus um jogador de grande qualidade técnica de sua última equipe, tendo herdando uma base de bons jogadores, muito bem treinados e atualizados.

Todo esse processo, inédito para mim, ainda preso a certos princípios éticos defasados e irreais, mas irremediavelmente atrelado aos mesmos, colocou-me ante uma situação inquestionável- a necessidade de aceitar, formular e desenvolver uma realidade, que aos 71 anos dificilmente conseguirei dominar, mas que é a base da sobrevivência em ambiente tão hostil.

O ser professor, técnico de uma velha escola, com suas tradições acadêmicas e respeito incondicional à ética, me  caracteriza como um dinossauro em plena extinção, senão já extinto, e o que é pior, sem possibilidades politicas  de ser conveniente, ou não.

E por tudo isso, fico sem trabalho nas quadras, depois de um brevíssimo, porém profícuo retorno, apesar do domínio que ostento dentro das mesmas, fruto de longos, longos anos de pratica, estudo, pesquisa e transferência integral de conhecimentos, fator básico e transcendental para a evolução da ação educacional e desportiva, mas mortal frente ao peso de títulos e de QI’s.

Por fim, fiquei, e continuei curioso, velho hábito de quem adora aprender, do porque, ou porquês do termo “conveniente”, e indo ao Dicionário Brasileiro da Lingua Portuguesa me reciclei com o seguinte:

CONVENIENTE, adj. 2 gên. Que convém; vantajoso; adequado; apto; decente; que é conforme às praxes. ( Do lat. Conveniente.)

Tranqüilizei-me, pois esclarecido por uma etimologia irreparável, onde aptidão e decência me são estruturalmente comuns, ambas inadequadas num mundo onde a vantajosa conveniência é aquela que não fere o conformismo das praxes e rotinas estabelecidas.

Logo, jogar de uma forma diferente o grande jogo, e jogar eticamente dentro dos preceitos incondicionais das  relações humanas, não fazem o meu perfil neste mundo cruelmente moderno, confirmando o que agora constrito percebo, e mesmo não aceitando, não ser, irremediavelmente, conveniente.

E a mesmice técnico tática no nosso basquete de elite triunfalmente seguirá sua trilha sem contrafações, cada vez mais, granítica,solida e convenientemente salva e protegida de clarões e  rasgos de indesejáveis aberturas, indesculpáveis ousadias, e inconvenientes personagens.

Assim o é, e continuará sendo, pois desejo de todos, menos um…

Amém.

Clique na imagem para ampliá-la.

QUE VERGONHA…

EXPLICAR O QUE?

SIMPLES, A SELEÇÃO CAMPEÃ MUNDIAL ENTREGOU UM JOGO PARA ENFRENTAR ADVERSÁRIOS MAIS FÁCEIS.

SEM JUSTIFICATIVAS, POR FAVOR!

“UMA MANCHA EM MINHA VIDA” – GIBA.

UMA VERGONHA PARA TODOS NÓS.

E AGORA, SR.NUZMAN?

SOBRE DETALHES…

A palavra de ordem no momento é “detalhes”, minimizadora de falhas de planejamento, equivocadas e políticas  escolhas administrativas, justificativas fajutas para fracassos, como se sua simples menção e lembrança  aplainasse o esburacado caminho por onde tenta caminhar o basquete tupiniquim.

Em 8 de abril de 2007 publiquei um artigo sobre uma correta definição desse tão mal compreendido e largamente empregado termo, por parte de quem sempre procura omitir verdades que teimam em não serem honesta e eticamente proferidas.

E quem sabe, talvez, possamos estabelecer de uma vez por todas, um significado justo e preciso sobre os detalhes que realmente precisamos resgatar e preservar para o bem do grande jogo entre nós.

Clique aqui e julguem por si mesmos.

Amém.

DELEGANDO MISSÕES…

COMPANHEIRO DE REVEZAMENTO, MISSÃO CUMPRIDA!

ESTAMOS DE PARABÉNS…

RESPONDENDO…



• • Sem ironia, continuo admirando o Paulo como técnico e também como blogueiro, apesar de saber que a recíproca não é verdadeira. Segue o jogo. about 7 hours ago via web
• E se julgou que eu fui grosseiro, também entendo que responda com grosserias e insinuações que não têm nada a ver com o tema. Normal. about 7 hours ago via web
• O artigo falava de técnicos com perfil oposto ao de Paulo Murilo, que para mim foi o melhor do NBB-2. Mas ele tem todo direito de retrucar. about 7 hours ago via web
• A resposta do Paulo Murilo ao meu artigo sobre a ausência dos técnicos do NBB no treino aberto de Rubén Magnano: http://tinyurl.com/24y45dd about 7 hours ago via we

São inserções do Jornalista Rodrigo Alves em seu Twitter sobre o artigo que publiquei ontem aqui no blog. Somem-se os inúmeros comentários feitos por leitores majoritariamente contrários, desde a forma rebuscada como dizem que escrevo, até a ausência de argumentos defensáveis ao que redigi, segundo eles, e teremos um vasto quadro de reprovação a um direito de resposta a uma colocação ofensiva do Rodrigo ao criticar os técnicos do NBB, na qual nomes não foram explicitados em nenhum momento, logo, colocando a todos sob suspeição.
Prefiro responder e esclarecer minhas colocações diretamente, como sempre fiz e faço (abomino, reprovo e desprezo interferências apócrifas, os notórios e pusilânimes anônimos) às veiculações do Rodrigo em seu Twitter, já que recentes e diretas.
Se o artigo falava de perfis opostos ao meu, que técnicos seriam esses? Na ausência de definições, me pus ao lado de todos, muitos deles criticados por mim nominal e diretamente, de cara limpa, em artigos assinados, nunca de forma anônima ou escamoteada, e sempre pelo ângulo técnico, tático, administrativo, jamais sob o aspecto estritamente pessoal e comportamental, pois sob a qualificação humana todos trabalham, perseveram e se sacrificam pelos seus ideais e convicções, mesmo que na contra mão dos meus conceitos pessoais e técnicos. E se fui para ele o melhor técnico do NBB2, somente agora o estou sabendo, pois nada sobre isto foi veiculado em seu blog, do qual sou assíduo leitor, e em algumas oportunidades comentador. O fato de defender meu direito de retrucar bem demonstra a acidez desproporcional de seus comentários.
Como entende que grosseria pode gerar respostas também grosseiras ( e aqui me desculpo se assim se sentiu), também posso afirmar que minhas argumentações segundo ele, nada tendo a ver com o tema, foram colocadas exatamente como um espelho às suas próprias, propositalmente, numa provocação ao debate lídimo e transparente, e não a uma insinuação desprovida de nomes e identidades. O Lebron foi assim entrevistado por ele, que publicou e descreveu seu constrangimento no seu próprio blog, e simplesmente me reportei aos fatos, quando menciono sua mais absoluta predileção ao basquete NBA, quando minha humilde opinião sempre propugnou pela evidencia indiscutível de que seu talento deveria se concentrar preferencialmente no basquete nacional, ainda mais sob o peso de uma mídia global.
Quanto a sua afirmativa de que a recíproca à sua admiração pelo meu trabalho, e até à minha pessoa não é retribuída, se enganou mais uma vez, pois não costumo perder tempo com leituras improfícuas, que em absoluto reflete o habito da leitura do Rebote, e de muitos outros blogs e sites sobre o grande jogo. Somente ainda não reconheço nele, pela juventude e inexperiência, conteúdos que ainda deverão ser estendidos e solidificados pelos anos de trabalho e muito estudo, principalmente sobre esta que é a modalidade mais tecnicamente complexa dos desportos coletivos, o basquetebol.
Finalmente, se para alguns, ou muitos, que consideram minha defesa aos técnicos uma conveniente mudança de lado, saliento que ainda continuo, e certamente continuarei a ser diferenciado técnica e taticamente de todos eles dentro da LNB, fator esse que não me desvincula do sentido tácito de justiça e do reconhecimento do trabalho de cada um deles, mesmo que conceitualmente opostos ao meu, pois este se constitui o cerne que sem duvida alguma poderá originar um conselho de técnicos marcado positivamente pelas diferenças e pelos contraditórios, bases do progresso e da evolução.
E como você mesmo afirma Rodrigo, segue o jogo, que espero ser jogado da maneira mais evoluída que for possível, daqui para frente. Nosso basquete necessita ser apoiado com presteza, conhecimento, dedicação, e dentro da realidade de nossas vidas e de nossa sociedade, apesar de confrontado permanente e teimosamente com a glorificação de um jogo que nada tem a ver com a nossa realidade, que joga com outras regras e se sustenta sob o lastro de uma riqueza inatingível para todos nós. Sigamos o jogo então.
Amém

PS- Clicar nas fotos para ampliá-las.

PREGUIÇOSOS E ARROGANTES…


Já fui chamado de “vagabundo e inútil” por um imbecil travestido em ministro da educação desse imenso e injusto país, quando professor concursado da maior universidade pública do país, a UFRJ, junto a uma plêiade de maravilhosos e inesquecíveis professores, que a tornaram grande como hoje se apresenta, que como eu, viravam noites e noites estudando e estruturando cursos, laboratórios e pós-graduações, além das muitas aulas a jovens ávidos de saber, numa labuta que invariavelmente ultrapassavam em muito os 30- 40 anos de trabalho.
E agora, aposentado dignamente pelas leis do país, tornei a exercer um trabalho que me apaixonou por mais de 50 anos, a direção técnica de uma equipe de basquetebol, não a mais pujante, mas aquela que me propiciou um recomeço aos 70 anos de idade, o Saldanha da Gama.
Mas, à sombra daquela injuria ministerial, agora se soma a alcunha de que pertenço a um segmento, que (…) “com poucas exceções, nossos treinadores são preguiçosos ou arrogantes demais para aprender – ou as duas coisas.” (…) (Trecho de uma matéria do Jornalista Rodrigo Alves, do blog Rebote (post-Técnicos do NBB? Nenhum…), em 29/07/2010, sobre a ausência dos técnicos do NBB nos dois treinos abertos da seleção brasileira que se prepara para o mundial sob o comando do técnico argentino Ruben Magnano no Rio de Janeiro).
No entanto, algo de muito importante no mundo do jornalismo investigativo, o qual é ainda um tanto cifrado para o jovem articulista, o questiona num simples argumento – Como, com que fundamentações, com que convicções chegou a tal conclusão, se não conhece e nem pertence ao meio que tão injustamente definiu? Ou já se considera um expert na concepção, e na essência do grande jogo? Onde o estudou, com quem estagiou e praticou, e como se graduou a tal ponto de poder definir comportamentos e decisões que absolutamente desconhece por ser um observador out court, e não inserido no mundo interno e seletivo de dentro das quadras?
Vou dar uma pista, e bem sei que me arrisco a fazê-lo, mas torna-se de fundamental importância que definamos prioridades num momento em que a NBA se arvora numa representação oficial no país, com escritórios e outras particularidades na trilha de 2016, inclusive anunciando parcerias com o NBB e CBB ( matéria publicada no site Lancenet em 28/07/2010), cujo campeonato milionário é a decantada especialidade do jovem jornalista que o cobre com tal ardor, que o levou àquelas gélidas paragens numa excursão exploratória que culminou com uma entrevista com seu ídolo máximo, Lebron James, nu em pelo, em seu vestiário, na presença inclusive de duas jornalistas japonesas envergonhadas com tanta ‘naturalidade”. Podemos até conceituar ser o mesmo um pretenso especialista em NBA, mas em NBB, convenhamos, é neófito e superficial.
E a prioridade que se impõe é das razões impreteríveis, aquelas irrecorríveis, já que produto de situações inadiáveis e decisivas.
Na sexta feira passada, em minha casa foi feita uma reunião com o Alarico Duarte, dirigente do CECRE/Vitoria e do representante da Metodista de São Bernardo do Campo, Vanderlei Mazzuchini, quando foram discutidas possibilidades de uma parceria para o NBB3, assunto ora em debates, e aproveitando o encontro, sendo o Vanderlei o supervisor da seleção brasileira, perguntei a ele o porque dos treinos fechados da mesma, e porque somente dois deles seriam abertos aos técnicos e jornalistas. Respondeu-me que era um exigência do técnico Magnano, com um “ é o jeitão dele…”. Tudo bem, cada técnico tem suas concepções de direção de equipes, mas como técnicos, a maioria deles de outros estados, todos, rigorosamente todos envolvidos na dura formação de suas equipes, principalmente os paulistas que tem seu exigente campeonato estadual começando a 10 de agosto, se deslocariam de seus estados para assistirem dois treinos no Rio de Janeiro? E aqui cabe um pequeno relato, de um encontro do Magnano com todos os técnicos do NBB, sem exceção de nenhum deles, quando do congresso técnico após o encerramento do NBB2, onde foi questionado técnicamente ( eu mesmo fiz três perguntas complexas) com respostas expositivas de alto teor, dando a todos os presentes a nítida sensação de que a seleção estava muito bem apoiada, não fosse o mesmo o competente e efetivo campeão olímpico, num diálogo eficiente e produtivo, direto e exclusivo, entre técnicos experientes e comprometidos, numa relação elogiada publicamente pelo competente argentino.
Então preclaro jornalista, foi o técnico argentino “esnobado” pelos técnicos do NBB? Ou simplesmente uma injunção de datas e prazos conflitaram com um reencontro de arquibancada, em nada comparável a um encontro olho no olho que todos tivemos com o exigente argentino num hotel fazenda no interior de São Paulo?
Claro que não, absolutamente não, e posso afiançar, e até mesmo ousar representar os demais técnicos ( será que sendo o mais idoso me aufere tal prerrogativa?…) num singelo, porém veemente protesto quanto aos termos ofensivos e pouco elegantes de preguiçosos e arrogantes, lançados infeliz e indevidamente por alguém, talentoso e muito jovem, que deveria ir mais fundo na grandeza irreconhecida de um grupo de teimosos e apaixonados por uma atividade impar, onde mesmo as desavenças pontuais dão lugar ao respeito e a admiração, pois fruto do trabalho e da persistência, fatores que ainda nos mantêm na luta pelo desenvolvimento do grande jogo entre nós.
Acredito ser eu o mais contestado de todos os técnicos da LNB por seus próprios pares, mas mesmo assim não posso me calar, me omitir ante uma injustiça de tão grande repercussão, pedindo humildemente ao blogueiro lutador do Rebote que, pelo menos, reconheça que nenhum de nós é preguiçoso e arrogante, quando na realidade somos simples e irremediavelmente, técnicos de basquetebol, que responsavelmente respondemos por nossos atos e decisões, com coragem, desprendimento e muito, muito trabalho.
Amém.

Fotos – Congresso de técnicos da LNB e Encontro com o técnico Ruben Magnano.( Clique nas fotos para ampliá-las).

CERTIFICAÇÃO(OU PROVISIONAMENTO?)…


“ A comunidade do basquetebol está em festa. A Escola Nacional de Treinadores de Basquetebol, ENTB, uma antiga reinvidicação dos técnicos de basquetebol do nosso país, finalmente saiu do papel e é uma realidade. Sei que muitos técnicos ainda questionam a forma como a ENTB foi criada mas era preciso criá-la, não importando como. A partir da sua criação, com certeza, muita coisa terá que ser corrigida mas isso se tornará mais fácil. O importante é que teremos a partir de agora uma entidade que norteará todo o trabalho dos profissionais envolvidos com o esporte da bola laranja” (…).
(Trecho da matéria publicada pelo Prof. Byra Bello no seu blog Lance Livre em 19/6/2010).
Mais do que nunca mantenho minha posição contra a forma de como foi criada a Escola, e “o não importando como” mencionado pelo autor da matéria demonstra, sendo ele um dos componentes fundadores da mesma, a falibilidade da argumentação que a sustenta, ao largo da afirmação de que “o importante é que teremos a partir de agora uma entidade que norteará todo o trabalho dos profissionais envolvidos com o esporte da bola laranja”.
O “não importando como”, permitiu que a coordenação da Escola escorregasse para as mãos de um crefiano preparador físico, justificando um aparte do técnico Jorge Guerra durante o Congresso de Treinadores, quando de uma comunicação do técnico Aloísio Ferreira sobre a realização do Curso de Certificação Nível III, de que para o futuro somente os formados em educação física registrados nos crefs poderiam exercer a profissão, esquecendo que a massa crítica, sustentáculo do Confef e dos crefs estaduais se escuda nas centenas de “provisionados” , aqueles sem formação superior, e em muitos casos, sem formação secundária, autorizados pelos mesmos, ai incluindo técnicos desportivos, das lutas ao futebol, inclusive de seleções nacionais, atualizados e formatados em cursos pagos de qualidade inferior, os “provisionados”. E que são os mesmos que agora se arvoram no pseudo direito de formulação dos conteúdos programáticos das disciplinas de cursos superiores de educação física, na ingerência nos concursos públicos para professores de formação superior, nos municipios e estados, e por que não, no controle de formação de técnicos desportivos, onde a ENTB se encaixaria como uma luva.( É oportuno referendar ter sido esta a única comunicação extra programa durante toda a realização do excelente congresso dos técnicos).
O reconhecimento de que “a partir da sua criação, com certeza, muita coisa terá de ser corrigida, mas isso se tornará mais fácil”, incorre num erro fatal de previsão, o fato de que a partir de agora nada será corrigido, principalmente se tais correções forem de encontro a interesses solidamente estabelecidos, por se tratar de um mercado restrito e altamente rentável, pelo menos à luz de nossa realidade economico desportiva.
E pensar que tudo isso deveria ter sido o produto maior de uma associação nacional de treinadores, onde a hierarquia e o mérito pautariam uma verdadeira escola, e não um pastiche de interesses e inversões de valores. E foi durante aquela comunicação sobre o curso da ENTB durante o Congresso de Técnicos, que inquiri o porque de não ter sido escolhido o nível I ( técnicos de iniciação dos 9 aos 14 anos) para dar partida à escola, por serem os mais carentes de conhecimentos, tendo como resposta de que tal curso teria de ser realizado nas férias de fim de ano, já que a clientela seria basicamente formada pelos professores de educação física, numa suposição pública de que o mesmo se estenderia por um ou dois meses, e tal foi minha surpresa ao constatar de que o curso para o nível III será realizado em 3 dias de julho, quando todos aqueles novos técnicos, os mais carentes estarão também usufruindo suas férias de meio de ano, fato que anula a versão da coordenação da escola.
E nessa cornucópia de valores equivocados nos deparamos com as qualificações de “carteira definitiva” e “carteira provisória”, onde se encaixarão os técnicos da elite do basquete nacional, os de nível III após o curso de 3 dias em São Paulo ao custo de R$ 800,00 por participação, ao largo daqueles poucos, bem sei, altamente qualificados acadêmica e tecnicamente, que por principio constitucional se graduaram através os anos em cursos superiores nacionais e internacionais, nas quadras e ginásios, por décadas de trabalho profícuo, que terão de ser “provisionados” com suas carteiras definitivas ou provisórias, exigência esta fundamentada em que leis federais?
Senão vejamos o caso do professor Paulo Murilo:
-Licenciado em Educação Física pela EEFD/UFRJ em 1962
-Especialização em Basquetebol no Curso de Técnica Desportiva da EEFD/UFRJ em 1963.
-Registro de Técnico de Basquetebol no CND/MEC, em 1965.
-Técnico Emérito da FBERJ.
-Estágio Técnico de basquetebol em Universidades Americanas após concurso público qualificatório promovido pelo Dep.de Estado Americano e CBB, em 1967.
-Professor de Cursos de Atualização de Basquetebol do DED/MEC em vários estados brasileiros.
-Idealizador e fundador das duas primeiras associações de técnicos do país, a ANATEBA (1971), e a BRASTEBA(1975).
-Coordenador e Professor do Curso de Técnica de Basquetebol da UERJ em 1985.
-Graduação em Jornalismo Audiovisual pela ECO/UFRJ em 1975.
-Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela PUC/RJ em 1976.
-Coordenador das disciplinas de Didática e Prática de Ensino da FE/UFRJ por 27 anos.
-Coordenador do Laboratório de Tecnologia do Ensino da FE/UFRJ por 10 anos.
-Sub coordenador do Departamento de Educação Física da UFF por 9 anos.
-Doutorado em Ciências do Desporto na FMH/UTL de Lisboa em 1992 com a tese “Estudo sobre um efetivo controle da direção do lançamento com uma das mãos no basquetebol”.
-Técnico de basquetebol de equipes infantis, infanto juvenis , juvenis e de primeira divisão, masculinas e femininas por mais de 45 anos.
-Editor e fundador do blog Basquete Brasil(www.paulomurilo.com), com mais de 750 artigos técnicos, táticos e didáticos, voltados aos jovens técnicos, jogadores e entusiastas do país, desde 2005.
-Atual técnico do CR Saldanha da Gama na LNB.
São cursos, estágios e qualificações amparadas em leis federais, auferindo direitos adquiridos em entidades de ensino superior nacionais e internacionais, assim como um vastíssimo campo de experiências, estudos, pesquisas e trabalhos teóricos e práticos, em décadas de dedicação à causa da educação e do desporto pátrio.
Sei que são poucos aqueles que ainda resistem ao tempo, trabalhando e produzindo, mas eles ai estão, não como participantes de direito e mérito na formação de uma escola, mas prestes a serem nivelados àqueles que iniciam suas caminhadas, prestes a terem, ou não, o direito de continuarem seus trabalhos arduamente conquistados, representado por uma crefiana carteira de provisionado, disfarçada em definitiva ou provisória, justo e lídimo prêmio punitivo às suas ainda resistentes teimosias, aquelas que propugnam a valorização do mérito e da hierarquia, fatores fulcrais e determinantes de uma verdadeira, generalista e democrática Escola Nacional de Treinadores, de que modalidade for.
Torço para que a LNB, com suas reais propostas de progresso para o basquetebol, atente para tais distorções emanadas da CBB, a qual está vinculada a ENTB. Nunca será tarde para correções de rumo, assim espero.
Amém.

Fotos da comunicação técnica do Prof.Paulo Murilo no Congresso de Técnicos da LNB.
OBS-Clique nas fotos para ampliá-las.

O CONGRESSO…


Este foi o texto que enviei à LNB, com um relato conciso sobre o 1º Congresso de Técnicos de Alto Nível, realizado em São Paulo.
Prezado Claudio Mortari Jr., atendendo a sua solicitação para uma análise do Congresso de Técnicos, encaminho sucintas observações sobre o mesmo, de forma prática e objetiva.
Inicialmente devo me congratular com a LNB por tão importante evento, que espero seja oportunizado mais vezes, pois os resultados positivos em muito superariam as dificuldades em organizá-los. O Basquetebol estará no caminho de seu soerguimento com ações deste calibre, na medida em que:
– Sejam estes encontros liberados a um publico de técnicos como assistentes, sem intervenções, onde terão a oportunidade de aprender com os mais experientes, com aqueles que dirigem as equipes mais representativas, com aqueles que servirão de balizamento para sua evolução no vasto campo da técnica desportiva.
– Que os resultados destes encontros, na forma de relatórios ou depoimentos sejam viabilizados aos técnicos de todo o país, como fonte de estudo e pesquisa.
– E que estes encontros percorram os estados representados pelas equipes da Liga, como um fator de divulgação e popularização da mesma.
Foi um encontro bastante positivo, onde opiniões divergentes puderam ser discutidas de forma direta e profundamente honesta. Problemas estruturais das equipes, e mesmo da nossa realidade desportiva, foram analisados com muita precisão por todos os presentes, através bem escolhidos temas, numa amplitude elogiável e que deixou uma certeza de que ainda poderia ter ido mais além, não fossem as duas palestras sobre psicologia e preparação física ( nitidamente fora do contexto do congresso, em que pese suas excelentes apresentações), com suas 4 horas de duração, tempo esse que possibilitaria a extensão das discussões técnicas, motivação básica do encontro.
Apontar uma ou outra intervenção não seria justo, já que todos participaram de forma objetiva e altamente profissional, fator realçado nas intervenções quando da palestra do técnico Ruben Magnano, enriquecendo o debate e suas ótimas conclusões.
Sem dúvida alguma, a premência de tempo encurtou assuntos relevantes e de importância vital para a modalidade, numa perda de conteúdo que não deverá ser repetida em próximos encontros, assim espero.
Todos os participantes, sem exceções, foram brilhantes em suas apresentações e intervenções, cunhando um ambiente altamente sadio, onde uma ou outra incompatibilidade pessoal ou funcional, se desvaneceu pela ambiência pacífica, amistosa, e profundamente voltada ao progresso do basquetebol.
Por todos estes ingredientes de alto nível, parabenizo a todos, técnicos, assessores e dirigentes da LNB pelo grande passo dado ao encontro de sua maioridade técnica e funcional.
Paulo Murilo Alves Iracema – Técnico do Saldanha da Gama.

OBS- Clique nas fotos para ampliá-las duplamente.