Recebo uma chamada pelo Skype pela manhã do Walter no longínquo Bahrain, que me cobra um artigo sobre os velhos técnicos, aqueles que ainda teimam em permanecer ativos, que estudam, e até pesquisam, curiosos e sempre em busca do novo , do inusitado, do anti passivo, do controverso, na contra mão da subserviência e da colonização explicita que nos esmaga. Ele mesmo, que outro dia era por mim dirigido no Flamengo, e que agora transmite seus conhecimentos em plagas tão distantes, e que na flor de seus quase 50 anos já se considera sócio honorário do clube… dos velhos.
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Quando no terceiro quarto a equipe de Brasília levou sua defesa para a linha da bola, permitindo defender o pivô do Flamengo pela frente, obrigando seu oponente aos arremessos de três e esporádicas penetrações, iniciou o caminho da vitória, principalmente quanto à vigilância sobre o Marcelo e seu eficiente corte para a esquerda, quando atinge a plenitude de sua precisão nos arremessos fora do perímetro. É como uma marca forjada pelo hábito de muitas e muitas tentativas, por anos a fio, que se quebrada altera em muito sua performance anotadora.
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Padronizaram o sistema técnico tático das seleções de base, dos 15 aos 19 anos no masculino e no feminino.
Padronizaram a preparação física, os testes de aptidão e performance das seleções de base, dos 15 aos 19 anos.
Estabeleceram que a prioridade nos treinamentos é a assimilação dos sistemas de ataque e de defesa, dos 15 aos 19 anos.
E por decorrência, relegaram a pratica dos fundamentos a um segundo plano, dos 15 aos 19 anos.
Proclamam que muito em breve tais padronizações alcançarão o status de referência para todo o território nacional.
E que tais referências servirão de base didático pedagógica da futura Escola de Treinadores.
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Em 3 de outubro de 2004 publiquei o artigo SÓ IMPROVISA QUEM SABE , onde traçava um paralelo entre o estilo musical do jazz e o comportamento de jogadores de basquetebol no ato de improvisar em torno de um tema central definido no caso musical, e nas ações decorrentesde um sistema básico de jogo e suas infinitas possibilidades de jogadas fundamentadas no conhecimento comportamental dos adversários e no perfeito domínio dos fundamentos.
Leia-o com atenção, e depois acesse aqui para seguir uma brilhante exposição do músico Winton Marsalis, o mesmo que estabeleceu a pesquisa de opiniões contidas e discutidas no artigo acima indicado.
E agora, você que é técnico, professor, jogador, jornalista, ou mesmo um simples entusiasta do grande jogo, reflita com isenção e espírito desarmado, o quanto de belo e complexo define um jogo que em hipótese alguma pode ficar limitado e acorrentado a esquemas coreográficos e de rigidez técnico comportamental, exercidos por técnicos que se definem através de equivocados comandos, explicitados confusamente em prosaicas pranchetas e seus hieróglifos rabiscados.
E que de uma vez por todas deixem fluir a criatividade alcançada através exaustivos treinamentos, conhecimento real do processo técnico tático, e do mais profundo domínio dos fundamentos básicos do jogo, que são os autênticos e indiscutíveis fatores para a constituição séria e confiável de uma verdadeira equipe.
Claro que não é para qualquer um ter de assumir tal responsabilidade, pois como afirmei no inicio, só improvisa quem sabe.
Amém.
As semi finais começaram, e para variar, sem novidades, infelizmente. Joinville e Flamengo fizeram uma partida muito fraca, aspecto restritor a maiores e detalhadas análises.
As quatro equipes classificadas, assim como Franca, vêm se utilizando da dupla armação com relativo sucesso, umas por todo o tempo, no caso de Minas e Joinville e da não classificada Franca, e as outras duas, Flamengo e Brasília de forma intermitente. Aponto estas cinco equipes como aquelas que tentam fugir do sistema único de jogo, dinamizando-o e acrescendo maior qualidade técnica nos passes, dribles e posicionamento defensivo. Num universo de quinze equipes ainda é muito pouco.
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E o Moncho deu o ar da graça assistindo jogos do NBB em quatro estados, e tendo ao lado seu escudeiro e assistente pode anotar (se não o fez, deveria…) a quantidade incrível de erros de fundamentos que foram perpetrados pela maioria dos jogadores que atuaram, sem contar, é claro, com a enxurrada de arremessos de três, que já é um fato hors concurs em todos os nossos campeonatos, de todas as categorias, sem distinção.
Para quem tem em mente uma disciplina técnico tática ibérica, a ser implantada na seleção, que já foi ensaiada no Pré Olímpico de triste memória, a qual depende intrinsecamente do mais correto domínio dos fundamentos de ataque e de defesa, deve o ter colocado com as barbas de molho, e profundamente dependente dos três jogadores que atuam na NBA, a fim de manter sua fé numa classificação na Copa America, pré requisito para o próximo Mundial, e quando muito, estabelecer um belo álibi para um possível insucesso se os mesmos fizerem forfait mais uma vez.
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A CBB está sob nova direção. De imediato chovem propostas e sugestões para bem geri-la, através entrevistas de presidentes de federações, comentários em sites e blogs, muito poucas pela mídia impressa, ausentes na televisiva, a não ser os jocosos pitacos de sempre de comentaristas e até narradores.
Um mote contínuo é deflagrado, a união de todos os basqueteiros, o voto de confiança nos dirigentes empossados, o carisma de alguns eleitos, a chegança dos oportunistas de sempre, e o inexplicável silêncio da maioria que realmente poderia decidir o futuro da modalidade.
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Foi uma sexta basquetebolística, na acepção do termo. Dois jogos semifinais da Euroleague, dois do NBB e um da NBA que só consegui assistir um quarto.
E ao final do dia, cansado e com a vista ardendo pela luminescência intermitente da TV, pude com a calma dos veteranos constatar pela enésima vez o quanto ainda temos de evoluir para alcançar o nível europeu e americano.
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Glauco Nascimento Today ·
Padronizar os conceitos de jogo coletivo?! As seleções de base tem que levar para os jogadores informações das mais diversas em relação ao esporte praticado, nesse caso sobre o basquete. Na minha visão o basquete tem que fluir dos jogadores e para isso os técnicos tem que mostrar aos jogadores opções, e não denominar um padrão de jogo.
Pois é prezado Glauco, enfim chegamos ao primado absoluto das pranchetas, ao conceito centralizador de jogo, único, inamovível, pétreo, e acima de tudo de uma burrice exemplar. Não é à toa que a maioria dos jogadores estão se vingando aderindo em massa ao reinado dos três, onde pranchetas, conceitos e uniformização são lançados ao ar em cada tentativa que executam, a maioria errada e em hora e momentos errados, mas alheios e distantes de coreografias e “conceitos” ininteligíveis de um jogo onde os movimentos básicos não são treinados nem exigidos por aqueles que deveriam fazê-lo, num movimento de autêntico e preocupante motim contra imposições de baixo nível a que são instados a obedecer.Nesse moto continuo de insensatez e desforra, afunda o nosso basquete irremediavelmente. Infelizmente essa é a verdade. Um abraço,
Paulo Murilo.
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“Conseguimos padronizar os conceitos de jogo coletivo em todas as seleções masculinas, que era um dos principais objetivos. A partir daí, trabalhamos os fundamentos necessários para fazer as movimentações. A primeira etapa foi importante também para avaliarmos a técnica dos atletas. Na segunda fase, vamos priorizar a parte tática. A comissão técnica se reúne antes da preparação para traçar o planejamento. Fazemos reuniões diárias antes e depois dos treinos para avaliarmos o desempenho dos jogadores e para planejarmos o treinamento seguinte- comentou Neto, que levou o Brasil ao quarto lugar no Mundial Sub-19 da Sérvia, em 2007, e é o assistente técnico da seleção adulta masculina”.
De acordo com o bestialógico acima, fica agora oficial e definitivamente estabelecido que somente aqueles fundamentos necessários à movimentação dos conceitos de jogo de todas as seleções masculinas, serão trabalhados ( assunto que desenvolvi no artigo Conceitos x Fundamentos). Se bem entendo, quando estes conceitos são totalmente baseados no passing game, que é a essência do famigerado “basquete internacional”, adotado cega e submissamente pelos técnicos cebebianos, sob a égide coercitiva dos intitulados supervisores, fundamentos a serem treinados só serão aqueles que forem necessários à movimentação dos famigerados conceitos de jogo adotados à priori. Em outras palavras, conceitos de jogo se antepõem ao conhecimento, ensinamento e treinamento dos movimentos básicos do basquetebol, que é a estrutura dorsal de todos os sistemas e conceitos de jogo conhecidos, aqui no caso levado à mais ínfima estrutura dos princípios didático pedagógicos necessários a quaisquer das modalidades desportivas conhecidas.
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